A cada ano 16 milhões de tempestades ocorrem em nosso lindo planetinha azul. Destas, 70% ocorrem em regiões tropicais. Com tantas tempestades, nada mais natural que alguns poucos raios pipoquem aqui e ali, certo? Bom, na verdade não são tão poucos assim, anualmente são mais de três bilhões deles! Destes, aproximadamente 100 milhões ocorrem no Brasil, que aliás é o campeão mundial em ocorrência de raios.
Um raio nada mais é do que uma descarga elétrica, isto é, uma corrente elétrica de grande intensidade, que pode chegar a 200 mil ampères (cerca de 13 mil vezes mais do que a corrente elétrica comum em uma residência) e de curta duração (cerca de meio segundo), que se origina devido à eletrização das nuvens que, por sua vez, podem criar diferenças de potencial em relação ao solo da ordem de milhões de volts. Assim, um raio nada mais é do que um movimento rápido de elétrons de um lugar para outro.
Os raios podem ocorrer de uma parte para outra de uma mesma nuvem, de uma nuvem para outra, da nuvem para o solo ou vice-versa. A grande maioria dos raios ocorre no interior da própria nuvem ou entre nuvens e apenas uma parcela muito pequena ocorre entre a nuvem e o solo.
Embora os raios sejam fenômenos razoavelmente bem compreendidos pela ciência, eles ainda são grandes desconhecidos para o cidadão comum. Ainda hoje a população menos instruída de algumas regiões rurais acredita que o raio seja uma “machadinha de fogo” lançada do céu (e que, por isso, vez por outra parte uma árvore ao meio!). Também é comum em dias de tempestades ouvirmos conselhos da forma “cubra os espelhos da casa”, “guarde todos os talheres e objetos metálicos” e outras crendices que ainda sobrevivem até mesmo nas cidades e entre pessoas “supostamente esclarecidas”. Uma dessas crendices é bem expressa pelo dito popular de que “um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar”; os raios não apenas podem cair duas vezes no mesmo lugar como a probabilidade de que isso ocorra é bem maior do que se imagina!
Uma forma curiosa de se proteger dos raios consiste em ficar dentro de automóveis ou de prédios com estruturas metálicas. Acontece que, se um raio “cair em um carro”, ele nunca passará “por dentro” do carro, mas sim pela sua parte externa. Dessa forma os ocupantes do interior do carro ficam protegidos. Essa propriedade curiosa, das correntes elétricas “não entrarem no interior de uma casca metálica”, é conhecida como “gaiola de Faraday”. Nem os campos eletromagnéticos conseguem entrar em algumas estruturas metálicas; e é por essa razão que celulares não funcionam dentro de túneis (que são de concreto revestidos com uma malha metálica). Aliás, os túneis são ótimos para se proteger dos raios (a não ser os túneis da cidade de São Paulo, que embora possam proteger dos raios, vez por outra alagam completamente, pondo a vida dos motoristas em risco).
2006-09-12 15:17:48
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answer #1
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answered by Zoing 5
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É lenda. Heuhe A crença nasceu na época em que os espelhos a seu redor grandes molduras metálicas. Elas, sim, é que atraiam os raios. Mas o vidro, por si só, é inofensivo durante as tempestades.
2015-01-11 03:56:12
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answer #2
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answered by Orlando 2
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Lenda!!! Não existe relação nenhuma de espelhos com raios. A física explica que raios são atraídos por objetos metálicos, devido a boa condução dos mesmos. Os mesmos, quanto mais altos estiverem, tem uma proporção maior de ser atigindo pelo raio.
2006-09-12 15:22:37
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answer #3
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answered by Vladimir UFCG 3
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Faça o seguinte: em dia de chuva coloque um espelho grande na cabeça e espere...espere...espere. Se cair um raio em voce...
Na realidade a superficie refletora do espelho é "metálica" e isto poderia atrair um raio. Mas a possiblidade pe zero.
2006-09-12 15:18:41
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answer #4
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answered by Ronaldo M 5
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É realidade, se colocar ele na ponta de um para-raios é possivel
2006-09-12 15:15:32
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answer #5
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answered by Dog 6
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