AÃ, entrei nesse espaço para dizer que o cara que perguntou a respeito do apoio do governo lula para o terrorista das FARC está certo e não chutando como vc afirmou.
Eu pesquisei na internet e achei o seguinte. Veja se é chute:
O ESTADO DE SÃO PAULO (20 / 07 / 2006)
PaÃs dá refúgio a padre das Farc
Acusado por mortes polÃticas não será mais extraditado
O Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, reconheceu a condição de refugiado polÃtico para o colombiano Francisco Antonio Cadena Colazzos, o Padre Medina, guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), acusado em seu paÃs de terrorismo e de homicÃdios com motivação polÃtica.
A decisão deve gerar o arquivamento do pedido de extradição de Medina, feito pelo governo colombiano, segundo informou o site Consultor JurÃdico.
Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o pedido de extradição. Com a decisão do Conare, o STF deve arquivá-lo. Segundo o artigo 34 da Lei 9.474/97, "a solicitação de refúgio suspenderá, até decisão definitiva, qualquer processo de extradição pendente, em fase administrativa ou judicial, baseado nos fatos que fundamentaram a concessão do refúgio".
Medina é acusado na Colômbia de ter comandado um ataque a uma unidade do Exército em 1991. Ele vive no Brasil desde 1997. No ano passado, foi detido pela PolÃcia Federal em São Paulo, a pedido da Interpol, e desde então está preso no PresÃdio da Papuda em BrasÃlia.
Na prisão, recebeu a visita de deputados e senadores, entre outros polÃticos, que fizeram gestões a seu favor junto ao governo do presidente Lula. Sites na internet fazem campanha em defesa de sua libertação.
As autoridades, no entanto, entendem que as Farc lutam com armas contra um governo eleito nas urnas e que há notÃcias sobre o envolvimento do grupo com o narcotráfico.
O Conare é um órgão interministerial, criado pela Lei 9.474/97, que reúne segmentos representativos da área governamental (Ministérios da Justiça, Educação, Saúde, Trabalho e PolÃcia Federal), da sociedade civil (Caritas, do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo) e das Nações Unidas (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados PolÃticos). Entre suas atribuições está analisar pedido de reconhecimento da condição de refugiado.
CORREIO BRAZILIENSE (20 / 07 / 2006)
Padre das Farc ganha status de refugiado
Conselho cede diante de pressões polÃticas e concede asilo polÃtico a guerrilheiro procurado pela Justiça colombiana
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Claudio Dantas Sequeira ,
Manifestantes protestam diante da embaixada brasileira em Bogotá
Em polêmica votação, realizada na última sexta-feira, dia 14, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu o status de refugiado polÃtico ao guerrilheiro colombiano Francisco Antônio Cadena Collazos, conhecido no Brasil como padre Olivério Medina.
A decisão foi apoiada pela maioria dos sete membros desse órgão colegiado, subordinado ao Ministério da Justiça.
Considerado o porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Cone Sul, Medina está preso na Superintendência da PolÃcia Federal em BrasÃlia desde o fim do ano passado. Ele foi detido em São Paulo no dia 24 de agosto, a pedido da Interpol. A Justiça colombiana acusa Medina de terrorismo, assassinato, seqüestro e extorsão.
O Correio publicou em setembro trechos do processo criminal — inclusive depoimentos de ex-guerrilheiros e soldados colombianos — que o relacionam com ataques à base militar de Los Girasoles, no municÃpio de Mesetas, em dezembro de 1990 e janeiro de 1991.
O estatuto do Conare, em seu artigo 3º, prevê que não se beneficiarão da condição de refugiado os indivÃduos que tenham cometido “crime contra a paz, crime de guerra, contra a humanidade, crime hediondo, participado de atos terroristas ou tráfico de drogas”. Além disso, em 2004 o STF entendeu que acusados de terrorismo devem ser julgados como delinqüentes comuns.
Por esses motivos, o governo de Bogotá acha que a decisão contraria a legislação interna brasileira e o costume internacional, além de desconhecer o pedido de extradição feito por sua Procuradoria Geral. Em nota divulgada ontem, o Ministério das Relações Exteriores colombiano diz que pediu para o Brasil “revisar o status de refugiado” concedido ao guerrilheiro.
De fato, a concessão surpreendeu as autoridades do paÃs vizinho, que realizaram um grande esforço diplomático nos últimos 11 meses. A extradição de Medina foi tema de sucessivas visitas de alto nÃvel, como a do ministro da Defesa, do vice-presidente e do próprio presidente colombiano, Ãlvaro Uribe — que pretendia ostentar a extradição de Medina como um troféu de sua luta contra o narcotráfico e o terrorismo.
No inÃcio deste ano, a reportagem foi procurada por três membros do Conare que denunciaram ingerência do governo Lula. Foi mencionado o nome do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Logo depois, surgiu o do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães. O Ministério da Justiça se apressou a negar qualquer interferência polÃtica, mas lançou nos bastidores uma operação “caça à s bruxas” para saber quem vazou a informação.
O Comitê para a Libertação de Olivério Medina, que funciona no Setor Comercial Sul e defende que o colombiano é perseguido politicamente em seu paÃs, recebe apoio do PT, PSB e PCdo B.
Na prisão, o guerrilheiro recebeu a visita de parlamentares petistas, dentre eles o senador Eduardo Suplicy (SP). O Conare não se pronuncia oficialmente, mas fontes internas disseram que Medina já foi informado da decisão. Caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sua libertação.
Desde que o pedido de refúgio foi oficializado em dezembro, o Conare se reuniu pelo menos sete vezes para debater o assunto. Eles levaram em consideração argumentos oferecidos pelo próprio Medina em entrevista a técnicos judiciários.
Consideraram as conseqüências de sua presença em território brasileiro, as chances de sua absorção no mercado de trabalho e eventual risco de morte em caso de retorno à Colômbia. A questão pode ter forte implicação nas eleições de outubro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará um segundo mandato. As relações bilaterais também ficam abaladas. Uribe foi reeleito e toma posse em agosto.
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Personagem da notÃcia
Da BÃblia ao fuzil
Aos 59 anos, Francisco Antonio Cadena Collazos já teve quatro profissões e pelo menos cinco identidades.
No inÃcio da década de 80 foi cooptado pelas Farc, deixando a batina para se dedicar à guerrilha. Pela Frente 17, participou de ações de instrução em comunidades e ataques a bases militares, como Los Girasoles (91), Las Delicias (96) e Patascoy (97)
Devido a sua sólida formação intelectual e capacidade de comunicação, passou a integrar a frente internacional das Farc. Participou de vários eventos de caráter polÃtico, e no Foro de São Paulo travou seus primeiros contados com o PT e outros partidos de esquerda da região.
Aà cara, o assunto é grave. Essa eu também não sabia. Não é chute não.
2006-10-08 23:23:00
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answer #3
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answered by Anonymous
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