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2006-09-20 13:18:28 · 6 respostas · perguntado por ragf54 6 em Ciências Sociais Outras - Ciências Humanas

6 respostas

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, foi um grande cangaceiro do Nordeste. Assim, como existem os forasteiros justiceiros nos filmes de faroeste, existiam os cangaceiros no Nordeste do país.
Lampião tornou-se cangaceiro para vingar a morte de seus pais praticada pelos policiais. Seus pais foram mortos na sua frente quando ele tinha apenas 8 anos de idade.
Por isso, seu grande objetivo era encontrar os assassinos de seus pais e lutar pelos direitos do povo injustiçado pelos grandes coronéis.

2006-09-20 13:41:33 · answer #1 · answered by Jeisi 2 · 2 0

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.

Lampião desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial).

Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.

Lampião formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.

Existem duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no escuro.

Comparado a Robin Hood, Lampião roubava comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo parte do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos de crueldade lhe valeram a alcunha de "Rei do Cangaço". Para matar os inimigos, enfiava longos punhais entre a clavícula e o pescoço. Seu bando seqüestrava crianças, botava fogo nas fazendas, exterminava rebanhos de gado, estuprava coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres com ferro quente. Antes de fuzilar um de seus próprios homens, obrigou-o a comer um quilo de sal. Assassinou um prisioneiro na frente da mulher, que implorava perdão. Lampião arrancou olhos, cortou orelhas e línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu três de seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis vezes.

Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de perseguido, Lampião e seu bando foram convocados para combater a Coluna Prestes, marcha de militares rebelados. O governo se juntou ao cangaceiro em 1926, lhe forneceu fardas e fuzis automáticos.

Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos e se disse apaixonada pelo cangaceiro há muito tempo. Pediu para acompanhá-lo. Lampião concordou. Ela enrolou seu colchão e acenou um adeus para o incrédulo marido. Levou sete tiros e perdeu o olho direito.

O governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião em 1930. Era dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo.

Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foi vítima de uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra. O combate durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a vantagem de quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. Maria foi degolada viva. Os outros conseguiram escapar.

O cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o último sobrevivente do grupo comandando por Lampião.

2006-09-20 13:22:02 · answer #2 · answered by arrodrigo 2 · 2 0

28 de julho é aniversário de morte de Lampião


Lampião na história não foi um mito como querem alguns, mas vitima, extraordinariamente da violência policial, tendo sido sacrificado pela traição de um falso coiteiro, morrendo em conseqüência, no dia 28 de julho de 1938, na fazenda Angico em Sergipe.

Nos anos de 1870 a 1940 reinava no sertão nordestino, os grupos rebeldes chamados "bandidos" ou "fora da lei" que respiravam injustiça ou impunidade da época.

Cangaceiros, eram homens rebeldes que respondiam à sua maneira, fazendo justiça com as próprias mãos e que durou no Brasil, aproximadamente setenta anos.

Existiam também no Nordeste, os "jagunços" ou "'cangaceiros manso" que mediante a troca de moradia e alimentação davam segurança e permanência privilegiados pelos senhorios, isto, aconteceu quando da expansão das fazendas de gado, as quais, sempre invadidas e que muitas vezes eram roubadas suas reses.

Mais tarde, com o aumento da produção algodoeira que modificou profundamente a economia sertaneja, e com ela, a valorização das terras, com a crescente dificuldade para a vida dos pobres, bem como as constantes secas que aprofundavam ainda mais, a miséria dos ruricolas, foi então, quando os coronéis usavam seus bandos que protagonizavam os piores absurdos.

Foi dentro deste contexto de terror que surgiram os bandos autônomos de cangaceiros, independentes dos proprietários rurais, porque sofriam tantas injustiças.

Com a terrível seca de 1877/79 foi quando mais se radicalizou a ação do cangaço, surgiam então os vários bandos que tomavam os nomes dos seus líderes, c geralmente roubavam alimentos para distribuir com a pobreza.

De 1920 a 1938 surgiu o "expoente máximo do cangaço," comandado por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, filho de uma família de lavradores e pequenos criadores. Sua família foi atacada por outra ligada a uma oligarquia; que como conseqüência deste confronto, o pai de Lampião foi morto pela volante policial de Alagoas, comandada pelo Sargento José Lucena de Albuquerque Maranhão.

Diante deste fato, Lampião reuniu seus seis irmãos; aos menores determinou que João Ferrcira fosse cuidar, em outro lugar para viver em paz. Aos demais, disse: perdemos tudo, agora, é matar até morrer.

Junto com os dois irmâos mais velhos, Virgulino partiu para o Cangaço, percorrendo os estados nordestinos, fazendo justiça com as próprias mãos.

Dai em diante os irmãos Ferreira nunca mais tiveram um lar. Indo juntar-se com as forças do célebre cangaceiro Sebastião Pereira, também conhecido por seu Rodrigues e que tinha o nome de guerra de Sinhô Pereira, que lutava com os Carvalhos, numa guerra antiga de famílias, ensangüentando o vale do Pajeú e adjacências.

Em 1916 foi morto á traição, enquanto dormia, o chefe guerreiro da família Pereira, Né Dadu. Nesta oportunidade, Sebastião Pereira que era solteiro e tinha apenas 20 anos, por questão de honra, resolveu vingar a morte do irmão e toma-se o braço armado da família.

Sinhô Pereira foi um dos bandoleiros mais valente entre todos os que trilharam os sertões nordestinos, segundo dizia o próprio Lampião que assumiu o bando em 1922, quando o Sinhô Pereira abandonou o cangaço indo homíziar-se em Goiás.

O Fim de Lampião

Trechos de:

Quem foi Lampião" de Frederico Pernambuco de Mello e "Lampião, o Rei dos Cangaceiros" de Billy Laynes .

Em http://www.americas.bahiense.g12.br/turmas/s21a/index.htm

Em 1938 Lampião faz uma incursão no agreste alagoano, escondendo-se depois no estado de Sergipe. A polícia de Alagoas fica sabendo do esconderijo de Lampião e uma volante comandada pelo Tenente João Bezerra, conduzindo inclusive metralhadoras portáteis, cerca o bando. Na madrugada de 28 de julho de 1938 Lampião morre no combate e muitos cangaceiros fogem. 11 cangaceiros foram mortos na grota de Angico, incluindo Maria Bonita. As cabeças são cortadas e expostas ao público.

Angicos era o esconderijo, a fortaleza de Lampião. É uma grota de pedras redondas e pontiagudas pertencente ao Estado de Sergipe. A morte de Lampião é assunto que gera controvérsias . O esconderijo foi apontado aos policiais pelo coiteiro Pedro Cândido depois morto misteriosamente em 1940. A tropa, que tomou parte no fuzilamento e na degola dos cangaceiros, se compunha de 48 homens.

Texto de: Eulério Soares Cavalcante-Advogado

2006-09-23 02:19:36 · answer #3 · answered by peter 3 · 0 0

O maior "cabra macho "do sertão baiano

2006-09-20 13:48:00 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Lampiao e um negocio q tem la na rosa..
ele usa ate camisinha..
depois te apresento!

2006-09-20 13:29:28 · answer #5 · answered by toninho7aragao 2 · 0 0

Rei do cangaço......

2006-09-20 13:22:37 · answer #6 · answered by Jose souza 2 · 0 0

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