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2006-09-24 10:52:19 · 6 respostas · perguntado por Anonymous em Ciências Sociais Sociologia

6 respostas

Imposição externa de limites fronteiriços, o que gerou uma série de lutas políticas internas em vários países; um verdadeiro desastre.

2006-09-24 10:56:44 · answer #1 · answered by ஃ panen et circenses ஃ 7 · 3 0

Antes de responder a sua pergunta, volto em uma outra questão como era A África antes do colonialismo Europeu?
Respondo: Etnicamente e Culturalmente o continente estava dividido entre vários povos negroides e Árabes (ao norte), com uma religião ao sul animista e panteísta e ao norte Mulçumana, mais com um elemento em comum que é a cultura tribal em que valoriza a arte guerreira como elemento de Honra e dignidade para construção da identidade pessoal. Uma cultura em que a Guerra entre tribos era largamente praticada não apenas por ganância e sim por motivos culturais,com o passar do séculos foram criadas divisões e fronteiras culturais e étnicas através de acordos tribais,limitando as guerras a episódios culturais e temporais.
Ai veio os Europeus, tecnologicamente mais adiantados, submetendo vários tribos aos seus domínios, não apenas pelas armas como também pela introdução da ganância materialista cuja honra não centrava na arte guerreira e sim no poder imperialista, mudando completamente a cultura primitiva Africana.
E com o passar do tempo foram criadas fronteiras artificiais não respeitando a divisão natural de etnias e culturas diferentes, mais sim visando os interesses mercantilistas do capitalismo Europeu.
Resultado trágico.Quando essas Nações artificiais conseguiram sua independência,tornaram se do dia para noite Estados no modelo Ocidental mais, mantendo povos de etnias deferentes num mesmo território, rompendo assim os acordos tribais que colocavam alguma ordem e limite, gerando assim uma infinidade de conflitos sangrentos que na verdade não passa de conflitos tribais cujo valores em vez da honra guerreira foi substituída pela ganância mercantilista numa busca selvagem por uma identidade de Estado Nação que nunca existirá, a não ser que a cultura tribal seja substituída por um novo processo civizatorio como ocorreu na Europa na época da expansão do Império Romano que diferente do Imperialismo Europeu tradicional, tinham a poderosa política integratoria chamada de“ Pax Romana”.

2006-09-24 20:21:00 · answer #2 · answered by Sander 2 · 1 0

movimentos africanos.ou seja guerra civil

2006-09-25 00:45:07 · answer #3 · answered by lily 4 · 0 0

Em anarquia! Que por sua vez gerou crimes hediondos, fome, miséria e sofrimento! Só agora começa a haver uma luz no fundo do túnel para alguns países...

2006-09-24 19:02:34 · answer #4 · answered by PP 6 · 0 0

Um uma África destruída sem possibilidade de um futuro digno.

2006-09-24 18:02:01 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

África Negra
(colonização, escravidão e independência)


A descolonização

A descolonização tornou-se possível no após-1945 devido a exaustão em que as antigas potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram ocupados pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no Terceiro Mundo. A guerra também as fragilizou ideologicamente: como podiam elas manter que a guerra contra Hitler era uma luta universal pela liberdade contra a opressão se mantinham em estatuto colonial milhões de asiáticos e africanos?

A Segunda Guerra Mundial se debilitou a mão do opressor colonial, excitou o nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela, resultado da influencia das idéias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao século 18. Haviam perdido, depois de terem provocado duas guerras mundiais, toda a superioridade moral que, segundo eles, justificava seu domínio.

Quem por primeiro conseguiu a independência foram os povos da Ásia (começando pela Índia e Paquistão, em 1946). A maré da independência atingiu a África somente em 1956. O primeiro pais do Continente Negro a conseguí-la foi Ghana, em 1957. Em geral podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole, explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos autonomistas, ocorrendo movimentos de guerrilhas para expulsá-los.


Os partidos e movimentos africanos

Apesar da existência de 800 etnias e mais de mil idiomas falados na África, podemos encontrar alguns denominadores comuns entre os partidos e movimentos que lutaram pela descolonização. O primeiro deles é de que todos eles ambicionavam a independência, conquistada tanto pela vertente de radicalismo revolucionário ou através do reformismo moderado, que tanto podia implantar uma republica federativa como uma unitária.

Em geral, os partidos optaram pelo centralismo devido a dificuldade em obter consenso entre tribos rivais. Esse centralismo é geralmente assumido pelo próprio líder da emancipação, (como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante” como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos manifestavam-se a favor do pan-africanismo como uma aspiração de formar governos “por africanos e para africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas”.


Os partidos e movimentos africanos

Apesar da existência de 800 etnias e mais de mil idiomas falados na África, podemos encontrar alguns denominadores comuns entre os partidos e movimentos que lutaram pela descolonização. O primeiro deles é de que todos eles ambicionavam a independência, conquistada tanto pela vertente de radicalismo revolucionário ou através do reformismo moderado, que tanto podia implantar uma republica federativa como uma unitária.

Em geral, os partidos optaram pelo centralismo devido a dificuldade em obter consenso entre tribos rivais. Esse centralismo é geralmente assumido pelo próprio líder da emancipação, (como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante” como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos manifestavam-se a favor do pan-africanismo como uma aspiração de formar governos “por africanos e para africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas”.


Dificuldades africanas

Na medida em que em toda a história da África anterior ao domínio europeu, desconhecia-se a existência de estados-nacionais, segundo a concepção clássica (unidade, homogeneidade e delimitação de território), entende-se a enorme dificuldade encontrada pelas elites africanas em constituí-los em seus países. Existiam anteriormente na África, impérios, dinastias governantes, milhares de pequenos chefes e régulos tribais, mas em nenhuma parte encontrou-se estados-nacionais. O que havia era uma intensa atomização política e social, um facciosismo crônico, resultado da existência de uma infinidade de etnias, de tribos, quase todas inimigas entre si, de grupos lingüísticos diferentes (só no Zaire existem mais de 40), e de incontáveis castas profissionais. O fim da Pax Colonialis, seguida da independência, provocou, em muitos casos, o afloramento de antigos ódios tribais, de velha rivalidades despertadas pela proclamação da independência, provocando violentas guerras civis (como as da Nigéria, do Congo e, mais recentemente, as da Angola, Moçambique, Ruanda, Burundi, Serra Leoa e da Libéria).

Essas lutas geraram uma crônica instabilidade em grande parte do Continente que contribuiu para afastar os investimentos necessários ao seu progresso. Hoje a África, com exceção da África do Sul, Nigéria e o Quênia, encontra-se praticamente abandonada pelos interesse internacionais. Os demais parecem ter mergulhado numa interminável guerra tribal, provocando milhões de foragidos (na África estão 50 % dos refugiados do globo) e um número incalculado de mortos e feridos. É certamente a parte do mundo onde mais guerras são travadas. Como um incêndio na floresta, encerra-se a luta numa região para logo em seguida arder uma mais trágica ainda logo adiante.

De certa forma todos os povos pagam pelos seus defeitos culturais. Neste sentido o arraigado tribalismo africano é o grande impedimento para concretizar a formação de um estado-nacional estável. Enquanto as massas negras não conseguirem superar as rivalidades internas dificilmente poderão formar regimes sólidos, íntegros, que superem a dicotomia entre ditadura ou anarquia tribal. A grande geração que conseguiu a independência, homens como K.Nkrumah, Jomo Kenyatta, Agostinho Neto, Samora Machel, Kenneth Kaunda, Julius Nyerere, Leopold Senghor ou Nelson Mandela estão mortos ou envelheceram. Nenhum dos sucessores desses grandes homens, têm conseguido o respeito da população e o carisma necessário para manter seus respectivos países unidos. Em muitos casos eles foram substituídos por chefes dominados por interesses localistas e familiares, de visão estreita, sem terem o sentido de abrangerem o restante dos seus cidadãos. É hora pois dos líderes africanos pararem de jogar pedras sobre o passado colonial e assumirem a responsabilidade pelo destino dos povos que ajudaram a emancipar.


Principais países, líderes, movimentos
e partidos africanos (*)

País Líder Movimento/Partido Data da Independência
Angola Agostinho Neto Movimento p/libertação de Angola (MPLA) 1975
África do Sul Nelson Mandela African National Congress (ANC) 1994
Costa do Marfim Pelix Houphouet-Boigny Reunião democratica africana 1957
Ghana Kwame Nkrumah Convention Peopel’s Party 1957
Guiné Sekú Turé Partido Democrático da Guiné (PDG) 1958
Madagascar Tsiarana Movimento democrático da renovação malgache 1960
Malawi Hastings Kamuzu Banda Malawi Congress Party 1961
Moçambique Samora Machel Frente de libertação de Moçambique(FRELIMO) 1975
Nigéria Benjamin N. Azikiwé National Concil of Nigeria and Camerun 1960
Quênia Jomo Kenyatta Mau-mau/ Kenya central association 1963
Senegal Leopold Senghor Bloque democratique senegalien 1948
Tanzânia Julius Nyerere Tanganica African National Union/Zanzibar 1964
Zaire Joseph Kasavubu/Patrice Lumumba Movimento “Abako” 1960
Zimbawe Robert Mugabe Zimbawe African NationalUnion (ZANU) 1980


(*) A África independente compõem-se de 48 países


Bibliografia


Coquery-Vidrovitch, C. - Moniot, H. - Africa Negra, de 1800 a nuestros dias, Nueva Clio, Barcelona, 1985

Bertaux, Pierre - Africa: desde la préhistoria hasta los Estados atuales - Siglo XXI, México, 1978, 4ª ed.

Davidson, Basil - Mãe negra. África, os anos de provação - Livraria Sá Costa editores, Lisboa, 1978.

Davis, David Brion - El problema de la esclavitud en la cultura Occidental - Editorial Paidós, Buenos Aires, 1968

Ferro, Marc - História das Colonizações - Companhia das letras, São Paulo, 1996

Fieldhouse, David K. - Los imperios coloniales desde el siglo XVIII - Siglo XXI, México, 1984, 2ª ed.

Fontes, M - Evan-Pritcherd, E.E. - Sistemas políticos africanos - Fundação Caloustre Gulbenkian, Lisboa, 1981

Freitas, Décio - Escravos e senhores-de-escravos, Universidade de Caxias do Sul- Escola Superior S.Lourenço de Brindes,1977

Genovese, Eugene - A economia política da escravidão - Pallas, editora, Rio de Janeiro, 1976

Gorender, Jacob - O escravismo colonial - Editora Ática, São Paulo, 1978

Hochschild, Adam - King Leopold’s Ghost - Houghton Mifflin co. Boston,1998

2006-09-24 17:57:58 · answer #6 · answered by gatopreto 5 · 0 2

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