"...Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa.
Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas...."
2006-09-18 13:47:11
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answer #1
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answered by aeiou 7
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O Período Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)
A expressão " descobrimento " do Brasil está carregada de eurocentrismo, além de desconsiderar a existência dos índios na terra antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Outros autores preferem dizer « achamento» do Brasil. A data em que ocorreu, 21 de abril de 1500, inaugura a fase pré-colonial. Neste período não houve a colonização, pois os portugueses não se fixaram na terra.
Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da mata Atlântica. O pau-brasil tinha grande valor no mercado europeu, pois sua seiva avermelhada era muito utilizada para tingir tecidos. Para a exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, simples troca. Apitos, chocalhos, espelhos e outras bugigangas foram oferecidas aos nativos em troca de seu trabalho (cortar o pau-brasil e carregá-lo até as caravelas). Os portugueses continuaram a exploração da madeira, erguendo toscas feitorias no litoral, apenas armazéns e postos de trocas com os indígenas.
Durante 30 anos, a costa foi também explorada por holandeses, ingleses e franceses. Embora essas nações não tivessem direito pois não figuravam no Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu em 1494 terras recém descobertas) enviavam ao Brasil navios empenhados em explorar o Atlântico e recolher a preciosa madeira.
A costa brasileira era terra aberta para os navios do corso (os «corsários»), pois inexistiam povoações ou "guarda costeira" que a defendesse. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as chamadas Expedições Guarda-Costas, com poucos resultados.
De qualquer jeito, os franceses se incomodaram com as expedições de Cristóvão Jacques, achando-se prejudicados; e sem que suas reclamações fossem atendidas, Francisco I (1515-1547) deu a Jean Ango uma carta de marca que o autorizava a atacar navios portugueses para se indenizar dos prejuízos sofridos. Isso fez com que D. João III enviasse a Paris Antônio de Ataíde, para obter a revogação da Carta, o que foi feito, segundo muitos autores, à custa de presentes e subornos... Logo recomeçaram as expedições francesas. O rei francês, em guerra contra Carlos V, não podia moderar os súditos, pois sua burguesia tinha interesses no comércio clandestino e porque o governo dele se beneficiava indiretamente já que os bens apreendidos pelos corsários eram vendidos por conta da Coroa. As boas relações continuariam entre França e Portugal, e da missão de Rui Fernandes em 1535 resultou a criação de um tribunal de presas franco-português na cidade de Baiona. Embora de curta duração, suspenso pelas divergências nele verificadas.
2006-09-21 05:18:30
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answer #2
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answered by RSILVA 3
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Escambo é sinônimo de troca, ou seja, eles trocavam entre si mercadorias (colonizadores e índios). Valeu
2006-09-18 12:19:50
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answer #3
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answered by OCurioso 4
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