Pelo que eu sei de astrofísica, a tendência é que o corpo orbitante transfira sua energia cinética de rotação ao corpo maior, equilibrando a velocidade de rotação com a de translação a fim de manter uma órbita estável. Isso é observado nos anéis de Saturno, onde estes são mantidos no lugar por causa da presença de corpos maiores (miniluas) inseridas acima e abaixo de suas órbitas.
2006-09-04 05:55:31
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answer #1
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answered by Clio 5
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O fenômeno é comum, e é chamado de "tidal locking" em inglês, ou acoplamento por efeito de maré. Existem algumas luas que ainda não estão com acoplamento de rotação e translação, e o que acontece é que a deformação interna causada pela mudança da direção em que aponta o vetor atração gravitacional causa o aquecimento interno do satélite. Este fenômeno tende a diminuir a velocidade de rotação, e de aumentar a distância do satélite em relação ao planeta, até que a rotação do satélite entra em equilíbrio com o período de translação do satélite em torno do planeta.
A nossa Lua já está neste estado de equilíbrio, mas o sistema continua sincronizando, desta vez, é a rotação da Terra que está diminuindo e a Lua aumentando a distância, e o equilíbrio, se viesse acontecer, implicaria que a Lua estaria mostrando sempre a mesma face para a Terra, e a Terra também estaria mostrando sempre a mesma face para a Lua. Isto talvez não venha a acontecer, se o tempo necessário for superior a 5 bilhões de anos, prazo para o Sol esgotar o hidrogênio, e se expandir, tornando-se uma gigante vermelha.
2006-09-04 13:42:46
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answer #2
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answered by Sr Americo 7
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