Em registros oficiais, o Role Playing Game ou RPG (jogo de representação) surgiu no ano de 1974. O primeiro lançamento foi o jogo Dungeons & Dragons (também abreviado como D&D), idealizado pela empresa TSR dos Estados Unidos da América e criado por Ernest Gary Gygax. No início, o D&D, ou "Calabouços & Dragões" em português, era um simples complemento para um outro jogo de peças de miniatura chamado Chainmail (cota de malha), mas terminou dando origem a um jogo totalmente diferente e inovador.
O jogo logo virou um desenho animado no ano de 1983, Caverna do Dragão [1]. Este primeiro jogo era extremamente simples comparado aos jogos de RPG da atualidade e tinha uma origem influenciada por jogos de guerra/estratégia. Isto sempre levou muitos a crer que o jogo de representação e não apenas de matar e trucidar demorou a surgir.
Em 1980, D&D já era uma grande febre e em 1982 surgia o filme Mazes and Monsters, com o ator Tom Hanks ainda jovem, mostrando a história de um jogo de RPG [2].
Em 1986 a empresa Steve Jackson Games publica o jogo GURPS nos EUA, que vem a ter uma tradução para o portugues pela Devir em 1991. GURPS foi escolhido como o RPG mais realista do mundo e ganhou direito a um lugar de honra (Hall of Fame) em 2000 entre todos os livros do mundo.
Conta-se que Gary e Dave começaram o RPG em virtude de que estariam jogando um "wargame" (jogo de batalha entre miniaturas) e um dos dois disse ter construído uma fortaleza indestrutível. Como forma de invadir essa fortaleza, o adversário disse que 3 dos seus melhores guerreiros foram enviados para entrar nos esgotos da fortaleza para invadi-la. Com isso, surgiu a primeira aventura controlando um pequeno grupo de personagens, e assim começou a interpretação individual e não apenas de exércitos.
Praticamente junto com o D&D foi lançado outro jogo mais complexo, que já mostrava um outro tipo de abordagem para o RPG: Empire of Petal Throne foi lançado também pela TSR, em 1975, teve pouco sucesso de vendas, porém fazia uma nova abordagem. Passava das lendas medievais para novas criaturas de raças inspiradas em lendas astecas, egípcias e de povos da antiguidade; foram criadas até uma nova língua para os jogadores se comunicarem com aquelas raças. Mesmo as regras sendo praticamente iguais ao D&D, o jogo tinha uma abordagem totalmente diferente. Isso só viria reforçar a tese que o RPG poderia ser tanto um jogo divertido para adolescentes, como uma grande representação elaborada que poderia abordar as mais diversas experiências.
O jogo confirmava seu sucesso com o lançamento do AD&D (Advanced Dungeons & Dragons) e surgiam novos gêneros alternativos para o jogo como:
Super Heróis, com um sistema Champions, criando um gênero e trazendo uma forma de pontuação para os personagens, além dos atributos, das vantagens e desvantagens o que tornava o jogo mais tridimensional e interessante.
Terror e Misticismo, como a série Storyteller (Vampire, Werewolf, etc), Call of Cthulhu (baseado em contos do escritor H.P. Lovercraft).
Cyberpunk, nos anos 80 discutia o impacto da realidade virtual em um futuro próximo.
Ficção Científica, baseados em uma literatura já existente como o Estar Farsas ou totalmente inovadores como Caravelas.
Logo após, foi criado um sistema genérico de regras, e este teve o nome de GURPS. Ele veio com toda uma diversificação onde os GM (Game Master) poderiam usar um sistema que permitisse que o jogador, mesmo com vários gêneros de personagens e mundos onde a ação pudesse ocorrer, pudesse jogá-los com apenas um conjunto de regras.
No início dos anos 90, surgiram jogos ainda mais voltados para a interpretação: um exemplo desses é Vampiro: A Máscara, que se passa em um mundo semelhante ao real, habitado por criaturas sobrenaturais. Foram introduzidos conceitos psicológicos nos jogos de RPG, como conflitos internos e uma linha mais tênue entre o bem e o mal. Ao mesmo tempo, versões traduzidas de RPGs começaram a fazer sucesso fora dos países de língua inglesa.
Outro gênero criado nessa época foram os RPGs educativos, que visavam empregar a mecânica do RPG em atividades didáticas. No Brasil, por exemplo, foi lançado o livro GURPS: Desafio dos Bandeirantes. Eles surgiram principalmente como uma resposta a acusações de que o RPG teria um efeito negativo nos seus jogadores, podendo até levar a crimes (geralmente, as ligações entre o RPG e esses crimes eram depois desmentidas).
Enfim, surgiram inúmeros títulos nessa época, oferencendo variações no jogo ou ambientações diversas para a interpretação (também chamadas de cenários). Por outro lado, isso levou a uma fragmentação do mercado, diminuindo o lucro das editoras e consequentemente o número de edições, afastando alguns fãs.
No início do século XXI, foi lançada a terceira edição do jogo D&D, que contava com uma licença que permitia a qualquer um lançar produtos compatíveis (a Open Game License). Isso levou a um novo crescimento no mercado do RPG, com o lançamento de um número maior de títulos.
RPG no Brasil
No Brasil o RPG também chegou com força: O primeiro jogo nacional foi o Tagmar, lançado no inicio dos anos 90. Com uma ambientação baseada nos livros de J.R.R Tolkien foi acusado injustamente de ser baseado no D&D, mas verdade era um sistema bem diferente. O jogo chegou a fazer sucesso, mas a editora fechou no fim dos anos 90. O Tagmar recentemente retornou ao público totalmente remodelado em uma versão livre, sendo um marco de pioneirismo no RPG brasileiro.
Outros jogos criados no Brasil foram:
O Desafio dos Bandeirantes, o 1º com ambientação baseada no folclore brasileiro.
Millenia na linha de ficção científica.
Daemon, um sistema muito abrangente com suas várias versões, como Trevas e seu clima de magia e terror moderno, e Arkanun no estilo de horror medieval.
Defensores de Tóquio (3D&T) com super-heróis japoneses, que já chegou em sua terceira versão sendo agora um sistema mais genérico.
Demos Corps com temática de espionagem.
NeoKosmos, um RPG baseado em história e mitologia grega desenvolvido pela Krypteia Estúdio Criativo e lançado pela Editora Daemon
Clavius, um sistema de RPG gratuíto que pode ser baixado no site da Conclave Editora.
Apokalypse Wars - Cenário de ficção cientifica usando o sistema d20.
OPERA RPG - Regras práticas e ajustáveis de RPG que permitem a criação de qualquer cenário de jogo.
Utopia - Usa o sistema d10.
Tormenta - Cenário originalmente feito para AD&D, que em suas 2 primeiras edições também utilizava 3D&T, GURPS e Daemon. Sua terceira edição utiliza o d20 como sistema oficial.
Calíope, RPG medieval usando D6,D10 e D20.
Invasão misturando Arquivo X com história brasileira.
E quem ganha o jogo?
Uma coisa pouco clara em um jogo de RPG, é: "quem ganha o jogo"? Uma conclusão que parece óbvia, se existe um jogo, precisa existir um vencedor. Em um primeiro momento, pode se pensar que o narrador estaria jogando contra os demais jogadores, mas essa idéia está errada.
Como o narrador é um contador de histórias, tudo dentro do jogo acontece de acordo com sua narração. Se ele quiser, ele pode fazer com que todos os personagens morram ou sejam presos em um instante, basta apenas ele narrar isso acontecendo. Na verdade, o narrador cumpre um papel de árbitro e não de adversário. Ele não joga "contra" os jogadores, ele cria uma história na qual os personagens desses jogadores possam se desenvolver. Ele também não joga "a favor", um narrador precisa sempre ser imparcial para manter um bom andamento da aventura. Apesar dele propor os desafios e representar todos os inimigos do jogo, ele não faz isso com o objetivo de derrotar os jogadores, mas sim de oferecer um bom ambiente para a partida. Como o objetivo do jogo é a diversão, ele em determinadas vezes pode favorecer um ou mais jogadores, ou mesmo penalizar outros, para que o jogo fique equilibrado e divertido para todos.
Então os jogadores disputam entre sí? Depende. Na maioria dos jogos, todos os jogadores são parte de um grupo. Pense no jogo de RPG como um jogo de futebol. Se o narrador é o árbitro, os jogadores fazem parte de um dos times. Todos devem agir em conjunto para conseguir enfrentar os desafios que o narrador oferece. De forma geral existe alguma disputa, assim como jogadores de um mesmo time disputam entre sí para ver quem é o mais habilidoso ou o que faz mais gols. Mas eles devem agir em conjunto, senão a vitória na aventura pode se tornar algo impossível de se alcançar.
Existem exceções a essa regra: Em determinados sistemas, ou mesmo se os jogadores assim desejarem, o narrador pode criar aventuras nas quais os jogadores disputam entre sí pelos mais variados motivos. Talvez cada jogador seja um mercenário contratado para resgatar uma mesma pessoa, ou então exploradores de uma ruína antiga, todos tentando conseguir o mesmo objeto. E uma infinidade de temas possíveis. Mas de uma forma geral, a maioria esmagadora dos jogos exigem cooperação entre todos.
Então, afinal de contas, quem ganha o jogo? Na visão dos jogadores de RPG, todos ganham. O objetivo de cada aventura é superar os desafios, e quando os jogadores conseguem fazer isso, eles ganham pontos de experiência e histórias na vida de seu personagem. Essa é a premiação pela "vitória" em uma sessão. Todos os jogadores que conseguem passar pela aventura são considerados vencedores. Pode soar um pouco estranho para quem não está acostumado com um jogo aonde todos os jogadores podem vencer, mas depois que se entende a mecânica do jogo é algo natural.
2006-09-06 02:19:20
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answer #1
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answered by Vince 2
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eu jogo RPG desde os meus 12 anos(tenho25) nunca matei ninguém por causa dele! o jogo não é satânico, é um jogo de interpretação(Role-Playing Game), onde vc interpreta persnagens q podem ser qq coisa dentro do mundo do Mestre, eu já interpretei semi-deuses, vampiros, lobisomens, elfos, magos, guerreiros, monges, professores, bem várias coisas... e aprendi muito sobre mitologia grega, espiritismo, sobre gaia, e culturas alternativas... me falar q o rpg é satânico sem conhecer um bom rpg de verdade, me desculpe, mas é muito preconceito
2006-09-06 02:42:44
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answer #4
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answered by MW 4
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siglas RPG,ou seja, Responda Para Gente
rsrsrs tirando as letras minusculas fica RPG,rsrsrs
tô brincando,eu respondo pra vc,os jogos de RPG são dahoras,mas as vezes é ruim pq eles atacam uma vez de cada,igual final fantasy,é jogo de RPG,mas eles atacam uma vez por rodada,naum é normal,mas como jah me acostumei,eu jogo assim mesmo.
2006-09-06 02:16:24
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answer #10
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answered by Anonymous
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