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O que faz uma cor ser ´preta, outra ser azul, ou amarelo sei lá. Não estou falando de tintas, se bem q me intriga a forma como elas são feitas. Sei q a luz é unica, mas o q faz com que as cores existam?

2006-09-14 15:47:58 · 4 respostas · perguntado por Little Alone 2 em Ciências e Matemática Outras - Ciências

4 respostas

§1. Aspectos físicos da cor.
3911y123.



124. Entende-se por "físico" o que se situa no mundo dos sentidos exteriores. O físico não é um objeto da imaginação interior.
Não importa que os objetos exteriores sejam gnosiologicamente interpretados à maneira do idealismo, ou à maneira do realismo. Em qualquer hipótese, eles são físicos pela circunstância de serem considerados como se fossem exteriores, não importando o grau desta exterioridade.
Nesta acepção ampla entendemos agora a cor como algo físico.
Importam advertir para duas características da cor:

- relação da cor com a luz (vd 126);
- diferença das cores pelo comprimento de onda (vd 131).




I - Relação da cor com a luz.
3911y126.



127. Verifica-se que a cor se prende à luz, e com todo o contexto eletromagnético em que estas se encontra. Em última instância a compreensão do fenômeno da cor e de sua manipulação importa em conhecimentos de física os mais complexos, e por que estes foram alcançados pelo homem, foi possível criar maravilhas tais como a televisão e Internet.

Na observação superficial parece que a cor está no objeto, não nos apercebendo nós de que se prende à luz, constituída de corpúsculos. Na ausência de luz, os objetos deixam de manifestar com cor, ainda que continuem sensíveis ao tato da mão que os toca.
Com a luz o objeto se acende e se apaga. Quer observemos a luz, quer observemos os corpos que a refletem, a cor se associa ao comportamento da luz. Por isso, não se pode definir a cor como sendo apenas o elemento visual dos corpos.


128. Natureza da luz. Tentando responder mais precisamente o que é a luz, já as primeiras teorias modernas discutiam se era corpuscular ou ondulatória.
Para o holandês Christian Huygens (1629-1695) com quem começaram as primeiras discussões válidas, os fenômenos luminosos, como publicou em seu Tratado da Luz (1690), seriam vibratórias. Com esta teoria levanta idéias inteiramente novas sobre a luz, com forte oposição de muitos. Primeiramente parece prevalecer a constatação; mais tarde, se inclinam a ela os físicos. Chama-se a teoria de Huygens "ondulatória escalar".

Pouco diferente, o físico francês Augustin-Jean Fresnel (1788-1827) propôs a teoria "ondulatória vectorial". Este físico e mais Thomas Young (1873-1829) conduziram a teoria ondulatória a uma aceitação generalizada, que prevaleceu por um século. Agora, porém, as ondas luminosas não seriam transversais (ondas do mar), porém longitudinais.

O inglês Isaac Newton (1643-1727) se dedicou a uma exame meticuloso da luz, com resultados bastante concretos sobre as cores, que obteve descobrindo o espectro. Publicou uma obra fundamental em 1704, intitulada Ótica. Contrariou abertamente a teoria ondulatória de Huygens. Em consequência deu à antiga teoria corpuscular uma fisionomia nova.
Mais tarde o escocês Maxwell (1831-1879) ergueu a hipótese de que a luz se liga ao fenômeno fundamental eletromagnético.

Depois de 1900 se desenvolveram os estudos sobre as modalidades de onda, bem como de seu aproveitamento de maneira a diferenciarem entre si, pelo seu comprimento, efeitos e possibilidades de aproveitamento técnico. Com isso prosperou a linguagem: ondas cósmicas (curtíssimas), ondas de rádium, ondas de raio X, ondas infravioletas, ondas de luz, ondas infravermelhas (térmicas), ondas de rádio, onde de televisão.
Einstein (1879-1955) desenvolveu a teoria dos fótons. Em 1950, com sua teoria do campo unificado, insistiu que todas as formas da natureza eram regidas pelas mesmas leis básicas.
Novos fenômenos, que a teoria ondulatória não parecia de todo explicar, fizeram ao físico alemão Max Plank (1858-1947) criar a teoria dos quanta, de natureza corpuscular, como em Newton, mas em termos de energia:
Grãos de energia, por projeção instantânea e descontínua, emitidos por fonte luminosa.
Subitamente a teoria corpuscular recebeu outra vez impulso.

129. Para resolver o problema dos fenômenos de interferência, que a teoria ondulatória explica melhor, surgiu ainda a teoria conciliatória, a da mecânica ondulatória, de Broglie (1892-), Heisenberg (1901-1961) e Schoedinger (1887-1961):
"Todo grânulo que se move (grânulo de matéria, grânulo de eletricidade, grânulo de energia) é acompanhado por um cortejo de ondas determinadas, que se deslocam com ele, sem nunca abandoná-lo".

Sobre as cores ainda outros trabalhos foram desenvolvidos por físicos, que por isso mesmo se tornaram notáveis.
A distinção entre cores primárias e secundárias foi já desenvolvida por Field (1774-1854). Também se ocuparam com as cores, Goethe (1749-1832), Helmholtz (1821-1894), Maxwell (1831-1879), Wilhelm Ostwald (1853-1932), Munsell.




II - Relação entre comprimento de onda e espécie de cor.
3911y131.



132. As ondas eletromagnéticas são de variado comprimento, sendo as mais curtas os raios cósmicos, as mais longas as ondas de TV, as intermediárias, a luz, com suas respectivas cores.
O importante é que as oscilações apresentam desigual comprimento e consequentemente desigual frequência de vibrações por segundo.
O trabalho dos físicos importa em:
- separar os diversos comprimentos de onda;
- medir as ondas;
- estabelecer as propriedades.

133. A separação natural dos comprimentos de onda ocorre nas diversas maneiras com que os corpos refletem a luz. Podem refletir determinados comprimentos de onda e não a outros.
Outra modalidade de separação dos comprimentos de onda se exerce na decomposição espectral.
Ainda ocorre a separação, quando a fonte de produção das ondas emite apenas certos comprimentos.


134. A medição das frequências de onda de luz certamente é um trabalho meticuloso e dependente de técnicas mui especializadas.
Nesta área de tarefas se encontra também a criação de um sistema de medidas adequadas. Aproveita-se a indicação de mícron, o milésimo de um milímetro. Um milimícron é o milionésimo de um milímetro.
Mas, a unidade específica para medidas da luz é a unidade Angstrom (referência ao físico sueco Anders Jons Angstrom, 1814-1874); indica a extensão de dez milionésimos de milímetro; portanto = 0,0001 de mm.
Escreve-se U. A. ou u. a. (unidade angstrom). Ora se usa milimícron, ora u. a. Dizer que o azul apresenta 480 unidades, ou 4800 unidades, significa, na primeira míli unidades de angstrom (U.A.), na segunda, milimícrons.


135. O estabelecimento das propriedades das diversas frequências de onda de luz, eis o que o físico passa finalmente a estabelecer.
Alguns comprimentos produzem calor, alguns outros a sensação de cor, alguns outros ainda não se manifestam aos nossos sentidos, mas se revelam por efeitos outros, e que permitem constatar sua presença.
Consegue-se determinar que alguns animais, como os pássaros, vêem cores que escapam aos homens. Induz-se que sobretudo as cores compostas serão mui diferentes aos olhos destes animais.


136. A descoberta das ondas eletromagnéticas resultou logo em uma nomenclatura inusitada até então.
À medida que as ondas se revelam aos olhos, se denominam ondas de luz.
Separadas as ondas, pelos seus variados comprimentos, passam a se denominar cores.
À medida ainda que as ondas se manifestam aos sentidos do tato, se dizem ondas térmicas.
Há ainda outros comprimentos, progressivamente mais curtos, que são os raios ultravioletas, raios X, raios de radium, raios cósmicos, sempre mais curtos.
Com referência às ondas de rádio: ondas ultracurtas, curtas, médias, onda de TV, sempre mais longas.

137. =Figura mostrando comprimentos e nomes:
Raios cósmicos

Raios de Radium

Raios X

Raios ultravioletas 136-3600

raios visíveis 4000-7000 (espectro)

ondas de rádio
– ultra curtas
– curtas
– médias
– longas
– de TV

Na figura se destaca haver um só grande processo eletromagnético.
Apenas as ondas da luz e do calor se manifestam imediatamente às faculdades cognoscitivas; os demais são verificáveis apenas indiretamente, pelos efeitos físicos que deixam.
Dada, porém, a conexão da cor com os demais fenômenos eletromagnéticos, foi possível desenvolver todo um sistema de imagens coloridas, de que a televisão é um exemplo admirável.


138. Fenômeno da absorção e refração das cores. A separação das ondas de luz ocorre pela maneira diferente com que os corpos reagem à mesma.
Penetrando por um prisma, os raios luminosos se desviam em ângulos diferentes para cada comprimento; por isso, dá-se o fenômeno do espectro de cores.
Desviam-se em ângulo menor os raios violetas; progressivamente ocorrem os desvios do azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho.
Em menor desvio estão os ultravioletas e em maior os infravermelhos, aos quais, entretanto, a vista humana não percebe; verificam-se experimentalmente; alguns animais dão manifestação de os perceberem ocularmente.

A diferença das cores nos objetos da natureza não é mais que a diferente capacidade que estes objetos têm se separar as cores. Trata-se do fenômeno da absorção e refração por parte dos corpos. A constituição molecular dos corpos é tal que, enquanto umas ondas penetram, sendo absorvidas ou deixadas até a passar através, outras são rejeitadas. Com isso ocorre a separação e a diferenciação das cores dos objetos.
Na verdade as cores pertencem à luz que retornou aos olhos do espectador. Não há verdadeiramente cor nas coisas, mas na luz. Por atribuição, em função à luz, dizem-se de tal ou tal outra cor. Quando um objeto se mostra amarelo, significa apenas que refletiu as ondas amarelas e absorveu as verdes, azuis, violetas, alaranjadas, vermelhas.

Sem entender que a cor pertence à luz e não aos objetos que a absorvem e refratam, a inteligência vulgar não consegue entender a afirmativa de que as coisas ditas coloridas efetivamente não têm cor alguma.
Também não se adverte que, ao desaparecerem na escuridão, quando a luz se ausenta, as coisas assim ficam exatamente porque a cor não lhes pertence.
O artista age com a cor, como se ela estivesse nas tintas, mas, na verdade, ele faz uma coisa muito mais complicada.

139. Repetimos aprofundando. A disposição dos átomos permite a passagem das ondas de luz. Ocorrem, então, as seguintes situações:
- se a luz atravessa integralmente, a aparência é a chamada transparência;
- se nenhuma onda de luz consegue atravessar por entre os átomos, refletindo-se integralmente, a aparência do corpo se torna branca, tal como a luz integral;
- se a luz é absorvida e transformada no interior do corpo, desaparecendo, por conseguinte a luz, este corpo toma a aparência de preto;
- se ocorre a absorção de umas ondas dentre as ondas de luz e não de outras, que se refletem, a cor do corpo assume a aparência do comprimento das ondas refletidas;
- ocorre ainda o caso da transparência colorida, em que o colorido do objeto transparente é representado pela onda de luz que não conseguiu atravessar, refletindo-se, de sorte a dar uma cor ao objeto transparente, ao passo que as ondas seguiram sua marcha.
Diante disto se infere que as cores dos corpos dependem de modo de absorver e refletir a luz.

Já se pode prever que um corpo difere de cor ao ser exposto à luz do sol e a seguir apenas à luz elétrica, ou outra luz qualquer. Não há em todas as fontes de luz o mesmo número de ondas e de dimensão.
Apreciar um objeto em recinto sombreado e depois ir com ele à janela nos mostra a diferença prontamente. O artista usa pintar para o apreciador nas condições ordinárias de luz do sol. Todavia poderia ele pintar para condições diversas, em que cada condição provocasse efeitos por ele intencionados. Desconhecemos exemplos de quem assim tenha procedido. Esperemos que alguém o experimento fazê-lo e tenha resultado.
Alterar a cor de uma superfície, como fazem os pintores, consiste em lhes aplicar finas camadas de outra maneira de refletir e absorver ondas luminosas.

140. Ainda sobre os comprimentos de onda de cada cor. São teoricamente bem determinados os comprimentos de onda de cada cor. Distendem-se por áreas vizinhas as impressões semelhantes, que em conjunto recebem o mesmo nome. As limitações exatas obedecem, pois, a critérios subjetivos, oscilantes.
O amarelo real é de 5.80 unidades de onda, nesta altura exata oferece a impressão de um gris sombrio; o que chamamos de fato como amarelo, reflete de 5.00 a 7.00 unidades; nas mesmas condições o azul é de 480 unidades, o verde de 520, o laranja 650, o vermelho 660. Na extremidade violeta o espectro apresenta apenas 390 unidades.
Em esquema, o vermelho reflete de 600 a 700 unidades angstrom (absorve de 400 a 600).
O laranja de 5.700 a 7.000 (absorve de 400 a 570).
O amarelo reflete de 500 a 700 (absorve de 4.000 a 5.000).
O verde reflete de 500 a 600 (absorve de 400 a 500, de 600 a 700).
O azul reflete de 400 a 500 (absorve de 5.000 a 7.000).
O violeta reflete de 400 a 480, de 650 a 700 (absorve de 480 a 650).
Comprimento de onda 7.000 6.000 5.000 4.000
Violeta
4.000-480, 650, 700
Azul
4.000-5.000
Verde
5.000-6.000
Amarelo
5.000-7.000
Laranja
5.700-7.000
Vermelho
6.000-7.000


(vd Mirador)


141. O branco resulta da incidência da luz de todos os comprimentos de onda simultaneamente. A luz dissociada é colorida; a integral é branca.
Isto parece conduzir à interpretação de que a diferença entre o branco e as cores seria apenas subjetiva. Se tivéssemos vista perfeita, - ou seja suficientemente analítica das diferenças, - deveríamos não ver o branco, mas simultaneamente todas as cores, tal como se pudéssemos ouvir o barulho de cada uma das ondas do mar, em vez de ouvir só o marulho azul. Se a capacidade de ver a todas as cores é possível apenas dissociando as ondas luminosas nada impediria que fôssemos capazes de ver distintamente as cores ainda que as ondas viessem misturadas. A vista perfeita não veria luz branca, porém, uma luz estriada de muitas cores, em que cada onda se revelaria a si mesma diretamente. E como não somos capazes disto, vemos a luz sendo branca, ou seja, um tumulto ao qual nos acostumamos.
A fim de que a luz pareça branca, requer-se igual quantidade de todos os tipos de onda. Tal acontece com a luz do sol. A lâmpada elétrica, contendo uma predominância de onda de comprimento médio, emite uma luz amarela clara.

Qualquer cor, ao receber mistura de todas as demais ondas, tende a clarear. Isto supõe que as ondas de diferente comprimento, ao se misturarem, não se anulam. A mistura de ondas luminosas tende para o claro. Diferentemente, a mistura de tintas não é fonte de ondas, mas de refração; tende a anular as cores. Cada tinta é um pigmento que absorve um determinado tipo de onda e havendo todos os pigmentos terminam por absorver todas as cores.
Ausente a luz, ocorre aparência chamada preto, ou trevas.
Esta aparência é uma subjetividade da visão. Na verdade nada há então no que concerne às cores.

Um raio de luz, ao passar por um prisma, se decompõe em sete cores: vermelho, alaranjado, verde, azul, anil e violeta (ou roxo). O conjunto é branco; o disco de Newton nos permite novamente reunir as cores, com a volta ao branco.


142. As cores propriamente ditas se encontram entre o branco e o preto.
Neste contexto não são cores, nem o branco, que embaralha a todas, nem o preto que impede o comparecimento delas. Mas também se admite dizer, que as cores neutras ou acromáticas são o branco, cinzento e o preto, de índole indefinida.

Um exame mais cuidadoso mostra que também o vermelho, o azul e o amarelo produzem o mesmo branco (branco-cinzento).
Dali resultou chamarem-se estas cores de primárias, ou fundamentais.

Pela combinação de duas cores primárias obtém-se as complementares:

- verde, com azul e amarelo;
- roxo, com vermelho e azul;
- alaranjado com vermelho e amarelo.
Estas cores complementares são também denominadas binárias (ou secundárias).

Enfim, tem-se ainda as cores terciárias, ou tons, resultantes da mistura de duas cores, uma secundária e outra primária:
- amarelo-laranja resulta de amarelo e laranja;
- violeta-vermelho, de vermelho e roxo;
- vermelho-laranja, de vermelho e laranja;
- azul-violeta, de violeta e azul;
- azul-verde, de azul e verde;
- amarelo-verde, de amarelo e verde.

O arco-íris é um fenômeno de várias cores. Efetivamente, ele o mesmo fenômeno que ocorre no espectro, cujas cores ele contém. Mas dentre as sete cores do prisma apenas três são primárias: vermelho, amarelo, azul. As demais resultam da sobreposição das primárias.


143. Tintas são corpos líquidos, à base de pigmentos, capazes de revestir com novas cores a outros corpos, com vistas a lhes dar novo aspecto estético, ou mesmo torná-los portadores de expressão artística.
Depois de ressequida, assume a tinta estado sólido, ainda que tão só como superfície.
Ordinariamente o elemento pictórico é um pigmento sólido, o qual é dissolvido em solução líquida, facilitadora da pintura e capaz de provocar a adesão. Se esta solução líquida não é adesiva, completar-se-á mediante mais um elemento, de efeito aglutinante.
Ocorrem, pois, nas tintas três elementos: as pequenas partículas chamadas pigmentos, o líquido chamado solvente, enfim o elemento denominado aglutinante.
A evolução das técnicas industriais das tintas tem influído na própria evolução da pintura como arte. A pintura a óleo, por exemplo, começou com a escola flamenga (séc. XV). Até então, o afresco (sobre reboco fresco) era o expediente mais utilizado, conhecido já pelos egípcios. Os gregos intentaram o encáustico (cera quente).


144. Os pigmentos são tomados geralmente à matéria de origem natural. Uns são metálicos, tomados por exemplo, à argila. Outros são vegetais, conseguidos por exemplo da resina das plantas.
Na pulverização a que ditas matérias são submetidas, elas resultam em pigmentos de cera de dois mícrons. Apenas no mosaico a pintura é construída com partículas maiores. Os primeiros mosaicos gregos tendiam à minimização das partículas. O conhecido exemplo é a Batalha de Alexandre contra Dario, que dá a impressão de pintura contínua. Mais tarde, os bizantinos passaram ao mosaico em cores descontínuas em áreas maiores, com o objetivo de efeitos peculiares.
Os solventes vão do mais simples, como a água comum, ao sucessivamente mais complexo, aguarrás, tolueno, benzol e outros.
Alguns tornam as tintas mais fluídas, para objetivos específicos.

O aglutinante é o elemento mais decisivo na conservação da pintura.
Dali resultam três gêneros de tintas fundamentais:
- tintas à base de caseína, vulgarmente as "tintas de cola"; a caseína se obtém do leite, de que é uma proteína, e também do glúten, um constitutivo interno das sementes se cereais de qualidade colante;
- tintas à base de óleo, como de linhaça, mamona, tungue etc...
- tintas à base de resinas, quer resinas naturais que transpiram das árvores, inclusive o látex da borracha (pintura, deriva da palavra pez = resina), quer resinas sintéticas, que entraram no uso com a invenção da borracha sintética, desde quando se desenvolveu uma série de tintas vinículas, porque fabricadas com acetato de polivinila.
Enfim, outras tintas vão sendo descobertas, algumas com particularidades mantidas em segredo.
São conhecidas também as modalidades de tintas com base de cal, que se aplicam nos edifícios; e ainda as tintas denominadas vernizes, frequentes no preparo de móveis. Ainda que inadequadas para o exercício da pintura acadêmica, exercem uma importante função, porquanto cobrem a maior parte dos edifícios e dos objetos industriais.

2006-09-14 15:59:03 · answer #1 · answered by Efeoitomeia 4 · 0 2

cor é um fenômeno ótico provocado pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informção pré-processada no nervo ótico, impressões para o sistema nervoso.

A cor de um material é determinada pelas médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem. Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à freqüência daquela cor.

Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora do vermelho.

A cor é relacionada com os diferentes comprimento de onda do espectro eletromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica (zona do visível), e por alguns animais através dos órgaos de visão, como uma sensação que nos permite diferenciar os objetos do espaço com maior precisão.

Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da superposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.

Índice [esconder]
1 Teoria da Cor
2 Medição e reprodução
3 Percepção da Cor
4 Círculo Cromático
5 Combinação de cores
6 Cultura e influência
7 Tabela de Cores
8 Aplicação das cores
9 Psicologia das cores
10 Ver também
11 Links Externos



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Teoria da Cor
Cor, freqüência e energia da luz Cor /nm /1014 Hz /104 cm-1 /eV /kJ mol-1
Infravermelho >1000 <3.00 <1.00 <1.24 <120
Vermelho 700 4.28 1.43 1.77 171
Laranja 620 4.84 1.61 2.00 193
Amarelo 580 5.17 1.72 2.14 206
Verde 530 5.66 1.89 2.34 226
Azul 470 6.38 2.13 2.64 254
Violeta 420 7.14 2.38 2.95 285
Ultravioleta próximo 300 10.0 3.33 4.15 400
Ultravioleta distante <200 >15.0 >5.00 >6.20 >598
Quando se fala de cor, há que distinguir entre a cor obtida aditivamente (cor luz) ou a cor obtida subtractivamente (cor pigmento).

No primeiro caso, chamado de sistema RGB, temos os objectos que emitem luz (monitores, televisão, Sol, etc.) em que a adição de diferentes comprimentos de onda das cores primárias de luz Vermelho + Azul (cobalto) + Verde = Branco.

No segundo sistema (subtractivo ou cor pigmento) iremos manchar uma superfície sem pigmentação(branca) misturando-lhe as cores secundárias da luz (também chamadas de primárias em artes plásticas); Ciano + Magenta + Amarelo = preto. Este sistema corresponde ao "CMYK" das impressoras e serve para obter cor com pigmentos (tintas e objectos não emissores de luz). O "K" da sigla "CMYK" corresponde à cor "Preto" em inglês "Black", sendo que as outras são:

- C = Cyan
- M = Magenta
- Y = Yellow
- K = Black
O "K" veio substituir o "B" de "Black" visto já existir, em sistemas de cor, o "B" de "Blue" no modo RGB (Red, Green, Blue).

As cores primárias de luz são as mesmas secundárias de pigmento, tal como as secundárias de luz são as primárias de pigmento. As cores primárias de pigmento combinadas duas a duas, na mesma proporção, geram o seguinte resultado: magenta + amarelo = vermelho, amarelo + ciano = verde, ciano + magenta = azul cobalto. Focos de luz primária combinados dois a dois geram o seguinte resultado: azul cobalto + vermelho = magenta, vermelho + verde = amarelo, verde + azul cobalto = ciano.

Muitas vezes o amarelo, azul e vermelho são chamados de primários, o que é incorrecto em ambos espaços de cor. Assim o que se chama azul primário corresponde ao ciano. O vermelho primário ao magenta e o amarelo Primário ao próprio amarelo. O uso de cores diferentes (azul , amarelo, vermelho) neste espaço de cor leva a que não seja possível fabricar todas as cores, e que no circulo das cores certos opostos estejam trocados.

Note-se ainda que antes da invenção do prisma e da divisão do espectro da luz branca (veja também difração), nada disto era conhecido, pelo que ainda hoje é ensinado nas nossas escolas que Amarelo/Azul/Vermelho são as cores primárias das quais todas as outras são passíveis de ser fabricadas, o que é falso.

A principal diferença entre um corpo azul (iluminado por luz branca) e uma fonte emissora azul é de que o pigmento azul está a absorver o verde e o vermelho reflectindo apenas azul enquanto que a fonte emissora de luz azul emite efectivamente apenas azul. Se o objecto fosse iluminado por essa luz ele continuaria a parecer azul. Mas, se pelo contrário, ele fosse iluminado por uma luz amarela (luz Vermelha + Verde) o corpo pareceria negro.

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Medição e reprodução
Podemos dizer que dois diferentes espectros de luz que tem o mesmo efeito nos três receptores do olho humano (células-cones) onde serão percebidos como sendo a mesma cor. A medição da cor é fundamental para poder reproduzi-la com precisão, em especial, nas artes gráficas, arquitetura e sinalização. Existem diversos métodos para medição da cor, tais como a tabelas de cores, o círculo cromático e os modelos de cores.

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Percepção da Cor
A cor é percebida através da visão. O olho humano é capaz de perceber a cor através dos cones (Células cones). A percepção da cor é muito importante para a compreensão de um ambiente.

A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que ela não corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua representação interna, a nível cerebral. Mas os objectos não têm cor. A cor corresponde a uma representação interna a nível do cérebro e estímulos físicos de natureza muito diferente dão origem à percepção da mesma cor por um ser humano. Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objectos familiares quando se dá uma mudança na iluminação. Para o nosso sistema visual, as cores da pele e das caras das pessoas e as cores dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil conseguir que esse tipo de objectos fique com a cor certa num monitor de televisão.

A cor não tem só que ver com os olhos e com a retina mas também com a informação presente no cérebro. Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor de laranja pode ser visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente mais facilmente com a sua cor certa uma laranja, porque é um objecto de que conhecemos perfeitamente a cor. E, se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são verdes de um lado e vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos durante algum tempo tudo esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo avermelhado, quando olhamos para o outro. O cérebro aprendeu a corrigir a cor com que «pinta» os objectos para eles terem a cor que se lembra que eles têm; e demora algum tempo a perceber que deve depois deixar de fazer essa correcção.

A chamada constância da cor é este fenómeno que faz com que a maioria das cores das superfícies pareçam manter aproximadamente a sua aparência mesmo quando vistas sob iluminação muito diferente. O sistema nervoso, a partir da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que é invariante sob mudanças de iluminação. Embora a radiação mude, a nossa mente reconhece certos padrões invariantes nos estímulos perceptivos, agrupando e classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais. O que vemos não é exactamente «o que está lá fora». Mas corresponde a um modelo simplificado da realidade que é de certeza muito mais útil para a nossa sobrevivência.

Os organismos complexos não reagem directamente aos estímulos físicos em si, mas sim à informação sobre os estímulos representada internamente por padrões de actividade neuronal. Se os estímulos fornecem informação sobre a cor, é apenas porque a qualidade sensorial a que chamamos cor emerge nos mecanismos sensoriais pelo processo de aprendizagem e é por estes projectada sobre os estímulos. E uma grande variedade de combinações de estímulos muito diferentes podem gerar esse mesmo padrão de actividade neuronal correspondente a um mesmo atributo de uma qualidade sensorial. São essas qualidades sensoriais que permitem aos seres vivos detectar a presença de comida ou de predadores, sob condições de luz diferentes e em ambiente variados. Correspondem a um modelo simplificado do mundo que permite uma avaliação rápida de situações complexas e que se mostrou útil e adequado à manutenção de uma dada espécie.

O nosso sistema sensorial faz emergir todo um contínuo muito vasto de cores com muitas diferenças de tonalidades que nós aprendemos a categorizar, associando determinados nomes a certas bandas de tonalidade (com uma definição extremamente vaga). É este hábito humano de categorizar que nos faz imaginar que o nosso sistema nervoso faz uma detecção «objectiva» de uma determinada cor que existe no mundo exterior.

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Círculo Cromático
A cor pode ser representada utilizando um círculo cromático. Um círculo de cor é uma maneira de representar o espectro visível de forma circular. As cores são arrumadas em seqüência em uma circunferência na ordem da freqüencia espectral.

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Combinação de cores
Os artistas, designers e arquitetos usam as cores para causar situações na percepção humana. As cores podem se combinar[1] para geração destes efeitos. Por exemplo, pode se conseguir, com correta combinação, um ambiente mais calmo, uma pintura mais suave, desde que usemos percentagens de cores proporcionais e relacionadas.

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Cultura e influência
Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. A cor vermelha foi utilizada no império romano, pelos nazistas e comunistas. Usualmente é também a cor predominante utilizada em redes de alimentação fast food. O vermelho é a cor do sangue e naturalmente provoca uma reação de atenção nos indivíduos.

Outras cores possuem significados difererentes em culturas diferentes, como por exemplo o luto.

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Tabela de Cores
Nome Aparência
Preta
Cinza escura
Cinza
Branca
Amarela
Laranja
Vermelha
Magenta
Violeta
Azul escura
Azul
Ciano
Verde escura
Verde médio
Verde
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Aplicação das cores
Cor na Arquitetura
Cor na Artes Visuais
Cor no Design Gráfico
Cor no Moda
Cor na Psicologia
Cor na Sinalização
Cor no Teatro
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Psicologia das cores
Na cultura ocidental, as cores podem ter alguns significados, alguns estudiosos afirmam que podem provocar lembranças e sensações às pessoas.

Cinza: elegância, humildade, respeito, reverência, sutileza;
Vermelho: paixão, força, energia, amor, velocidade, liderança, masculinidade, alegria (China), perigo, fogo, raiva, revolução, "pare";
Azul: calma, paz, frescor, harmonia, confidência, conservadorismo, dependência, tecnologia;
Verde: natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro (Estados Unidos), boa sorte, ciúmes, ganância;
Amarelo: concentração, otimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza;
Roxo: luxúria, sofisticação, sensualidade, espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência;
Alaranjado: energia, criatividade, equilíbrio, entusiasmo, ludismo;
Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição;
Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério;
Marrom: sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso, aspereza.
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Ver também
Teoria das cores
Lista de cores
Modelos de cor:
CMYK - (do inglês Cyan, Magenta, Yellow, blacK) Ciano, Magenta, Amarelo e Preto, sistema de cores utilizado em gráfica e pigmentos
HLS - (do inglês Hue, Lightness, Saturation)
HSB - (do inglês Hue, Saturation, Brightness)
HSV - (do inglês Hue, Saturation, Value)
Lab- contém um canal "A" um canal "B" e um terceiro "L" designado por lightness'.
RGB - (do inglês Red, Green, Blue) Vermelho, Verde, Azul, sistema de cores utilizado em luzes e, por conseqüência, na eletrônica e recursos visuais eletrônicos como o vídeo
Carga de cor (física)

2006-09-15 09:09:22 · answer #2 · answered by ~Elvis Did Not Die~ 5 · 0 0

Na luz vinda do sol, as diferentes radiações viajam à mesma velocidade pelo vazio, mas em meios aquosos já não acontece, dai formarem-se os arco-iris.

A luz incidindo nos objectos vai provocar nos seus atomos excitação, assim diferentes atomos reagem de maneiras diferente à presença de luz, uns absorvendo-a, outros reflectindo-a, outros absorvendo apenas algumas das radiações da luz, adquirindo assim cores diferentes.

Para saberes mais procura em livros de físico-quimica, pois há sempre vários gráficos e imagens.

2006-09-15 05:20:37 · answer #3 · answered by edgarsilvalopes 3 · 0 0

as cores nao existem na teoria. elas se formam pelo ambiente e pela luz do sól ..por ex se vc estiver no espaço com uma roupa que aqui na terra é uma cor lá será outra. entende. tudo é completamente composto pelo seu próprio eixo de luz que equivale a resultar nesse fenomeno de cores diversas

2006-09-14 23:04:54 · answer #4 · answered by TOMAIS 2 · 0 0

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