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modelo de construçao, como funciona, o sistema de ventilaçao do ar na forja ,ou seja ventilaçao manual e eletrica, suas medidas
e materiais p/ construir uma , e o modelo desenhado da montagem.

2006-09-04 08:52:07 · 1 respostas · perguntado por hudson c 1 em Artes e Humanidades Outras - Artes e Humanidades

1 respostas

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A forja da espada japonesa......


(por Jordan Augusto)

Durante o Sengoku Jidai, a falta de um governo central forte encorajou os daimyo a lutar entre si para expandir territórios. Cresceu a demanda por armas, e os ferreiros iniciaram uma produção em massa de espadas de baixa qualidade. Antes, o aço era cuidadosamente elaborado, forjado e temperado num processo artesanal. Depois, passou a ser importado de forma já pronta, para facilitar a forja rápida. A espada resultante, embora bela, era menos durável e imprecisa. A verdadeira beleza da espada está em sua precisão, durabilidade e aparência. Só quando esses três elementos estão combinados, a arma terá boa performance nas mãos do espadachim.

Espadas que avariam em contato com um objeto duro, ou que revelam uma parte interna de baixa qualidade, não podem ser consideradas legítimas “Nippon To” (espadas japonesas). Não merecem compartilhar da reputação estabelecida pelas lâminas dos grandes mestres ferreiros, que produziam com métodos tradicionais. Hoje, apenas as escolas de Toyama e Nakamura fazem o teste de corte (tameshigiri). No final da batalha de Sekigahara, em 1600, venceu o general Tokugawa Ieyasu, e seguiram-se trezentos anos de paz.

Nesse período, não havia outro modo de testar uma espada senão pelo corte de corpos de criminosos mortos. Portar espada era proibido, segundo a lei de 1876.

O material de uma espada japonesa é o Watetsu (Wako) feito no Tatara. É diferente do Yotetsu (aço do estilo Ocidental) feito na caldeira de fundição. Um Tatara é o forno ou forja, construído na argila. O interior do tatara é um tipo que relembra um casco de navio. O pó do ferro é posto do alto após o carvão de lenha ser colocado e ateado fogo.

Se a pedra de ferro for derretida na forja segundo o estilo Ocidental, o ferro torna-se frágil porque é derretido na alta temperatura de 1.500 graus. Desta forma, o ferro torna-se frágil, ao ser acrescentado enxôfre e outras substâncias junto á fundiÇão do metal.

Uma parte especial excelente no Watetsu é dita como o Tamahagane. Existe o Tamahag ane, Hotyotetsu, Zuku e assim por diante no Watetsu feito no Tatara . Conseqüentemente, um Hotyotetsu e assim por diante é misturado ao Tamahagane, e um Orosigane é feito, e uma espada é feita do Orosigane. A relação misturada do Orosigane e assim por diante varia de acordo com o espadeiro da espada.

O tamahagane é muito precioso. Por exemplo, um tamahagane de 2.5 tons é feito de dez tons de pó de ferro e doze tons de carvão vegetal.

Na estrutura de uma espada japonesa, o ferro comparativamente macio é envolvido pelo ferro duro. Conseqüentemente, a espada não se dobra porque o ferro da parte externa é duro. Então, devido o ferro macio estar na parte interna, o choque é absorvido, e torna-se difícil para quebrar. O ferro exterior é chamado "Kawagane", e o ferro do interior é chamado "Shingane". Quando uma borda é feita separada, é chamada "Hagane". Então, ao combinar o Shingane com o Kawagane, tem-se uma espada. Existe o "Makuri", "Shihodume", "Honsanmai", e "Kobuse" na maneira de feitura.

Um espadeiro ao dobrar para cima um Orosigane muitas vezes e golpear forma um Kawagane. As impurezas do ferro são removidas pela habilidade manual do espadeiro. Então, uma camada de ferro é dobrada cada vez que a outra parte é dobrada para cima. A camada de ferro forte é empilhada acima, e torna-se ainda mais forte. O Shingane é feito do ferro macio. É dobrada acima diversas vezes, e posteriormente golpeado.

O Kawagane é muito precioso porque o Tamahagane é utilizado. Como o Kawagane é feito frequentemente da forma mais fina possível, quando uma espada moldada muitas vezes, o Kawagane é usado acima e o Shingane pode ser exposto.

Porém, segundo os mais estudiosos uma espada real não pode ser interpretada por uma simples descrição de acordo com sua forma e curvatura. Sendo que, a classificação no comprimento de uma espada tal como em sua curva é muito vaga.

O domínio técnico na fabricação do aço para espadas de qualidade ocorreu durante o oitavo século. Até mesmo os exemplos mais antigos destacados por uma estrutura laminada forjada com cerca de dez mil camadas alternadas e possuindo um conteúdo de carbono são excepcionais.

A margem incisiva da estrutura da espada japonesa possui uma dureza característica, porém, com uma maciez que lhe traz também uma flexibilidade considerável.

O estágio final da fabricação de uma espada é temperando e polindo-a, ambas realizadas com técnicas únicas no Japão, e resultando em uma acentuação de modelos conhecidos como “hamon”, (modelos de temperamentos) na superfície da espada. Sendo um dos mais belos recursos da espada japonesa, o hamon também permite a identificação de sua origem.

O polimento da lâmina em geral é dividido em 13 estágios. Diferentes pedras e ferramentas são usadas para cada estágio aplicando diferentes movimentos.

Nos estágios finais o polegar é usado para polir o Jihada e o hamon com peças extremamente finas da pedra de Narutaki e com pedaços finos da pedra laqueada de Uchigumori.

Normalmente uma boa lâmina leva em média cerca de 120 horas para ser terminada. No polimento da lâmina mesmo um erro em uma medida de milímetros não é permitida e a sua apurada técnica é demonstrada com os olhos e as mãos do polidor, sendo obtida somente com uma longa e difícil aprendizagem.

Para expressar as partes Jihada e Hamon da lâmina japonesa este método de polimento único foi desenvolvido há várias centenas de anos atrás. Especialmente o trabalho final é efetivo somente para as lâminas japonesas e nunca é trabalhada nas outras espadas da mesma maneira.

O trabalho no chão é importante e deve ser desenvolvido muito cuidadosamente. Ótimas lâminas tem sido preservada por séculos porque o perfeito trabalho de chão foi realizado por mestres na arte de polir.

Quando a espada é usada em combate ela pode ser consideravelmente danificada, então o tempo de vida de lâminas podem ser terminadas após várias ocasiões de uso em campos de batalha.

As Lâminas japonesas consistem de linhas curvas e é extremamente difícil manter as linhas precisas no trabalho de chão. As pedras para o trabalho de chão têm uma superfície levemente curva, possibilitando uma técnica de polimento em ambos os lados, e a lâmina é polida em tais pedras com movimentos complicados que são uma combinação de ações diferentes como arfagem, girando, puxando e empurrando.

Por outro lado, a granulação da pedra não pode ser paralela à curvatura da espada. O Kissaki ou a ponta é a parte mais difícil no polimento da espada e é sempre polida na horizontal com movimentos extremamente sutis.

Uma coisa bastante difícil no polimento da lâmina é que não se consegue ver o que na verdade se está polindo. Olha-se na parte do outro lado da espada, mas deve-se saber exatamente o local que se está polindo no momento. Esta habilidade somente se torna possível após se obter a mais alta concentração e sensibilidade.

A forma da lâmina japonesa é um ponto crucial para julgar este período, são o comprimento, a curvatura, a espessura e a ponta da lâmina ou o Kissaki, que indicam o período da manufatura.

O trabalho final seria desnecessário se as lâminas japonesas fossem simplesmente uma arma. Então, esta técnica fina e difícil foi inovada para que fosse exposta de maneira aprofundada a beleza das lâminas japonesas e esta técnica está sendo desenvolvida por polidores modernos até hoje. O trabalho final é extremamente delicado e depende profundamente da sensibilidade do mestre resultando em alterações até mesmo do preço.

Marcas (iasurime) gravadas no Nakago da lâmina, a forma, o estilo de acabamento, a textura, o temperamento e a coloração do aço são feitos dentro da consideração de se criar uma espada.

A assinatura do espadeiro ou fabricante de espada está também freqüentemente sobre o nakago.

Embora a alta qualidade de fabricação de espadas esteja no oitavo século, a idade dourada do espadeiro foi de 1050 para 1400.

A história da fabricação da espada pode ser rudemente dividida dentro do período Koto (espada velha) entre o século X e o século XVI; e do Shinto (espada nova), após o século XVII, quando os daymio, encorajaram um renascimento da arte da espada.

As espadas mais novas cujos modelos de temperamentos seletos foram também obtidos são, além das kataná, as espadas tachi, utilizadas por guerreiros, wakizashi, yari, naginata, assim como, tsuba e outros utensílios de metal.

A espada japonesa está para a alma do samurai assim como a lâmina está para a katana.

Todas as outras partes podem ser consideradas secundárias, mesmo sendo consideradas utensílios responsáveis pela montagem e firmeza da lâmina.

Esse conjunto secundário é conhecido como Koshirae. São eles: kodogu, tsuka, e tsukamaki, habaki, saya.

São colaborações de diferentes artistas e artesões em suas especialidades individuais, pois, o katanakaji e o togishi, trabalham na lâmina.

Referências:

Curso de polimento com Sadao Sensei – 1993

Curso teórico de forja e fabricação de lâminas japonesas – Yuji Watanabe – 1993

Apostilas Ogawa Shizen Kay, Conversas com Araki Sensei, Michie Hosokawa, Paulo Hideyoshi, Masa, sadao, Luiz yamada, Hidetaka Sensei. Secret of the Samurai - The Martial Arts of Feudal Japan, Oscar Ratti/ Adele Westbook

Apostila Araki Sensei sobre o aço japonês e sua confecção.

2006-09-04 08:56:17 · answer #1 · answered by regina o 7 · 0 0

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