Cleopatra exerceu forte influência sobre os destinos de Roma, graças à s relações amorosas que manteve com Julius Caesar e Marcus Antonius. Ãltima rainha da Dinastia Lágida, filha de Ptolomeu XII, Cleopatra nasceu em Alexandria no ano 69 a.C. e subiu ao trono do Egito em 51 a.C. O pai deixara o reino em testamento para o filho Ptolomeu XIII, então com dez anos, e para Cleopatra, prevendo o casamento entre ambos, segundo a tradição. Três anos depois, no entanto, ela entrou em choque
com os ministros, deflagrou uma guerra civil contra o irmão e foi reconduzida ao trono por Julius Caesar, junto ao irmão menor, Ptolomeu XIV. Uniu-se então a Caesar e foi para Roma, onde deu à luz Ptolomeu XV Caesar, conhecido como Cesarion. Com o assassinato de Caesar, em 44 a.C., Cleopatra voltou ao Egito. A presença de Marcus Antonius, que se encontrava na Anatólia como governador da porção oriental do Império Romano, estimulou a ambição da rainha, que o seduziu e casou-se com ele em 37 a.C. O Senado romano declarou-lhes guerra em 31 a.C. Após serem derrotados por Otavius na batalha naval de Actium, ambos se suicidaram. A união de Cleopatra com Caesar, e depois com Marcus Antonius, se vincula estreitamente a fatos polÃticos referentes a dois grandes impérios da antiguidade. Caesar não foi movido apenas por motivos sentimentais para restabelecer Cleopatra no trono, após derrotar Pompeius. Convinha à polÃtica oriental de Roma ter o Egito como aliado, ao invés de anexá-lo como provÃncia, fato que poderia reaglutinar o Oriente contra Roma; convinha também afastar Ptolomeu XIII, e ter Cleopatra sozinha no trono, como aliada. Marcus Antonius uniu-se a Cleopatra para contar com os recursos financeiros e militares do Egito na disputa com Otavius pela chefia do Império Romano. No inÃcio apenas um trunfo, o Egito acabou sendo para ele sua própria força. As razões pessoais pesaram também em suas decisões: Cleopatra dera-lhe dois filhos, cujo futuro ele deveria assegurar, o que explica o acordo pelo qual Marcus Antonius se comprometeu a desposá-la, a reconhecer Cesarion como herdeiro e recuperar o poderio egÃpcio. A derrota que sofreu contra os partos e a volta a Alexandria, sob proteção da esquadra de Cleopatra, transformou-o num joguete em suas mãos. Daà em diante, só ela teria poder para ajudá-lo a realizar seu sonho: fazer do Oriente um império dos Ptolomeus, com capital em Alexandria. Tendo frustradas suas ambições pela derrota, Cleopatra preferiu a morte e deixou-se picar por uma serpente, em Alexandria, em 30 a.C.
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Cleópatra VII do Egipto ou Cleópatra VII Filopator - ÎλεοÏάÏÏα θεά ÏιλοÏάÏÏÏ (Alexandria, Dezembro de 70 a.C. ou Janeiro de 69 a.C. - 12 de Agosto? de 30 a.C.) foi a última Faraó e Rainha da Dinastia Lágida da linhagem ptolomaica (da Macedónia) que dominou o Egito após os gregos terem invadido aquele paÃs. Era filha de Ptolomeu XII do Egipto e da sua irmã Cleópatra V Trifena. O nome Cleópatra é grego e significa "Glória do pai"; o seu nome completo, "Cleopatra Thea Philopator" significa "A Deusa Cleópatra, Amada de Seu Pai".
à uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e um dos governantes mais famosos do Antigo Egipto, sendo conhecida apenas por Cleópatra, ainda que tivessem existido outras Cleópatras a precedê-la (sem grande notoriedade). Nunca foi a detentora única do poder no seu paÃs - de facto co-governou sempre com um homem ao seu lado: o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho. Contudo, em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, mantendo ela a autoridade de facto.
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Biografia
Cleópatra começou a governar ainda em vida de seu pai, Ptolomeu XII, como co-regente. Subiu ao trono do Egito na Primavera de 51 a.C., após a morte do pai, em conjunto com o irmão Ptolomeu XIII do Egipto (com quem casou e que era contra a dominação romana). Era, na altura, a filha mais velha de Auletes, depois de duas das suas irmãs, mais velhas que ela, terem morrido. Tinha ainda uma irmã mais nova chamada Arsinoë. Mais tarde, governaria com o seu irmão Ptolomeu XIV, Caesarium, após a morte dos seus outros irmãos, de 44 a.C. a 30 a.C.. Como o trono, durante esta dinastia, era transmitido por via matrilinear, os reis (homens) eram obrigados a casarem-se com as irmãs, de modo a poderem ascender ao poder. A sua relação com os irmãos não foi pacÃfica e foi o foco de um perÃodo de instabilidade polÃtica. Em 48 a.C., os conselheiros de Ptolomeu XIII, dirigidos pelo eunuco Fotino, destituÃram Cleópatra do trono, forçando-a a exilar-se do Egipto. A sua irmã, Arsinoë, acompanhou-a. Nesse mesmo ano, contudo, Ptolomeu colocou o seu lugar no trono em perigo ao imiscuir-se nos assuntos de Roma. Quando Pompeu, exilado depois da vitória de Júlio César, chegou a Alexandria pedindo asilo, Ptolomeu decidiu assassiná-lo de modo a obter o favor de César. César, contudo, ficou de tal modo chocado pela barbaridade do acto que decidiu atacar a cidade, impondo-se árbitro nas disputas entre Cleópatra e Ptolomeu. Note-se que Pompeu tinha casado com a filha de César, que morreu dando à luz um filho. Depois de uma curta guerra, Ptolomeu XIII foi morto e César repôs Cleópatra no poder, como Ptolomeu XIV como co-regente. Conta Plutarco, num episódio lendário da sua biografia dos Césares, que Cleópatra marcou um encontro com Júlio César, quando este chegou ao Egipto,no inverno de 48 a.C. – 49 a.C., a fim de lhe dar um presente, que consistia num tapete. Este, ao ser desenrolado, mostrou que a própria rainha estava em seu interior. Cleópatra teria então argumentado que tinha ficado encantada com as histórias amorosas de César, tendo ficado desejosa de o conhecer. Tornou-se, assim, seu amante, o que ajudou a estabelecer o seu poder no paÃs. O Egipto manteve-se independente, mas sob a protecção de Roma que aà deixou três legiões romanas. Ainda no Egipto, Cleópatra deu à luz Ptolomeu XV Caesar, conhecido como Caesarion, ou Cesarion, que significa pequeno César. César recusou-se a torná-lo seu herdeiro, honra que coube a Octaviano. Cleópatra visitou Roma, com o filho, de 46 a.C. a 44 a.C. e estavam os dois presentes na cidade quando César foi assassinado. Pouco depois, voltou para o Egipto onde Ptolomeu XIV tinha morrido em circunstâncias misteriosas. Há quem suponha que a própria Cleópatra o tenha mandado envenenar. Cesarion passou a ser seu co-regente.
representação artÃstica de Cleópatra, por FointanebleuEm 42 a.C., Marco António, um dos triúnviros que governava Roma após o vazio governativo causado pela morte de César, convocou-a a encontrar-se com ele em Tarso para responder a questões relacionadas com a sua lealdade. Cleópatra chegou com grande pompa e circunstância, o que encantou António. Passaram juntos o inverno de 42 a.C. a 41 a.C. em Alexandria. Ficou grávida pela segunda vez, desta vez com gémeos que tomariam o nome de Cleópatra Selene e Alexandre Helios.
Quatro anos depois, em 37 a.C., António visitou de novo Alexandria, quando se encontrava numa expedição contra os Partos. Recomeçou então a sua relação com Cleópatra, passando a viver em Alexandria. à possÃvel que se tenha casado com Cleópatra segundo o rito egÃpcio (uma carta, citada por Suetónio leva a crer nessa hipótese), ainda que nessa altura estivesse casado com Octávia, irmã do triúnviro Octávio. Cleópatra deu então à luz outro filho, Ptolomeu Filadelfo. Durante as Doações de Alexandria, no final de 34 a.C., a seguir à conquista da Arménia, Cleópatra e Cesarion foram coroados co-regentes do Egipto e Chipre; Alexandre Helios foi coroado governante da Arménia, Média e Pártia; Cleópatra Selene foi coroada governante da Cirenaica e LÃbia. Ptolomeu Filadelfo tornou-se o governante da FenÃcia, SÃria e CilÃcia. Cleópatra recebeu também o tÃtulo de Rainha dos Reis.
O Senado romano declarou-lhes guerra em 31 a.C.. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Actium, ambos cometeram suicÃdio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente, em Alexandria, no ano 30 a.C., e toda a região do Egipto se tornou numa provÃncia romana
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Cleópatra, a sétima rainha ptolemaica desse nome, tinha cerca de 18 anos de idade em 51 a.C, quando subiu ao trono que partilhava com seu irmão Ptlomeu XIII (tinha 9 anos de idade) que, de acordo com o costume egÃpcio era também seu marido. Já então Roma estava intervindo com freqüência na polÃtica do Egito ptolemaico e os pretendentes ao trono procuravam a aprovação romana. Cleópatra queria reinar sozinha, mas os aliados de seu irmão se opuseram a ela e a expulsaram do reino. Indo refugiar-se na SÃria, conheceu Júlio César, membro do Segundo Triunvirato Romano. Cleópatra estava disposta a consquistá-lo, para com suas tropas lhe ajudaria a recuperar o trono do Egito.
Segundo conta a lenda, para conquistar César, ela se enrolou em um tapete, que o fez chegar até ele como presente. Quando ela saiu lá de dentro, o romano ficou maravilhado diante de tanta beleza e graça.
Cleópatra era uma mulher extraordinária e pouco comum. Era possuidora de uma beleza deslumbrante, acompanhada de um encanto pessoal e muita sensualidade. Enquanto alguns lhe atribuem inteligência, cultura e poder, também é descrita como uma mulher astuta, ambiciosa, manipuladora e algumas vezes, perversa. Em outras ocasiões apresentava-se como uma mulher fatal, amiga das orgias e liberta para o prazer. Com tantos atributos, Cleópatra era considerada a rainha exótica por excelência, em função de sua origem oriental.
Apesar de César estar perdido de amores por Cleópatra, decide voltar a Roma, mas deixa a mulher amada grávida de um filho que se chamaria Cesárion. Mãe e filho partem para Roma, onde Cleópatra é recebida como uma rainha, mas para os romanos ela não era mais do que uma amante de César. Esta viagem, independente de outros valores, nos revela o interesse por conhecer os costumes romanos e inclusive o desejo de uma oriental por ocidentalizar-se. Cleópatra permaneceu uma no e meio em Roma, em uma cidade que não podia se comparar com a bela Alexandria. A rainha estava protegida por César, mas tinha a esperança de alcançar uma união legal, o que nunca aconteceu.
A morte de César, com 56 anos, truncou os planos, mais polÃticos que pessoais de Cleópatra. Não só o assassinato, mas também o conhecimento do testamento de César, em que tornara seu único herdeiro Otávio, filho de uma sobrinha-neta por parte de sua irmã, fizeram compreender a rainha que momentaneamente deveria renunciar ao seu sonho. Sua vida e de seu filho corriam perigo e logo retornou ao Egito, esperando o desenrolar de novos acontecimentos.
Cleópatra, de volta ao Egito, sabia que ela não poderia manter a unidade de seu reino contra a invasão dos romanos e que seria necessária uma outra aliança para que não fosse atacada. Decidiu então conquistar Marco Antônio, outro membro do Triunvirato que governava a República Romana. Contam que para conquistá-lo, preparou uma grande festa em sua honra, onde não faltaram presentes, belas mulheres e onde se utilizou de todos os seus encantos para seduzi-lo. Marco Antônio não pode resistir à Cleópatra e durante um ano viveram em festa permanente. Em Alexandria, acabou permanecendo mais tempo do que deveria, impregnado com o ambiente helenÃstico da cidade, abandonando temporariamente a causa do Oriente, onde supostamente teria sido enviado para preparar um ataque contra a Pérsia.
Quando retornou a Roma, Marco Antonio teve que explicar sua atitude no Egito, pois era casado com a irmã de Otávio. O amor fatal de Marco Antônio foi explorado por Otávio que, indignado por seu comportamento, conseguiu colocar o senado contra ele. Daà iniciou-se a guerra contra Cleópatra. As duas frentes se enfrentaram na batalha naval de Ãccio. Sabe-se da derrota egÃpcia. Foi então que Marco Antônio com seus desejos derrotados, suicidou-se com uma espada. E Cleópatra antes de ser prisioneira de Roma o que seria constrangedor demais para ela, fez o mesmo. Segundo a lenda, ela fez com que uma vÃbora picasse o peito, mais como vários outros fatos esse não foi comprovado. Cleópatra morreu aos 39 anos, assim sendo a última soberana do Egito Antigo.
O MITO DA MULHER DE PODER
Sem sombra de dúvida, Cleópatra jamais foi esta mulher tão hostilizada pela literatura greco-romana. Ela é, antes de tudo, uma personagem que tem despertado o interesse de um grande número de historiadores e o que sabe-se hoje, é que a imagem fornecida pela literatura antiga está impregnada de conceitos equivocados, nos forçando a encarar Cleópatra como uma governante ambiciosa e uma mulher desprovida de sentimentos que utiliza sua sexualidade para alcançar objetivos maiores. Realmente, esta rainha estava dotada do encanto próprio de toda e mulher, que se utilizando de um cérebro masculino, aspirava pelo poder.
A superioridade do Ocidente frente ao Oriente, somada à oposição do masculino pelo feminino foram os elementos que desencadearam a luta entre Cleópatra e o romano Otávio.
Graças a recentes publicações, nos foi possÃvel conhecer um pouco mais da Rainha Cleópatra. à hoje, de nosso conhecimento, o seu paralelo papel de mãe, sempre preocupada com o futuro de seus filhos. Os alguns episódios da vida desta mulher que nasceu no ano de 69 a.C. e morreu em 30 a.C., nos permite contemplar uma rainha que refletia e calculava detidamente todas as suas decisões, tendo sempre em conta os interesses do seu reino e de seus filhos. A opção pelo suicÃdio é prova cabal destes fatos. Cleópatra lutou até o fim para preservar a independência de seu reino e se equivocou ao pensar que poderia derrotar Roma. Asua enorme popularidade não só no Egito, revelam que efetivamente ela havia sido uma extraordinária mulher e uma rainha-regente muito competente. Sua memória foi honrada através dos séculos pelos egÃpcios, porque eles sempre entenderam as atitudes e comportamento desta mulher que antes de tudo, queria reinar um Estado livre, sem a presença romana.
CLEÃPATRAS ATUAIS
Este filme é bastante repetitivo e atual. Hoje, mais do que nunca, encontramos mulheres que conseguiram posições executivas, gerenciais e profissionais, com todos os poderes e responsabilidades que isso acarreta. Seus problemas, portanto, são de mulheres importantes e, as soluções que darão a eles serão diferentes das dos homens, porque são intrinsecamente diferente deles. Biologicamente, as mulheres são diferentes em estrutura e potencialidade. Psicologicamente, os valores femininos tendem a ser ordenados de forma diferente, de forma que suas prioridades podem não se alinhar da maneira como os homens fazem. As escolhas das mulheres são estruturadas em grande parte por relacionamentos. Ao contrário, os relacionamentos entre homens tendem a ser estruturados largamente pelas escolhas que fazem.
Parece que os conflitos psÃquicos mais profundos surgem quando se vive de uma forma fortemente unilateral, voltado para a identidade ou para o relacionamento. A mulher bem-sucedida no mundo masculino e que também tem conseguido manter um lar com filhos e marido, está começando a entender o preço demasiado caro que lhe é cobrado para estabelecer sua identidade. Tem sido mais difÃcil para ela do que jamais pensara que fosse, pois teve que fazer tudo o que os homens fazem e mais, porque ainda carrega a responsabilidade primária de cuidar da famÃlia.
Esta mulher sofre com a recusa ou impossibilidade de conviver com ela mesma. Acaba oscilando entre o desespero e a culpa: desespero de saber que nunca poderá estar completamente segura em um mundo de valores patriarcais; culpa, porque mesmo que consiga o reconhecimento neste mundo, uma parte muito importante de seu ser, seu Eros, terá que ser sacrificada no processo. A posição de um ego voltado para objetivos da identidade, reconhecimento e poder dá margem a uma sombra, uma contraparte inconsciente inferior que recusa significado e reprime o sentimento. A mulher nesta posição pode facilmente ser dominada pelos valores patriarcais ao seu redor. Ela poderá então, se tornar ausente em relação ao filho ou marido; uma mulher fria e distante. Por dentro, entretanto, ela é um caldeirão de contradições. O lado feminino, que em sua totalidade baseia-se na função maternal, será vista por esta mulher como uma ameaça à sua identidade.E, deste modo, a mulher fica dividida entre estes dois conjuntos opostos, que acredita que a sociedade impõe à ela. Mas será mesmo que a sociedade impôs isso?
Não podemos negar que em grande parte somos condicionados pela sociedade. Nossos condicionamentos começam quando nascemos, quando começamos a perceber as expectativas de nossa mãe e depois do mundo inteiro. Mesmo assim, se pudermos acreditar que somos algo mais do que condicionamento, que viemos para este mundo com padrões arquetÃpicos impressos, então, diante de tudo que nos é oferecido, teremos alguma escolha quanto aos padrões que vamos ultrapassar, quais aceitar e quais recusar.
Pode uma sociedade livre impor alguma coisa a alguém se a pessoa não concorda tacitamente com isso? Quando se percebe que nos foi ensinado a seguir a multidão sem querer pensar, podemos descobrir que afinal de contas ainda temos alguma escolha.
RITUAL DE ENSAIO PARA A MORTE
Sabemos que a vida neste corpo e nesta terra é curta. à medida que envelhecemos, nos tornamos mais conscientes desse simples fato. A vida acabará em breve. Já não nos sobra muito tempo dela, talvez mais vinte anos, talvez apenas mais dez, talvez haja apenas amanhã. Será que então passaremos esses poucos dias preciosos oscilando para frente e para trás entre a culpa de termos sido insuficientemente amorosas e a vergonha de não termos conseguido tudo que éramos capazes de conseguir? Será que desperdiçaremos esse tempo precioso desejando que fossemos melhores em uma coisa ou em outra?
Acho que o que necessitamos é ensaiar o último ato do nosso drama terreno, que é o unico sobre o qual se tem certeza e para o qual estamos menos preparadas. Estou falando do ato de morrer. Pois vamos então ao nosso ritual.
Escolha um lugar agradável, de preferência ao ar livre ou que você possa observar o céu.
Sente-se com a coluna ereta, se preferir pode deitar-se. Mantenha os olhos fechados e esvazie sua mente. Inicie a respiração abdominal, procure encher completamente a barriga e os pulmões. Inspire pelas narinas e expire o ar pelos lábios entreabertos. Vá aumentando a intensidade respiratória por pelo menos 6 vezes.
Imgine-se agora em seu leito de morte. Sinta a vida escoando-se lentamente. Só há uma coisa para você fazer agora: deixar-se ir. Deixe as tarefas e preocupações deste mundo se esvaÃrem. Deixe sua própria identidade se esvaziar. Deixe tudo, sua casa, suas posses, seus sentimentos, seus pensamentos. Deixe-se levar. Você começará a se sentir mais leve. Perderá toda a carga pesada que estava levando e flutuará no espaço. Você está saindo de seu corpo, está morrendo. Você perceberá o quanto tudo é temporal quando encara a morte.
Caminhe livremente pelo espaço e tente encontrar a entrada de uma caverna, quando achá-la entre nela. Como se fosse a ponta de um aspirador o buraco negro que a(o) sugará para baixo, deixe-se cair sem medo. Pense que você está deslizando em um escorregador. No fim do túnel haverá uma luz muito forte. Tente ficar em pé e aguarde que alguém virá buscá-la(o). Quando isto acontecer, é importante avisar que você ali se encontra para uma rápida visita.
Peça então para conversar com um Mestre. Quando ele surgir, observe sua aparência, a forma com que surge, os mÃnimos detalhes. Conserve com o Mestre e peça-lhe o que for necessário para compreender este momento. Entregue-se a esta sensação, registre as imagens e palavras e guarde tudo em seu coração. Se Ele lhe oferecer para dar um passeio, não recuse a oferta, não tenha medo, pois você verá o que lhe for permitido ver e o conhecerá o que necessita conhecer.
Depois despeça-se do Mestre, faça-lhe uma reverência e agradeça o contato. Retorne então à saÃda da caverna. Agora, você será puxada(o) para cima e novamente se encontrará solta(o) no espaço. Localize seu corpo e lentamente volte para ele, carregando as mensagens recebidas e agora, consciente do caminho a seguir.
Abra os olhos, espreguice e permaneça deitada (o) alguns instantes assim.
2006-10-04 13:12:02
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answer #5
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answered by petypss 4
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