Milena...
Não sou mãe, quanto menos de "superdotados", sou apenas uma aluna do curso de pedagogia. Período passado tive a disciplina "Educação Especial" e tive de fazer um trabalho em grupo exatamente sobre este tema.
Por isso, venho tentar lhe ajudar.
Inicio informando que o termo "superdotado" não se usa mais, o termo utilizado agora é "portador de altas habilidades".
Outro aspecto importante, é levá-lo ao médico, pois ele poderá lhe informar se seus filhos são realmente portadores desta necessidade especial.
O que posso te adiantar são estas questões importante que fizeram parte do meu trabalho:
Modalidades de atendimento
É importante ressaltar, à priori, os direitos assegurados aos portadores de altas habilidades, pela lei de diretrizes e bases de educação n° 9394/96. Os citaremos a baixo:
Atendimento educacional especializado gratuito, preferencialmente na rede regular de ensino e acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo as capacidades de cada um.
Aceleração do ensino básico.
Agrupamentos escolares em níveis associados de conhecimento independente de idade e da série que o aluno curse.
Currículo, métodos recursos educativos e organizações específicas para atender suas necessidades.
Professores especializados em Educação Especial e professores do ensino regular, capacitados para promover a integração dos alunos em classes comuns.
Educação especial para o trabalho que apresentem habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.
Apesar de estar previsto na lei o direito a este aluno de ter uma educação especial, sabe-se que há uma grande resistência das escolas (públicas e privadas), em atender aos portadores de altas habilidades, no entanto poderíamos iniciar o processo contra essa resistência com um ensino criativo de saber e conhecimento, o que é diferente de liberdade total na escola, e não basta enumerar diversas atividades. O importante é o incentivo a criatividade e a valorização das aptidões de cada aluno e do portador de alta habilidades.
Mesmo com programas bem sucedidos que atendem estes alunos, conquistando inúmeros educadores, por darem efetivas contribuições e provarem que se pode atendê-lo de forma eficaz, mesmo sem grandes recursos (materiais, humanos e/ou instalações especiais), ainda há a resistência nas escolas, por crerem que terão grande trabalho, aborrecimentos e não estarem preparados nem interessados, pois têm outros problemas que poder ser solucionados.
Pelo fato das escolas terem de aceitar alunos portadores de altas habilidades, por estar previsto na atual LDB, o Censo Escolar de 2005 do Instituto acional de Estudo e Pesquisas Educacionais, registrou 1928 matrículas de alunos portadores de altas habilidades, e 1795 destes alunos estão registrados nas escolas públicas.
O MEC vem desenvolvendo o programa de implantação de núcleos de atividades de altas habilidades em todo os estados e no Distrito Federal.Estes núcleos tem como objetivo atender alunos com altas habilidades e promover a formação de professores para identificação e atendimento a estes alunos, assim afirma Renata Rodrigues Maia-*****, analista de planejamento e gestão escolar da Seesp. Para a criação destes núcleos, foram, segundo informações do Ministério da Educação (MEC), investidos R$ 2 milhões e cada núcleos deste, deverá atender diretamente cerca de 60 alunos por ano. O programa está em fase final de distribuição de equipamentos para a implantação dos núcleos, alguns deles (como o do Mato Grosso do sul) já estão funcionam, mas a grande maioria prevê o início das atividades no final de abril. No Distrito Federal, 846 alunos do ensino regular da rede pública estão matriculados em salas de recurso conforme as diretrizes nacionais de educação, ou seja, dispõe de serviço de apoio pedagógico especializado (o professor faz a complementação ou suplementação curricular, com procedimentos e materiais específicos).
É na própria escola regular que se dá o início das salas de recurso. Há professores especializados, que visitam as escolas para orientar os professores regulares na identificação das necessidades educacionais especiais e encaminhamento dos alunos. Assim explica Renata de Souza Silva, gerente de atendimento de crianças com altas habilidades. Ela afirma, também, que a Secretaria de Educação do Distrito Federal promove anualmente o curso Superdotação no Contexto Escolar, com carga horária de 80 horas, destinado aos docentes do ensino regular.
Mas porque não colocar estes alunos numa especial, não seria a melhor alternativa para eles, é o que muitos ainda se perguntam. Viemos explicar que, por conta da grande variação de perfil de altas habilidades e talentos, é muito difícil encontrar um contexto escolar atenda ‘a especificidade de seus interesses, aptidões e habilidades. Além do mais, é importantes a convivência de portadores de altas habilidades com colegas que não são, pois assim ocorre uma socialização, evitando uma discriminação (estes alunos podem ser classificados como alunos superiores), o que seria feito numa escola especial para os mesmos.
Os professores ainda se questionam em como conciliar o atendimento com um aluo portador de altas habilidades, sem prejudicar os outros alunos, mas não há grande mistério nesta questão, basta o professor incentivar a criatividade e o raciocínio, permitindo, assim, que todos os alunos (portador ou não de altas habilidades) desenvolvam suas potencialidades. Ou também, o professor pode utilizar métodos como o de aprender a pensar, ou da solução de problemas, ou ainda o modelo tradicional de F. Williams, o que o professor deve fazer é criar condições para a auto-realização dos portadores de altas habilidades, aproveitando seus erros, desenvolvendo o processo de pensar, dando oportunidades aos demais alunos igualmente, pois estarão submetidos à mesma metodologia e, assim, não os inferiorizando, e ainda, lhes acrescentando enriquecimento curricular.
O mais importante é que o portador de altas habilidades seja atendido com seus interesses e habilidades numa escola comum que ofereça oportunidades para que isto ocorra, no entanto, para isto, é necessário motivação e professores preparados e capazes de implantar programas curriculares com atividades complementares e criativas.
E você deve também pesquisar na sua cidade onde tem o atendimento a crianças portadoras de altas habilidades, você pode ir na escola de seus filho e questionar isso. Se, por acaso eles não souberem, diga que está querendo saber e conta com a ajuda deles.
Espero ter ajudado. Caso precise, me mande um e-mail.
2006-09-29 02:22:59
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answer #1
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answered by MafaldaBR 4
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Abaixe a bola. Se eles forem mesmo os tais, o(a) professor(a) vai chamá-la para conversar.
Geralmente as crianças excepcionais (no sentido positivo) sentem-se desmotivadas ou aversas a atividades que parecem divertidas ou trabalhosas para crianças medianas, porque para eles é uma atividade trivial. O que pode acontecer é que a criança excepcional age ou com uma atitude de desprezo pelo processo de aprendizagem (vira bagunceiro, em palavras laicas), ou com uma postura de empatia aos demais alunos (vira uma espécie de professorzinho(a)).
Dependendo do caso, por agirem de forma diferente, os alunos excepcionais podem até mesmo serem excluídos sistematicamente do convívio dos demais alunos, pelos próprios alunos (a criança é isolada ou vira alvo de chacotas constantes). Isso é grave, extremamente traumático, e nesse caso o professor também chamará sua atenção.
2006-09-28 18:06:16
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answer #4
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answered by Illusional Self 6
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Se eles forem realmente excepcionais, com certeza a escola vai lhe informar e, se não houver ambiente propício para o desenvolvimento dessas crianças, vai lhe sugerir algo interessante. Hoje em dia as crianças se desenvolvem bem mais rápido, devido ao acesso a inúmeras informações. Os pais geralmente confundem.
O fato de algumas crianças começarem a ler antes dos 6 anos também os deixa assombrados. Mas, isso deixou de ser fenômeno faz algumas décadas. É provado que, pela alfabetização natural, qualquer criança é capaz de ler assim que começa a falar.
Lembrete: quando a criança está fora dos padrões superiormente citado, passa por inúmeros testes para que se comprove a sua excepcionalidade. Esse processo chega até a Sec da Educação para que se possa comprovar sua diferença e conceder-lhe a promoção nos módulos escolares sem que haja necessidade de frequência às aulas. É uma "via-sacra" que só vale a pena se a criança for realmente super-dotada. Se não for o caso, ela será reprovada nos primeiros exames de observação, que começam na escola em que a (s) mesma (s) frequenta(m).
Outra coisa: pode ser muito bonitinho, mas ter filho gênio não é fácil não. Nem pra eles, nem pros pais. 2 ainda??!!
De qualquer forma, desejo-lhe boa sorte!<>:<>
2006-09-28 20:25:29
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answer #5
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answered by aeiou 7
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