O ouvido é o órgão que capta esse som, transforma-o em estÃmulos elétricos e os envia ao nervo auditivo, para que cheguem ao cérebro. Ali, eles são decodificados como uma palavra, ou como uma canção. Quando esse precioso mecanismo apresenta falhas, surgem as deficiências auditivas, que podem ter vários graus e culminar na surdez total. O som é energia mecânica de vibração do ar
A surdez tem a sua classificação de acordo com a área do ouvido que apresenta a deficiência. Quando ela está relacionada a problemas do ouvido interno, cóclea, labirinto ou nervo auditivo (que transmite as informações geradas no ouvido até o cérebro), chama-se surdez neurossensorial. Normalmente é de difÃcil tratamento e possui intensidades variadas. Muitas vezes é total. Podem surgir por causas congênitas e hereditárias, ou em razão de doenças sistêmicas, drogas tóxicas para o ouvido, trauma acústico sonoro e envelhecimento. O outro tipo é a surdez de condução do som do meio externo para o ouvido interno. Tudo o que obstrui a passagem do som, como as "rolhas" de cera e as otites (inflamações do ouvido), causa essa surdez, além de problemas na membrana timpânica nos ossinhos do ouvido que amplificam o som. Podemos citar ainda nesse grupo a surdez transitória, que acontece quando se está gripado ou se desce a serra ou, ainda quando se viaja de avião. Felizmente, na maior parte dos casos, a surdez de condução pode ser revertida por meio de tratamentos clÃnicos ou cirúrgicos.
Unilateral
Caso a deficiência auditiva seja unilateral, causará poucos problemas, pois há a compensação do outro lado. Se atingir os dois ouvidos e, dependendo do grau, causará dificuldades sociais e de comunicação. No idoso, costuma gerar isolamento, o que pode levar à depressão e a problemas no trabalho e de relacionamento.
Na criança, se a deficiência aparece já nos primeiros anos de vida, poderá causar distúrbios ou atrasos na aquisição de linguagem, além de problemas no desenvolvimento intelectual e de aprendizado. A detecção e a correção da doença devem ocorrer o quanto antes.
Formas de Prevenção
A prevenção é palavra-chave, pois é possÃvel prevenir alguns tipos de surdez, um exemplo: a rubéola é uma doença contagiosa que ataca gestantes nos primeiros meses de gravidez e pode afetar seriamente o desenvolvimento normal do aparelho auditivo do feto e causar a surdez infantil. São instrumentos de prevenção: a vacinação contra a rubéola em mulheres antes da gravidez; o tratamento de doenças como a sÃfilis, a toxoplasmose e o citomegalovÃrus; a imunização contra a meningite meningocócica; o tratamento adequado de otites na infância; e a precaução no uso de medicamentos potencialmente tóxicos para o ouvido. Infelizmente, poucos hospitais e maternidades hoje fazem exame de audição em recém-nascidos.
Ele é importante porque, se a deficiência auditiva não for percebida a tempo, causará alterações no desenvolvimento normal das vias auditivas cerebrais por falta de estimulação. Em casa e na escola, é importante observar o comportamento da criança. Atrasos no desenvolvimento da linguagem e da comunicação, alterações de comportamento, dificuldade no aprendizado e isolamento são indÃcios que pedem exames. Nas empresas e indústrias, testes de audição periódicos e proteção de ouvido para empregados expostos a muito barulho ajudam a prevenir a surdez ocupacional, relacionada a ruÃdos em ambiente de trabalho. De modo geral deve-se evitar a exposição a ruÃdos que agridam o ouvido.
Os especialistas no assunto lembram que a surdez de condução pode ser tratada com medicamento ou cirurgia. Já a surdez neurossensorial dificilmente tem solução. Por isso, é necessário que se procure um especialista a qualquer sinal de perda de audição. Um diagnóstico precoce do problema pode impedir a progressão da surdez e, em casos raros, saná-la. Na presbiacusia (surdez do idoso), a perda de audição se deve ao desgaste provocado pelo envelhecimento. Nos casos em tratamento, a melhor opção para recuperar a audição é a prótese auditiva (aparelho de surdez). à fundamental ainda ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do problema auditivo, na infância, como forma de evitar que crianças tenham seu desenvolvimento afetado pela surdez.
Audição e Fala
A audição é essencial para o desenvolvimento da fala, da linguagem, da socialização e de outras formas de comportamento. Sem a audição a criança tende a se afastar do seu meio ambiente, isola-se, e pode ter a aparência de criança retardada, com distúrbios emocionais e de aprendizagem. Torna-se claro que a audição deve ser testada em qualquer criança que venha para avaliação de distúrbios do desenvolvimento.
Classicamente, surdez é descrita como perda de audição para determinado número de decibéis e freqüentemente não se leva em conta o aspecto funcional da audição, como propósito de comunicação. Ouvir não é apenas escutar; implica numa interpretação ótima de sons levando à produção de pensamento e linguagem.
As perturbações da audição podem ser classificadas em quatro categorias: por condução, neurossensorial, mista e central. O déficit de audição por condução envolve perturbação da área do ouvido responsável pela transmissão mecânica de sons, portanto limitada à patologia do ouvido externo e médio (por exemplo, má formação congênita, cerúmen, infecção). Quase sempre a redução da audição não é total, e pode, na maioria das vezes, ser resolvida do ponto de vista médico. A maioria dos casos de déficit auditivo por condução se relaciona diretamente com disfunção da trompa de Eustáquio, devido à infecção das vias aéreas superiores, obstrução tubária, secreção de lÃquido no ouvido médio e posterior infecção.
A perda de audição neurossensorial resulta de dano no ouvido interno e nas fibras nervosas associadas. Tais lesões são usualmente permanentes, levando ao déficit sensorial e distorção dos sons, perturbando a discriminação auditiva mesmo daqueles sons ouvidos. O déficit neurossensorial pode ser congênito ou adquirido e as causas mais comuns são defeitos genéticos, infecções viróticas e bacterianas, uso de drogas ototóxicas e exposição contÃnua a ruÃdos de alta intensidade. Quanto mais precoce é a perda, e mais severo o déficit, mais dramático é o efeito sobre o aprendizado da fala e da linguagem, e sobre outros tipos de comportamento.
A perda de audição de origem central é muito mais difÃcil de ser determinada em crianças porque existem muitas vias pelas quais o estÃmulo sonoro chega até o córtex cerebral.
São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. Há também atitudes preventivas que possibilitam impedir que a criança venha a desenvolver deficiência auditiva. Mas, uma vez constatada a deficiência, a busca de tratamento deve ocorrer rapidamente. Conheça algumas dicas para reconhecer sinais de deficiência auditiva e como lidar com a situação.
Deficiência auditiva - O que é
Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial.
A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno. Esta deficiência, em muitos casos, é reversÃvel e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos.
Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.
A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa.
O que causa a deficiência auditiva
São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno.
No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, um deles é o genético. Algumas doenças, como rubéola, varÃola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê.
Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos.
Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva. Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.
Perda Auditiva e Hipoacúsia
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, caracterÃsticas dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacúsias classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficiente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez.O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente.
Para o caso do ouvido humano, a intensidade padrão ou de referência correspondem à mÃnima potência de som que pode ser distinguida do silêncio, sendo essa intensidade tomada como O dB. Uma pessoa com audição normal pode captar como limiar inferior, desde -10 dB até + 10 dB. Verifica-se essa progressão se dá de forma exponencial ou seja multiplicando-a por dez. Logo, pressupõem-se que 10 dB tenha uma intensidade dez vezes superior a 0 dB e 30 dB são de uma intensidade vinte vezes superior a 10 dB.
Dessa forma entende-se melhor a grande diferença entre uma pessoa com uma perda de 60 dB, que consideramos hipoacústico, e outro com 100 dB de perda. Tendo em vista que 60 dB é mais ou menos a intensidade de um grito a 1,5 m de distância. Portanto, compreendemos que a diferença entre uma perda de 60 dB e 100 dB.à última sendo considerada bem mais difÃcil, para o prognóstico de reabilitação.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de freqüência que está afetado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas freqüências baixas são mais prejudiciais do que as perdas nas freqüências altas. "Para compreendermos a causa disto teremos de analisar a relação entre a freqüência de um som e o tom com que este som se percebe". (CRYSTAL, 1983).
A freqüência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano percebe sons nas freqüências entre 20Hz e 20.000Hz.
Entretanto a resposta perceptiva ao estÃmulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de freqüências. Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota “lá” que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota “lá”.
Essa variação denomina-se uma oitava. “Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a um tom dado, o som, em termos fÃsicos, dobra a freqüência do primeiro. Desta forma, embora entre 2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância fÃsica de freqüência menos do que entre 100Hz e 2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior”. (FRY et. al., 1982).
Comparando esses valores percebemos que entre 2000Hz e 100 Hz há mais de quatro oitavas, porque de 2000Hz para 1000Hz há uma oitava, ou seja, a metade da sua freqüência. Por tanto de 2000Hz para 1000Hz há uma oitava, de 1000Hz para 500Hz também há uma oitava, de 500Hz a 250Hz há outra e de 250Hz a 125Hz há outra. Entendemos agora por que as perdas auditivas nas freqüências baixas são de muito pior prognóstico do que as perdas nas altas freqüências.
@Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de freqüência que vá pelo menos de 125 Hz a 4000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana@.(CASANOVA, 1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação entre o limiar auditivo e o limiar doloso, de forma, a saber, qual o tipo de resÃduo auditivo que poderá ser aproveitado para a reabilitação indivÃduo surdo. O limiar auditivo corresponde ao nÃvel de intensidade necessário para que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser diferente em cada freqüência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora produz dor à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se chama de resÃduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: Excessiva distração; freqüentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta.
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Patologias do ouvido
A deficiência auditiva pode ser classificada como: deficiência de transmissão – quando o problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido médio; deficiência mista – quando o problema se localiza no ouvido médio. E deficiência interna ou sensorioneural – quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo.
As principais patologias do ouvido humano são: as ligadas à membrana timpânica, a deficiência de transmissão sonora no sistema tÃmpano-ossicular, a rigidez nos ligamentos de suporte ossicular, a timpanoesclerose, a fixação do martelo, a ausência no reflexo estapediano, a paralisia do nervo do músculo estribo, a complacência da membrana timpânica ou a sua rigidez, a lesão retrocloclear e a surdez psicogênica que é um dos distúrbios psicogênicos.
A impedância acústica do ouvido médio é um tipo comum de patologia. Pode ser definida como a resistência que a mesma oferece à energia sonora que penetra no conduto auditivo externo. E há ainda as patologias ligadas a Trompa de Eustáquio apresentando-se ou muito aberta ou obstruÃda e causando sintomas como autofonia e a percepção sonora da respiração pelo indivÃduo.
O diagrama da secção transversal (ao lado), mostra que a cóclea é composta por três tubos individuais, colados um ao lado do outro: as escalas ou rampas timpânica, média ou coclear e vestibular. Todos esses tubos são separados um do outro por membranas. A membrana existente entre a escala vestibular e a escala média é tão fina que não oferece obstáculo para a passagem das ondas sonoras. Sua função é simplesmente separar os lÃquidos das escalas média e vestibular, pois esses têm origem e composição quÃmica distintas entre si e são importantes para o adequado funcionamento das células receptoras de som. Por outro lado, a membrana que separa a escala média da escala timpânica – chamada membrana basilar – é uma estrutura bastante resistente, que bloqueia as ondas sonoras. Essa membrana é sustentada por cerca de 25.000 estruturas finas, com a forma de palheta, as quais se projetam de um dos lados da membrana e aparecem ao longo de toda a sua extensão – as fibras basilares.
As fibras basilares próximas à janela oval na base da cóclea são curtas, mas tornam-se progressivamente mais longas à medida que se aproximam da porção superior da cóclea,. Na parte final da cóclea, essas fibras são aproximadamente duas vezes mais longas do que as basais.
Na superfÃcie da membrana basilar localiza-se o órgão de Corti, onde há células nervosas ciliares (células sensoriais). Sobre o órgão de Corti há uma estrutura membranosa, chamada membrana tectórica, que se apóia, como se fosse um teto, sobre os cÃlios das células sensoriais
O labirinto posterior (ou vestibular) é constituÃdo pelos canais semicirculares e pelo vestÃbulo. Na parte posterior do vestÃbulo estão as cinco aberturas dos canais semicirculares, e na parte anterior, a abertura para o canal coclear.
Os canais semicirculares não têm função auditiva, mas são importantes na manutenção do equilÃbrio do corpo. São pequenos tubos circulares (três tubos em forma de semicÃrculo) que contêm lÃquido e estão colocados, respectivamente, em três planos espaciais (um horizontal e dois verticais) no labitinto posterior, em cada lado da cabeça. No término de cada canal semicircular existe uma válvula com a forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura contém tufos pilosos (cÃlios) que se projetam de células ciliares semelhantes à s maculares.
Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade cheia de um lÃquido chamado perilinfa - o vestÃbulo. No interior dessa cavidade existem duas bolsas membranáceas, contendo outro lÃquido – a endolinfa: uma póstero-superior, o utrÃculo, e uma ântero-inferior, o sáculo. Tanto o utrÃculo quanto o sáculo contêm células sensoriais agrupadas em estruturas denominadas máculas. Células nervosas da base da mácula projetam cÃlios sobre uma massa gelatinosa na qual estão localizados minúsculos grânulos calcificados, semelhantes a pequenos grãos de areia - os otólitos ou otocônios.
O utrÃculo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular
A maioria das pessoas com perda total ou parcial da audição perde justamente a capacidade de traduzir as ondas sonoras em sinais elétricos para o cérebro. Embora o equipamento de três centÃmetros ainda não esteja totalmente pronto, ele poderá ser utilizado como um implante coclear, com possibilidade de duração por toda a vida do paciente.
Mas, segundo o professor Karl Grosh, coordenador da pesquisa, enquanto o novo implante é aprimorado e avaliado pelas autoridades de saúde, ele já pode servir como um sensor de baixÃssimo consumo de energia com várias aplicações comerciais.
O novo equipamento tem três vantagens substanciais: a possibilidade de duração por toda a vida do paciente, a possibilidade de ser produzido em massa a custo baixo e o seu método mecânico de funcionamento com baixÃssimo consumo de energia.
A cóclea humana tem o formato de um caracol, medindo cerca de um centÃmetro cúbico, e fica localizada no ouvido interno. Se o caracol for esticado, terá a mesma dimensão do equipamento construÃdo pelo Dr. Grosh e seu aluno Robert White. Eles o construÃram por meio de técnicas semelhantes à s utilizadas para a fabricação de circuitos integrados, o que significa que ele pode ser construÃdo em larga escala.
A cóclea mecânica funciona da mesma forma que a original. Na cóclea biológica, a membrana basilar, que acompanha a espiral, torna-se menos rÃgida da borda em direção ao centro. Na cóclea mecânica, um pequeno duto cheio de lÃquido, escavado em um chip de silÃcio, funciona como a espiral coclear. Quando a onda sonora entra na membrana, ela gera uma onda no lÃquido e viaja ao longo do duto, interagindo com uma membrana que vai se estreitando aos poucos. Esse processo permite que o aparelho separe sons de diferentes freqüências.
Grosh e White estão agora adicionando uma rede de eletrodos ao seu equipamento, para permitir que ele possa ser implantado no ouvido, interfaceando com os nervos que levam os sinais elétricos captados para o cérebro.
O artigo "Microengineered Hydromechanical Cochlear Model," de autoria dos dois pesquisadores, foi publicado no exemplar de 1º de Fevereiro do Proceedings of the National Academy of Sciences.
2006-09-29 23:27:56
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answer #4
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answered by Teka 2
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