Olá amigos, saudações!
Bem, Dieguim, existem várias teorias, desde as teológicas, preponderantemente a Bíblica, que consta do livro do Gênese, no velho testamento, na Torá e no Alcorão, como as científicas e entre elas a do Big Bang ou Grande Explosão, aceita em parte, pela comunidade científica.
Em Cosmologia, o Big Bang é uma teoria científica que explica como o universo surgiu de um estado de altas densidade e temperatura, há cerca de 13,7 bilhões de anos. A teoria baseia-se em observações que indicam a expansão do universo (e do próprio espaço) de acordo com a lei de Hubble(e por observações do efeito Doppler do comprimento das ondas luninosas, tendendo para o vermelho).
Essas observações mostram que o universo se expandiu de um estado em que toda a matéria e energia concentravam-se em um ponto de densidade e temperatura extremas. Os físicos não estão de acordo sobre o que aconteceu antes do Big Bang, apesar de a relatividade geral predizer uma singularidade gravitacional(ou efeito lente gravitacional, onde um acúmulo de massa e alta gravidade, causa um distúrbio no espaço-tempo).
A proposta do Big bang (ou Grande explosão) foi sugerida primeiramente pelo padre e cosmólogo belga Georges Lemaître (1894-1966), quando expôs uma teoria propondo que o universo teria tido um início repentino. Com o passar do tempo a proposta do cosmólogo belga começou a tomar forma quando em 1929 as linhas espectrais da luz das galáxias observadas no observatório de Monte Palomar por Milton La Salle Humason começaram a revelar um afastamento progressivo para as galáxias mais distantes, com características de uma dilatação universal(efeito Doppler). Traduzida em números esta descoberta permitiu ao astrônomo Edwin Hubble(o nome do telescópio espacial, foi em sua homenagem) encaixar uma progressão aritmética que mais tarde foi chamada de Constante de Hubble.
O físico Albert Einstein apresentou em 1915 a teoria geral da relatividade que se identificava muito com o cenário de fundo do universo. Originalmente a teoria era apenas uma estimativa desenvolvida com cálculos matemáticos que propunha atender à implicação da não simultaneidade da propagação eletromagnética, que a partir da descoberta do padre Ole Christensen Roemer estabeleceu valores para a velocidade da luz. Através desta descoberta provou-se que acontecimento e fato não poderiam ser mais simultâneos como até então pensavam certos astrônomos, pois implicava em dizer que o acontecimento e o fato eram independentes e deveriam respeitar uma ordem, ou seja, o universo observável referia-se ao passado, quanto mais distante mais antigo.
Existem controvérsias.
A teoria do Big Bang não é um acontecimento igual a uma explosão, da forma que conhecemos, embora o universo observável com a ajuda das lentes dos modernos telescópios ainda descreva um resultado de uma explosão (uma fuga cósmica) há quem levante dúvidas se realmente houve algo que explodiu ou se foi uma explosão a causa dessa dilatação observada.
Alguns afirmam que o termo "Big Bang" é utilizado como uma aproximação para designar aquilo que também se costuma chamar de "Modelo Cosmológico Padrão". Este consiste numa aplicação da Relatividade Geral ao Universo como um todo. Isso é feito, em um primeiro momento, assumindo-se que o universo é homogêneo e isotrópico em larga escala. Em um segundo momento se introduz flutuações de densidade no modelo e estuda-se a evolução destas até a formação de galáxias.
O modelo cosmológico padrão é extremamente bem testado experimentalmente e possibilitou a previsão da radiação cósmica de fundo e da razão entre as abundâncias de hidrogênio e hélio. Os dados observacionais atualmente são bons o suficiente para saber como é a geometria do universo.
Explicações técnicas sobre a teoria, seria redundante, e tornaria a resposta muito longa e complexa, em razão dos paradoxos envolvidos. Pois, As observações em modelos e as conjecturas dos cientistas apontam para a direção em que o Universo foi infinitesimalmente minúsculo, e infinitamente denso. Nessas condições, as leis convencionais da física não podem ser aplicadas, pois quando se tem a dimensão nula e a massa infinita, qualquer evento antes desta singularidade não pode afetar o tempo atual, pois ao iniciar o universo, expandindo a massa e ao mesmo tempo se desenvolvendo em todas as direções, indica que o tempo também esteve nesta singularidade, logo o tempo era também nulo.
Entretanto, Hubble dedicou-se ao estudo das galáxias, medindo suas distâncias, localizando sua distribuição no espaço e analisando seus movimentos. Com o passar do tempo, notou-se que aqueles movimentos não eram ao acaso, como o deslocamento das moléculas de um gás na termodinâmica, porém obedecem à uma trajetória centrífuga. Cada galáxia distante afasta-se da Via Láctea numa velocidade proporcional à distância em que se encontra desta, quanto maior a distância, maior a velocidade.
Hubble e seu colega Milton L. Homason pesquisaram para descobrir a proporção dos movimentos e sua aceleração, deduzindo uma equação conhecida como Lei de Hubble-Homason em que: Vm=16r, onde Vm é a velocidade de afastamento da galáxia, dada em quilômetros por segundo, e r expressa a distância entre a Terra e a galáxia em estudo, dada em unidades de milhões de anos luz, e, segundo esta, se uma galáxia estiver situada a cem milhões de anos luz, esta se afasta a 1600 quilômetros por segundo.
Aparentemente, o Universo está se expandindo em torno de nós, isto não deve ser encarado como antropocentrismo, pois todos os pontos do universo estão se afastando relativamente uns aos outros simultaneamente. Esta observação, feita em 1929 por Hubble, significa que no início do tempo-espaço a matéria estaria de tal forma compactada que os objetos estariam muito mais próximos uns dos outros. Mais tarde, observou-se em simulações que de fato exista aparentemente a confirmação de que entre dez a vinte bilhões de anos atrás toda a matéria estava exatamente no mesmo lugar, portanto, a densidade do Universo seria infinita.
A nucleosíntese foi a formação inicial dos primeiros núcleos atômicos elementares (Hidrogênio, Hélio). Esta ocorrreu porque a atuação da força forte acabou atraindo prótons e nêutrons que se comprimiram em núcleos primitivos. Sabe-se que esta força nuclear forte só é eficaz em distâncias da ordem de 10-13 cm. Presume-se que a nucleosíntese ocorreu 100 segundos após o impulso inicial, e que esta foi seguida de um processo de repentino resfriamento devida irradiação, que segundo alguns, ocasionou o surgimento dos núcleos, segundo outros, o surgimento dos núcleos ocasionou o resfriamento. Independente do ponto de vista, é sabido que houve o resfriamento por irradiação. Em função daquele evento (nucleosíntese), a matéria propriamente dita passou a dominar o Universo primitivo, pois, é sabido que a densidade de energia em forma de matéria passou, a partir daquele momento, a ser maior do que a densidade em forma de radiação. Isto se deu em torno de 10.000 anos após o impulso inicial. Com a queda de temperatura universal, os núcleos atômicos de Hidrogênio, Hélio e Lítio recém formados se ligaram aos elétrons formando assim átomos de Hidrogênio, Hélio e Lítio respectivamente. Presume-se que isto se deu em torno de 300.000 anos após o chamado marco zero. A temperatura universal estava então em torno de 3.000 K.
O processo, ou a era da formação atômica, segundo uma parcela de pesquisadores, durou em torno de um milhão de anos aproximadamente. À medida que se expandia a matéria, a radiação que permeava o meio se expandia simultaneamente pelo espaço, porém em velocidade muito maior, deixando a primeira para trás. Daquela energia irradiada sobraram alguns resquícios em forma de microondas, que foram detectadas em 1965 por Arno A. Penzias e Robert W. Wilson, tendo sido chamada de radiação de fundo. O som característico da radiação propagada é semelhante ao ruído térmico, ou seja, um silvo branco, contínuo, linear igual ao ruído que se ouve num receptor de televisão, ou de receptores de freqüência modulada, quando estão fora de sintonia. O som característico é um "sssssss" constante, ou um ruído de cachoeira. O satélite COBE, em 1992, descobriu flutuações na radiação de fundo recebida, aquelas explicariam a formação das galáxias logo após a Grande Explosão.
Um exemplo ilustrativo da expansão repentina a que se seguiu após o evento inicial, seria que a matéria comprimida num volume hipotético do tamanho de uma cabeça de alfinete, em torno de 1 mm de diâmetro, se expandiria para cerca de 2 mil vezes o tamanho do sol.
Teorias à parte, Sabe-se que a matéria primordial - muitos acreditam ser o hidrogênio e o hélio - ao aglomerar-se gravitacionalmente, gerou calor, mais gravidade, mais calor, até a ocorrência da fusão nuclear, que deu origem às primeiras nebulosas e galáxias, de onde surgiram posteriormente estrelas e planetas, num processo de expansão que ainda está em marcha, desde há cerca de 13.7 bilhões de anos.
Nesse processo, dado que nos primórdios do Universo, o hidrogênio (H) e depois o hélio (He) eram basicamente os únicos elementos existentes, isso significa que todos os restantes elementos conhecidos atualmente, como por exemplo o ferro, o carbono, oxigênio, nitrogênio, foram fabricados por estrelas. A sua distribuição pelo Universo coube principalmente às supernovas[Supernova é o nome dado a explosões de estrelas com mais de 10 massas solares , que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis passadas algumas semanas ou meses], que ao explodirem espalham por milhões de quilômetros estes materiais, dando origem a novas estrelas e sistemas planetários.
Em suma, a origem , ou surgimento dos planetas e estrêlas, está diretamente ligado ao colapso de outras estrêlas, e assim, sucessivamente, e infinitamente.
Espero haver ajudado.
Abraços
2006-10-09 06:16:56
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answer #2
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answered by anselmopauloramos 2
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