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preciso disto para amanhã de 5:30 da manhã é meuy teste de redação!

2006-09-21 10:02:09 · 5 respostas · perguntado por Roanna 1 em Educação e Referência Ajuda para Lição de Casa

5 respostas

O fim primacial da narrativa fantástica é mostrar a “irrealidade da realidade”, visto que tudo quanto não traga a marca do real e do verossímel aborrece o leitor dos nossos dias. O fantástico e o real devem estar de tal maneira entrelaçados no argumento, que se torna praticamente impossível isolar um do outro. Ray Bradbury (organizador de uma excelente antologia de contos fantásticos) adverte que um contador de histórias fantásticas não pode aspirar a outra coisa que não seja induzir o leitor à sensação da “irrealidade da realidade”.
Dorine Cerqueira

2006-09-21 10:12:21 · answer #1 · answered by Erica 5 · 0 0

Eh aquela que o Cid Moreira, faz nos programas de domigo anoite.

2006-09-21 17:04:57 · answer #2 · answered by *BlondGirl* 4 · 1 0

E´o Galvão Bueno hoje,insistindo que o Brasil iria passar pela Australia no basquete feminino.
Com éssa vitoria de hoje a Australia ganhou as 08 partidas desse mundial,realizado em São Paulo.
Valeu!!!!

2006-09-21 17:14:01 · answer #3 · answered by Paulo 7 · 0 0

A moderna narrativa fantástica remonta, em última instância, ao romance gótico (Gothic Novel) que surgiu no século XVIII. Ao contrário de seu ancestral - que explorava diretamente os ambientes macabros, os lances dramáticos e o ritmo acelerado de aventura - o fantástico foi paulatinamente sendo depurado ao longo do século XIX até chegar no XX com um arsenal narrativo mais sutil, enredos mais condensados, escritura mais requintada. Seu campo temático, porém, foi abandonando a rápida sucessão de acontecimentos surpreendentes, assustadores e emocionantes para adentrar esferas mais complexas que o aproximam do mito e do símbolo. A narrativa fantástica tornou-se receptiva à inquietação perante os avanços científicos e tecnológicos (O homem da areia, de E. T. A. Hoffmann; Frankenstein, de Mary Shelley), aos devaneios oníricos ou de faz-de-conta (Os cavalinhos de Platiplanto, de J. J. Veiga; Aurélia, de Gérard de Nerval), às angústias existenciais e psicológicas (A metamorfose, de Kafka; A queda da casa de Usher, de E. A. Poe; A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa), à sensação de impotência frente às opressões (Casa tomada, de Julio Cortázar; A casa do girassol vermelho, de Murilo Rubião). O efeito criado por esses textos pode, por conseguinte, cobrir um grande leque de emoções: incômodo, surpresa, dúvida, estranhamento, aversão, encanto.
Qualquer que seja seu pretexto ou contexto, a narrativa fantástica efetua uma reavaliação dos pressupostos da realidade, questionando sua natureza precípua e colocando em dúvida nossa capacidade de efetivamente captá-la através da percepção dos sentidos. Em conseqüência disso, o fantástico faz emergir a incerteza e o desconforto diante daquilo que era tido como familiar. Já o romântico E. T. A. Hoffmann (1776-1822) criou textos em que o mundo cotidiano é mostrado sob uma perspectiva diferente da usual - veja-se, a título de exemplo, a reles maçaneta de porta contorcendo-se em caretas diante do aterrorizado estudante Anselmo em O vaso de ouro (1814). Ao contrário do gênero Fantasy (The Lord of the Rings, de J. R. R. Tolkien), tão ao gosto dos leitores modernos, o fantástico não cria mundos fabulosos, distintos do nosso e povoados por criaturas imaginárias, mas revela e problematiza a vida e o ambiente que conhecemos no dia-a-dia.
Esse "realismo" do fantástico não implica, porém, em uma limitação ou pauperização de seu alcance na abordagem de problemas humanos. Antes, é a fonte de sua complexidade estética e de representação social - estando aí justamente sua distinção da simples "história de horror", composta de personagens e situações macabros visando tão somente o efeito de terror. Bom exemplo dessa diferença está entre o livro Frankenstein ou o novo Prometeu (1818), de Mary Shelley - que realiza um profundo estudo da psicologia humana (efeitos da rejeição e falta de afeto sobre o indivíduo) e também das relações sociais (preconceitos e valorização das aparências causando a marginalização daqueles que formam uma minoria) - e diversas versões cinematográficas da mesma obra, em que as nuances do texto original estão apagadas e, em seu lugar, é apresentada apenas a trajetória de um monstro feio e mau.
O fantástico, portanto, ultrapassa as fronteiras da literatura trivial, contando-se em suas fileiras escritores de primeira grandeza. Aqui encontram-se textos de esmerada escritura, enredos complexos, temas e abordagens críticas, além de um contínuo processo de evolução mostrando que o gênero não é estanque. Se lembrarmos da afirmação de Todorov de que "a obra-prima habitual não entra em nenhum gênero senão o seu próprio; mas a obra-prima da literatura de massa é precisamente o livro que melhor se inscreve no seu gênero" (1969, p. 95), verificamos que a literatura fantástica nunca deixa de procurar novas formas de expressão e novos conteúdos, estando sua definição sempre adiante do estipulado por historiadores e teóricos.
Segundo Coalla (1994), ao longo do caminho, o fantástico atravessou fases distintas, em que lançou mão de expedientes diferentes para criar a sensação de insegurança e, se inicialmente o insólito era produzido no nível semântico, no século XX ele se infiltra no nível sintático:
em fins do século XVIII e começo do XIX, o fantástico exigia a presença do elemento sobrenatural, advindo o medo da figura de um fantasma ou monstro (a causa da angústia está no ambiente externo);
no século XIX, o fantástico passa a explorar a dimensão psicológica, sendo o sobrenatural substituído por imagens assustadoras cuja origem está na loucura, em alucinações, pesadelos (a causa da angústia está no interior do sujeito);
no século XX, o fantástico transportou-se para a linguagem, por meio da qual é criada a incoerência entre elementos do cotidiano e da vida comum (a causa da angústia está na falta de nexo na ordenação de coisas comuns, na falta de sentido, no surgimento do absurdo).
A constante transformação por que passa a literatura fantástica deve-se ao fato de ela sempre constituir uma resposta ao complexo de preceitos, hábitos e convenções dominantes no meio social em que foi criada: pode-se entender essa categoria literária como um instrumento a serviço da rebeldia espiritual, social e artística. Assim, nascida numa época (século XVIII) que descobriu a importância do indivíduo e viu despontar diversos elementos basilares para a modernidade - como a declaração dos direitos humanos, o acesso universal à educação e conseqüente ampliação do público leitor, a transformação da arte em mercadoria e o surgimento da literatura de massas - a narrativa fantástica impõe-se como veículo de expressão do sujeito (que se sobrepõe aos ditames de classe) e mecanismo de crítica e transgressão da situação vigente.

Se quiser saber mais vá a esse site:
http://volobuef.tripod.com/pesq_fant.htm

2006-09-21 17:07:56 · answer #4 · answered by Tsunami 5 · 0 0

A moderna narrativa fantástica remonta, em última instância, ao romance gótico (Gothic Novel) que surgiu no século XVIII. Ao contrário de seu ancestral - que explorava diretamente os ambientes macabros, os lances dramáticos e o ritmo acelerado de aventura - o fantástico foi paulatinamente sendo depurado ao longo do século XIX até chegar no XX com um arsenal narrativo mais sutil, enredos mais condensados, escritura mais requintada. Seu campo temático, porém, foi abandonando a rápida sucessão de acontecimentos surpreendentes, assustadores e emocionantes para adentrar esferas mais complexas que o aproximam do mito e do símbolo. A narrativa fantástica tornou-se receptiva à inquietação perante os avanços científicos e tecnológicos (O homem da areia, de E. T. A. Hoffmann; Frankenstein, de Mary Shelley), aos devaneios oníricos ou de faz-de-conta (Os cavalinhos de Platiplanto, de J. J. Veiga; Aurélia, de Gérard de Nerval), às angústias existenciais e psicológicas (A metamorfose, de Kafka; A queda da casa de Usher, de E. A. Poe; A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa), à sensação de impotência frente às opressões (Casa tomada, de Julio Cortázar; A casa do girassol vermelho, de Murilo Rubião). O efeito criado por esses textos pode, por conseguinte, cobrir um grande leque de emoções: incômodo, surpresa, dúvida, estranhamento, aversão, encanto.

Qualquer que seja seu pretexto ou contexto, a narrativa fantástica efetua uma reavaliação dos pressupostos da realidade, questionando sua natureza precípua e colocando em dúvida nossa capacidade de efetivamente captá-la através da percepção dos sentidos. Em conseqüência disso, o fantástico faz emergir a incerteza e o desconforto diante daquilo que era tido como familiar. Já o romântico E. T. A. Hoffmann (1776-1822) criou textos em que o mundo cotidiano é mostrado sob uma perspectiva diferente da usual - veja-se, a título de exemplo, a reles maçaneta de porta contorcendo-se em caretas diante do aterrorizado estudante Anselmo em O vaso de ouro (1814). Ao contrário do gênero Fantasy (The Lord of the Rings, de J. R. R. Tolkien), tão ao gosto dos leitores modernos, o fantástico não cria mundos fabulosos, distintos do nosso e povoados por criaturas imaginárias, mas revela e problematiza a vida e o ambiente que conhecemos no dia-a-dia.

Esse "realismo" do fantástico não implica, porém, em uma limitação ou pauperização de seu alcance na abordagem de problemas humanos. Antes, é a fonte de sua complexidade estética e de representação social - estando aí justamente sua distinção da simples "história de horror", composta de personagens e situações macabros visando tão somente o efeito de terror. Bom exemplo dessa diferença está entre o livro Frankenstein ou o novo Prometeu (1818), de Mary Shelley - que realiza um profundo estudo da psicologia humana (efeitos da rejeição e falta de afeto sobre o indivíduo) e também das relações sociais (preconceitos e valorização das aparências causando a marginalização daqueles que formam uma minoria) - e diversas versões cinematográficas da mesma obra, em que as nuances do texto original estão apagadas e, em seu lugar, é apresentada apenas a trajetória de um monstro feio e mau.

O fantástico, portanto, ultrapassa as fronteiras da literatura trivial, contando-se em suas fileiras escritores de primeira grandeza. Aqui encontram-se textos de esmerada escritura, enredos complexos, temas e abordagens críticas, além de um contínuo processo de evolução mostrando que o gênero não é estanque. Se lembrarmos da afirmação de Todorov de que "a obra-prima habitual não entra em nenhum gênero senão o seu próprio; mas a obra-prima da literatura de massa é precisamente o livro que melhor se inscreve no seu gênero" (1969, p. 95), verificamos que a literatura fantástica nunca deixa de procurar novas formas de expressão e novos conteúdos, estando sua definição sempre adiante do estipulado por historiadores e teóricos.

Segundo Coalla (1994), ao longo do caminho, o fantástico atravessou fases distintas, em que lançou mão de expedientes diferentes para criar a sensação de insegurança e, se inicialmente o insólito era produzido no nível semântico, no século XX ele se infiltra no nível sintático:



em fins do século XVIII e começo do XIX, o fantástico exigia a presença do elemento sobrenatural, advindo o medo da figura de um fantasma ou monstro (a causa da angústia está no ambiente externo);
no século XIX, o fantástico passa a explorar a dimensão psicológica, sendo o sobrenatural substituído por imagens assustadoras cuja origem está na loucura, em alucinações, pesadelos (a causa da angústia está no interior do sujeito);
no século XX, o fantástico transportou-se para a linguagem, por meio da qual é criada a incoerência entre elementos do cotidiano e da vida comum (a causa da angústia está na falta de nexo na ordenação de coisas comuns, na falta de sentido, no surgimento do absurdo).


A constante transformação por que passa a literatura fantástica deve-se ao fato de ela sempre constituir uma resposta ao complexo de preceitos, hábitos e convenções dominantes no meio social em que foi criada: pode-se entender essa categoria literária como um instrumento a serviço da rebeldia espiritual, social e artística. Assim, nascida numa época (século XVIII) que descobriu a importância do indivíduo e viu despontar diversos elementos basilares para a modernidade - como a declaração dos direitos humanos, o acesso universal à educação e conseqüente ampliação do público leitor, a transformação da arte em mercadoria e o surgimento da literatura de massas - a narrativa fantástica impõe-se como veículo de expressão do sujeito (que se sobrepõe aos ditames de classe) e mecanismo de crítica e transgressão da situação vigente.

O alcance crítico e estético do fantástico atinge vários níveis, dentre os quais se destacam:



subtração aos tabus da sociedade ao tratar, veladamente, de tópicos proibidos como a sensualidade do ato amoroso (veja-se Dracula, de Bram Stocker; A morta amorosa, de Théophile Gautier) ou a liberação de impulsos agressivos e anti-sociais (tal como em Dr. Jekyl and Mr. Hyde, de R. L. Stevenson; O coração revelador, de E. A. Poe; e Noite na taverna, de Álvares de Azevedo);
substituição do mundo tangível por uma outra realidade mais elevada e poética, para cuja representação concorrem o mito, os símbolos, as metáforas, a sinestesia (Märchen, de Goethe; Heinrich von Ofterdingen, de Novalis; O vaso de ouro, de E. T. A. Hoffmann; A mulher sem sombra, de Hugo von Hofmannsthal; O imortal, de Borges);
libertação do terror diante da morte e do nada (anulação do indivíduo) através da sua representação dentro da narrativa enquanto forma de exorcizar e vencer o medo inspirado por eles (O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde; A volta do parafuso, de Henry James; Horla, de Guy de Maupassant; O sonho dos heróis, de Adolfo Bioy Casares);
representação do absurdo e falta de sentido da vida por meio da criação de situações insólitas, incompreensíveis, ilógicas que põem em xeque nossa capacidade racional de entender a realidade (a obra de Franz Kafka; A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa; Teleco o coelhinho, de Murilo Rubião; Eu era mudo e só, de Lígia Fagundes Teles);
exploração dos limites da ficcionalidade através da sobreposição ou mesmo decomposição dos elementos tradicionais da narrativa e da linguagem, a exemplo de A continuidade dos parques, de Julio Cortázar, em que um personagem lê um livro (ficção dentro da ficção) e os limites que separam os dois níveis de ficcionalidade começam a ser borrados até apagarem-se por completo: a história que o homem está lendo é a sua própria.


Negando a morte e todos os fatores de aprisionamento ou limitação do indivíduo, o fantástico abre as portas à imaginação, à liberação dos impulsos, à experimentação de novos recursos de criação ficcional.

Daí a importância de conhecê-lo e estudá-lo.



=)

2006-09-21 22:05:01 · answer #5 · answered by carol 2 · 0 1

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