Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento político que afirma o direito à existência de um Estado Judaico. Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e da Europa de Leste, sobre a pressão de pogromas e do anti-semitismo crónico destas regiões, mas também na Europa ocidental, no seguimento do choque causado pelo caso Dreyfus.
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A escolha do lugar
Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra é que a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de início estabelecê-la em Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propícios.
A chamada diáspora judaica, ou seja a dispersão dos judeus pelo mundo, erroneamente debitada como a expulsão da terra natal, foi o principal argumento de ordem religiosa a vindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina.
O argumento da expulsão, entretanto, é contestado até por parte de sionistas, porque que não coincide com os registros históricos que dão como certo que, muito antes das deportações romanas, a grande maioria do povo judeu já havia se helenizado e migrado espontaneamente.
De qualquer modo, a tese do retorno ao lugar de origem ganhou a grande maioria dos adeptos por ter forte apelo religioso baseado na redenção do povo de Israel na “terra prometida” , embora outras correntes, a considerassem uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovassem duramente alegando que esta “redenção” teria de ser obra de Deus e não o estabelecimento do estado judeu por ações políticas que laborava contra o messianismo, que é aspecto central da religião judaica, e caracterizava pecado de orgulho.
A partir de 1917 o movimento focou-se defínitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel.
Porém, quando o movimento sionista moderno se consolidou na metade do século XIX, a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja era habitada por uma população de esmagadora maioria de árabe, lá enraizada por uma longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 350 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e Fatímida e apesar de dominações posteriores manteve suas principais características.
Era portanto evidente que, para o estabelecimento do estado judeu desejado, os sionistas teriam de fazer um grande esforço para mudar o equilíbrio étnico e demográfico da região mesmo porque o projeto do estado judaico se baseava nas utopias religiosas e culturais bem próprias, exclusivas e definidas do provo judeu.
É justamente neste esforço para a mudança do equilíbrio demográfico da Palestina que os críticos do Sionismo vêm a doutrina como condenável e não apenas pela inevitável violência necessária a ser implementada, mas só pela ‘’’distinção racial’’’ em que doutrinariamente se funda, taxando o sionismo como uma forma de racismo.
Advirta-se desde logo que desde o início das discussões, muitos judeus religiosos e laicos se preocuparam com a proteção dos autóctones em sua formação étnica e cultural e alguns se opuseram dramaticamente a esta questão nodal . Contudo, acabou se sagrando majoritária a corrente que preconizou estabelecer a hegemonia racial como fator fundamental ao estabelecimento de um estado de efetivo caráter judaico, o que implicava numa jamais mencionada mas efetivamente praticada limpeza étnica.
Observe-se que o objetivo primordial do sionismo, que era o estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, tanto que a Liga das Nações (Mandato de 1922) como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, aliás extensível a qualquer povo da terra.
Entretanto, já no alvorecer do estabelecimento do Estado de Israel, quando postos em prática os ideais sionistas, iniciou-se a demonstração da dura realidade conflituosa e lesiva tanto que, em novembro de 1975, com a violência transbordando, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução nº 3379 que contém uma sonora censura : ’’’O sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial’’’ que perdurou até dezembro de 1991 quando, pelo colapso da União Soviética, que fora uma dos seus defensores, acabou rescindida através da Resolução 4686.
Os defensores do sionismo discordam de sua identificação com racismo alegando que o Sionismo não é doutrinariamente unificado e coeso, possuindo diversas versões divergentes umas das outras. Outros discordam afirmando que palestinos e judeus não são racialmente distintos, e assim não se aplicaria o termo já que discriminação não se funda na raça.
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A mudança demográfica
Apesar de não haver qualquer evidência de qualquer interrupção da presença judaica na Palestina desde há mais de três milênios de sua história violenta, é fato inconteste o concurso de várias migrações substitutivas massivas com saída de judeus e entrada de outros povos, notadamente árabes.
É verdade também que, além de comunidades judaicas remanescentes, na segunda metade do século XIX iniciou-se uma migração de retorno de judeus, notadamente de ideário socialista de esquerda que se propunham a reformar aquela região imediatamente se estabelecendo nela.
Assim ‘’ Mikveh Israel’’ foi fundada em 1870 através de Aliança Israelita Universelle, seguida por ‘’Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882), e outras comunidades agrícolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion.
Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista proclamou a decisão para restabelecer pátria judia antiga em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era uma parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua vasta maioria não era por eles habitada.
Inglaterra expressou seu apoio pelo sionismo com a Declaração de Balfour, que pos em prática com a aquisição de mandato sobre a região por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano como conseqüência da Primeira Guerra Mundial, dando início a um aumento substancial da migração de judeus para lá elevando por duas décadas até 1945.
Em 1947, ao fim do mandato britânico, já era flagrante a violência mútua e descontentamento entre árabes e judeus. Para conciliar esta situação, a ONU propôs e foi aceito um Plano de Partilha da palestina, para a formação de dois estados um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe.
A representação judaica aceitou o plano mas a representação árabe alegou-se prejudicada e espoliada não aceitando a partilha iniciando-se os conflitos.
No dia 14 de maio de 1948, expirado o mandato britânico da Palestina o Estado de Israel declarou independência, deflagrando a chamada Guerra dos seis dias na qual seis estados árabes vizinhos iniciaram movimentos de exércitos regulares para ingressar na região.
A partir de 1948, ano da criação do Estado de Israel, o sionismo passou a ser um movimento de apoio ao desenvolvimento do Estado de Israel e de encorajamento à integração de Judeus em Israel.
2006-09-07 01:46:01
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answer #1
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answered by edmosann 2
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Os judeus não reconhecem Jesus. E para todo o cristão, o messias a ser aclamado pelos judeus e pela mídia mundial, artistas e todas as religiões é o anticristo descrito na Bíblia.
2014-09-23 10:41:53
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answer #2
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answered by ? 1
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Desculpe-me pela resposta grande mas é o jeito.
Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento polÃtico que afirma o direito à existência de um Estado Judaico. Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e da Europa de Leste, sobre a pressão de pogromas e do anti-semitismo crónico destas regiões, mas também na Europa ocidental, no seguimento do choque causado pelo caso Dreyfus.
A escolha do lugar
Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra é que a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de inÃcio estabelecê-la em Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propÃcios.
A chamada diáspora judaica, ou seja a dispersão dos judeus pelo mundo, erroneamente debitada como a expulsão da terra natal, foi o principal argumento de ordem religiosa a vindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina.
O argumento da expulsão, entretanto, é contestado até por parte de sionistas, porque que não coincide com os registros históricos que dão como certo que, muito antes das deportações romanas, a grande maioria do povo judeu já havia se helenizado e migrado espontaneamente.
De qualquer modo, a tese do retorno ao lugar de origem ganhou a grande maioria dos adeptos por ter forte apelo religioso baseado na redenção do povo de Israel na “terra prometida” , embora outras correntes, a considerassem uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovassem duramente alegando que esta “redenção” teria de ser obra de Deus e não o estabelecimento do estado judeu por ações polÃticas que laborava contra o messianismo, que é aspecto central da religião judaica, e caracterizava pecado de orgulho.
A partir de 1917 o movimento focou-se defÃnitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel.
Porém, quando o movimento sionista moderno se consolidou na metade do século XIX, a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja era habitada por uma população de esmagadora maioria de árabe, lá enraizada por uma longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 350 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e FatÃmida e apesar de dominações posteriores manteve suas principais caracterÃsticas.
Era portanto evidente que, para o estabelecimento do estado judeu desejado, os sionistas teriam de fazer um grande esforço para mudar o equilÃbrio étnico e demográfico da região mesmo porque o projeto do estado judaico se baseava nas utopias religiosas e culturais bem próprias, exclusivas e definidas do provo judeu.
à justamente neste esforço para a mudança do equilÃbrio demográfico da Palestina que os crÃticos do Sionismo vêm a doutrina como condenável e não apenas pela inevitável violência necessária a ser implementada, mas só pela ‘’’distinção racial’’’ em que doutrinariamente se funda, taxando o sionismo como uma forma de racismo.
Advirta-se desde logo que desde o inÃcio das discussões, muitos judeus religiosos e laicos se preocuparam com a proteção dos autóctones em sua formação étnica e cultural e alguns se opuseram dramaticamente a esta questão nodal . Contudo, acabou se sagrando majoritária a corrente que preconizou estabelecer a hegemonia racial como fator fundamental ao estabelecimento de um estado de efetivo caráter judaico, o que implicava numa jamais mencionada mas efetivamente praticada limpeza étnica.
Observe-se que o objetivo primordial do sionismo, que era o estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, tanto que a Liga das Nações (Mandato de 1922) como a ONU aprovaram desde logo os princÃpios básicos do sionismo, aliás extensÃvel a qualquer povo da terra.
Entretanto, já no alvorecer do estabelecimento do Estado de Israel, quando postos em prática os ideais sionistas, iniciou-se a demonstração da dura realidade conflituosa e lesiva tanto que, em novembro de 1975, com a violência transbordando, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução nº 3379 que contém uma sonora censura : ’’’O sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial’’’ que perdurou até dezembro de 1991 quando, pelo colapso da União Soviética, que fora uma dos seus defensores, acabou rescindida através da Resolução 4686.
Os defensores do sionismo discordam de sua identificação com racismo alegando que o Sionismo não é doutrinariamente unificado e coeso, possuindo diversas versões divergentes umas das outras. Outros discordam afirmando que palestinos e judeus não são racialmente distintos, e assim não se aplicaria o termo já que discriminação não se funda na raça.
[editar]
A mudança demográfica
Apesar de não haver qualquer evidência de qualquer interrupção da presença judaica na Palestina desde há mais de três milênios de sua história violenta, é fato inconteste o concurso de várias migrações substitutivas massivas com saÃda de judeus e entrada de outros povos, notadamente árabes.
à verdade também que, além de comunidades judaicas remanescentes, na segunda metade do século XIX iniciou-se uma migração de retorno de judeus, notadamente de ideário socialista de esquerda que se propunham a reformar aquela região imediatamente se estabelecendo nela.
Assim ‘’ Mikveh Israel’’ foi fundada em 1870 através de Aliança Israelita Universelle, seguida por ‘’Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882), e outras comunidades agrÃcolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion.
Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista proclamou a decisão para restabelecer pátria judia antiga em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era uma parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua vasta maioria não era por eles habitada.
Inglaterra expressou seu apoio pelo sionismo com a Declaração de Balfour, que pos em prática com a aquisição de mandato sobre a região por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano como conseqüência da Primeira Guerra Mundial, dando inÃcio a um aumento substancial da migração de judeus para lá elevando por duas décadas até 1945.
Em 1947, ao fim do mandato britânico, já era flagrante a violência mútua e descontentamento entre árabes e judeus. Para conciliar esta situação, a ONU propôs e foi aceito um Plano de Partilha da palestina, para a formação de dois estados um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe.
A representação judaica aceitou o plano mas a representação árabe alegou-se prejudicada e espoliada não aceitando a partilha iniciando-se os conflitos.
No dia 14 de maio de 1948, expirado o mandato britânico da Palestina o Estado de Israel declarou independência, deflagrando a chamada Guerra dos seis dias na qual seis estados árabes vizinhos iniciaram movimentos de exércitos regulares para ingressar na região.
A partir de 1948, ano da criação do Estado de Israel, o sionismo passou a ser um movimento de apoio ao desenvolvimento do Estado de Israel e de encorajamento à integração de Judeus em Israel.
http://pt.wikipedia.org/wiki/sionismo...
ou
1:conjunto de estudos, conhecimentos do que se refere a Jerusalém como patrimônio histórico
2:movimento internacional judeu que resultou na formação do Estado de Israel (S.O. asiático) em maio de 1948 e em sua posterior evolução
2006-09-07 13:27:23
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answer #3
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answered by Pedro Ponchio 2
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Movimento político que defende o direito dos judeus retornarem a Israel (terra de sion) onde este povo teve origem, e fromarem uma uma nação soberana e independente!
Antes do reconhecimento de Israel como nação judaica, houve proposta da ONU de se formar uma nova nação judaica em outros países, tais como Uganda, Congo, América do Sul mas a maioria da organização sionista não concordou pois estes não seriam terra natal de tal povo e desta forma estariam usurpando terras alheias!
2006-09-07 08:56:04
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answer #4
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answered by wolf_ir 5
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Sionismo é um movimento político que afirma o direito à existência de um Estado Judaico. Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e da Europa de Leste, sobre a pressão de programas e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, no seguimento do choque causado pelo caso Dreyfus.
Se você quiser saber mais, entre no site:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sionologia
2006-09-07 08:52:53
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answer #5
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answered by Carioquinha 2
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O Sionismo é um movimento político que afirma o direito à existência de um Estado Judaico. Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e da Europa de Leste, sobre a pressão de pogromas e do anti-semitismo crónico destas regiões, mas também na Europa ocidental, no seguimento do choque causado pelo caso Dreyfus.
2006-09-07 08:48:10
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answer #6
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answered by Luiz 4
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sionismo | s. m.
sionismo
de Sião, Jerusalém
s. m., estudo das coisas relativas a Jerusalém;
movimento político e religioso judaico, iniciado no séc. XIX, que defendia o restabelecimento de um estado israelita independente, na Palestina.
2006-09-07 08:46:42
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answer #7
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answered by Alexandre M 6
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O sionismo é um movimento político entre os judeus (também apoiado por não-judeus) que defende que o povo Judaico tem direito a constituir uma nação e viver na sua terra natal. Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra é que a nação judaica deveria ser fundada. A partir de 1917 ele focou-se defenitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel. ...
2006-09-07 08:46:03
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answer #8
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answered by ☼ Lua Prateada® ☼ 7
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O termo sionismo provém de Sião...
Trata-se do judaísmo, religião fundamentada no pentateuco, ou cinco primeiros livros do velho testamento, também conhecidos como torá...
A religião é de origem hebréia e ainda aguarda a vinda do redentor, reconhecendo em Jesus mais um dos vários profetas bíblicos.
2006-09-07 08:44:27
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answer #9
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answered by leviatanbaphomet 3
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