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Pense em um planeta, Marte, por exemplo. É possível que, por acaso, surja vida lá do mesmo jeito que surgiu aqui?
Essa pergunta pode parecer óbvia e a resposta parece sugerir a suposta prova de que a vida aqui não surgiu por acaso e deveríamos acreditar que surgimos a partir de um estalar de dedos de um deus.

Alguém seria capaz de acreditar que o surgimento da vida pode não ter tido uma intervenção direta de Deus? Por que Deus criaria o homem à sua imagem e semelhança como pregam algumas religiões? Não seria uma pretensão sem cabimento dar ao homem tal importância? Não é estranho pensar que Deus é comparável a um ser vivo tal como conhecemos?

Por que o acaso não poderia criar a vida? Claro que um ser humano inteiro nunca poderia ser criado dessa forma, mas tudo pode ter começado com um ser vivo minúsculo, unicelular e muito primitivo (como alguns seres que existem até hoje) que por acaso teve a felicidade de poder se reproduzir e as crias serem diferentes do (continua..)

2006-09-10 00:42:39 · 11 respostas · perguntado por meliandro 5 em Artes e Humanidades Filosofia

organismo original, dando a chance de ocorrer melhorias no decorrer das gerações (isso se chama evolução). Mesmo isso pode parecer difícil de ocorrer por acaso mas temos que lembrar do nosso limitado conhecimento do universo. Não podemos ver ao infinito, logo, não podemos saber se existem mais estrelas e planetas além daquilo que está ao nosso alcance.



Mesmo que a teoria do Big Bang seja muito bonita e tente chegar ao início de tudo, como poderemos ter certeza de que foi a primeira e única grande explosão? Ou seja, como saber se aquilo foi realmente o início? E se o universo for tão velho que nenhum número já usado pelo homem possa mensurar essa idade? E se o universo for tão vasto que tudo o que conhecemos é apenas uma migalha do todo? Tempo e espaço não devem ser problema...Então pergunto: por que o acaso não poderia criar a vida sendo que tempo e lugares pra isso parecem não faltar? Num universo tão grande e velho já pode ter acontecido de tudo um pouco.

2006-09-10 00:43:31 · update #1

O que estou sugerindo com tudo isso é algo extremamente perturbador. Dessa forma, Deus não conhece e não dá a mínima para nós humanos. Pior que isso, Deus pode nem mesmo ter a capacidade de "conhecer" alguma coisa. Deus não tem nenhuma característica humana, visto que os humanos não surgiram pela sua vontade. Ele é algo ainda indefinido, não sabemos o que é.



O que vocês acham disso? Será que espalho o mal escrevendo essas coisas?

2006-09-10 00:43:59 · update #2

Francesinha. Pelo que sei, a teoria do Big Bang não se ocupa em dizer o porquê da grande explosão e não explica o que havia antes dela, se é que havia alguma coisa. Então não é algo inaceitável imaginar que já ocorreram outros Big Bangs. E se foram dois, também podem ter sido 1 bilhão ou qualquer outra quantidade. Pode ser que pensando assim as coisas piorem, já que mandamos o começo pra um lugar mais distante, mas talvez o dedo de Deus esteja exatamente nesse lugar, onde jamais poderemos encontrar.

2006-09-10 02:24:23 · update #3

Claro que nada muito complexo como um relógio ou um dicionário surge com um vendaval ou uma explosão. Vcs estão dando um salto muito grande. A complexidade dos seres vivos de hoje só foi possível porque a reprodução não criava cópias exatas do mesmo organismo.Os seres que nasciam com alguma característica diferente que trazia alguma vantagem de sobrevivência, obviamente sobreviviam mais e deixavam mais descendentes. Os que nasciam com alguma deficiência logo desapareciam.

Não temos como saber como eram os primeiros organismos vivos mas certamente a vida deles era bem precária já que eles não poderiam ter a complexidade que se adquire em milhares de anos de evolução.

2006-09-10 02:45:04 · update #4

11 respostas

Meliandro:
Lí com atenção e respeito a sua pergunta que aborda diversos aspectos numa só verdade.
Eu penso o seguinte:
Se, acaso surgisse vida no planeta Marte, esta seria adequada à atmosfera, ao clima, à gravidade do planeta, portanto, bem diferente da vida como a concebemos na Terra.
Quando falo de Deus, não me refiro ao deus da religiões, o qual considero limitado e preconceituoso.
Falo do Deus Criador do Universo, Senhor da Vida, Autor das Leis Universais.
Não é homem nem mulher, não teve filhos ou filhas, não gosta mais de brancos ou menos pretos, nem de menos ricos ou mais de pobres, muito menos gosta mais dos fiéis desta ou daquela religião, uma vez que Ele mesmo não tem religião. (Como pode alguém conceber que Deus tenha religião?)
O Universo e tudo quanto nele existe foi criado pela SABEDORIA, pela FORÇA e pela BELEZA, atributos do Criador, sendo que este seja o verdadeiro conceito de "Santíssima Trindade" e está expresso erroneamente nas mais diversas religiões do planeta.
DEUS teve um propósito para colocar o ser humano na Terra que, e não vejo outro motivo, senão o da EVOLUÇÃO. E para isto traçou um Caminho para o ser humano seguir.
Este Caminho está expresso nas Leis Universais (Evolução, Amor, Causa e Efeito, Caridade, Correspondência, etc, etc).
Conhecer as Leis Universais e praticá-las, fazendo-as partes da própria vida é cumprir o verdadeiro propósito da existência.
Atribuir a CRIAÇÃO ao acaso é o mesmo que considerar que, da explosão de uma oficina tipográfica tenha resultado um dicionário completo.
Abraço fraterno.

2006-09-10 01:09:45 · answer #1 · answered by DISCÍPULO 7 · 0 0

nada acontece por acaso , tud tem uma razão para acontecer

2006-09-10 00:51:58 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

Existe uma letra de música que diz.. O ACASO vai me proteger enquanto eu andar distraído... Eu nao concordo! O caso não protege ninguém! Tudo é absolutamente movido pela mão de DEUS!

2006-09-10 00:47:31 · answer #3 · answered by 7 · 1 0

o acaso nao existe,tudo tem uma razao de ser mesmo que nao saibamos qual é,comece a observar as coisas que te acontecem ou com os outros e analise,pense seriamente a respeito e vc verá que tudo tem um motivo
marcia1402

2006-09-11 03:45:27 · answer #4 · answered by marcia regina 4 · 0 0

1. Que é Deus?

"Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas"

2. Que se deve entender por infinito?

"O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo que é desconhecido é infinito."

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?

"Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens."
Deus é infinito em Suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não está mais do que a primeira.

Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

"Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá."

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

"A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa."

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?

"Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?"

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

"Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

"Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada."

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?

"Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!"

Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem.



Atributos da divindade

10. Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

"Não; falta-lhe para isso o sentido."

11. Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?

"Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá."

A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz idéia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

12. Embora não possamos compreender a natureza íntima de Deus, podemos formar idéia de algumas de Suas perfeições?

"De algumas, sim. O homem as compreende melhor à proporção que se eleva acima da matéria. Entrevê-as pelo pensamento."

13. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, temos idéia completa de Seus atributos?

"Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão, com efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma Lhe faltasse, ou não fosse infinita, já Ele não seria superior a tudo, não seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação possa conceber."

Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.

É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.

É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.

É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas.

As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.

Fonte:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec
http://www.omensageiro.com.br/doutrina/

O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem.
37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?
“É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse, como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus.”
Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.
38. Como criou Deus o Universo?
“Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada
caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese - “Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.”
39. Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos?
“Tudo o que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço.”
40. Serão os cometas, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em via de formação?
“Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles. Refiro-me à influência que vulgarmente lhes atribuem, porquanto todos os corpos celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos.”
41. Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar-se de novo no Espaço a matéria que o compõe?
“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”
42. Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos mundos: da Terra, por exemplo?
“Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa formação.”
(O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)

A Gênese planetária
A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

A CIÊNCIA DE TODOS OS TEMPOS

Não é nosso propósito trazer à consideração dos estudiosos uma nova teoria da formação do mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua personalidade.
Na sua condição de operários do progresso universal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da Humanidade. Inspirados de Deus nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas idéias e trabalhos merecem o respeito de todas as gerações da Terra, ainda que as novas expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas.
Lembrando-nos, porém, mais detidamente, de quantos souberam receber a intuição da realidade nas perquirições do Infinito, busquemos recordar o globo terráqueo nos seus primeiros dias.

OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE

Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios? Distando do Sol cerca de 149.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta.
Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito.

A SOLIDIFICAÇÃO DA MATÉRIA

Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada.
É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se, fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida. As mãos de Jesus haviam descansado, após o longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária.

O DIVINO ESCULTOR

Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.

O VERBO NA CRIAÇÃO TERRESTRE

A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra "natureza", em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem-fim. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.
Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.
Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

A vida organizada
AS CONSTRUÇÕES CELULARES

Sob a orientação misericordiosa e sábia do Cristo, laboravam na Terra numerosas assembléias de operários espirituais.
Como a engenharia moderna, que constrói um edifício prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os artistas da espiritualidade edificavam o mundo das células iniciando, nos dias primevos, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos porvindouros.
O ideal da beleza foi a sua preocupação dos primeiros momentos, no que se referia às edificações celulares das origens.
É por isso que, em todos os tempos, a beleza, junto à ordem, constituiu um dos traços indeléveis de toda a criação.
As formas de todos os remos da natureza terrestre foram estudadas e previstas. Os fluidos da vida foram manipulados de modo a se adaptarem às condições físicas do planeta, encenando-se as construções celulares segundo as possibilidades do ambiente terrestre, tudo obedecendo a um plano preestabelecido pela misericordiosa sabedoria do Cristo,
consideradas as leis do princípio e do desenvolvimento geral.

OS PRIMEIROS HABITANTES DA TERRA

Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolvera o orbe terreno em seus mais íntimos contornos. Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida. O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras
manifestações dos seres vivos.
Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, são as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.
Com o escoar incessante do tempo, esses seres primordiais se movem ao longo das águas, onde encontram o oxigênio necessário ao entretenimento da vida, elemento que a terra firme não possuía ainda em proporções de manter a existência animal, antes das grandes vegetações; esses seres rudimentares somente revelam um sentido - o do tato, que deu
origem a todos os outros, em função de aperfeiçoamento dos organismos superiores.

A ELABORAÇÃO PACIENTE DAS FORMAS
Decorrido muito tempo, eis que as amebas primitivas se associam para a vida celular em comum, formando-se as colônias de infusórios, de polipeiros, em obediência aos planos da construção definitiva do porvir, emanados do mundo espiritual onde todo o progresso da Terra tem a sua gênese.
Os reinos vegetal e animal parecem confundidos nas profundidades oceânicas. Não existem formas definidas nem expressão individual nessas sociedades de infusórios; mas, desses conjuntos singulares, formam-se ensaios de vida que já apresentam caracteres e rudimentos dos organismos superiores.
Milhares de anos foram precisos aos operários de Jesus, nos serviços da elaboração paciente das formas. A princípio, coordenam os elementos da nutrição e da conservação da existência. O coração e os brônquios são conquistados e, após eles, formam-se os pródromos celulares do sistema nervoso e dos órgãos da procriação, que se aperfeiçoam, definindo-se nos seres.

AS FORMAS INTERMEDIÁRIAS DA NATUREZA

A atmosfera está ainda saturada de umidade e vapores, e a terra sólida está coberta de lodo e pântanos inimagináveis.
Todavia, as derradeiras convulsões interiores do orbe localizam os calores centrais do planeta, restringindo a zona das influências telúricas necessárias à manutenção da vida animal.
Esses fenômenos geológicos estabelecem os contornos geográficos do globo, delineando os continentes e fixando a posição dos oceanos, surgindo, desse modo, as grandes extensões de terra firme, aptas a receber as sementes prolíficas da vida.
Os primeiros crustáceos terrestres são um prolongamento dos crustáceos marinhos. Seguindo-lhes as pegadas, aparecem os batráquios, que trocam as águas pelas regiões lodosas e firmes.
Nessa fase evolutiva do planeta, todo o globo se veste de vegetação luxuriante, prodigiosa, de cujas florestas opulentas e desmesuradas as minas carboníferas dos tempos modernos são os petrificados vestígios.

OS ENSAIOS ASSOMBROSOS

Nessa altura, os artistas da criação inauguram novos períodos evolutivos, no plano das formas.
A Natureza torna-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas.
Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas que estudam a combinação das substâncias, na retorta de acuradas observações, analisavam, igualmente, a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, executando, com as suas experiências, uma justa aferição de valores, prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir.
Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do possível, em face das leis físicas do globo. Os tipos adequados à Terra foram consumados em todos os reinos da Natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos, do laboratório de suas perseverantes experiências. A prova da intervenção das forças espirituais, nesse vasto campo de operações, é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral, a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas.

OS ANTEPASSADOS DO HOMEM

O reino animal experimenta as mais estranhas transições no período terciário, sob as influências do meio e em face dos imperativos da lei de seleção.
Mas, o nosso raciocínio ansioso procura os legítimos antepassados das criaturas humanas, nessa imensa vastidão do proscênio da evolução anímica.
Onde está Adão com a sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá-las no Espaço e no Tempo. Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a
personalidade das criaturas.
Examinada, porém, a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da Natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropóides, no Plioceno inferior. Esses antropóides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade.
Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos últimos tempos, que examinaram meticulosamente os transcendentes assuntos do evolucionismo, somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma "descida da árvore", no início da evolução humana.
As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.
Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral.

A GRANDE TRANSIÇÃO

Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas. Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.
Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.
Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.
Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos antepassados das raças humanas.
Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico.
Muito naturalmente. Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.
Fonte:
trecho extraído do livro: A Caminho da Luz (Emanuel - Francisco Cândido Xavier)

2006-09-10 09:05:51 · answer #5 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 0 0

A palavra filosófica para acaso é - contingência; e, em certos contestos - liberdade. O aristóteles falava sobre uma causa-errante que acabou encontrando respaldo na teoria do caos e, certa medida, na física quântica. Se não houver contingência, ou acaso, o todo da realidade passa a ser determinado (determinismo) por uma corrente infrangível de causas e efeitos, o que impediria os homens de terem livre-arbítrio (para usar de um termo religioso) ou liberdade (termo filosófico). Neste sentido, toda a existência passa a ser um mecanismo (mecanicismo) de engrenagens rígidas e sem possibilidade de mudança ou evolução. Aliás, a teoria evolucionista de Darwin também está pautada na noção de que o acaso propicia a evolução. De toda forma, sem acaso (contingência) não é possível haver nem livre-arbítrio (liberdade), nem evolução de qualquer espécie, tudo passa a estar encadeado, embricado e pré-determinado. Um abraço.

2006-09-10 04:35:38 · answer #6 · answered by Rodrigo A 3 · 0 0

De maneira alguma as coisas existentes hoje existem graças a Deus,se fosse pelo acaso nós não estaríamos aqui.Também não concordo que você disse que Deus não dá a mínima para os humanos,hoje as pessoas sofrem por causa de Adão e Eva porque nós somos herdeiros dele.Irei fazer uma pergunta básica:O que foi que causou o Big Bang?

2006-09-10 01:14:03 · answer #7 · answered by will 4 · 0 0

A francesinha disse tudo!!!
;)

2006-09-10 00:56:33 · answer #8 · answered by Ti 4 · 0 0

O acaso não existe. Todo efeito tem uma causa e toda causa um efeito.
O que vemos hoje sem sentido, amanhã o terá. Um exemplo prático é o seguinte: Alguém conhecia bacteria antes do da invenção do microscópio? a resposta é Não.
Então não fique afoito, tudo será desvelado com o tempo.
Abraço

2006-09-10 00:53:24 · answer #9 · answered by Cavaleiro 3 · 0 0

Já está provado que o universo não é infinitamente velho, ele tem uma idade, na verdade, é bem mais novo do que se pensava, pela quantidade de hidrôgênio que ainda existe. Se fosse muito velho, já teria se transformado quase todo em hélio, é mais ou menos isso.

O acaso não pode criar nada. Peque um punhado de metal e jogue em cima de uma mesa. Infinitos anos depois viraria um simples relógio? Quanto mais uma célula viva, muito mais complexa.



Vocês podem me dizer alguma coisa que vocês saibam sobre evolução? Qualquer coisa -- que seja verdade?

Em 1981, o paleontólogo britânico Colin Patterson começou a perguntar a outros cientistas que lhe dissessem uma coisa que soubessem acerca da evolução. Palestrando a biólogos no Museu Americano de História Natural na cidade de Nova York, ele disse: "Eu tentei aquela pergunta na equipe de geologia do Museu Field de História Natural e a única resposta que obtive foi silêncio. Tentei a pergunta com os membros do Seminário de Morfologia Evolucionária na Universidade de Chicago, um quadro mui prestigioso de evolucionistas, e tudo que consegui lá foi um silêncio por um longo tempo e, eventualmente, uma pessoa disse, 'Eu só sei uma coisa -- não deveria ser ensinada na escola secundária'. "
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Discovery Institute, 20 de fevereiro de 2006
www.dissentfromdarwin.org
http://www.discovery.org
Mais de 500 cientistas proclamam suas dúvidas sobre a Teoria Darwiniana

2006-09-10 00:52:05 · answer #10 · answered by La Gioco 5 · 0 0

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