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Queria saber informações sobre essa colônia do sudoeste paranaense, que existiu entre 1882 e 1909

2006-09-23 08:29:32 · 4 respostas · perguntado por Antonio Romão 2 em Artes e Humanidades História

4 respostas

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE XANXERÊ

Segundo documentos jesuítas em 1641, o Bandeirante Jerônimo Pedroso de Barros, ingressou mata virgem adentro, sendo o primeiro branco civilizado a pisar em solo oestino catarinense a procura de índios para escravizar.

Por volta de 1839, um grupo de fazendeiros brasileiro vindo de Guarapuava e Palmeira,província de São Pedro, resolveu explorar o sertão situado ao sul, devido a notícia de grandes extensões de terras. Fezparte desta expedição, um rapaz vindo de Minas Gerais, chamado José Raymundo Fortes, que mais tarde obteve a concessão de uma grande área de terras chamada Campina do Gregório (onde hoje se localiza o centro deChapecó), sendo um dos primeiros moradores do Oeste de Santa Catarina, formando família com Ana Maria de Jesus.

Pelo decreto nº2.502 de 16 de novembro de 1859, foram criadas duas colônias Militares, a de Chapecó e Chopim. Porém, a instalação destas colônias só ocorreu bem mais tarde. Foi designado o Capitão José Bernardino Bormann para tal tarefa, executando a fundação da Colônia Militar de Chapecó em1880 e sua instalação em 14 de março de 1882. José Bernardino Bormann foi diretor da Colônia Militar de Chapecó (também chamada de Colônia de Xanxerê) por 17 anos, vindo a falecer mais tarde no Rio de Janeiro, no posto de Marechal.

evolução histórica da disputa de terras
As estradas de acesso entre a Colônia Militar do Chopim, instalada em 1882, e as povoações de Guarapuava e Palmas foram abertas com o auxílio de mão-de-obra indígena. Em reconhecimento aos serviços prestados, no ano de 1903 o Estado do Paraná reservou uma área de terras em benefício aos indígenas de Mangueirinha, uma vez que os Kaingang não aceitaram o pagamento em moeda, reivindicando a garantia da posse do território ocupado por eles.

Porém, em 1949 o Estado do Paraná e a União Federal celebraram um convênio que visava à regularização das terras destinadas aos índios no território daquele Estado. Tal convênio adotou um critério objetivo para as extensões das reservas, determinando a área de 100 (cem) hectares por família indígena de 5 pessoas e mais 500 hectares para a localização do Posto Indígena e suas dependências. As áreas excedentes das demarcadas pelo critério estabelecido reverteram ao Estado que as utilizou para fins de colonização e localização de imigrantes.

Em 1949, uma Comissão do extinto Serviço de Proteção ao Índio – SPI realizou o levantamento das áreas que deveriam ser demarcadas de acordo com o critério acima citado. Os trabalhos foram concluídos em 1950, independentemente da efetiva localização permanente dos índios sobre as terras e das necessidades culturais daqueles povos.

Em 1951 sobreveio um Decreto Estadual que ratificou os termos dos trabalhos do SPI e revogou vários atos normativos que tratavam das reservas indígenas – dentre eles aquele de 1903. Com isso, parte da área anteriormente destinada às Reservas Indígenas, inclusive as de Mangueirinha, foram doadas para a Fundação Paranaense de Colonização e Imigração – FPCI. Neste mesmo ano, porém, o SPI denunciou a necessidade de ampliação das áreas destinadas aos índios do Estado do Paraná, mas apesar de a FPCI ter aceitado a proposta, o então Governador do Estado indeferiu a reivindicação de ampliação das reservas.

O processo de demarcação de terras seguiu seu curso e a Colônia K foi dividida em 3 glebas (A, B e C). As glebas A e C foram destinadas aos índios Guaranis e Kaingangs respectivamente. A gleba B foi alienada pela FPCI a 38 colonos. Pouco tempo depois as terras da gleba B foram vendidas por todos os colonos que as haviam adquirido à empresa Slaviero e Filhos S/A Indústria e Comércio de Madeiras.

Desde então, as terras da Gleba “B”, cuja cobertura vegetal corresponde a uma vasta floresta de araucárias, foram disputadas por várias partes. Após diversos conflitos, os índios da Reserva de Mangueirinha, com a ajuda de tribos indígenas de outras regiões do sul do país, expulsaram, em 1985, todos aqueles por eles considerados “invasores”, permanecendo na posse de toda a área a partir daquela data, situação que perdura até hoje.

2006-09-29 09:46:05 · answer #1 · answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7 · 0 0

A história dessa colônia militar tem a ver com a demarcação de fronteiras entre os atuais estados de Paraná e Santa Catarina, motivadas pela posse das terras de importante valor econômico. O nome da colônia é devido ao Rio Chopim que corta a região.

Um breve histórico teria que retroceder muitos anos, quando as nações como a Tupy, Crens e Gê, habitavam o médio–vale do Rio Iguaçu, desde o ano 5.000 A.C.

Incursões de bandeirantes saqueadores no século XVII e exploração de ouro no século XVIII, permitiu a coroa portuguesa o conhecimento dessa vasta região de florestas, grande parte desabitada.

O tropeirismo através de trilhas ligando o Rio Grande do Sul à Feira de Sorocaba, passando por Lages, Santa Catarina, e os Campos Gerais no Paraná, representaram no início do século XVIII uma importante atividade econômica.

A infra-estrutura de fazendas e criatórios existentes através dessas trilhas, e motivados pelo governo imperial, criou oportunidade de ocupação dos Campos de Palmas no início do século XIX, marcado por conflitos e massacres dos povoados indígenas, que se refugiaram mais ao Sul na região de Bituruna. Em 1855 surgia a Freguesia de Palmas.

Em 1882 o governo imperial instalou a Colônia Militar do Chopim, tendo como missão a abertura de novas trilhas e estradas, utilizando-se da mão-de-obra indígena. A experiência durou pouco tempo, perto de 20 anos, mas conseguiu influenciar algumas decisões relativas à delimitação dessa fronteira.

Foi no Paraná que se travou a campanha do Contestado, mas somente em 1916, por decisão puramente arbitrária do presidente da república, fez-se a partilha da região em litígio, com o que ficou encerrada a questão. Hoje a região onde se situava a Colônia Militar de Chopim transformou-se no município de Chopinzinho.

Existe uma tese da professora Vera Barros chamada "Colônia Militar de Chopinzinho" de 1980 e que pode ser encontrada na Universidade Federal de Santa Catarina. Não existe disponível a versão digital, mas você pode conseguir em:

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Trindade - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil - CEP 88040-900

2006-09-27 07:07:34 · answer #2 · answered by Ricardo 6 · 1 0

2 pontos
Obg.

2006-09-30 05:00:02 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

Com o progresso alcançado no decorrer dos anos, o Município de Mangueirinha
sofreu alteração administrativa, sendo o seu território desdobrado em outras comunidades
municipais. Assim, o atual Município de Chopinzinho é uma decorrência dessa alteração,
Chopinzinho tem sua origem na Colônia Militar “Coronel Santiago Dantas”, que foi
fundada pelo seu patrono, no lugar denominado Chopin. É a esse militar que se deve a idéia
e a concretização da fundação do primitivo povoado de que resultou o atual Município de
Chopinzinho.
Em 1920, foi criado o Distrito Judiciário; em 1938 passou a Distrito Administrativo
e Judiciário e, em 1954, foi elevado a município.
A construção de estradas de rodagem, ligando a localidade aos Municípios de
Mangueirinha, Laranjeiras do Sul e outros, contribuiu de maneira ponderável para o
progresso e evolução da nova unidade administrativa.
A designação “Chopinzinho”, adveio da existência no município, de um ribeirão
com esse nome, afluente do Rio “Chopin”

2006-09-23 08:39:02 · answer #4 · answered by oclides 1 · 0 0

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