Já vi e é um dos clássicos do cinema pra mim! Um dos filmes que daqui a 50 anos ainda será atual. Atemporal e com a intenção de mostrar a realidade nua e crua de uma juventude cada vez mais sem limites, sem rédeas... Talvez esse filme seja visto como fraco para a realidade atual, pois as atrocidades ganham variáveis assustadoras.
Voltando ao filme, Alex se vê traído pelos seus fiéis drugues, suas ovelhas, visto que ele se sentia como pastor sempre com controle total da situação. Quando tudo fica fora de controle e o desespero bate a pessoa se sujeita a (quase) tudo para ter o que lhe foi tirado.
Este filme mostra o desespero humano ao extremo e TODOS estamos passíveis a cometer as loucuras que nem imaginamos, portanto o melhor é nunca dizer NUNCA. Não sabemos o dia de amanhã e talvez terminemos como o Alex, numa maca todo engessado e sem poder ouvir a "9ª sinfonia do grande Ludwig Van..."
Excelente filme
2006-09-08 12:16:16
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answer #1
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Vi, pois tive que fazer um trabalho de Psicologia. Eu fiquei aparovada com tanta violência no filme. O que ele fez com o casal foi estupido demais.
Laranja Mecânica: O Controle da Subjetividade
Um tratamento de choque condiciona os impulsos de um homem agressivo, fazendo-o mudar de comportamento. Esse é o ponto que mais nos interessa em A Clockwork Orange (Laranja Mecânica, Stanley Kubrick, 1971), um filme que retrata o comportamento “hipotético” de uma sociedade do século XXI. Nessa sociedade, as leis parecem não mais funcionar e o governo busca novas formas de reintegrar o homem mau à sociedade, tornando-o bom.
Para tanto, utiliza-se de mecanismos técnicos e psicológicos na indução do comportamento de Alex (Malcolm McDowell), preso por estupro e assassinato. O “novo” indivÃduo resultante desse condicionamento é como uma laranja mecânica: “something wich was capable of taste, colour, richness and sweetness like an orange (a person) could be turned into a robot or na automaton that obeyed purely mechanical or reflex driven laws.”
Alex é um exemplo claro de um cyborg interpretativo. Não há necessariamente uma fusão entre máquina e carne, mas uma absorção da mÃdia pelo corpo e sua alienação, que no caso é superficial, já que o inconsciente de Alex permanece o mesmo de outrora, quando saÃa à s ruas mascarado, acompanhado de seus “drugues” (bando de vândalos), assaltando, espancando, estuprando e matando pessoas.
Essa subjetividade controlada é fruto da sociedade do espetáculo. Ao se dispor a servir como cobaia de um projeto que pretendia “curar” os fora-da-lei, devolvendo-os saudáveis à sociedade e esvaziando os presÃdios superlotados, Alex foi obrigado a assistir a diversas cenas de violência. Essas cenas retratavam todos os seus atos de crueldade. Preso por uma camisa de forças, fios foram ligados a seu corpo. Duas pinças mantinham seus olhos sempre abertos. Sob o efeito de substâncias quÃmicas, Alex também assistiu a cenas do nazismo ao som da Nona Sinfonia de Beethoven.
Alex começa a sentir náuseas. Como ouvir a música que tanto gostava acompanhada de imagens tão cruéis? à o paradoxo: o yin e o yang do personagem vêm à tona. E essa é mais uma das caracterÃsticas da cyborgização, da hibridização preconizada por Donna Haraway no Manifest for Cyborgs. Haraway fala de um organismo de identidade cambaleante, metade máquina, metade humano, que rompe a fronteira entre o orgânico e o inorgânico, o fÃsico e o não fÃsico. Nessa simbiose, cai por terra também o dualismo sexual e o mito de um Pai criador (autonomização).
Em Laranja Mecânica, a discussão não gira somente em torno desse ponto, mas de questões mais complexas, que partem das consequências do processo de cyborgização. Um religioso que acompanha Alex na prisão polemiza: “A questão é se essa técnica (o tratamento) realmente torna bom um homem. A bondade vem do Ãntimo. A bondade é uma escolha. Se o homem não pode escolher deixa de ser um homem.” Isso reflete a autonomização da técnica: o homem não tem muito escolha se aquela técnica promete salvar sua vida, como lembra Ellul.
Mas na contemporaneidade, não podemos julgar fatalmente que o homem é “vÃtima da era moderna” como afirma o personagem de Laranja Mecânica que assiste ao estupro de sua mulher por Alex. “O fim dessa sociedade do espetáculo (ou dessa perspectiva da sociedade do espetáculo) nos remete a novas potencialidades libertadoras para os cyborgs interpretativos das redes, ou como proponho chamar, os ‘netcyborgs’. Os ‘netcyborgs’ têm a possibilidade de esvaziar o controle dos media, que fizeram dessa sociedade do espetáculo uma realidade”. (A. Lemos) Agora, a comunicação não se dá de “um para todos”, mas de “todos para todos”. “Essa conectividade geral parece ser muito difÃcil de ser instrumentalizada por um poder centralizador e totalitário como no caso de Laranja Mecânica...”
Com seu “corpo hipertexto”, os netcyborgs (um cyborg interpretativo) podem assumir diversas identidades na rede (MUDs, IRCs, Usenets, BBS, listas), constantemente atualizadas no ciberespaço. Como sÃmbolo digital, o corpo é livre, ambÃguo. Nessa nova sociabilidade (o neotribalismo de Maffesoli), “as diversas comunidades virtuais emergentes desse novo espaço eletrônico que é o ciberespaço, proporcionam emoções coletivas identificadoras, não com o indivÃduo preso a uma identidade fechada, mas com “personas” de diversas máscaras”(A. Lemos)
A “máscara” plástica e social utilizada por Alex quando sai de casa à noite, assumindo uma outra personalidade que não é a familiar, pode ser uma metáfora dessa sociabilidade. Mas Laranja Mecânica não faz referência direta a esse canal de “todos para todos”, caracterÃstico “netcyborgização”. A via é mesmo unidirecional e centralizadora: de “um para todos”.
O poder das imagens sobre Alex é tão grande que o faz reagir a ponto de chegar ao suicÃdio. A mÃdia novamente se apodera de sua imagem: o governo estaria usando métodos politicamente incorretos na libertação de prisioneiros. Pressionado por essa repercussão, o Ministro do Interior que patrocinou o tratamento de Alex oferece-lhe proteção. Enquanto é fotografado ao lado do Ministro, Alex imagina-se numa cena de sexo, assistida publicamente (pessoas aplaudem ao seu redor). O espetáculo midiático vira fantasia. “Estou realmente curado”, contenta-se Alex.
Por Roberta ***** Back - http://www.facom.ufba.br/com022/cyborg/pglrjmec.html
2006-09-08 18:24:00
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answer #2
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answered by Duda 3
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Assisti e achei que é um dos melhores filmes feitos. O livro também é muito bom.
2006-09-09 11:47:53
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answer #3
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answered by Ally 2
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Aff, meu pai é facinado por este filme, eu achei muito horrível, mas quando assiti eu era bem mais nova. Aquela cena de estupro é terrível...
2006-09-09 03:07:03
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answer #4
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answered by Juzinha* 3
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Ramalhoi - vi e considero um dos melhores entre os melhores, vou precisar ver de novo, como já faz muito tempo, talvez hoje, eu vou poder fazer uma leitura mais profunda e entender de verdade os textos subliminares. Parabéns pelo bom gosto e abraços...
2006-09-08 18:26:07
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answer #5
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answered by munchausen 7
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Já vi e o filme é ótimo. Parece que o texto desse filme nunca vai envelhecer porque existe uma juventude perversa em todas as épocas.
2006-09-08 18:24:20
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answer #6
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answered by alaphia2007 4
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Filme maluco
2006-09-08 18:23:11
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answer #7
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answered by Zion 1
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FOI UM BOM FILMEZINHO PRA EPOCA..........E JA SE FOI COMO TODOS OS OUTROS.CHEIO DE POLEMICAS E DESACORDOS....
2006-09-08 18:19:49
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answer #8
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answered by Anonymous
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Vi no cinema quando foi lançado. Achei terrível!!!!!!! Apavorante....
2006-09-08 18:19:23
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answer #9
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answered by miosotis 7
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Eu vi umas 7,8 vezes.Gosto muito desse filme.
2006-09-08 18:16:07
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answer #10
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answered by Tsunami 5
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