Acho que era um espaco de erudicao, e a despeito da pregnância do pensamento religioso, os germes da ciência moderna estavam se desenvolvendo, mesmo que de forma oculta. Embora a Inquisicao enfatizasse a perseguicao aos nao-católicos-romanos, o incômodo que os bispos romanos tinham vinha exatamente da incapacidade de conter esse impulso por ir além das fronteiras que a cultura religiosa impunha. Havia várias formas desse impulso de manifestar e isso ia desde receitas familiares pra curar Gota até a elaboracao de novas engrenagens mecânicas.
A universidade era um espaco onde este segundo segmento se desenvolvia. Era tb um pouco melhor protegida da Igreja Romana, porque também frequentada por pessoas de extratos sociais específicos, além dos religiosos. A perseguicao operada pela igreja católica matou muita gente, mas a maioria das pessoas era gente simples. Nas universidades muita gente soube permanecer fazendo suas pesquisas mas de forma mais camuflada. A universidade sempre foi um espaco pra se pensar mais além, e mesmo que esse pensamento nao tenha sido comunicado aos quatro ventos, ele faz parte da cadeia de construcao de uma nova mentalidade. Foi somente por causa dessa cadeia que a ciência moderna pode se sustentar, quando ela enfim emergiu de forma mais clara no século XVII
2006-09-10 01:03:59
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answer #1
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answered by Anastasia Romanova 3
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Eis um breve e incompleto elenco das invenções tecnológicas (obras, quase todas, de monges beneditinos) do homem medieval, que, como diz a lenda, vivia na ignorância e na penitência, apenas à espera do fim do mundo: o moinho de água, a serra hidráulica, a pólvora preta, o relógio mecânico, o arado, a relha, o timão, a roda, o jugo para o cavalo, o canal com reclusas e portas, a canga múltipla para os bois, a máquina para enovelar a seda, o guindaste, a dobadoura, o tear; o cabrestante complexo, a bússola magnética, os óculos. Acrescentemos a imprensa, o ferro fundido, a técnica de refinação, a utilização do carvão fóssil, a química dos ácidos e das bases, etc. Esse impulso ao conhecimento científico e tecnológico continuou nos séculos seguintes: no início do século XVII a Europa contava 108 Universidades, enquanto no resto do mundo não havia uma só... isto põe um problema para o historiador. Por que é que o desenvolvimento ocorreu somente em área cristã, e não fora desta? Por que, hoje ainda, entre os dez países mais evoluidos e ricos do mundo, nove são de tradição cristã? Não há outra explicação senão a que já expus em livros dedicados à questão: há na mensagem cristã alguma coisa que leva os gérmens do desenvolvimento e do progresso. A antropologia da Bíblia exalta o homem e o põe no centro do universo. Além disto, pregando igualdade, ela cria uma sociedade livre, sem barreiras sacrais ou de castas; não há, pois, como se surpreender se, alimentado por tal mensagem, o homem europeu conquistou o mundo... Por que as suas naves lhe permitiam dominar os mares? Por que ele, e ele só, sentiu a necessidade de expandir-se sobre a terra inteira, enquanto a África, a Ásia, a América pré-colombiana permaneciam imóveis nos seus confins? Sem esta nossa maravilhosa Europa, o mundo, como o conhecemos, não existiria. Mas não existiria nem mesmo esta Europa recoberta de glórias, sem as suas raízes cristãs e sem os seus monges
2006-09-07 19:52:34
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answer #2
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answered by Peteleco 7
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