Eu sou apaixonada por Pablo Neruda e Cecilia Meirelles e vocês?
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música, quem não
encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu
amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma
em escravo do hábito, repetindo todos
os dias os mesmos trajetos, quem não
muda de marca, não se arrisca a vestir
uma nova cor ou não conversa com quem
não conhece. Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru. Morre
lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os
pontos sobre os "is" em detrimento de
um redemoinho de emoções justamente as
que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços
e sentimentos. Morre lentamente quem
não vira a mesa quando está infeliz com
o seu trabalho, quem não arrisca o
certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho, quem não se permite pelo menos
uma vez na vida fugir dos conselhos
sensatos. Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de
iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto
que desconhece ou não responde
quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior que o simples
fato de respirar. Somente a perseverança
fará com que conquistemos um
estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
2006-09-01
01:06:02
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15 respostas
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perguntado por
Sophia
3
em
Artes e Humanidades
➔ Livros e Autores
Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.
Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem cousas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.
Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.
Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir as asas de um anjo e tranças de uma huri.
Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.
Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.
Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.
Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando-se talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.
Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!
Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar de teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.
É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!
de cecilia meireles
2006-09-01 01:10:08
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answer #1
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answered by paceyr 7
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Certamente Cecília Meireles e Vinícius de Moraes... Amo!
2006-09-02 03:39:50
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answer #2
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answered by Anonymous
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Eternamente Vinicios de Morais, principalmente o "Soneto de Fidelidade" é mais ou menos assim:
De Todo meu amor serei atento, sempre e tanto
Que mesmo em face de maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor
hei de rir meu riso
ou derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde
Me procure, quem sabe a morte
Angústia de quem vive
Ou, quem sabe a solidão
Fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor que tive
Que não seja eterno, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Lindo não
2006-09-01 18:25:05
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answer #3
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answered by Leninha 2
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pablo neruda era demais né?
Gosto tbm de fernando pessoa, carlos drumond de andrade,
Cecília meireles, Mário quintana, adélia prado e meu irmão que
tbm é poeta. Se você quiser acessar o site www.panoramadaspalavras.com.br -- a editora é tbm poeta e
amiga de meu irmão e minha.
beijos
2006-09-01 08:09:43
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answer #4
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answered by aninha 6
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Poetas: Fernando Pessoa e Paulo Leminski
Poetisas: Nísia Floresta e Cecília Meirelles
2006-09-01 04:00:05
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answer #5
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answered by Luís Fernando 5
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eu queria ser um passaro
nem se fosse um beija-flor
para te falar baixinho
eu t amo meu amor.
2006-09-01 02:14:21
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answer #6
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answered by todinho 2
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Eu gosto muito, aliás sou muito romântico. Essa do Pablo Neruda é ótima.
A vida só é possível reinventada (Cecília Meirelles) = essa é genial. Bjs.
2006-09-01 01:10:17
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answer #7
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answered by hamjomix 5
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O meu favorito é Álvares de Azevedo, acho até que se o moleque tivesse vivido uns 20 anos mais, teria se tornado o maior nome da nossa literatura.
2006-09-02 18:51:43
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answer #8
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answered by DESDE 2006 5
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eu amo poesia e minha poetisa preferida é Janaína Aparecida (esta mesma que te escreve)....
2006-09-02 14:30:19
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answer #9
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answered by Janaína_ Valmir 2
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Eu tb gosto muito de Pablo Neruda
2006-09-01 01:10:18
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answer #10
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answered by Anonymous
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