A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo) , o aparecimento de novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.
A segunda fase da Revolução Industrial iniciou-se em 1850. Foi quando o processo de industrialização entrou num ritmo acelerado, envolvendo os mais diversos setores da economia, com a difusão do uso do aço, a descoberta de novas fontes energéticas, como a eletricidade e o petróleo, e a modernização do sistema de comunicações.
Outro acontecimento de grande importância dessa fase foi a efetiva difusão da Revolução Industrial. Em pouco tempo, espalhou-se por todo o continente europeu e pelo resto do mundo, atingindo a Bélgica, a França, a Itália, a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão, etc.
A segunda fase da revolução industrial - de 1860 a 1914, revolução do aço e da eletricidade – caracterizou-se pelo desenvolvimento de novo processo de fabricação de aço; pela substituição do vapor pela eletricidade e pelos derivados do petróleo como principais fontes de energia; surgiram os primeiros automóveis na Alemanha (Daimler e Benz) e nos Estados Unidos (modelo T da Ford) e novas e revolucionárias formas de organização de negócios foram implementadas, em decorrência da acumulação de capital e da exploração da mais valia, tais como: dominação industrial, formação de trustes, cartéis, fusões empresariais, companhias holdings e expansão industrial.
Portanto, o processo entrópico dos recursos naturais teve início na revolução industrial, assim como o seu inter-relacionamento sistêmico. CLAUSIUS (1888) fundamentou esse princípio, afirmando que “o calor não pode passar, por si só, de um corpo mais frio para um corpo mais quente” (apud GLEISER, 1997, p. 211-226). Toda forma de energia precisa de trabalho para a sua transformação. Nos sistemas fechados toda a energia disponível4 se dissipa, ou seja, transforma-se em energia latente, a qual gera entropia máxima para o sistema, onde qualquer trabalho é impossível de ser realizado. Nos sistemas abertos os processos entrópicos conduzem à morte da vida na natureza, já que as atividades econômicas e humanas são degradadoras do meio ambiente.
O estado de equilíbrio dinâmico é mais bem analisado pelos princípios termodinâmicos. A Primeira Lei da Termodinâmica, ou lei da conservação, formulada a partir da necessidade de se compreender a relação entre calor e trabalho, afirma que matéria e energia não podem ser criadas ou destruídas, mas somente transformadas. A queimada de uma floresta de um Parque Nacional dissipa calor, transformando a madeira em carvão e cinzas. Nesse processo, a energia não desaparece, apenas se dispersa pelo espaço, assumindo um novo estado.
Em um Parque Nacional, por exemplo, as plantas, por meio da fotossíntese, consomem minerais, gases e materiais brutos do solo e do ar e usam a energia do sol para converter esses materiais em energia orgânica, base da cadeia alimentar da biosfera, onde animas e plantas convivem interativamente. Assim, a quantidade total de energia não é criada nem destruída, mas apenas transformada de um estado para outro (MERICO, 1996, p. 41). Por conseguinte, pouca ou nenhuma energia é dissipada e o sistema tende ao equilíbrio homeostático, gerando pouca ou nenhuma entropia.
A Segunda Lei da Termodinâmica, ou lei da entropia, é enunciada como a medida quantitativa da irreversibilidade. A entropia é representada pela quantidade de energia que não é mais capaz de realizar trabalho e também é a medida do grau de desordem na natureza. Nos processos naturais a energia livre é transformada em energia latente, dissipada no meio ambiente, portanto não mais disponível para gerar vida nova (BOULDING, 1993, p. 301).
Essa nova energia não disponível – entropia – assume a forma de poluição, exaurindo os recursos naturais e degradando-os. Segundo SCHRODINGER (1944) um sistema somente poderá permanecer vivo, distante da entropia máxima ou da morte é “retirando continuamente entropia negativa do seu ambiente ... Portanto, o estratagema que o organismo usa para se manter estacionário em um nível bastante alto de ordenação (= nível bastante baixo de entropia) na verdade consiste em continuamente sugar ordenação do seu ambiente ...as plantas ... é claro, conseguem seu suprimento mais poderoso de ‘entropia negativa’ na luz solar”. (apud SCHNEIDER; KAY, 1997, p. 193)
A declaração e a constatação da segunda lei são simples. Muitos estudos têm demonstrado as suas implicações, entre as quais destacam-se (EHRLICH; EHRLICH; HOLDREN, 1993, p. 71): a) em qualquer processamento ou transformação de energia, alguma energia é dissipada (essa propriedade ocorre também nos processos de troca de energia entre os entes de um mesmo ecossistema; entre esses elementos gera-se energia de baixa entropia, ao contrário das atividades econômicas, que geram energia degradadora do meio ambiente) e; b) em nenhum processamento de energia é possível que o único resultado seja a conversão de uma determinada quantidade de calor – energia térmica – em uma igual quantidade de trabalho útil (todos os processamentos de energia geram entropia de baixa ou alta intensidades).
O comportamento organizado, a essência da preservação da vida, é considerado pela termodinâmica. Quanto mais input de energia de alta qualidade o sistema recebe, mais próximo do equilíbrio ele estará. Um sistema aberto alimentado com este tipo de energia pode ser afastado do equilíbrio, mas a natureza, mesmo em um estado de desordem, possui mecanismos de resistência a afastamentos do equilíbrio.
Portanto, a vida surge porque a termodinâmica comanda a ordem do sistema a partir da desordem ou da ordem. Então, não existe vida sem ambos os processos, “ordem a partir da desordem para gerar vida e ordem a partir da ordem para dar-lhe continuidade”. (SCHNEIDER; KAY, 1997, p. 198)
A questão principal nesse discurso é a continuidade da vida por meio do intercâmbio natureza, homem e atividade econômica. GEORGESCU-ROEGEN (1993, p. 75) tem discutido esses pontos. Para ele, a atividade econômica produz bens úteis à satisfação do homem, pela transformação dos valiosos recursos naturais, produtos da natureza de baixa entropia, exportando para a natureza o lixo proveniente de suas atividades, dejetos materiais de alta entropia. Por outro lado, afirma que o resultado é que “... cada vez que produzimos um Cadillac, o custo de fazermos isso é a diminuição no número de vidas humanas no futuro”. Portanto, esse indicador de crescimento econômico é refletido por meio da abundância industrial como uma bênção para a geração presente, mas é definitivamente contrário ao interesse da espécie humana.
2006-09-25 04:28:11
·
answer #1
·
answered by -=|Å£ßÅ|=- 3
·
0⤊
8⤋