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Recebo muitas queixas de pais descontentes com os professores de seus filhos, tanto no nível fundamental, como no médio nas escolas da rede pública. Algum pai ou aluno da rede pública por aí? Um abraço do professor Máximo.

2006-09-01 15:12:15 · 13 respostas · perguntado por Carlos 13 3 em Educação e Referência Nível Fundamental e Médio

13 respostas

Sou professora da rede pública Estadual e Municipal do Rio de Janeiro. Trabalho no interior. Tenho, além da graduação, duas pós-graduações: uma específica em educação e outra em mestrado na área científica. Com tanta qualificação, porque eu trabalho na rede pública se a particular paga melhor? porque (além da razão óbvia da estabilidade) a escola pública é um grande laboratório. O professor da rede pública se compara ao "médico de guerra": quase nenhum recurso pra trabalhar, e o trabalho tem que ser bem-feito, senão o paciente morre. E com isso ganhamos vivência....mas a clientela não está fácil. Já dei aula inclusive em cursos de nível superior, então posso AFIRMAR que a "clientela" está das piores. Chegamos a um ponto de termos alunos semi-alfabetizados em sala, que posso afirmar, NÃO SABEM LER (e são centenas...). estamos preparados para dar aulas, sim, mas não para alfabetizar. Não para ensinar lógica. Isso é pré requisito para um aluno sair das séries iniciais sabendo. Aí o aluno chega na 5a. série sem saber escrever (mal e parcamente sabe escrever seu nome completo) e só sabe fazer contas de adição, na casa das centenas. Todo o resto ele não sabe.
Com um sistema de aprovação automática, só poderia dar nisso: alunos que não sabem o mínimo, professores que não são instrumentalizados para dar aulas a alunos assim, e pais descontentes, porque a criança não sabe nem o mínimo.
Sei que muitos profissionais são inadequados para o cargo, principalmente na rede estadual, onde os professores mais velhos foram "nomeados" (eram professores de 1a. a 4a. que foram "presenteados" com turmas de 5a. a 8a. para ganharem mais) mas eles estão saindo aos poucos. O grande problemas é com as séries iniciais, onde o aluno,, em muitas escolas, vai pra brincar, por falta de professores.Sem contar que, quando há professores, muitos, MUITOS MESMO são despreparados. Você já viu uma redação de uma normalista? Não a melhor, ou a pior, mas uma qualquer, escolhida aleatoriamente? São tantos erros crassos de português que parecem ter sido escritas por um semi-analfabeto. E me diga: como uma pessoa assim pode ensinar o mínimo????
Infelizmente, todo o sistema virou um grande "cancro".

Beijos.
Lú.

2006-09-02 02:45:56 · answer #1 · answered by SeRel 4 · 0 0

Prof. Máx.: Depende do lugar em que estes professores trabalham. Lá na roça, a formação da maioria dos professores deixa muito a desejar. Mas, talvez, o mais importante para o aprendizado das crianças e adolescentes não seja a formação acadêmica mas a vocação do professor para o ensino, o seu amor pelos seus alunos, a sua criatividade e curiosidade, e a sua disposição para enfrentar as dificuldades. Isto para todos os professores do MUNDO, não somente os das escolas públicas do Brasil. Isto é tão precioso e tão RARO que estes mestres deveriam ser tratados como pedras preciosas. A lição mais preciosa da minha vida me foi dada por uma senhora que não sabia ler, mas que tinha o DOM!

2006-09-01 23:10:40 · answer #2 · answered by Vovó (Grandma) 7 · 1 0

EDUCAÇÃO - MOBILIZAÇÃO - Sugiro que, baseado no texto abaixo, que nos mobilizemos agindo e divulgando o mais possível e de todas as formas o conteúdo adiante já que são evidentes as inúmeras aberrações que fundamentam a nossa Educação, em todos os níveis. Muitos ficarão gratos.
Muito do conteúdo ministrado é composto de temas completamente descartáveis, verdadeiras nulidades que apenas enchem os livros didáticos, sem qualquer função lógica e prática aplicáveis. Sobre um mesmo assunto, o mais simplório que deva parecer ou ser, criaram tantos desdobramentos, tantos detalhes, tantas subdivisões, tornando-o excessivamente prolixo, em nome de um suposto “aprimoramento cultural”, que o seu aprendizado passa a ser dificultoso, superficial e inatingível. Os professores fingem que ensinam e, os mais conscientes, sabem do crime que estão cometendo, mas são obrigados a cumprir o estabelecido sob risco de perder o próprio emprego se destoantes das orientações emanadas das cúpulas da Educação, quaisquer delas. Ressalte-se que decorrente não só da interpretação inadequada ou proposital dos fundamentos do ensino, promovem-se, a qualquer custo, alunos sem a mínima aptidão técnico-cultural para a etapa seguinte. Chega-se ao cúmulo de em havendo vários inabilitados, proceder-se sorteios entre eles a fim de atingir um número mínimo exigido estabelecido e cobrado para aquela escola. Uma distorção abominável! O que se propõe determina em verdade é que se tente, em várias etapas, de várias formas, a reabilitação dos que não atingiram a meta proposta, mas que, em momento algum, alguém seja promovido sem merecimento absoluto. Isto é um crime hediondo. E acontece com uma freqüência escandalosa.
Diante desse quadro deplorável, concito todos que possam intervir de certa forma, expondo, sugerindo, cobrando que assim procedam. A nossa Educação requer uma mobilização a mais ampla possível mas dissociada das inferências e ingerências politiqueiras nefastas as quais estamos acostumados.
TEXTO:
"EDUCAÇÃO
Posso parecer inconseqüente, digamos até dissociado da jactanciosa ótica universitária, porquanto reluto em aceitar o ensino da forma que está posto no campo prático, por absoluto discordante do que a modernidade demanda.
Enquanto vivemos um mundo de alta tecnologia, célere, onde o imediatismo se impõe, temos que, cursando uma Universidade, curvarmo-nos à obrigação do cumprimento de uma grade curricular altamente incompatível com o modernismo que se apregoa e se exige em termos de mercado. Enquanto tudo é ágil e principalmente prático, objetivo, persistimos em cultivar abordagens defasadas e até sem utilidade ou cunho efetivo. O que se observa é que há mais desvelo no preparo filosófico do ensino, digo até cercado de um relativo esnobismo, do que propriamente voltado para o aprimoramento científico e cultural moderno. Alguns conteúdos ministrados na maioria das instituições além de defasados, até obsoletos, em grande parte sem qualquer aplicabilidade funcional, meros recheios, são, mesmo no aspecto cultural, ilusórios, perniciosos, incompatíveis com o dinamismo atual que se impõe.
Os professores universitários, ou porque mais cômodo ou porque não detentores de um espírito crítico, recebem e cumprem, “ipsis-litteris”, as suas missões sem questionar os efeitos deletérios que muitas vezes delas resultam. Alguns, mesmo os detentores de vários títulos e honrarias (que muitas servem apenas para satisfazer o seu ego ou para mero esnobismo), sentem-se incapazes de esboçar reações ao que se lhes impõem, portando-se servilmente como que se vítimas de uma lavagem cerebral irreversível. É o que está posto e pronto! Outros, poucos, os mais abnegados e ciosos, até aplicam o conteúdo numa didática competente e eficaz. Sem considerar que existem vários que sequer honram o título de mestre. Fico a me questionar: para que servem tantos diplomas, graduações, debates, palestras, seminários, congressos etc? O que de proveitoso resulta em benefício da sociedade ou será apenas mais um esnobismo cultural?
A quantidade de temas inseridos nas grades curriculares excede do que convencionado como imprescindível à formação do educando. Observam-se verdadeiros entulhos, lixo mesmo, que só dificultam o aprendizado e servem para locupletar os empresários da educação. E o resultado caótico, vergonhoso, deprimente emerge quando das aferições levadas a efeito nos diversos tipos de exames - do ensino básico ao universitário, concursos públicos etc. Exemplos: em um Curso Específico de Língua Portuguesa, constava de uma disciplina determinado tópico em que consistia apenas em demonstrar em que um assunto específico o gramático “Cunha” discordava do “Bechara” e já o “Luft” discordava de ambos, e assim sucessivamente. Pior, é que a NGB (Normas Gramaticais Brasileiras), que deveria servir de balizamento, não é fielmente observada por nenhum. Ora, se os gramáticos se digladiam, sobrepujando a vaidade pessoal ao bem coletivo, pois se beneficiam financeiramente ao terem adotadas as suas gramáticas, como cobrar do educando um padrão culto que o habilite para a vida prática? Outra aberração: já que se optou por Português qual o benefício agregado com a inserção da disciplina de Matemática e Inglês naquele curso? Nada senhores! De bom senso não há o que questionar.
A resultante de tantos despautérios é que estamos formando semi-analfabetos e despejando milhares de profissionais mal formados no mercado. E tudo decorre fundamentalmente de uma visão retrógrada de um punhado de tecnocratas que bem acomodados nos seus gabinetes, pouco ou nada de efetivo produzem objetivando tirar o País desse caos absoluto em termos de Educação. Não eximo de culpa educandos que não cobram, educadores e pais omissos e as autoridades da área. Todos têm a sua parcela de responsabilidade. E que discordem, o direito lhes assiste."
J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO
Corretor de Imóveis
Russas (CE)

2006-09-01 22:45:08 · answer #3 · answered by JHJAquino 4 · 1 0

Antigamente o cara que estudava para ser professor tinha vocação e amava seu trabalho. Hoje não. Virou uma profissão como outra qualquer. O negócio deles é trabalhar o mínimo possível e ficar reclamando que ganha pouco. E o próprio estado colabora para isso com determinações absurdas como não repetir de ano o aluno que não está apto.Depois o govêrno faz leis para garantir que uma certa porcentagem de alunos da escola pública entre nas universidades.O que o govêrno devia fazer era melhorar a escola pública.

2006-09-02 09:33:20 · answer #4 · answered by fran 7 · 0 0

Eles se formam nas mesmas faculdades que os professores da rede privada mas devido ao coporativismo e estabilidade de emprego existente na rede pública, eles não se preocupam em se reciclar e nem em oferecer qualidade. Por outro lado a diretoria do colégio exige que os professores facilitem ao máximo para evitar abandono por parte dos alunos e que no fim do ano a Secretaria de Educação possa dizer que o aproveitamento escolar foi ótimo, com base na aprovação dos alunos, muitas vezes através de provas baseadas em questionários de 20 perguntas corrigidas e fixadas alguns minutos antes das mesmas!
O ideal seria que as avaliações fossem feitas em rede, com provas elaboradas por desconhecidos ( da mesma forma que o vestibular) e com base nestas, procurar onde estão as deficiências e cobrar dos responsáveis.
O problema é que isto é uma bola de neve e na rede pública encontram-se alunos no segundo grau que na verdade, não deveriam nem estar na sétima série. Há muitos alunos realmente capacitados, mas os alunos já perceberam que o colégio faz o possível para que passem e muitos não estudam,confiando que serão " jogados adiante"

2006-09-02 07:19:47 · answer #5 · answered by wolf_ir 5 · 0 0

Que moral muito desses pais tem para reclamar. Se não comparecem em reuniões de pais e mestres. Só procuram saber sobre os filhos no final do ano. E não têm competência para dar a indispensável educação doméstica a seus filhos. A indisciplina é o principal fator da acentuada queda na qualidade do ensino. Indisciplina aliada aos ridículos salários, que causam stress nos professores. Stress que prejudica a qualidade da aula.

Os métodos de ensino podem e devem mudar, no entanto, o respeito ao professor jamais! A não ser que se queira o caos!

2006-09-02 02:18:22 · answer #6 · answered by Abacate 7 · 0 0

Acho que a formação acadêmica deveria ser reestruturada, de acordo com as condições atuais. Nem as crianças, nem os adultos de hoje são como antigamente.
Com a tecnologia atual, grande carga de informações, a educação precisa ser mais ágil. Mais que escrever ou ditar lições, é preciso estimular o aluno dentro da sua aptidão, aí sim teremos melhores respostas.
Desenvolver capacidade para lidar com as diferenças e necessidades individuais das crianças.

2006-09-01 23:49:54 · answer #7 · answered by Jade 3 · 0 0

Professor,boa noite,o problema não são os professores da rede pública,mas sim o rumo que as coisas estão tomando,não se usa mais pedir:Por favor,com licença,obrigado,são palavrinhas mágicas que em um passado infelizmente um pouco distante,se costumava dizer a todo instante,não se chamava pessoas mais velhas de VOCÊ mas sim de SENHOR SENHORA então tudo começou a sair de controle e é muito fácil pais e mães hipócritas jogarem a culpa única e exclusivamente nos professores,mas e eles?os pais estão fazendo sua parte,não estou generalizando me desculpe alguns,mas que a maioria só quer cobrar,há isso quer,vamos pensar melhor e fazer cada um a sua parte,pai ,mãe e educadores na escola,vamos trabalhar de mãos dadas,um forte abraço e que Deus nos ilumine,sempre!!!!!.

2006-09-01 23:16:48 · answer #8 · answered by melindrosa 2 · 0 0

Por melhor que o professor seja há uma política de ensino a ser seguida e o pobre docente é obrigado a segui-la e em muitos casos ela é feita de acordo com interesses escusos, o governo não está preocupado com a formação do profissional docente e sim em índices favoráveis que propiciem negociar financiamentos juntos a órgãos mundiais como o BIRD por exemplo.

2006-09-01 23:16:01 · answer #9 · answered by Paulo Sérgio 2 · 0 0

Oi prof.! Olha só, sou mãe, tenho dois filhos na rede pública e acho que posso lhe responder esta: existem sempre dois lados da moeda, de um lado profissionais pouco comprometidos com seu trabalho, que comparo à um sacerdócio, onde a vocação e a dedicação exclusiva são imprecindíveis, e de outro, pais, que acham que seus filhos vão para a escola para que os professores façam o que eles (pais) deveriam fazer...
Se os pais estão atentos à tudo o que acotece com seus filhos, se cumprem o seu papel de educadores, o papel do professor é complementar, ele faz o que não se faz em casa, dá o suporte técnico para os enfrentamentos da vida, e quando não o fazem como deveriam, ai sim, nós, pais, podemos e devemos intervir e cobrar desse profissional!
Particularmente falando, não tenho do que me queixar, sempre participo muito da vida escolar dos meus pequenos, e quando algo não me agrada, reclamo...mas participar é fundamental!

2006-09-01 22:43:43 · answer #10 · answered by mona.st 2 · 0 0

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