Olga Benário
Olga Gutmann Benário - que em sua atuação política usou os nomes de Olga Sinek, Eva Kruger, Maria Bergner Vilar, Olga Vilar, Ivone Vilar, Olga Meireles e Maria Prestes - nasceu em Munique, na Alemanha, em 1908, oriunda de uma família de judeus de classe média.
Membro do Partido Comunista alemão desde 1926, Olga trabalhou na legação comercial soviética em Berlim. Em 1928, participou do V Congresso da Juventude Comunista, em Moscou. De volta à Alemanha no ano seguinte, foi presa por três meses, acusada de atividades subversivas. Ao ser libertada, voltou para a União Soviética, onde passou a trabalhar na Internacional Comunista (Komintern), órgão que buscava conferir coesão aos diversos Partidos Comunistas espalhados pelo mundo. Na União Soviética conheceu Luís Carlos Prestes, destacado líder revolucionário brasileiro, que lá vivia desde 1931, casando-se com ele.
Em 1934, em reunião de delegados sul-americanos da Internacional Comunista, em Moscou, da qual participaram representantes brasileiros, ficou estabelecido que Luís Carlos Prestes voltaria ao Brasil para articular uma insurreição armada que instalasse um governo revolucionário no país. Prestes seria acompanhado por um pequeno grupo de experimentados revolucionários, encarregados de auxiliá-lo na preparação da insurreição. Olga fazia parte desse grupo, que incluía também o alemão Arthur Ernst Ewert, o norte-americano Victor Alan Baron, o belga Léon Jules Vallée e o argentino Rodolfo Ghioldi.
Chegando ao Brasil em abril de 1935, Prestes e Olga permaneceram na clandestinidade, apesar de nessa época o nome de Prestes ser entusiasticamente aclamado nas manifestações populares promovidas pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política de caráter antifascista que reunia diversos setores de esquerda, entre os quais os comunistas. Os preparativos insurrecionais caminhavam quando, em novembro daquele ano, um levante armado estourou na cidade de Natal, motivado principalmente por fatores locais. Prestes ordenou, então, que a insurreição fosse estendida ao resto do país. Porém, apenas algumas unidades militares de Recife e Rio de Janeiro se levantaram. O governo brasileiro logo controlou a situação e desencadeou forte repressão sobre os setores oposicionistas.
Durante alguns meses, Prestes e Olga conseguiram ainda viver na clandestinidade, mas em março de 1936 foram capturados pela polícia. Mesmo estando grávida, Olga foi deportada para a Alemanha, em setembro daquele ano, sendo entregue à Gestapo, a polícia política alemã. Foi, então, enviada para um campo de concentração nazista, onde deu a luz a Anita Leocádia Prestes. Sob intensa campanha internacional pela sua libertação, Anita seria posteriormente resgatada por sua avó paterna. Olga Benário, no entanto, continuou presa.
Morreu executada pelos nazistas, em 1942.
2006-09-22 12:54:54
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answer #1
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answered by Juliane M 2
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Olga Benário Prestes nasceu de uma família judia em Munique na Alemanha em 12 de fevereiro de 1908. Seu pai Leo Benário era um advogado social democrata e um liberal de idéias avançadas. Sua mãe Eugénie era uma dama da alta sociedade que não apoiava as idéias da filha que, em 1923, aos 15 anos, entrou para a Juventude Comunista.
Em 1925 Olga vai para Berlim onde continua sua militância.
Em 1926 é presa por traição mas liberada poucas semanas depois. Em 1928 lidera uma cinematográfica investida ao tribunal para liberar seu companheiro Otto Braun. Os dois fogem então para Moscou onde Olga é aclamada, faz treinamento militar e carreira no Comintern.
Em 1934 Olga é designada para garantir a chegada segura ao Brasil do líder comunista Luís Carlos Prestes onde lideraria a Intentona Comunista de 1935. Deveriam se passar por marido e mulher para facilitar seu disfarce. Na longa viagem se apaixonam.
Com o fracasso da revolução Olga e Prestes são presos e separados.
Grávida de Prestes, Olga empreende uma grande luta para ter sua filha no Brasil. Mas o governo Vargas como uma vingança pessoal contra Prestes se empenha e Olga, grávida de 7 meses, é deportada para a Alemanha Nazista.
Lá é levada à prisão de mulheres da Gestapo no número 15 da Barnimstrasse.
Na madrugada de 27 de novembro de 1936, exatamente um ano após a fracassada revolução, nasceu Anita Leocádia, um bebê gorducho e saudável.
Leocádia, mãe de Prestes, fazia uma grande campanha na Europa pela libertação de seu filho, sua nora e neta. Por causa disso Olga teve permissão de permanecer com sua filha enquanto pudesse amamentá-la.
Quando Anita tinha 14 meses ela foi retirada de Olga e entregue à avó Leocádia, fato que Olga só soube depois.
Em 1938 Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg e em 1939 para Ravensbrück, o único grande campo exclusivo para mulheres.
Lá Olga foi líder de bloco e deu aulas para as outras presas. Em fevereiro de 1942 Olga foi levada com outras 200 prisioneiras para a câmara de gás de Bernburg onde foi executada.
2006-09-23 08:32:55
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answer #2
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answered by Rodrigo M 3
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não seria Olga Benário?
Nascida Olga Gutmann Benario, ingressou precocemente no movimento comunista, em 1923, com apenas quinze anos. Pouco depois, muda-se para Berlim com o então namorado Otto Braun, experiente militante comunista. Em Berlim, se destaca dentro do movimento comunista, até ser presa, junto com Otto Braun, que era acusado de alta traição à pátria. Ela logo é solta, mas Otto, não. Junto com seus colegas de militância, planeja então o assalto à prisão de Moabit que libertaria Otto. Logo depois, ambos fogem para a União Soviética, onde Olga se destacaria ainda mais e o casal acaba por separar-se.
A Internacional Comunista havia seguido na Alemanha uma política ultraesquerdista, fundada na recusa a coligar-se com os social-democratas numa frente única contra o nazismo, que havia contribuído para a chegada de Hitler ao poder, e a presença de militantes comunistas alemães como Olga no território da URSS constituía um embaraço para Stalin que começou a pensar em engajá-los em alguma espécie de empreendimento que pudesse de alguma forma compensar o fracasso da política stalinista na Alemanha.
Luís Carlos Prestes, que desde 1931 estava residindo na União Soviética, é, em 1934, finalmente aceito a integrar os quadros do Partido Comunista do Brasil (PCB), por pressão do Partido Comunista da União Soviética. Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista (IC), volta como clandestino ao Brasil em dezembro do mesmo ano, acompanhado de Olga Benário, também membro da IC, com quem se casara. Seu objetivo era liderar uma revolução armada no Brasil, decidida em Moscou. Diga-se de passagem que esta revolução não havia sido decidida por um ato unilateral dos comunistas soviéticos: Prestes havia exagerado consideravelmente a extensão do seu prestígio político no Brasil, e assim fornecido à Internacional Comunista a perspectiva - completamente errônea, como se veria - de um levante comunista vitorioso que compensasse, de alguma forma, a recente derrota na Alemanha .
No Brasil, Prestes alia-se à recém constituída frente de descontentes com Getúlio Vargas, denominada Aliança Nacional Libertadora (ANL) e procura antigos contatos nos meios militares. Em julho de 1935 divulga um manifesto incendiário e propõe a derrubada do governo, desencadeando a inssurreição que ficou conhecida por Intentona Comunista. Mas o governo a derrota facilmente e inicia-se um processo de violenta repressão. Muitos líderes comunistas são presos, muitos deles amigos de Olga e Prestes, como o casal de alemães Artur e Elise Ewert - Sabo para os íntimos. Artur seria torturado até a loucura pela polícia brasileira, sob o comando de Filinto Müller. Olga e Prestes também são presos.
Olga é levada para a Casa de Detenção, posta numa cela junto com outras tantas mulheres, muitas suas conhecidas. Lá descobre estar esperando uma filha de Luís Carlos Prestes. E vem a ameaça de deportação para a Alemanha, agora sob o governo de Hitler. Seria a morte para ela: além de judia, comunista. Começa na Europa um grande movimento pela libertação de Olga e Prestes, encabeçado por D. Leocádia e Lígia Prestes, respectivamente a mãe e a irmã de Luís Carlos Prestes.
Ainda assim, Olga é deportada para a Alemanha - deportação esta autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, não obstante significar a deportação não apenas de Olga mas da criança que ela esperava de Prestes, que seria uma cidadã brasileira - junto com a amiga Sabo. Foi de navio, contrariando as normas de navegação - afinal, Olga já estava grávida de sete meses. Quando o navio aportou, oficiais da Gestapo já esperavam por ela, que foi levada presa. Não havia nenhuma acusação contra ela, pois o caso do assalto à prisão de Moabit já prescrevera. No entanto, a legislação nazista autorizava a detenção extrajudicial por tempo indefinido ("custódia protetora") e Olga foi levada para Barnimstrasse, a temida prisão de mulheres da Gestapo. Lá teve a filha, que denominou de Anita Leocádia, futura historiadora. Anita ficou em poder da mãe até o fim do período de amamentação e, depois, foi entregue à avó, D. Leocádia.
Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg, de onde logo depois seria transferida para o campo de concentração de Ravensbruck. Lá, as prisioneiras viviam sob semi-escravidão e eram realizadas experiências monstruosas conduzidas pelo médico Karl Gebhardt.
Em fevereiro de 1942, um pouco antes de completar trinta e quatro anos, Olga é enviada ao campo de extermínio de Bernburg, onde seria morta numa câmara de gás.
2006-09-23 07:09:27
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answer #3
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answered by Su 6
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Olga Benário Prestes ( a biografia) está abaixo, foi uma mulher maravilhosa, guerreira, simplesmente maravilhosa...lutou desde os 13 anos pelo que acreditava....não tenho palavras pra descreve-la mas te dou uma dica, leia o livro Olga de Fernando Morais ou se preferir assista o filme Olga com Camila Morgado( excelente atriz).....
Olga veio pro Brasil, fazer uma revolução...a revolução não deu certo mas se casou com Luis Carlos Prestes, foi presa...foi deportada ( grávida) pra Alemanha Nazista...teve sua filha Anita ( em homenagem a Anita Garibaldi, hoje é professora de historia e mora no Rio de Janeiro).... fez trabalhos forçados e campos e morreu aos 36 anos numa camera de gás....as ultimas palavras de Olga ao marido em cartas foi...
" Agora vou pra ser mais forte amanhã..."
2006-09-22 20:04:11
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answer #4
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answered by Lika 2
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Passou um filme( belo filme, por sinal) aqui sobre a vida de Olga Benário, mulher do líder comunista Luís Carlos Prestes. Olga era alemã, foi mandada para o Brasil pelo Partido Comunista Alemão para ajudar Prestes a fazer a revolução socialista . Se conheceram e se apaixonaram. Tiveram uma filha, Anita Leocádia, que é professora universitária no Brasil. Quanto a Olga,ela foi deportada para a Alemanha, e ali executada pelos nazistas no campo de concentração.
2006-09-22 20:04:06
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answer #5
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answered by STAN 7
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Foi uma das grandes mulheres que passaram por nossa História. Foi mulher e companheira do comunista Luís carlos Prestes a qual para fazer uma gracinha com os Nazistas e prejudicar Prestes, o governo Getúlio Vargas entregou ela como prisioneira aos alemães que a mataram nos Campos de Consentração.É um resulmo vc pode saber mais vendo o Livro Olga ou o filme com mesmo nome.
2006-09-22 19:59:00
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answer #6
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answered by Joao C 2
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...olha eu só sei quem é Olga Prestes, mas agora Bemario naum!!!
2006-09-22 19:56:17
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answer #7
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answered by Anonymous
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O correto é OLGA BENÁRIO
Nascida em uma família judia alemã, em 12 de fevereiro de 1908, Olga era filha de uma dama da alta sociedade de Munique e de um advogado social democrata. Foi vendo o exemplo do pai, que se dedicava às causas trabalhistas dos operários atingidos pela crise que se instalou no país, que Olga tomou contato com idéias liberais avançadas. A alemã se lembraria, mais tarde, de que foi no escritório do pai o primeiro contato com os problemas sociais, ao folhear os processos trabalhistas de Leo Benario.
Aos 15 anos, Olga já tinha uma sólida base cultural formada pelos grandes escritores e pensadores alemães. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Juventude Comunista, organização política na qual passou a militar ativamente e fato que não agradou sua mãe.
Suas atividades na organização a aproximaram do jovem dirigente Otto Braun, com quem foi morar aos 16 anos. Por ele, em 1928, Olga realizou uma cena de cinema: junto com outros integrantes da Juventude Comunista, invadiu a prisão de Moahit para libertá-lo. Os dois fugiram, em seguida, para Moscou onde Olga foi aclamada, fez treinamento militar e carreira no Comintern. A dedicação e a certeza de que sua missão era lutar por uma sociedade mais justa e igualitária a separaram, gradativamente, de Otto.
Ao lado do "Cavaleiro da Esperança"
Em 1934, Olga é designada a acompanhar a viagem de Luiz Carlos Prestes, o brasileiro que liderou a famosa Coluna Prestes, e garantir a segurança dele. No Brasil, Prestes seria o líder de uma revolução que tentaria implementar o comunismo no país.
Olga teve que se passar por esposa de Prestes para atravessar o mundo com o líder brasileiro. Eles se utilizaram de passaportes falsos, adotando o nome de um casal português (Maria Bergner Vilar e Antonio Vilar). Durante a viagem, o que era apenas encenação tornou-se realidade. Os dois revolucionários se apaixonaram.
Ao chegarem ao Brasil, instalaram-se no Rio de Janeiro para organizarem os preparativos da revolução. Mas, após o fracasso da Intentona Comunista de 1935 nas cidades de Natal, Recife e Rio de Janeiro, eles foram presos e separados.
Olga declarou, logo depois, aos jornalistas brasileiros que estava esperando um filho de Prestes. Segundo ela, o governo de Getúlio Vargas cometeria "uma injustiça contra uma mulher grávida". Mas Vargas, como vingança pessoal a Prestes e na tentativa de uma aproximação do regime nazista de Hitler, que admirava, decidiu deportar Olga a Alemanha.
Das prisões à câmara de gás
O navio cargueiro "La Coruña", que levava Olga grávida de sete meses a bordo, saiu na calada da noite rumo a Hamburgo. Ordens expressas proibiram a embarcação de parar em qualquer outro porto estrangeiro, uma vez que existiam avisos de que os portuários franceses e espanhóis resgatavam deportados para a Alemanha.
Olga ficou incomunicável em uma prisão de mulheres chamada Barnimstrasse. Em 27 de novembro de 1936, um ano após o fracasso da revolução, nasceu Anita Leocádia. Como resultado de uma forte campanha realizada por Dona Leocádia, mãe de Prestes, na Europa, pedindo a libertação de seu filho, nora e neta, Anita permaneceu ao lado da mãe durante 14 meses, para que pudesse ser amamentada. Logo após, foi entregue aos cuidados da avó. Mas isso Olga só foi saber tempos depois.
Em 1938, Olga foi transferida para o campo de concentração de Lichtenburg. No ano seguinte, foi mandada para Ravensbrück, o primeiro campo exclusivo para mulheres. Em Ravensbrück, Olga ainda demonstrou sua habilidade nata em comandar: tornou-se líder do bloco onde dormia e deu aulas a outras presas.
Em fevereiro de 1942, Olga foi executada junto com outras 200 prisioneiras na câmara de gás de Bernburg. A notícia de sua morte veio através de um bilhete escondido na barra da saia de uma presa.
2006-09-22 19:55:48
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answer #8
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answered by Anonymous
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mulher do Luis Carlos Prestes.
2006-09-22 19:52:14
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answer #9
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answered by Nanci 2
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Mulher linda, alta, de cabelos escuros e olhos azuis, Olga Benário Prestes nasceu em Munique, cidade alemã. Desde cedo participou de atividades comunistas e, graduada pelo KOMINTERN – a Terceira Internacional – recebeu a mais importante tarefa de sua vida: participar da realização de uma Revolução Comunista no Brasil.
No Brasil, já casada com LuÃs Carlos Prestes, lÃder do movimento que entrará para a história brasileira como “Intentona Comunista”, Olga foi fundamental para o andamento da revolução. Morando no Rio de Janeiro, através das inúmeras reuniões, conviveu com todos os integrantes da liderança do movimento no meio do qual nasceram grandes amizades.
Com o fracasso da revolução e a sua conseqüente prisão, Olga, grávida de sete meses, é entregue a Hitler por Vargas. Sendo deportada para a Alemanha e longe do Brasil, paÃs que aprendeu a amar e respeitar, Olga Benario tem sua primeira e única filha, Anita Leocádia, uma alegria no meio de tanto sofrimento.
Em um campo de concentração da Alemanha nazista, Olga vivencia os últimos dias de sua vida. Morta por um gás letal, ela ainda vive, mas como uma importantÃssima pessoa que deixou o seu valor na história do comunismo mundial e que fez do seu ideal de vida um sonho para vários povos de todo o mundo.
2006-09-22 19:49:52
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answer #10
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answered by Erikinha 4
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