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13 respostas

Lula visto da Europa

Impressionou-me marcantemente em abril último, quando estive na França após visitar Israel, integrando um grupo de sessenta convidados europeus do honorável Shimon Peres, o caráter radicalmente distinto do julgamento do presidente Lula aqui e lá. Não me cabe, entretanto, fazer julgamentos sobre esses assuntos. Creio de meu dever, entretanto, falar dessa distinção, pois afinal o Brasil vem mergulhando crescentemente em relações internacionais complexas, em um mundo no qual as individualidades nacionais cedem lugar aos ditames da globalização.

O que se pensa e se diz no Brasil sobre Lula é conhecido, mas devemos sublinhar que o discurso interno, da parte de muita gente e de quase toda a elite, diz que Lula no poder é um retrocesso, uma oportunidade perdida no processo de modernização do país. Não é o que pensam os europeus, sobretudo a comunidade socialista francesa, os portugueses, italianos e espanhóis, a começar pela questão do populismo.

Será Lula um líder populista? Sim, se dele só se ouvir o palavrório, às vezes confuso, a auto-exaltação de seus feitos e é certo que há sempre, inapelavelmente, uma fala do presidente bem mais rósea do que efetivamente ele e seu governo fazem e ainda se consideramos a descompostura moral de seus aliados do PT e de muitos de seus auxiliares no governo.

No entanto, dizem muitos europeus e dizem a verdade há muita coisa a considerar antes e a despeito de nocivo e irresponsável.

Populista? É Lula um populista latino-americano clássico? Ora, há critérios conhecidos pela ciência política para a caracterização do populismo e há muitos tipos de populismo.

O primeiro é a comunicação direta, sem intermediação institucional, entre o príncipe e a massa. Lula faz isso, como sabemos, mas ele não o faz secundarizando os entes intermediários organizados entre o governo e o povo. Lula negocia com os partidos e organizações sociais, mas também se dirige diretamente à massa eleitoral, algo inevitável para qualquer líder político de um país partidária e politicamente imaturo como o nosso.

O segundo critério se refere à política econômica. O líder populista adota irresponsavelmente receitas não provadas de política econômica, fazendo decisões que produzem desafogo econômico a curto prazo, sem levar em consideração os desequilíbrios macroeconômicos que gera em seguida, agravando o desconforto social que espera eliminar. Não é o caso de Lula, que manteve e tomou mais rigorosa as orientações da administração Cardoso, seja na política fiscal, seja no câmbio.

Disseram-me tanto em Paris quanto em Tel-aviv e Jerusalém algo perturbador para os brasileiros contrários a Lula. Garantiram-me que caso Lula, como candidato à presidência do Brasil, fosse votado na Europa, venceria com pelo menos 70% dos votos. Teria esse resultado por tudo o que aqui se observou, não por parte do autor destas linhas, mas da Europa atenta aos efeitos e defeitos da política latino-americana. E mais, para encerrar: a Europa socialista e mesmo a Europa social democrata parecem acreditar firmemente que a liderança de Lula veio para salvar e estaria salvando a América Latina do ma populismo, como o de Hugo Chávez, dos nativismos renascentes, como Evo Morales. Veremos. É uma questão de tempo e uma questão de gosto.

Walder de Góes é sociólogo, Professor Titular de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília (aposentado) e ex-editor do Jornal do Brasil. Atualmente é presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e diretor do site www.politicabrasileira.com.br.

E mais outro...

Retoma económica ameaçada pelo populismo
As previsões mais optimistas apontam para uma evolução de 5,7%, mas as eleições presidenciais podem comprometer trabalho feito.

Mónica Silvares

Crescimento da economia mundial, queda dos juros, aumento do crédito, subida da actividade industrial, progressão das vendas do comércio, incentivos fiscais em alguns sectores e aumento da despesa pública num ano eleitoral são os ingredientes que estão, este ano, na base do crescimento económico do Brasil que, segundo as opiniões mais optimistas poderá atingir os 5,7%.
O primeiro trimestre do ano começou com um recorde: o Produto Interno Bruto registou um crescimento homólogo de 3,4% e, face aos três meses anteriores, de 1,4%, o que consiste no melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2004.
O Fundo Monetário Internacional põe a tónica da retoma deste ano na recuperação das vendas a retalho e da produção industrial, já que a redução das taxas de juro vão certamente impulsionar a retoma do investimento. O FMI sublinha ainda o facto das pressões inflacionistas estarem a abrandar, o que pode sustentar a política de redução do preço do dinheiro seguida desde Setembro de 2005.
O Banco Central do Brasil, de facto, decidiu na sua última reunião de política monetária em Julho, descer a taxa directora para os 14,75%, pela nona vez consecutiva, o que coloca os juros no nível mais baixo desde Novembro de 1997. Os analistas estão convencidos de que o banco central poderá continuar a reduzir o preço do dinheiro, ainda que moderadamente, devido aos pequenos ganhos da inflação, mas, sobretudo, devido às incertezas internacionais.
Segundo os economistas, o abrandamento do crescimento verificado em 2005 ficou para trás, um desempenho justificado por uma procura interna mais fraca (investimento em particular). MAS O BRASIL TEVE A VANTAGEM DE, NO ANO PASSADO, TER SALDADO A DIVIDA JUNTO DO FMI (15,5 mil milhões de dólares), CONQUISTANDO ASSIM UMA POSICAO EXTERNA MAIS FORTE.
O forte ímpeto do sector externo brasileiro vai continuar a abrandar, mas a procura do sector privado vai começar a desempenhar um papel mais significativo enquanto motor da economia, prevê a The Economist Intelligence Unit. “O consumo vai ser impulsionado por uma expansão do crédito e um aumento do rendimento da população, facto que se tem vindo a verificar desde 2003”. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego caiu para 10,2%, em Maio, contra os 10,4% de Abril, e o banco central espera, nos próximos meses, uma expansão do nível de emprego, do rendimento e do crédito que vão impulsionar a actividade económica corroborando esta previsão.
A The Economist Intelligence Unit reconheceu o facto de o Executivo do Presidente Lula ter orientado as suas políticas mais para a estabilidade de longo prazo, com a política monetária norteada para o controlo da inflação – que se encontra em rota descendente desde 2003 – e a política orçamental mais dirigida para o controlo da dívida pública em vez do crescimento económico. No entanto, o Brasil, aliás como muitos outros países da região, tem uma eleição este ano, por sinal a mais importante de todas: para a presidência da República, a 1 de Outubro. Este facto deixa as organizações internacionais apreensivas. As autoridades brasileiras devem manter uma política macroeconómica sustentada e não arruinar a credibilidade, “ganha a muito custo” entre os investidores internos e internacionais, durante a transição política, aconselharam.
A OCDE estima que o Governo brasileiro vai adoptar, em 2006, “uma política orçamental expansionista” e tem “uma preocupação crescente de que são necessárias mais reformas para travar o aumento da despesa corrente”. O FMI, por seu turno, aconselha a prossecução de uma política de controlo das despesas e de reforma do sistema de impostos, passos fundamentais para melhorar as finanças públicas no médio prazo.

Vulnerabilidade externa está a diminuir, mas não desapareceu
A vulnerabilidade do Brasil aos choques externos é menor, mas ainda não desapareceu totalmente, alerta a The Economist. O ataque cambial a que o real esteve sujeito em Maio (o real chegou a ter uma depreciação de 8,77% face ao dólar), levou o Governo a cimentar a ideia de alterar a legislação cambial de modo a “ajustá-la à actual importante presença do Brasil nos mercados globais”. O pagamento antecipado da dívida ao FMI – que libertou o país de um encargo que já se arrastava há uma década – e ao Clube de Paris e a política agressiva de recompra de títulos de dívida externa (que implicará uma redução substancial do peso da dívida em 2007-10) tem ajudado a reduzir esta vulnerabilidade. Ainda assim, os economistas classificam o Brasil como o mais vulnerável de todos os grandes países.

Brasil em números

- O Brasil cresceu, em média, 2,2% nos últimos cinco anos.

- Só 20% dos brasileiros esperam ver melhorar, nos próximos seis meses, a situação da sua cidade.

- O salário mínimo é de 350 reais (118 euros) desde 1 de Maio.

- O défice da Seg. Social cresceu 10,3% no primeiro trimestre, mas o Governo acredita que é possível terminar o ano com um buraco de 43,2 mil milhões de reais (14,5 mil milhões de euros), uma previsão optimista face aos 45,8 milhões estimados inicialmente.

- Os empresários brasileiros estão dispostos a investir mais no país, mas exigem uma redução da carga fiscal, da burocracia, dos juros e da despesa pública, para além de uma simplificação das regras do mercado de trabalho e a garantia de uma infra-estrutura adequada para acompanhar o crescimento.

- As reservas do Brasil ascendem a 60 mil milhões de dólares.

- O Brasil tem três empresas entre as 50 maiores dos países em desenvolvimento.

2006-09-29 02:20:14 · answer #1 · answered by jocaalmagubers 3 · 0 0

Se Deus é por nós, quem será contra nós...a cirurgia foi adiada porque Deus sabe o que faz e esse não era o momento.Tudo no seu devido pace...curvemo-nos à vontade DELE.Estarei orando por vc e seu filho.Bjs

2016-12-15 16:39:28 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

FORA LULA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
FORA A CORRUPÇÃO!!!!!!!!!!!!!!


VOTO FACULTATIVO JÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O voto facultativo é a escolha livre, a opção consciente por excelência. Ninguém vai à Seção Eleitoral para anular seu voto ou votar em branco. Já o voto obrigatório é um retrocesso democrático que só interessa aos mercadores da consciência, aos que aviltam a liberdade, valor maior do ser humano.

2006-09-29 02:08:03 · answer #3 · answered by vilagoza 4 · 0 0

Realmente fugir é mais facil, principalmente quando se faz politica tendo a maquina administrativa do seu lado, Lula virou uma marionete, manipulado e acordado com a elite, LULA deve uma explicação ou uma satisfação dos fatos que estão acontecendo.

2006-09-29 01:28:51 · answer #4 · answered by Fire 2 · 0 0

Tenho certeza.Mas me diga p/ que ele vai se dar ao trabalho,se o povo depois de tudo ainda vota nele.Nós é que deveríamos exigir isso.

2006-09-29 01:26:55 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

fugir é mais facil, bem mais fácil. eu não voto nele!

2006-09-29 01:25:20 · answer #6 · answered by org. 5 · 0 0

Ele tem este dever e o povo brasileiro tem também o dever de cobrar isso.

Depois das eleições eu quero ver o Lula sair do palácio do planalto no camburão de polícia.

2006-09-29 01:24:30 · answer #7 · answered by Sensato 4 · 0 0

o "Lulinha" deveria sim dar satisfação de seus atos, até por ele ser o presidente do Nosso Brasil...
Mas creio eu que ele tenha muito medo de fazer isso...
Por ele ser um ladrão, corrupto, bandido e ordinário!
Por isso que vive se escondendo!

2006-09-29 01:24:12 · answer #8 · answered by Dudah 2 · 0 0

entra em orbita,vc viu alguem fugindo ? vcs e que tem que dar satisfaçao a Deus dessa perseguiçao a um inocente

2006-09-29 01:23:18 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

kagão,medroso isso que o lula eh

2006-09-29 01:22:53 · answer #10 · answered by andy26star 1 · 0 1

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