Se me perguntassem por que não vou votar em Lula, o que eu diria? Quais as razões de minha rejeição ao presidente Luiz Inácio? Alinhei logo em seguida as dez razões pelas quais não voto em Lula. Ei-las:
Lula, ao contrário do que quer parecer, é um político de feitio francamente conservador, que reproduz os piores vícios dos velhos políticos brasileiros, a saber: patrimonialismo, clientelismo, centralização, populismo, autoritarismo.
Patrimonialismo - Ao lotear o governo pelo PT, Lula traiu seu patrimonialismo, procedendo, ele e o PT, como donos absolutos dos cargos de confiança, proprietários legítimos do governo transformado em 'cosa nostra'.
Clientelismo - compra disfarçada de votos em troca de favores, como o Bolsa-Família, seu carro-chefe eleitoral.
Centralização - O presidente é o governo e não abre. Tudo passa por suas mãos. Muita suspeita, portanto, sua alegada inocência nos casos de corrupção. Nada se faz no governo sem sua ciência, sem seu aval, sem sua cumplicidade.
Populismo - Ele convive mal com as instituições democráticas, o Congresso, o Judiciário, a imprensa. Quer governar acima das instituições, como o 'pai dos pobres', em ligação direta com o 'povo'.
Autoritarismo - Como todo populista, como todo coronel, sua auto-suficiência se traduz no mais decidido autoritarismo nas relações com os ministros, os partidos, os deputados e os subordinados.
Ao ser tão conservador - no mau sentido - e querendo posar de progressista, Lula revela-se uma fraude política, utilizando a mentira como sua arma principal. Dessa mentira faz parte seu tão falado 'carisma', inventado para impressionar os trouxas.
Lula rebaixou os índices de crescimento do País a níveis haitianos, como se sabe. Melhorou o emprego? Balela. Quando Alckmin declarou, faz pouco, que Lula é um exterminador de empregos, muita gente falou em gafe. No dia seguinte veio o indicador do IBGE: o desemprego no País é o maior em 15 meses. Só o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não sabia.
Lula herdou a política econômica do governo anterior, mas se mostrou um mau herdeiro. O bom herdeiro amplia e aperfeiçoa a herança. Lula contentou-se em repetir e conservar a política econômica estabilizadora do seu antecessor, boa para seu tempo, sem acrescentar nada de novo. O que teria de fazer seria aproveitar a estabilidade para incentivar o crescimento. Em vez disso, marcou passo até agora, enquanto outros países emergentes já revolucionaram a escala do desenvolvimento. Nem mesmo foi respeitada a autonomia das agências reguladoras, uma das maiores conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso.
O governo Lula elevou a carga tributária a cerca de 37,37% do PIB, um recorde histórico, travando brutalmente o desenvolvimento econômico.
Ao contrário do que proclamam alguns, a educação vai mal. O número de alunos não cresce nas universidades. O ensino básico continua uma calamidade.
O presidente Lula, com seu autoritarismo, espírito centralizador e excesso de medidas provisórias, contribuiu para desmoralizar e desprestigiar o Congresso, e o Congresso desmoralizado se tornou presa fácil da corrupção. A corrupção vem do Planalto, como assinala Alckmin: 'Mensalão é a submissão de um Poder a outro. É fácil bater em deputado, e tem de bater. Mas o deputado é só correia de transmissão. Todo o dinheiro sai do Executivo e sempre tem corruptor do lado de fora' (Estado, 25/8).
A política externa do atual governo, com seu terceiro-mundismo e sua obsessão antiamericana, é a política de Brancaleone, aquele comandante do exército de esfarrapados. Ridícula e improdutiva, capitaneada por duas figurinhas difíceis, Samuel Pinheiro Guimarães, o Talleyrand provinciano, e Marco Aurélio Garcia, o Maquiavel encabulado. Lula adora andar em más companhias, um demagogo perigosamente antidemocrata e megalomaníaco, Hugo Chávez, e aquele ditador decadente, Fidel Castro.
Lula não tem perfil de estadista. O verdadeiro estadista dá sua marca criando o fato novo, aquele que divide a política em antes e depois dele - o Plano de Metas de JK, a recuperação da Guanabara por Carlos Lacerda, o Plano Real de FHC. Luiz Inácio não conta com nada parecido em seu currículo, após quatro anos de governo.
A onda de corrupção que assola e devora o País em todos os níveis pode ser ou não da responsabilidade de Lula. Seja como for, seu nome ficará historicamente vinculado à mais gigantesca seqüência de escândalos que abalaram a política brasileira nos últimos anos. Lula pode ser absolvido nas urnas, se ganhar a eleição, mas não será absolvido pela História.
Em suma, não é possível votar para presidente da República num candidato que nunca leu um livro e se gaba da própria ignorância como se esta fosse um galardão e motivo de orgulho. Que péssimo exemplo para a juventude! Será possível levar este homem a sério quando ele fala na importância da educação?
Com perdão daqueles que votarão em Lula, votar em Lula significa aderir à turma do 'me engana que eu gosto'.
2006-09-17 02:56:22
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answer #1
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answered by Sailor 5
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15 DE SETEMBRO DE 2006 - 17h42
O day after da direita: investir contra Lula e a democracia
A democracia brasileira sempre andou aos trancos e barrancos, e o principal fator da instabilidade foram os conservadores que, hoje como no passado, nunca aceitaram o controle do governo central da República por forças políticas alheias ao estreito círculo daqueles que sempre mandaram no Brasil e usaram o poder do governo e do Estado em benefício de seus próprios interesses.
Estes mesmos setores foram os que tentaram sangrar presidente Lula e seu governo e agora, ante a iminência da reeleição do presidente, começam a articular o aprofundamento da crise política para desestabilizar seu segundo mandato.
Um objetivo que, tudo indica, não será fácil para eles, que já não têm as mesmas condições do passado. Foi a direita, aliada aos militares conservadores e aos representantes do imperialismo - principalmente estadunidense - quem promoveu o golpe que derrubou Getúlio Vargas em 1945. Pretexto: a aproximação do presidente com os nacionalistas e os comunistas para consolidar o regime democrático e o desenvolvimento soberano do Brasil no período posterior à Segunda Grande Guerra.
Quando Getúlio voltou à presidência, eleito em 1950, a histeria conservadora cresceu, e o jornalista Carlos Lacerda - a mais recente ''descoberta'' de Fernando Henrique Cardoso - foi um dos principais propagandistas da desqualificação de Vargas e da pregação do golpe de Estado para impedir sua posse. Durante o governo Vargas, Lacerda foi o agitador da campanha de denúncias que levou ao suicídio do presidente , em 1954.
Mas, naquele momento, a reação popular - que depredou sedes de empresas estrangeiras e de jornais vinculados ao golpe - impediu que a direita consolidasse o controle do governo federal. E, apesar de todas as pressões de Lacerda e seus comparsas, Juscelino Kubitschek - visto como um continuador de Vargas - foi eleito para a presidência em 1955, derrotando o candidato da direita, o general Juarez Távora. Nova gritaria e mesmo levantes militares contra a posse do eleito, sem êxito.
O sonho da reconquista do poder veio com a eleição, em 1960, de Jânio Quadros, uma espécie de Fernando Collor de Mello da época. Idílio que durou menos de sete meses: Jânio renunciou em 1961, e a presidência da República foi assumida pelo vice, João Goulart, execrado pela direita por ser, ele sim, um herdeiro de Vargas, e principalmente por suas ligações com o movimento sindical e com a esquerda. A conspiração direitista cresceu, e o coronel Golbery do Couto e Silva'', um dos líderes daquele conluio, identificou na época uma tendência ''comuno-petebista'' no eleitorado que favorecia os progressistas e nacionalistas.
Aquela era uma época em que a direita tinha um aliado forte, a direita militar, golpista e antidemocrática. Em um discurso famoso pronunciado logo depois do golpe militar de 1964, o general Castello Branco, desvendou o comportamento desses políticos que alardeavam a defesa da democracia e, por baixo do pano insuflavam o golpe militar. Entre eles os líderes udenistas, que o general que comandou o golpe de Estado chamou de ''vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar''.
Hoje, essas mesmas ''vivandeiras'' estão alvoroçadas com a perspectiva de reeleição de Lula. Mas não rodeiam mais os quartéis onde militares profissionais e escaldados pela política neoliberal que almejou desmontar as Forças Armadas nacionais não ecoam mais aqueles apelos. Rodeiam outra força social para propagar seus intentos, a imprensa das grandes empresas, que faz parte íntima do sistema de poder comandado pela direita.
O discurso é o mesmo, e seu objetivo é desqualificar o provável eleito, o presidente Lula; os eleitores; chegando mesmo a colocar o sistema democrático na berlinda.
A perspectiva da reeleição de Lula é cada vez concreta. A última pesquisa CNI/Ibope, divulgada dia 14, mostra que ele tem 50% das intenções de voto - isto é, nove pontos a mais que a soma dos votos dos outros candidatos. Na pesquisa espontânea, que mostra um voto mais consolidado, Lula tem 42%, contra 27% dos demais candidatos, isto é, 15 pontos acima deles todos, indicando a reeleição já no primeiro turno.
É nesse quadro em que se erguem as vozes do passado. Primeiro, buscam desqualificar o presidente, e o senador cearense Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, voltou a pedir a impeachment de Lula no começo de setembro.
Na mesma semana, um colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Gilberto Kujawski, alinhavou dez razões para não votar em Lula, e entre elas alegou um pretenso ''autoritarismo'' do presidente, que - escreveu - ''convive mal com as instituições democráticas'' e quer governar acima delas, ''como o pai dos pobres', em ligação direta com o 'povo'. '' E atacou a política externa de Lula, marcada - disse - pelo ''terceiro-mundismo'' e pela ''obsessão antiamericana'', comparando-o a ''Brancaleone, aquele comandante do exército de esfarrapados'', que ''adora andar em más companhias, um demagogo perigosamente antidemocrata e megalomaníaco, Hugo Chávez, e aquele ditador decadente, Fidel Castro''. Palavras que não são de estranhar vindas de um escritor conservador como Kujawski.
O esforço de desqualificação volta-se também contra o eleitorado, e a mais aguda manifestação nesse sentido foi a do senador pedetista do Amazonas, Jefferson Peres, que considerou o o eleitorado como antiético e o acusou de compactuar com a corrupção por que vai votar em Lula. Manifestação semelhante veio de outro setor previsível, o patronato da mídia, pela palavra de Octávio Frias Junior, dono do jornal Folha de S. Paulo; para ele a vitória de Lula representa suas ''anistia'' pelo eleitorado, e a eleição perderá seu caráter democrático se Lula vencer logo no primeiro turno.
Num ponto acima, nessa linha de argumentação, outro colunista de O Estado de S. Paulo, Héctor Ricardo Leis, investiu contra o próprio sistema democrático. ''As eleições democráticas não são condição suficiente para que se façam boas escolhas políticas'', escreveu ele.
As máscaras da direita vão caindo, multiplicando os sinais não só de seu inconformismo com uma eventual vitória de Lula mas, principalmente, indicando o esforço para criar um ambiente de descrédito em torno do presidente, das forças políticas que o apóiam, e do eleitorado que o elegerá. Tudo isso em busca de sua desestabilização e, como sempre, da volta da direita ao poder. Eles acreditaram, em vão, ter pavimentado o caminho para essa volta com a campanha de denúncias de 2005-2006. E, com o mesmo víeis antidemocrático de sempre, tentam consolidar desde já as linhas gerais para investir contra democracia e o presidente Lula.
Estes atentados contra a livre escolha do eleitorado não terão, porém, o mesmo cenário favorável que a direita teve nas décadas de 1950 e 1960. A consciência democrática dos brasileiros se consolidou desde a década de 1970, nas lutas pela anistia, constituinte, diretas-já, fora Collor e contra a privataria do período FHC; o movimento social e a organização dos trabalhadores se fortaleceram e enraizaram entre o povo. E, num movimento inverso, o poder da direita, que ainda é muito forte na mídia e no controle do dinheiro, diminuiu em áreas que, no passado, foram decisivas para ela.
O fantasma da reação popular paira como uma ameaça sobre suas articulações, como o próprio e rejeitado ex-presidente FHC reconheceu em uma entrevista recente para a revista Época. ''Não sei qual vai ser o resultado da eleição, mas é preciso evitar essa coisa de quem perde inviabilizar quem ganhou, como no México''. E reconheceu que este risco existe ''sobretudo se o Geraldo ganhar''. Frase melhor do que esta para registrar e reconhecer o fracasso tucano só outra, que faz parte da turbulenta ''Carta'' divulgada pelo ex-presidente em 7 de setembro, onde ele vê seu partido e candidato abandonados pelo eleitorado.
2006-09-18 07:30:45
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answer #2
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answered by abutrelascado 1
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A DIREITA ESTÁ NO PODER HÁ 503 ANOS E NINGUÉM FALA QUE É DITADURA. AGORA, PORQUE LULA ESTÁ HÁ 3 ANINHOS, COMEÇAM A FALAR IMBECILIDADES. MAS LEIA PELO MENOS UM PEQUENO TRECHO DO TEXTO ABAIXO E O SENHOR VAI ENTENDER PORQUE O PSDB MAIS PFL MAIS PARTE DA IMPRENSA COMPRADA ESTÃO ESPALHANDO BOATOS IDIOTAS.
2006-09-17 09:08:56
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answer #3
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answered by pintofraco 1
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É muito fácil fazerem julgamentos quando uma pessoa detém o cargo público de maior responsabilidade de um país. A oposição critica, mas quando assume o poder público, também não faz muita coisa e quando faz tem interesses próprios envolvidos nisso.
Existem coisas que fazem com uma facilidade extrema, mas existem coisas que mofam e nem sempre é de interesses de alguns. Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Em país de corruptos, quem é honesto corre risco de morte.
As pessoas que crucificam o Presidente (seja ele quem for), esquecem de uma só coisa: quem faz as leis não é o mesmo e sim os deputados, os vereadores, os que estão por trás do Presidente. Este apenas assina ou veta. Então, está na hora de mudarem o conceito sobre isso.
Quanto à sua pergunta, dignissimo, todos nós passamos por metamorfose, portanto somos pérpétuos também.
Obs.: Como a pergunta é uma metáfora, não sabemos se foi para o lado pessoal ou o lado político. Eis a metamorfose também.
2006-09-17 08:56:50
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answer #4
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answered by Dudu 4
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É realmente você tem razão, cada dia tem muda de idéia. Falou que tudo aquilo que fez no passado estava errado. Será se ele ouviu muito Raul Seixas e preferiu ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião sobre tudo?
2006-09-17 08:51:21
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answer #5
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answered by Anonymous
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Caro colega,
Depois do botox que ele colocou naquela cara encardida,
vc duvida de mais alguma coisa?????????
2006-09-17 08:16:07
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answer #6
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answered by mamy_leoa 5
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Sintetizo o Lula com um pensamento: "Quem estava acostumado com a senzala, acostuma-se com os perfumes da Casa Grande."
2006-09-17 08:07:02
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answer #7
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answered by White Fox 3
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