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Por favor se vc conheçe alguma poesia de Jorge luiz Borges poderia me escrever?Ofereço uma como agradecimento:

Vou escrever um livro
Para conhecer aqueles que não leem
E será encontro fenomenal
Nas pocilgas de alma parada
Essa poesia barata me rompe as bolas
Que de femêa que sou Peço emprestado

2006-10-05 09:17:00 · 6 respostas · perguntado por bubu 2 em Artes e Humanidades Livros e Autores

6 respostas

O que mais gosto:

A un gato

No son más silenciosos los espejos
ni más furtiva el alba aventurera;
eres, bajo la luna, esa pantera
que nos es dado divisar de lejos.
Por obra indescifrable de un decreto
divino, te buscamos vanamente;
más remoto que el Ganges y el poniente,
tuya es la soledad, tuyo el secreto.
Tu lomo condesciende a la morosa
caricia de mi mano. Has admitido,
desde esa eternidad que ya es olvido,
el amor de la mano recelosa.
En otro tiempo estás. Eres el dueño
de un ámbito cerrado como un sueño.

2006-10-05 09:59:38 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

Fico feliz em saber que gosta deste grande poeta que é Jorge Luis Borges. Transcrevo dois belos poemas de seu livro "Os Conjurados":

"Nuvens"

Não haverá uma só coisa que não dê idéia
de uma nuvem. O são as catedrais
de vasta pedra e bíblicos cristais
que o templo renderá. O é a Odisséia,
que muda como o mar. Algo há distinto
cada vez que a abrimos. O reflexo
de teu rosto já é outro no espelho
e o dia é um duvidoso labirinto.
Somos os que se vão. A numerosa
nuvem que se desfaz no poente
é nossa imagem. Incessantemente
a rosa se converte em outra rosa.
És nuvem, és mar, és olvido.
És também aquilo que está perdido.

de Jorge Luis Borges

"São os Rios"

Somos o tempo. Somos a famosa
parábola de Heráclito o Obscuro.
Somos a água, não o diamante duro,
a que se perde, não a que repousa.
Somos o rio e somos aquele grego
que se olha no rio. Seu semblante
muda na água do espelho mutante,
no cristal que muda como o fogo.
Somos o vão rio prefixado,
rumo a seu mar. Pela sombra cercado.
Tudo nos disse adeus, tudo nos deixa.
A memória não cunha sua moeda.
E no entanto há algo que se queda
e no entanto há algo que se queixa.

de Jorge Luis Borges

2006-10-05 16:08:50 · answer #2 · answered by Noel Prosa 3 · 0 0

Na verdade o poema Instante não è de Jorge Luís Borges, isso pelo menos è o que diz a Fundação Borges.
Pequisa na internet e se quiser a tradução do espanhol para o português manda um e-mail.
Valeu

2006-10-05 09:40:41 · answer #3 · answered by Os Okampas 7 · 0 0

Elogio da sombra

Jorge Luis Borges


A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno.
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.
Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinamarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.

2006-10-05 09:36:18 · answer #4 · answered by sophia 4 · 0 0

Querida, visite os links abaixo que você encontrará farto material.

ww.olharliterario.hpg.ig.com.br/jorgeluizborges.htm

www.artelivre.net.

Uma sugestão, digite apenas o nome dele no google, que voce encontrará ainda mais sites a respeito.

Te mando dois, dentre os meus prediletos:


INSTANTES
(Jorge Luiz Borges)


--------------------------------------------------------------------------------

Se eu pudesse viver novamente a minha
Vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na
verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria
mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e comeria
menos lentilhas, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente
cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons
momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos,
não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuvas e um pára-quedas:
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da
Primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

2006-10-05 09:35:11 · answer #5 · answered by kao kabeci ilê 7 · 0 0

Poema de Jorge Luis Borges

O SUICIDA


Não restará na noite uma estrela.

Não restará a noite.

Morrerei, e comigo a soma

do intolerável universo.

Apagarei as pirâmides, as medalhas,

os continentes e os rostos.

Apagarei a acumulação do passado.

Transformarei em pó a história, em pó o pó.

Estou mirando o último poente.

Ouço o último pássaro.

Deixo o nada a ninguém.





(Traduções de Renato Suttana)

2006-10-05 09:23:14 · answer #6 · answered by tita 3 · 0 0

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