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A mentira pode ser deturpada pela argumentação até chegar ao ponto de convencer o próprio conhecedor da verdade?

2006-10-06 02:45:07 · 17 respostas · perguntado por Ely 1 em Artes e Humanidades Filosofia

17 respostas

pior que pode confundir.
Quem é bom nisso é um perigo.

2006-10-06 02:47:16 · answer #1 · answered by MariaCrissssss 7 · 0 0

Pode sim. E a isso chama-se sofisma. É você argumentar sobre falsas premissas ou sobre premissas verdadeiras manipular a condução do raciocínio.

SOFISMA:
grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em Filosofia é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às suas próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que parecem seguir as regras da lógica.

Historicamente o termo sofisma, no seu primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso freqüente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.

Origens

A designação de sofista, do grego antigo σοφιστής (sofistês), substantivação da forma adjectiva e verbal que remete a sofía e a sófos, utilizada para identificar aquele grupo de pensadores,filósofos e letrados da sofística helénica, recolhe em si o polissemantismo bem significativo de uma diversa apreciação dos sofistas. Por um lado, é neste sentido típico e dominantemente pejorativo, caracterizado por Platão como um impostor, caçador interessado em jovens ricos, comerciante didáctico e atleta em combate verbalístico ou erístico, purificador de opiniões, mas também malabarista de argumentos, mais verosímeis do que verdadeiros, mais sedutores do que plausíveis. O sofista é, neste sentido, menos o filósofo como amigo ou amante do saber do que o «sábio» na acepção não pedagógica de uma descoberta da verdade, mas segundo o modelo da transmissão de um ensinamento e, por conseguinte, segundo a forma tradicional de uma didáskalos, ou seja, de uma didáctica. Para o paradigmático entendimento que Platão faz dos sofistas, tal transmissão dos ensinamentos reduz-se a comércio interesseiro de saberes mnemotécnicos, retóricos e sempre relativos.

As palavras sofista, sofística[1] (do grego antigo: σοφιστής, σοφιστικός; derivada σοφός - "sábio", "instruído"), assumem diferentes significados ao longo da história da filosofia, que merecem ser distinguidos:

1. Chama-se sofista ou sofístico, um conjunto de pensadores, oradores e professores gregos do século V a.C. (e do início do século seguinte).
2. Em Platão, seguido da maior parte dos filósofos até aos nossos dias, uma perversão voluntária do raciocínio demonstrativo para fins geralmente imorais.
3. O desenvolvimento da reflexão e o ensino da retórica, em princípio a partir do século I d.C., na prática a partir do século II, no Império romano.

Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso, não é necessariamente o representante das convicções do sofistas originais, a não ser daquele que geralmente ensinaram retórica. Os sofistas só são conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

Os sofistas são os primeiros a romperem com a busca pré-socrática por uma unidade originária (a physis) iniciada com Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera (que embora tenha falecido pouco tempo depois de Sócrates, tem seu pensamento inserido dentro da filosofia pré-socrática).

A principal doutrina sofística consiste, em uma visão relativa de mundo (o que os contrapõe a Sócrates que, sem negar a existência de coisas relativas buscava verdades universais e necessárias). A principal doutrina sofística pode ser expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas".

Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.

Outro sofista famoso foi Górgias de Leontini, que afirmava que o 'ser' não existia. Segundo Górgias, mesmo que se admitisse que o 'ser' exista, é impossível captá-lo. Mesmo que isso fosse possível, não seria possível enunciá-lo de modo verdadeiro e, portanto, seria sempre impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.

Estas visões contrastantes com a de Sócrates (que foi adotada também por Platão e Aristóteles, bem como sua "luta" anti-sofista) somada ao fato de serem estrangeiros - o que lhes conferia um menor grau de credibilidade entre os atenienses - contribuiu para que seu pensamento fosse subvalorizado até tempos recentes.

2006-10-06 09:48:25 · answer #2 · answered by A questionadora 2 · 2 0

Claro que pode.

2006-10-10 06:57:26 · answer #3 · answered by William S 2 · 0 0

Sim, principalmente se quem a ouve não souber argumentar. Pra começar não sei o que vc considera verdade.

2006-10-09 11:25:27 · answer #4 · answered by Curiosa 6 · 0 0

Acho que sim, e estamos rodeados de tantas mentiras que nem sabemos mais quais são as verdades ou se realmente existem verdades.
Conheci pessoas tão mentirosas que eles mesmos acabavam acreditando nas próprias mentiras.

2006-10-08 22:39:17 · answer #5 · answered by Naonda do YR 7 · 0 0

Sim, de tanto se alimentar uma mentira ela passa a ser verdade

2006-10-07 19:41:21 · answer #6 · answered by Luduvicus 4 · 0 0

Se o argumento for feito através de uma mentira bem feita, e o conhecedor da verdade não for tão conhecedor assim, a resposta é sim.

2006-10-06 11:13:12 · answer #7 · answered by B. J. 4 · 0 0

Não. Você pode ate usar argumentos válidos para que a mentira seja aceita por todos. Mas mesmo assim ela continua sendo uma mentira, pois o conceito de verdade é independente dos argumentos que você utiliza para tentar demonstra-la. O valor lógico de uma proposição não depende de como você demonstra.

2006-10-06 11:06:25 · answer #8 · answered by Tertu 1 · 0 0

Claro, "A mentira é somente uma verdade que não aconteceu!".

2006-10-06 11:01:55 · answer #9 · answered by _4YrU5_ 2 · 0 0

transformar mentira em verdade não é possível pq mentira é sempre mentira, mas ela pode sim convencer os outros de q aquela mentira não é assim tão grave, e todos acreditaram q os fatos não ocorreram bem assim.

2006-10-06 10:33:22 · answer #10 · answered by m@musk-ruivinh@ 5 · 0 0

Claro q pode tipo se uma pessoa diz q ñ fez uma coisa sendo q ela fez , isso pode ser transformado em verdade com bons argumentos .Por exemplo : ela pode está querendo dizer q foi a mão dela q pegou.
Bom,acho q era isso q vc queria saber,se não era isso desculpe!

2006-10-06 10:08:08 · answer #11 · answered by ? 2 · 0 0

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