O Celerífero
Um dos maiores inventos depois da roda, sem dúvida, foi a bicicleta. Cronologicamente, ela antecedeu aos motores a vapor e a explosão, além de ser considerada o "primeiro veículo mecânico" para o transporte individual.
Sua construção é bastante simples: duas rodas fixas no mesmo plano, mediante traves cavilhadas - duas para cada roda. Para movimentá-la, seu condutor, sentado sobre o quadro, dava passadas à esquerda e à direita até obter a velocidade desejada para o seu deslocamento.
Seu inventor, o Conde francês J.H. De Civrac, em 1791, deu-lhe o nome de "Celerífero" .
A Draisiana
A segunda forma de bicicleta a "Draisiana" , foi inventada em 1817 na antiga Prússia (Alemanha), pelo Engenheiro Florestal Karl Friedrich Ludwing Chiristian Sauerbronn, agraciado pelo governo Prussiano com o título de "Barão"; Barão Von Drais.
A Draisiana diferenciava-se do Celerífero pelo fato de ser dirigível, enquanto a primeira somente se deslocava em linha reta.
Nos dois modelos o material básico de construção era a madeira.
Biciclo Mac Millan
Por volta de 1838 o ferreiro escocês, Kirkpatrick Mac Millan, desenvolveu um veículo de duas rodas dotado de bielas de acoplamento, montadas no miolo da roda traseira e acionadas por duas alavancas, presas na estrutura principal.
Biciclo Michaux
Pierre Michaux, cidadão francês, profissional da forja e do ferro foi o inventor dos pedais em 1860, alterando, significativamente, o curso da evolução da bicicleta que teve na velha Europa, sua "primeira explosão de consumo".
Por concessão do Governo Francês em 1865, ele obteve uma autorização para montar a primeira fábrica de bicicletas do mundo: A "Biciclos Michaux".
James Starley
Outro nome de destaque na História da Bicicleta, é do inglês James Starley. Dentre as numerosas invenções deste autodidata destacam-se: os raios de ferro fino em substituição aos de madeira, freios, diversos tipos de selins, campainhas, etc.
Quadro trapezoidal
Após as inovações de Starley, houve um grande surto no melhoramento de todos os biciclos, triciclos e bicicletas, fabricados até o ano de 1890, quando a "Humber" lançou o quadro trapezoidal, até hoje, a base geométrica de qualquer bicicleta.
breve sinopse da história da bicicleta
1820 - Draisiana infantil (primeira infantil do mundo).
1868 - 1ª prova de ciclismo no mundo, vencida pelo inglês James Moore.
1868 - 1ª prova feminina no mundo, ocorrida em Paris, no dia 1º de novembro.
1869 - (polêmica) Biciclo Guilmet&Mayer, considerado por alguns pesquisadores como a "primeira" forma de bicicleta do mundo.
1879 - Biciclo Lawson, para a maioria dos estudiosos, a "primeira" forma de bicicleta do mundo.
1887 - Invenção do pneu por James Boyd Dunlop.
1889 - 1º câmbio de bicicleta, por Johann Walch, Alemanha.
1890 - Quadro trapezoidal, Humber, Inglaterra.
1890 - Tubos laminados, Mannesmann, Alemanha.
1891 - Pneus tubulares Michelin, França.
1895 - Bicicleta com eixo cardam, França.
Olimpíadas
O pleno reconhecimento da bicicleta como veículo, ocorreu no final do Século XIX, com a inclusão do "Ciclismo" na primeira Olimpíada da Era Moderna, na cidade de Atenas em 1896.
Foram cinco provas:
Giro de Pista
Prova de 2.000 metros
Prova de 10.000 metros
Maratona de 100 km
Prova de resistência (12 horas)
bicicletas no Brasil
Com relação ao Brasil, não há pesquisas seguras quanto à data precisa da chegada ao país dos primeiros modelos de bicicletas.
Presume-se que eles tenham surgido inicialmente na Capital do Império (RJ), entre 1859 e 1870, local onde se concentravam as pessoas com maior poder aquisitivo.
Com possibilidades de viagens à Europa, onde floresciam as primeiras fábricas de ciclos, é provável que essas pessoas abastadas tenham trazido ao Brasil esses primeiros exemplares.
Por questões de ordem econômica, relacionadas diretamente com os movimentos migratórios, seguiram-se os estados de São Paulo e Santa Catarina. Em 1896, inaugurou-se em São Paulo o primeiro velódromo da América do Sul. O estado de Santa Catarina, com a corrente imigratória a partir de 1850, passou a receber milhares de imigrantes de origem alemã, italiana e suíça e, é provável que muitos deles tenham trazido, nas bagagens, alguns modelos de bicicletas para utilizar em sua nova pátria.
Os Pequenos Produtores e a Industria Nacional.
As dificuldades para a implantação de um parque industrial voltado à produção de bicicletas, foram grandes no início do século XX. A situação foi agravada por vários problemas de ordem interna, todos de caráter político, com seus inevitáveis desdobramentos no retardamento industrial e no plano social:
A crise de 1929; a Revolução de 1930 (ascenção de Getúlio Vargas); Revolução Constitucionalista de 1932; Revolução Comunista de 1932; o Estado Novo (1937); a II Guerra Mundial (1939).
Somente no final da década de 40, é que a indústria voltada para a produção de bicicletas, lançaria suas bases para deslanchar na década seguinte.
Durante esse período de incertezas pequenos empresários como a Família Scattone, Miguel Chiara, Casa Luiz Caloi, Dimas & Felix Pneus e Artefatos Condor, importavam bicicletas, componentes e acessórios. Mediante algumas adaptações de ferramental, esses mesmos empresários começaram a produzir vários modelos de quadros e pára-lamas para montagens próprias, produzindo excelentes bicicletas.
Em 1º e 10 de abril de 1948, Monark e Caloi, iniciaram suas atividades industriais e comerciais, segundo registros levantados na Junta Comercial de São Paulo. Antes desse período, elas atuavam como importadoras e distribuidoras para o Brasil, de algumas marcas européias de boa qualidade.
A década de 50 foi promissora para a fabricação e comercialização de bicicletas em nosso país. Além da Monark e Caloi, fabricantes de menor porte como a Role, Patavium, Pimont, Gorick, Hélbia, Gallo, Coringa, Regina, Erpe, Mercswiss, Tamoio, Celta, Victory, Adaga, NB, Bérgamo, Everest, Apolo, Bekstar, Bluebird, Scatt, Rondina, Wolf, Royal, Marathon, Luxor, Centrum, Rivera, e tantas outras marcas, produziram material de alta qualidade e competência.
Essa situação promissora, no entanto, deparou-se com sérios problemas após o Golpe de 64. As "pequenas notáveis" desapareceram do mercado por seus endividamentos, pela ausência de financiamentos ou possibilidade de quaisquer negociações. Além disso, a política monopolista e de divisão de mercado adotada pela Caloi e Monark, também contribuiu para "quebrar" as pequenas fábricas.
Com a abertura de mercado dos anos 90, as duas empresas tiveram dificuldades para enfrentar a concorrência de fabricantes habituados a disputar mercados com produtos de primeira linha, e hoje, Caloi e Monark não lideram mais o mercado nacional de bicicletas.
Os anos 90 marcaram também a chegada do Mountain Bike e do Triathlo ao país, ambos com forte apelo ecológico e prazer de pedalar, conquistando milhares de adeptos para as novas modalidades de ciclismo.
utilização da bicicleta
Ao longo de seus 213 anos de existência, a bicicleta esteve presente em todos os momentos significativos da história da humanidade; seja na paz ou na guerra, nas atividades de transporte e de lazer, na medicina e ciência, além de conduzir diariamente bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo aos mais variados destinos.
No Estado de Santa Catarina, as bicicletas também são "veículos militares", atuando na Polícia Militar através do BIKE PATRULHA, cujo projeto piloto foi implantado na cidade Joinville no dia 09 de março de 2002, com excelentes resultados na inibição e no combate ao crime
2006-09-19 01:45:33
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answer #1
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answered by Anonymous
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