O exercício da Magistratura é de tal modo sublime, que só deveria ser permitido aos sábios. Aos limpos de coração, aos mais ponderados e cultos de qualquer sociedade. Um Magistrado teria que atingir o cume da carreira apenas por seu enorme saber, pela justeza das sentenças que proferiu, por sua sintonia com os anseios da pátria a qual pertence. Jamais pela mão obscura de quem abarca o Poder, à revelia do povo. O grande filósofo Sócrates, diante de discípulos que o veneravam, costumava dizer que não era o "Senhor da razão". Que sua insignificância perante o Universo só o permitia compreender que de nada sabia a respeito da alma humana. O bom Magistrado, portanto, teria que primeiro conhecer a si próprio, saber dos seus limites e procurar ter humildade. Ser humilde é o primeiro grande passo para se encontrar a luz. Sei que isso é uma utopia, sobretudo porque jamais será dito por um noticiarista da Globo ou por uma sumidade togada que tenha sido picada pela mosca azul.
2006-10-04
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Literatura
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Governo e Política
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