Acusações de corrupção
Em 1992, Collor foi acusado de corrupção por seu irmão Pedro Collor, o que gerou investigações lideradas pela imprensa e, posteriormente, pelo Congresso Nacional.
A enxurrada de indÃcios de propinas e desvios de verbas públicas gerou amplas manifestações populares nas principais cidades do Brasil. As acusações envolviam o presidente Collor diretamente, bem como seu antigo tesoureiro de campanha, PC Farias. Em Outubro, o Congresso votou pela sua suspensão do cargo.
Enquanto o processo de impeachment corria no Senado Federal, Collor renunciou em 29 de dezembro de 1992. Em entrevista dada à Rede Globo em 2005, Collor chegou a afirmar que seu desgosto à época foi tão grande, que ele chegou a pensar em se matar.
Durante a mobilização que precedeu o impeachment, destacou-se o envolvimento de jovens, apelidados à época de "caras-pintadas", em referência à s pinturas de seus rostos. Segundo opiniões de muitos polÃticos e sociólogos, sem essa participação juvenil, o afastamento de Collor provavelmente não teria ocorrido.
As manifestações públicas foram fundamentais para a queda do presidente, segundo os mesmos, e que foram justamente elas as responsáveis pela geração do “fato”, do elemento que desestabilizou o governo, que promoveu uma inversão na relação de forças e possibilitou o afastamento de partidos e lideranças empresariais.
Houve também quem dissesse que o movimento juvenil era desprovido de idealismo e coerência polÃtica, ou seja, que era um movimento criado e manipulado ou pelos meios de comunicação de massas ou por grupos esquerdistas.
Votação do impeachment
Os polÃticos também foram motivados - mesmo que pensando em sua sobrevivência polÃtica - pela pressão popular. O estigma de votar contra o afastamento de um presidente acusado de corrupção e execrado pela opinião pública poderia inviabilizar candidaturas, especialmente aquelas envolvidas nas eleições municipais que iriam ocorrer quatro dias depois. Seria também um pesado fardo polÃtico para ser carregado por aqueles que tentassem a reeleição ao Congresso em 1994. Todos os deputados que eram candidatos a cargos municipais votaram pelo afastamento de Fernando Collor.
Várias mudanças ocorreram também no calor da votação. Votos que eram contabilizados para o governo, subitamente, tornaram-se pró-impeachment. Dois desses votos, talvez, merecessem um certo destaque: em primeiro lugar o deputado Onaireves Moura (PTB-PR), que dias antes havia organizado um jantar de desagravo ao presidente e posteriormente votou pela aprovação do impeachment. Em segundo lugar, demonstrando o completo isolamento do presidente, o voto de Cleto Falcão, ex-lÃder do PRN na Câmara e amigo Ãntimo de Collor.
Por sua vez, os meios de comunicação de massas também foram envolvidos por esse turbilhão de manifestações.
O “estÃmulo” definitivo para os parlamentares foi oferecido em 23 de setembro de 1992, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que a votação para o afastamento do presidente Collor, na Câmara, seria através do voto aberto. Seria impossÃvel, pois, a partir desse momento esquivar-se do “clamor popular”, da “voz das ruas”.
A votação terminou com a aprovação do impeachment: 441 votos a favor do impeachment, e 38 votos contra.
O processo dependia agora da aprovação do Senado Federal. Para escapar do impeachment - que a essa altura era considerado certo - Collor renunciou em 27 de dezembro de 1992.
Collor durante campanha ao Senado de 2006.Mesmo assim, o Senado o julgou e, por 76 votos contra 5, Collor foi considerado culpado por crime de responsabilidade, tendo seus direitos polÃticos suspensos por oito anos.
Depois da presidência
Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco.
Em dezembro de 1994, Fernando Collor foi absolvido das acusações de corrupção pelo Superior Tribunal de Justiça brasileiro, por cinco votos favoráveis e três contrários. Mesmo assim, continuou suspenso da vida pública por 8 anos.
Em 23 de junho de 1996, seu ex-tesoureiro Paulo César Farias (conhecido como PC Farias) foi encontrado morto em sua cama ao lado da amante Susana Marcolino, ambos assassinados a tiros, em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas. Muito se falou em "queima de arquivo", mas as perÃcias judiciais (que também foram questionadas) apontaram que seu assassinato foi decorrente de "crime passional". Até hoje, não há consenso sobre a questão.
Collor foi acusado perante o Supremo Tribunal Federal do crime comum de formação de quadrilha, havendo sido absolvido por falta de provas. Collor foi absolvido de 103 acusações feitas contra ele.
Após o decurso da sua inelegibilidade, em 2000, Collor tentou concorrer à prefeitura de São Paulo, mas não obteve sucesso. Em 2002, ele concorreu ao governo de seu estado, Alagoas, mas perdeu novamente. O êxito de Collor nas urnas de 2004 foi ter conseguido eleger o filho Fernando James (PRTB), que Collor reconheceu alguns anos antes, por um exame de DNA, vereador em Rio Largo, na grande Maceió.
E em 2006, Collor aceitou o pedido de seu partido, o PRTB, para a disputa pelo senado. Mas o ex-presidente só aceitou porque o presidente do partido no Estado, Eraldo Firmino, desistiu de participar da disputa. Depois, o PRTB havia registrado o nome do motorista Givaldi Francisco da Silva, mas ele renunciou por não ter idade mÃnima de 35 anos. No fim de agosto de 2006, alguns dias depois de iniciada a propaganda eleitoral no rádio e na TV, o registro protocolado da candidatura de Collor ao senado foi deferido.
2006-10-02 17:40:18
·
answer #2
·
answered by Anonymous
·
1⤊
0⤋
Coyote, o Collor é um nene na frente destes corruptos do governo LULLA, escandalos absurdos, corrupções, dossie, etc.
Agora é a vez dele mostrar realmente quem é, imagine que segundo informações em 100 processos que ele estava respondendo foi inocentado em todos. Será que este atual e seus asseclas terão a mesma virtude? vamos aguardar o mandato dele e analisar. Pior do que ele são os que foram reeleitos, com todos os escandalos.
2006-10-02 17:44:38
·
answer #8
·
answered by itamar.franca 6
·
0⤊
0⤋