Em 1981, durante o decurso de uma greve no ABC, o Sindicato dos Metalúrgicos de S. Bernardo do Campo sofre intervenção aprovada por Murilo Macedo, então Ministro do Trabalho do General João Baptista Figueiredo e Lula é detido por vinte dias nas instalações do DOPS paulista. Sua carreira como dirigente sindical fica, assim, encerrada, e começa sua carreira política propriamente dita.
Visando a participar de pleitos eleitorais, alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva (a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos).
Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu. Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha Diretas Já, que clamava por eleições presidenciais diretas após anos de ditadura militar e presidentes nomeados. A campanha Diretas Já não teve sucesso e as eleições presidenciais de 1984 foram feitas pelo Colégio Eleitoral através de eleições indiretas pelo Congresso Nacional. Lula e o PT abdicaram de participar desta eleição.
Em 1986, foi eleito deputado federal com recorde de votos, tendo participado da elaboração da Constituição Federal vigente.
A versão de seus correligionários é que ele precisava se dedicar a consolidação de seu nome e principalmente a aumentar a estrutura do seu partido. O fato é que ele viajou pelo Brasil estruturando as seções regionais do partido e ajudando a transformação do PT de um pequeno partido a uma das principais forças do país. Sua participação neste processo é que o tornou uma figura essencial, simbólica e incontestável dentro do partido, mesmo depois de suas sucessivas derrotas eletorais.
Em 1989, realizou-se a primeira eleição direta para presidente desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou a presidente. A eleição foi vencida por Fernando Collor de Mello, candidato liberal do PRN, que recebeu entusiástico apoio de considerável parte da população que se sentia intimidada ante a perspectiva do ex-sindicalista tido como radical e supostamente alinhado com as teses de esquerda chegar à Presidência.
A campanha de Collor contra Lula, no segundo turno, foi fértil em práticas tidas, à época, por moralmente duvidosas, e que combinavam preconceitos políticos e sociais: Lula foi identificado como um trânsfuga do comunismo, a quem a queda do Muro de Berlim havia transformado em anacronismo, e seus atos politicos foram mostrados como orgias de vândalos em fúria (segundo o acadêmico Bernardo Kucinski tal ter-se-ia dado graças a infiltração de agentes provocadores de Collor nos comícios do PT). Sem falar que Collor acusou Lula de desejar seqüestrar ativos financeiros de particulares (que era o que ele mesmo iria fazer no início do seu governo).
Lula e o presidente Hugo Chavez em Caracas, 14 de fevereiro de 2005.Inumeráveis articulistas da grande imprensa arrogaram-se o direito de emitir os comentários mais grosseiros sobre Lula: o conhecido publicista Paulo Francis chamou Lula de "ralé", "besta quadrada" e disse que se ele chegasse ao poder, o País viraria uma "grande *****". Mais do que isto, recorreu-se ao assassinato de caráter: uma antiga namorada de Lula, com a qual ele tinha uma filha natural, surgiu na propaganda gratuita de Collor para acusar seu ex-namorado de "racista" e de ter-lhe proposto abortar a filha que ambos tiveram.
Às vésperas da eleição, um resumo do debate final entre ambos teria sido editado pela TV Globo de forma a favorecer Collor (fato este admitido mais tarde por várias memórias de participantes do evento).
A eleição propriamente dita comportou ainda a suposta manipulação política do seqüestro do empresário do setor de supermercados Abílio Diniz, que, ao ser libertado de seu cativeiro no dia da eleição, apareceu vestindo uma camisa do PT que ter-lhe-ia sido colocada por seus seqüestradores.
Tais práticas iriam, paradoxalmente, atuar mais tarde em benefício de Lula, na medida em que acusações sobre práticas eticamente questionáveis dele e de seu partido tenderiam a ser consideradas como propaganda hostil. Para esta posterior revanche política contribuiram também os erros de seus adversários.
Em 1994, Luiz Inácio Lula da Silva volta a candidatar-se à presidência e é novamente derrotado, dessa vez pelo canditado do PSDB, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso - posteriormente apelidado pela imprensa de FHC.
À época senador pelo Estado de São Paulo, Cardoso tinha um histórico familiar (como filho do general comunista Leonidas Cardoso, que foi um dos mentores da campanha pela criação da Petrobras durante o segundo governo Vargas) e político ligado à Esquerda, tendo sido aposentado compulsoriamente como professor da USP durante a ditadura militar, e era já então um intelectual de renome internacional.
A frente do Ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco, FHC comandou a implantação do Plano Real, que teve sucesso em sobrepujar a inflação e estabilizar a moeda brasileira. Em 1998 Fernando Henrique se tornou o primeiro presidente brasileiro a se reeleger, derrotando Lula logo no primeiro turno.
Lula, sabendo-se derrotado de antemão, realizou uma campanha discreta, que no entanto o ajudou a consolidar sua posição hegemônica dentro do seu partido e dentro da Esquerda brasileira, o que foi expresso pelo fato do vice-presidente da sua chapa ter sido Leonel Brizola.
George W. Bush e Lula na Residência Oficial do Torto.A desvalorização do real no período logo após a eleição de 1998 até 1999, as crises internacionais, desastres administrativos como o que gerou o Apagão, e principalmente o fraco crescimento econômico no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso fortaleceram a posição eleitoral de Lula nos quatro anos após 1998.
Abdicando dos erros (principalmente o radicalismo verbal) cometidos em campanhas passadas, Lula escolheu para seu vice o senador conservador mineiro e empresário têxtil José Alencar do PL (partido ao qual se aliou) e opta em 2002 por um discurso conciliador, prometendo ortodoxia econômica, respeito aos contratos e reconhecendo a dívida externa do país, o que conquista finalmente a confiança de uma parte da classe média e empresários. Ele ainda pregava que ele e seu partido dariam um exemplo de ética para o Brasil e implantariam um política econômica melhor que a do governo anterior. É sob o perfil de “Lulinha paz-e-amor” (epíteto este cunhado pelo seu marqueteiro Duda Mendonça) que Luiz Inácio da Silva finalmente ascende à presidência.
Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, José Serra do PSDB. No seu discurso de posse, Lula afirmou: "(sic) E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país." A declaração foi uma resposta contra os inúmeros ataques que sofreu em virtude de sua baixa educação formal, que muitos consideram incompatível com o cargo mais importante da República. As causas deste desabafo foram os ataques sofridos na campanha que desmereciam sua educação
entendeu meu bem.
lula de novo é a força do povo
2006-10-02 09:48:04
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answer #1
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answered by Anonymous
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Este que é o mal da petezada ignorante que não sabe de nada. Voces petistas bateram em FHC durante toda a campanha, esquecendo-se que ALKIMIN é um grande administrador, com postura de estadista, será o próximo Presidente do Brasil, nossa economia vai crescer para todos.
2006-10-02 08:59:09
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answer #3
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answered by claudioroy s 7
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