Uma palavra: inovação. Quando foi feito, em 1968, o filme tinha uma proposta bem clara, qual fosse a de reescrever tudo o que já tinha sido feito no cinema. Para tanto, Stanley Kubrick (gênio maior dessa arte, na minha opinião), utilizando-se da obra máxima de Arthur C. Clarke, dedicou-se aos detalhes, tais como trilha sonora, fotografia e relevância dos diálogos. Para mim, a parte mais espetacular do filme é quando o robô HAL clama para que o astronauta não o desative. Veja bem, naquela época, a questão da inteligência artificial foi explorada em sua magnitude, lançando questionamentos ético filosóficos profundos, dignos de prêmio. Depois, a cena final, quando o sobrevivente encontra a origem do sinal alienígena e, seguidamente, envelhece. Precisei assistir duas vezes para compreender perfeitamente o que queria dizer aquilo. Qual filme na atualidade força uma pessoa com bom entendimento de cinema voltar e reassistir seu final por pura incompreensão do que o autor quis passar. Afora tudo isso, 2001 traz uma inédita forma de se mostrar o espaço na telona, ou seja, sem sonoplastia no vácuo e com o emprego de naves, se não tão belas como as de Star Wars ou Jornada nas Estrelas, mas fisicamente adaptadas ao nosso patamar tecnológico. O módulo principal que fica girando, como forma de simular a gravidade, é projeto da NASA para a futura ida do homem à Marte. Não sei se você sabe, mas Kubrick contava uma história muito interessante acerca do filme. Num prelançamento, o estúdio, preocupado que tanta novidade não agradace ao público, chamou uma crítica do New York Times. Ao terminar a exibição, a dita mulher teria menosprezado a obra, dizendo que aquilo jamais vingaria. O estúdio quis forçar Kubrick a mudar algumas coisas, mas este recusou e pediu auxílio de Clarke, o autor do livro, na sua empreitada. O filme foi muito moderno para sua época, essa é que é a verdade, e hoje ele é tido como um raro exemplo de bela produção hollywoodiana por culpa de dois indivíduos: Kubrick e Clarke. Se alguém lhe pergunrta a respeito de 2001, responda: é um clássico do cinema mundial, e, como tal, requer inteligência para assistí-lo.
2006-09-18 01:22:11
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answer #1
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answered by ? 5
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É difícil mesmo... mas não tem como expressar em palavras o sentimento deste magnífico filme... aquele começo... nossa!!!
Eu simplesmente digo que se a pessoa quer algo visionário e brilhante tem que assistir ao filme, pois só assistindo terá a exta explicação do que é esse filme...
Felizmente não tem como expressar com uma sinopse, portanto o melhor mesmo é assistí-lo... várias vezes!
2006-09-17 16:32:47
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answer #2
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answered by Rodolfo M 2
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Filmes assim são inexplicáveis. Diga que é um clássico e que a pessoa deve assistir. Clássicos não são clássicos gratuitamente, eles têm algo que apenas a pessoa assistindo ela entenderá, é a mesma coisa que explicar qual o gosto de uma maçã, por mais que você dê detalhes, a pessoa só entenderá quando tiver o contato pessoal. Creio que cinema seja muito isso, a arte de encantar de maneira inexplicável.
2006-09-17 16:28:29
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answer #3
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answered by luis_imperator 2
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Digo:
Assista!
Nada melhor que ver e ouvir com seus próprios olhos.
Mas aviso que não é nenhum "Jornada nas Estrelas", caso contrário, vai assistir com uma espectativa e se desapontar depois.
2006-09-17 16:27:44
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answer #4
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answered by Hokus Phokus 7
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