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5 respostas

Tenho certeza que sim. A questao é que há tecnologia que precisa ser melhor desenvolvida para que se possa utilizar as células tronco. Isso é apenas uma questao de tempo.
Sobre as questoes éticas a resistência de alguns grupos, entree eles o da igreja, tb é uma questao de tempo. O uso das células tronco é como tantos outros assuntos, que inicialmente sofreram resistência e depois passaram a ser aceitos, até se tornarem banais, como por exemplo, o bebê de proveta e a pílula anticoncepcional.

2006-09-14 02:21:48 · answer #1 · answered by Anastasia Romanova 3 · 0 0

já estão salvando..e só ler nas revistas...

2006-09-14 08:01:03 · answer #2 · answered by Lari84 2 · 0 0

Colega!
Sem spoilers, existe grande expectativas no que concerne a este assunto. Como não sou cientista, meu conhecimento é genérico e não especifico, a única coisa que posso afirmar com certeza e com conhecimento de causa, é de que, no Brasil, atualmente não dão sequer assistência básica ao ser humano, a salvar vidas usando células tronco então, parece ficção, só os bem providos de dinheiro irão ter este privilégio num primeiro momento.
Até mais.

2006-09-14 02:53:00 · answer #3 · answered by Douglas 6 · 0 0

Olá,
Como você deve estar acompanhando pela imprensa, existe muita polêmica em torno do assunto, razão pela qual, somente quando a poeira abaixar um pouco mais e os grupos anta-gônicos chegarem em algum ponto de concordância, será possível pensar em tal benefício para a humanidade.
Estou-lhe enviando a matéria que fiz aqui nos EUA, na condição de correspondente da revista familia já, onde abordei o assunto, ouvindo inclusive algumas pessoas da comunidade, na esperança de que você tenha mais subsídios para sua análise pessoal. Vide abaixo:
MATÉRIA: CÉLULA TRONCO
Por Alcir Santos
Correspondente nos EUA

Hoje, na maioria do países há um assunto que tem ganho destaque na mídia. São as pesquisas visando a Célula-tronco .
Conceitualmente, o mundo científico tem definido como sendo um tipo de célula que pode se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo. Esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele). Outra capacidade especial das células-tronco é a auto-replicação, ou seja, os cientistas acham que elas podem gerar cópias idênticas de si mesmas.
Por causa destas duas capacidades, as células-tronco são objeto de intensas pesquisas hoje, pois poderiam no futuro funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso de diabetes. Então, ou outras palavras as células troncos funcionariam como células curingas, ou seja, teriam a função de ajudar no reparo de uma lesão. As células-tronco da medula óssea, especialmente, têm uma função importante: regenerar o sangue, porque as células sangüíneas se renovam constantemente.
Basicamente os cientistas têm dito que as células-tronco totipotentes e pluripotentes (ou multipotentes) só são encontradas nos embriões, presentes nas primeiras fases da divisão, quando o embrião tem até 16 - 32 células (até três ou quatro dias de vida). As pluripotentes ou multipotentes surgem quando o embrião atinge a fase de blastocisto (a partir de 32 -64 células, aproximadamente a partir do 5.o dia de vida) - as células internas do blastocisto são pluripotentes enquanto as células da membrana externa do blastocisto destinam-se a produzir a placenta e as membranas embrionárias. Por outro lado, as células-tronco oligopotentes ainda são objeto de pesquisas, mas dizem como exemplo que são encontradas no trato intestinal e que, as unipotentes estão presentes no tecido cerebral adulto e na próstata, por exemplo.
Assim, tem sido difundido que Células-tronco constituem, num primeiro passo, que acena com a eliminação de praticamente quase todas as doenças, daí o porque no ano passado o The New York Times publicou que a famosa empresa Nature, aqui dos EUA, decidiu investir US$ 300 milhões por ano na pesquisa em células-tronco, contra a política do presidente George Bush, inclusive no site da revista Nature publicou em 3 de novembro o artigo "California says 'yes' to stem-cell research" (Califórnia diz 'sim' para pesquisa com células-tronco), assinado por Jonathan Knight. A matéria "Measure passed, California weighs its future as a stem cell epicenter" (Medida aprovada, Califórnia examina seu futuro como um epicentro das células-tronco), de Andrew Pollack, saiu na edição do dia seguinte do jornal New York Times. Ambos os textos tratam da aprovação de uma medida que destinará, ao longo de dez anos, US$ 3 bilhões para pesquisas com células-tronco de embriões humanos na Califórnia. A chamada Proposição 71, votada em conjunto com a eleição presidencial nos Estados Unidos, foi aceita por 59% dos eleitores do mais populoso Estado norte-americano. O resultado do plebiscito vai de encontro à política do presidente reeleito George W. Bush, que se opõe à coleta de células-tronco em embriões humanos. Como lembra o site da Nature, em agosto de 2001 ele limitou os gastos federais com esse tipo de pesquisa às linhagens de células anteriores a essa data. John Kerry, candidato derrotado à presidência, havia prometido reverter a decisão, caso fosse eleito.
A Proposição 71 também prevê, conforme informam as reportagens, a criação do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia. A instituição se responsabilizará pela distribuição dos US$ 300 milhões anuais em financiamentos — os recursos virão da venda de títulos públicos —, e pelo estabelecimento das linhas de pesquisa. Os estudos com células-tronco podem revelar as causas e resultar em novos tratamentos para doenças como o mal de Parkinson e a diabete. Foi esse potencial que levou "um grupo de californianos ricos", como diz o artigo de Jonathan Knight, com diabéticos em suas famílias, a conceber a proposição três anos atrás. Embora pertença ao mesmo partido do presidente, o Republicano, o governador Arnold Schwarzenegger foi um dos defensores da iniciativa. A campanha pelo 'sim', revela o repórter, levantou US$ 20 milhões em seis meses. Os opositores conseguiram "apenas poucas centenas de milhares de dólares", e diziam que o Estado não poderia arcar com a medida.
Segundo ainda o site da Nature, os defensores da proposição esperam que ela atraia para a Califórnia pesquisadores e empresas de outras regiões dos Estados Unidos e de outros países do mundo. Eles acreditam, acrescenta o New York Times, que a medida poderá fazer do Estado um líder em uma nova indústria, geradora de empregos e royalties de patentes. O próprio jornal nova-iorquino admite a possibilidade de que as pesquisas com células-tronco progridam e a Califórnia se torne seu "epicentro", em virtude do resultado do plebiscito. A Advanced Cell Technology, companhia do Estado de Massachusetts, planeja estabelecer uma filial do outro lado do país e seu diretor-executivo já se mudou para San Francisco, conta Andrew Pollack. O jornalista também ouviu George Daley, professor em Harvard, que teme a migração dos pesquisadores. "Nós teremos de trabalhar mais para garantir que não perderemos nossos melhores cientistas juniores para a Califórnia", disse ele.
O texto de Pollack alerta para o fato de que as pesquisas com células-tronco embrionárias não resultarão imediatamente em novos tratamentos. Afirma ainda que "há o risco de que elas talvez nunca dêem origem a uma grande indústria". Por isso, diz que até alguns defensores da medida acreditam que o dinheiro poderá chamar oportunistas para o Estado. A expectativa é que a maior parte do montante vá para pesquisadores acadêmicos, "especialmente no princípio". De acordo com a reportagem, a Califórnia teria condições de sobressair-se no campo das células-tronco — se elas de fato levarem a um grande negócio — "mesmo sem a Proposição 71". Motivo: o Estado possui universidades, empresários e investidores de risco que já o transformaram em "um centro de biotecnologia e eletrônica".
"Até agora, a maioria das companhias farmacêuticas e de biotecnologia aparentam ter pouco interesse em células-tronco", continua a matéria do New York Times. As razões para isso seriam a controvérsia ética em torno do assunto e a possibilidade de as terapias baseadas nessas células precisarem ser feitas sob medida para cada paciente, o que as tornaria menos interessantes para as empresas do que comprimidos padronizados. O texto diz que as ações de companhias como StemCells, Geron e Astrom Biosciences subiram antes da votação da proposição, antecipando seu resultado, mas caíram após a confirmação da derrota do senador John Kerry. Por fim, mostra que as três empresas — as duas primeiras localizadas na Califórnia e a última em Michigan — têm planos e expectativas diferentes em relação à medida. A StemCells trabalha com células-tronco fetais e de adultos, não com embrionárias, mas planeja tentar conseguir recursos do Instituto de Medicina Regenerativa. Já a Astrom, que também lida com células de adultos, não tem intenção de se estabelecer na Califórnia. A Geron, considerada líder em células-tronco embrionárias, acredita que o desenvolvimento de tratamentos e a formação de novas companhias trarão mais oportunidades para a empresa recolher royalties de suas principais patentes.
Por seu turno, já no ano passado (02/03/2004) a agência internacional de noticia Reuters, trazia ao mundo a seguinte informação: “Cientistas sul-coreanos desenvolveram uma tecnologia para obter células-tronco humanas de embriões congelados e apresentaram um pedido para patentear a técnica em quatro países, informou o chefe da equipe na terça-feira. Park Se-pill, chefe do laboratório Maria Biotech Ltda de Seul, disse em um comunicado que ele e seus colegas tinham obtido, com a autorização dos responsáveis, sete células-tronco de 20 embriões congelados, que haviam sido descartados após serem usados em processos de fertilização in vitro. Células-tronco embrionárias tem a capacidade de se desenvolver em diferentes tipos de células humanas, abrindo a possibilidade de serem cultivadas e crescerem como células nervosas ou novos órgãos, como rim, coração ou até mesmo pele. O anúncio acontece menos de um mês depois de outra equipe de cientistas sul-coreanos surpreender o mundo ao descrever como clonou diversos embriões humanos e retiraram importantes células-tronco deles. Mas a descoberta da equipe de Park é diferente da apresentada pela Universidade Nacional de Seul e não tem nada a ver com a clonagem humana, que envolve diversa discussões éticas. Segundo o comunicado, os detalhes da descoberta foram descritos em um artigo de Park divulgado na edição de março da revista Human Reprodution, publicada em Londres. Park não estava disponível para comentar”

Apesar de toda essa manifestação da imprensa, que de certa forma têm procurado ir além de informar, ou seja procura nas entre linhas mostrar a necessidade dos governos apoiaram tal pesquisa, no mês passado aqui nos EUA, a Câmara dos Deputados ignora o Presidente George W. Bush e aprova estudo de embrião. Para seus defensores, a lei abre esperanças de cura para várias doenças, enquanto seus críticos dizem que ela equivale ao aborto.
Por seu turno, o presidente Bush tinha dito que o projeto era um erro e que iria veta-lo e não obstante a Câmara ter lutado para obter uma maioria de dois terços dos votos, afim de evitar o veto presidencial, não logrou êxito pois o aprovou com 238 votos a favor e 194 contra. Os votos contra tiveram grande influência do líder do Partido Republicano, Tom Delay que em suas diversas manifestações deixou claro que aprovar a lei equivaleria a “financiar com dólares dos contribuintes o esquartejamento de seres humanos vivos”, pois para se obter as células-tronco é preciso destruir o embrião.
Encontra-se instalada a grande batalha para aprovação desta lei pois os membros da Câmara que defendem a medida agora esperam que ela seja aprovada pelo Senado, o que, segundo eles, poderia levar o presidente Bush a voltar atrás, todavia os analistas políticos que fazem plantão tanto no Congresso como na Casa Branca, são unânimes em reconhecer que haverá dificuldades tendo em vista as convicções alardeadas pelo primeiro mandatário da nação americana.
Com os ânimos totalmente acirrados aqui na América no tocante a aprovar ou não aprovar a lei que permita tal pesquisa, fomos ouvir duas personalidades, uma o Comunicador Edson Bruno Zilse, que vive há muitos anos aqui nos EUA, Bacharel em Comunicação e Broadcasting pela Universidade de Miami; Professor da série Encontro com a Palavra, um programa que está em mais de 20 emissoras no Brasil; voz em português de Dr. John Wilkie (médico fundador da organização Life Jewels contra o aborto nos EUA) na série Jóias da Vida também em inúmeras radios no Brasil; produtor/apresentador de Voz Cristã (emissora em ondas curtas para o Brasil) e perguntamos a ele: Você é a favor do uso de embriões para obtenção de células tronco? E dele ouvimos o seguinte depoimento:
“Tive a oportunidade de estar pessoalmente com Joni Eareckson Tada e passei a admirá-la como um pessoa de grande estrutura para tratar desse tema. Joni aos 16 anos foi dar um mergulho na praia e após bater com sua cabeça no fundo do mar, sofreu uma fratura na espinha que a deixou paralisada do pescoço para baixo. Portanto ela não pode usar suas mãos ou pernas e tem a cadeira de rodas como seu meio de locomoção por mais de 30 anos. Em entrevista a Larry King na CNN, essa mulher cheia de fé que tem um maravilhoso ministério de pregação do evangelho nos EUA disse: “Não poderia aceitar jamais o uso de embriões para obtenção de células-tronco, ainda que viesse isso a me curar. Estaríamos tirando uma vida para dar rumo a outra”. “E quando Larry King perguntou se ela era a favor das pesquisas para que de alguma forma os cientistas possam fazer isso acontecer utilizando diferentes métodos ela disse: “creio que será possível por outras formas e vários cientistas já tem conseguido resultados maravilhosos”.
“Imaginem, se uma mulher como Joni, que aos 16 anos de idade perdeu o privilégio de andar e viver por conta própria é capas de dizer que não aceitaria ser curada com a ajuda de um embrião, como poderia eu apoiar tal idéia?
Também entrevistamos o Dr.José Aldo Simões e Silva, que é Médico Cancerologista-Radioterapeuta no Brasil e Médico-Pesquisador nos EUA.
A ele perguntamos se as células-tronco são a única solução”, tendo-nos respondido: “não pretendo falar de uma informação conceitual e classificação das células-tronco. O foco é a abordagem comparativa entre essas células em relação ao tratamento de doenças crônicas e incuráveis já existentes e as descobertas da ciência médica. De forma resumida e baseada nas publicações medicas atuais, as células-tronco são divididas em embrionárias e adultas (cordão umbilical e células indiferenciadas no corpo humano). Apesar de pouco se conhecer as suas funções em relação ao implante e tratamento de doenças incuráveis como Parkinson,Câncer, Alzheimer’s , lesões por traumas da medula espinhal dentre outras, elas são alvos de amplos debates entre as nações e de caráter urgente e prioritário na questão da Biosegurança. A utilização ou não dos embriões congelados (não utilizados na inseminação artificial), clonagem, manipulação genética passou a ser um problema político, ético, social e religioso. A necessidade de decisões profundas e de extrema responsabilidade nem sempre é analisada de forma equilibrada e detalhada, sendo os aspectos e interesses financiadores que dominam e manipulam os órgãos formadores de opinião (grandes redes de telecomunicações). Muitas vezes a análise unilateral é demasiadamente racional e aspectos sócio-culturais, religiosos, políticos e antropológicos são deixados a um segundo plano, gerando incertezas futuras que podem ser irreparáveis.
O questionamento da criação, manipulação, clonagem humana e a utilização de embriões congelados merecem responsabilidade, equilíbrio e sensatez ,pois decisões erradas serão irreversíveis no papel da família no séc.21. O eterno conflito Ciência X Religião expõe a fragilidade conceitual do homem moderno e a moderação e consenso seriam palavras importantíssimas a serem seguidas. Os centros de pesquisas das células-tronco não são unânimes em relação a quais são as melhores linhagens de pesquisa e três grupos se dividem claramente: o que é a favor da utilização das células-tronco adultas e do cordão umbilical; outro a favor da utilização das células embrionárias e o terceiro que busca espaço na clonagem tecidual nas células-tronco. É ainda um campo sem respostas a eficácia destas células que mesmo após se transformarem em células dos órgãos lesionados, podem não possuir função fisiológica. E ainda, alguns relatos demonstram que “stem cells” causam câncer !
A pressão dos pacientes que possuem lesões incuráveis pela aprovação da manipulação genética das células-tronco embrionárias, pode levar a decisões erradas e de graves conseqüências. Hoje, essas pesquisas são conflitantes, cientistas ainda relatam a necessidade do fator “sorte” e do ponto de vista estatístico, os resultados positivos são irrelevantes. A falsa expectativa desses pacientes e familiares, pode repercutir em traumas psíquicos e agravamento de suas enfermidades pelo colapso emocional. Centralizar todas as expectativas somente em relação à “stem cells”, focalizando exclusivamente em suposições é no mínimo um menosprezo a inteligência humana. É necessário diversificar pesquisas! Alternativas devem merecer atenção!
Estudos pioneiros na Universidade de Mcguill no Canadá, se desenvolvem em relação ao GSH (gluthatione): proteína única presente em todas as células do corpo humano capaz de desenvolver ação antioxidante, desintoxicante e imunológica. O GSH é elevado no recém-nascido que recebe aleitamento materno e com o passar dos anos é decaído, pois para a sua formação é necessário um elemento essencial nutritivo perdido nos nossos alimentos pela agressão dos agrotóxicos e poluentes: a Cysteina. Esses cientistas desenvolvem o precursor (matéria prima) do GSH através de uma whey-protein (proteína do soro do leite bovino) retirada e isolada do leite não pasteurizado e orgânico. Com a oferta nutritiva da cysteina e elevação do GSH, o corpo humano restaura um organismo importantíssimo com ação preventiva e curativa em cerca de 75 doenças, incluindo câncer, doenças cardíacas, diabetes doenças pulmonares, reumáticas e outras. Sua ação antioxidante, desintoxicante e restauradora do sistema imunológico é comprovada em publicações médicas de conceito mundial. O GSH em níveis elevados representa uma revolução na abordagem terapêutica do séc.21.
O desenvolvimento cientifico requer tempo, recursos e resultados. Uma analise superficial, irresponsável e pouco conclusiva limita a sua credibilidade,sem avaliar aspectos jurídicos e políticos envolvidos. As células-tronco não podem ser analisadas quanto a sua eficácia cientifica
baseados em holofotes da mídia e não pode ser a única e exclusiva fonte de pesquisa para doenças que assolam a humanidade; seria menosprezo e limitação à nossa capacidade pensante e uma agressão ao pluralismo evidente. Reavaliar erros graves e de simples solução, como por exemplo, a perda nutritiva dos alimentos, poluição do meio-ambiente, melhoria da qualidade de vida, erradicação da fome, valorização de pesquisas como as da Universidade de Mcguill são alternativas. As soluções não necessariamente, precisam ser tão conflitantes, de custos astronômicos e de tanta incerteza para esses pacientes. A prevenção ainda é a melhor arma e otimizar projetos já existentes podem alcançar os resultados tão esperados, concluiu o Dr. José Aldo Simões e Silva..

2006-09-13 18:04:20 · answer #4 · answered by alcirflorentino 7 · 0 0

As células-tronco estão presentes desde a vida embrionária até a vida adulta, e provavelmente até nossa morte. São elas as responsáveis pela formação do embrião e também pela manutenção dos tecidos na vida adulta. No início da vida embrionária, as células-tronco são virtualmente totipotentes, ou seja, apresentam capacidade de gerar quaisquer tecidos do organismo. Contudo, após a formação do embrião propriamente dito, diversos tecidos mantêm células-tronco que participam da fisiologia normal (e da patologia também) na vida adulta.

Conceitualmente, as células-tronco apresentam duas características fundamentais: 1) auto-renovação ilimitada, por exemplo, a capacidade de multiplicar-se gerando células iguais à célula-original durante toda a vida, e ; 2) pluripotência, como, por exemplo, a capacidade de gerar diferentes tipos celulares.

Apesar de existirem em baixa freqüência, seus números são suficientes para manter os tecidos que necessitam de renovação constante. Em alguns sistemas onde são bem caracterizadas, sua freqüência é estimada em 1 para cada 100.000 células totais daquele tecido. As células-tronco, à medida que se dividem, geram progenitores comprometidos, com uma capacidade de proliferação ainda mais limitada e um restrito potencial de diferenciação devido ao comprometimento com uma linhagem celular única. A partir deste ponto, esta célula já comprometida chamada precursor, já possui morfologia definida e seu potencial proliferativo é limitado ou mesmo nulo.

As células-tronco mais bem conhecidas, são as células-tronco do tecido hematopoiético, identificadas por Till e McCulock há mais de 40 anos. Recentemente, outros tecidos tiveram suas células-tronco identificadas como do sistema nervoso, fígado, pele e mucosas, intestinos e até mesmo coração.

No sistema hematopoiético, o papel das células-tronco é muito claro. Por hora, produzimos 1-5x109 células vermelhas e 1-5x109 células brancas. A produção desses tipos celulares, os três principais dentre outros elementos celulares do sangue, é constante e necessária já que a meia vida das células sanguíneas é muito curta, sendo em alguns casos da ordem de horas. A homeostasia do tecido sanguíneo é rigidamente regulada e qualquer alteração nessa dinâmica entre morte e produção celular resulta em algum processo patológico. Por exemplo, quando não há produção de células novas ou há morte em excesso de células diferenciadas, temos aplasias ou anemias. Por outro lado, quando temos uma produção exacerbada de novas células ou uma resistência maior de células diferenciadas à morte, temos neoplasias ou cânceres. Esses desequilíbrios também ocorrem em tecidos de outra origem como tecido nervoso, conjuntivos (osso, cartilagem) e tecidos epidermais (pele, intestinos, estômago, e glândulas).


Câncer: "desdiferenciação" ou doença da célula-tronco?
Classicamente, aprendemos que um câncer é uma célula imortal, ou que é uma célula que apresenta características embrionárias pois, como muitos tecidos embrionários, é uma célula que não apresenta um estado de diferenciação claro e, ao mesmo tempo, apresenta uma notória capacidade de proliferação. Esse conceito evoluiu para "o câncer é uma célula incapaz de diferenciar-se" refletindo o antigo conceito de células com características embrionárias no indivíduo adulto.

Atualmente, o conceito de um câncer como uma doença de células que não se diferenciaram ou que perderam seus mecanismos de controle de proliferação evoluiu para "o câncer é uma doença da célula-tronco".

Inicialmente, aprendemos que um câncer tem uma capacidade de proliferação ilimitada. Contudo, o que parece é que um tumor, seja um tumor sólido, seja uma leucemia (câncer das células do sangue), se comporta como uma unidade tecidual, com uma dinâmica de renovação que envolve proliferação e morte de uma população celular heterogênea. Esta heterogeneidade aparece principalmente em relação ao potencial proliferativo dessa população.

Leucemias: um modelo enriquecedor
Se pensarmos numa leucemia da maneira clássica descrita no item anterior, na qual todas as células são capazes de proliferação ilimitada, qualquer célula purificada de uma população de células leucêmicas seria capaz de proliferar indefinidamente tanto in vitro quanto in vivo. A partir da década de 60, pesquisadores como Bruce e Gaag, Wodinsky, entre outros, e posteriormente Park e seus colaboradors no início dos anos 70, apresentaram as primeiras evidências de que isso não era verdade. Esses últimos evidenciaram que apenas 1 a 4% de células leucêmicas de camundongos eram capazes de formar colônias1 quando transferidas para outro animal geneticamente idêntico.
Mais recentemente, isso foi demonstrado para leucemias humanas, por Blair e colaboradores e Bonnet e Dick. Utilizando camundongos imunodeficientes (animais desprovidos de sistema imune e portanto incapazes de rejeitar quaisquer células), mostraram que apenas uma fração de células leucêmicas de leucemia mielóide aguda (LMA) era capaz de gerar doença (por exemplo, proliferar). Essa população correspondia à fração com características de células-tronco, similares às células-tronco hematopoiéticas2. Mais do que isso, mostraram que as outras populações, que não apresentam as características da célula-tronco, não eram capazes de gerar a doença e que a freqüência das células capazes de gerar doença era extremamente baixa, variando de 0,2 a 1% da população total de células doentes.

Muitas leucemias, e alguns tumores sólidos também, apresentam anormalidades genéticas que, por sua vez, caracterizam a patologia ou, por outras vezes, correlacionam com o prognóstico da doença. De qualquer forma, tais anormalidades nos gens, que envolvem deleções ou translocações de cromossomos ou suas partes servem para identificar essas células tumorais e talvez sua origem. Ainda na leucemia mielóide aguda (LMA), a anormalidade cromossômica mais comum é a translocação de parte do cromossomo 8 que se justapõe ao cromossomo 21, identificado como um transcrito quimérico chamado AML1-ETO. Em pacientes em remissão da LMA, o transcrito AML1-ETO, pode ser encontrado nas células-tronco hematopoéticas normais, e as mesmas células quando isoladas são capazes de gerar células sanguíneas normais, assim como não foram capazes de gerar leucemia. O que indica que a translocação ocorreu nas células-tronco, mas alguma ou algumas alterações a posteriori foram necessárias para a transformação maligna. Isto é verdade em outros tipos de leucemias, como na leucemia mielóide crônica, onde um produto de translocação gênica (específico dessa leucemia) aparece não só nas células leucêmicas, mas também em células hematopoiéticas normais e também em outros tipos celulares como no endotélio. Este último tem a mesma origem embriológica que as células do sangue, indicando que a translocação ocorreu numa célula tronco embrionária, que originou tanto o tecido hematopoiético que se malignizou quanto os vasos sanguíneos, que são normais.
Acredita-se que a transformação maligna se dá pelo acúmulo de mutações, que podem ser acompanhadas ou não de aberrações cariotípicas (anomalias genéticas citadas acima). A probabilidade das alterações ocorrerem se relaciona ao potencial proliferativo da população em questão. Por isso, essa transformação maligna pode não ocorrer na célula-tronco, que é uma célula com freqüência quiescente, mas pode ocorrer em seus progenitores, que são células que passam por vários ciclos de divisão para expansão da população periférica. De fato, podemos até propor que a baixa freqüência das células tronco adultas somado a sua quiescência a protegem de mecanismos de transformação maligna.

Câncer de mama
Assim como o tecido hematopoiético, o tecido mamário possui células-tronco capazes de gerar diversos tipos celulares.

Se nos lembrarmos da função da mama, que é a produção de leite durante o período de gestação e lactação, podemos dizer que a mama por excelência é um tecido displásico. Responde à gestação com hipertrofia, proliferação e especialização de células epiteliais que produzem leite, regredindo após a lactação. O tecido mamário é notoriamente formado pelo desenvolvimento de ramificações, botões mioepiteliais que adentram o tecido adiposo subjacente quando em desenvolvimento. Ao final das terminações existe um sítio com células tidas como células-tronco da mama: as mesmas geram células progenitoras, que dão origem a uma camada externa, mioepitelial, e outra população que forma uma camada interna, que se diferenciam para formar a luz do tubo em desenvolvimento.

Analogamente às leucemias, o câncer de mama parece depender de uma célula-tronco para se manter, porém um modelo baseado em células-tronco para câncer de mama surgiu apenas no ano passado .

De maneira similar ao realizado com as leucemias do sistema hematopoiético, Al-Hajj e colaboradores separaram diversas subpopulações de células de câncer de mama em função da presença de marcadores moleculares específicos e injetaram em camundongos imuno-incompetentes. Das várias subpopulações, apenas uma foi capaz de gerar tumores nesses camundongos, com toda a heterogeneidade celular presente na população original. Esses dados mostram que também, neste caso, há uma célula-tronco cancerosa, e que apenas esta é tumorigênica.

Implicações
A pesquisa e caracterização de células-tronco tumorais é crucial no entendimento do câncer enquanto doença. Muitas das informações que obtemos e derivamos para o diagnóstico, prognóstico e tratamento dessa patologia deriva de populações heterogêneas, com diferentes graus de maturação. Cada vez mais temos a noção de que o câncer é um tecido ou uma unidade tecidual, que se desenvolve com suas próprias células-tronco, assumindo um crescimento que não corresponde ao padrão do organismo. Neste momento, cada vez mais se torna urgente a caracterização das células-tronco tumorais para otimização das metodologias de diagnóstico e avaliação de prognóstico. Um melhor ou pior prognóstico está relacionado à freqüência de células-tronco em um tumor. A conseqüência direta é a necessidade do desenvolvimento de estratégias terapêuticas que consigam atuar sobre as células-tronco, e não apenas sobre as células com alto potencial proliferativo, porém com baixa capacidade de autorenovação. Essas estratégias deverão considerar a especificidade dos marcadores das células-tronco, sua baixa freqüência e baixa taxa de proliferação que a torna resistente aos quimioterápicos ciclo-dependentes. Quem sabe, num futuro próximo, novas formas de regular o crescimento e manutenção da célula-tronco, estarão disponíveis para o tratamento das doenças malignas.

Referências:
1. A formação de colônias se refere à capacidade proliferativa das células, sendo somente formada por células com alto potencial proliferativo.
2. As células tronco hematopiéticas são bem caracterizadas quanto às moléculas que expressam em sua superfície. Estas características, que chamamos de fenótipo, permitem que sejam identificadas e purificadas a partir de uma população heterogênea

2006-09-13 12:34:32 · answer #5 · answered by Medico24h 2 · 0 0

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