Acho que sim meu caro.
veja o texto que consegui pra voce ler! rsrsrsrsr...
Universidade de São Paulo
Centro de Divulgação CientÃfica e Cultural - Campus São Carlos
Setor de Astronomia
(OBSERVATÃRIO – Centro de Divulgação da Astronomia)
Série
Século XX – Astronomia e Astronáutica
O Homem na Lua
Provavelmente a façanha tecnológica de mais forte lembrança na historia sejam as primeiras viagens de seres humanos à Lua. O Século XX foi um século revolucionário. Nunca num perÃodo tão curto aconteceram tantas mudanças que alteraram o destino da Humanidade. Alguns opinam que nos últimos 100 anos houve mais avanços que nos 1000 anos anteriores.
Foi no Século XX que aprendemos a voar. Em 1927 Lindberg voou de Nova York a Paris sem paradas. Em 1947 Chuck Yeager quebrou a barreira do som com o X-1 e para a década de sessenta milhões de pessoas voavam de um continente a outro em grandes aviões de passageiros impulsados a jato.
No Século XX se desenvolveu a eletrônica, que mudou o nosso dia a dia. Em 1901 Marconi inventou o rádio. Depois vieram a televisão, os transistores os computadores eletrônicos, os microchips, e as transmissões via satélite.
Foi também nesse século que a engenharia atingiu un nÃvel em que deixou definitivemente de ser um ofÃcio de artesãos e se converteu em parte central da sociedade moderna. O uso do método cientÃfico, de matemática avançada e de novas e revolucionárias técnicas de administração possibilitaram construir obras sem precedentes. Assim nasceram maravilhas como o Canal de Panamá, sistemas de rodovias, pontes kilomêtricas, os arranhacéus e até cidades inteiras, como BrasÃlia, com investimentos bilionários, milhares de operários e anos de esforço.
Mas tudo este avanço tecnológico, por causa de uma caracterÃstica dos seres humanos, também foi utilizado para destruir. Começamos com a baioneta até chegar na bomba atômica. Em 100 anos, morreram mais pessoas em guerras do que nos 1000 anos anteriores.
Para metade do século, duas grandes superpotências, como nenhuma vista antes na história, dividiam o Mundo: Os Estados Unidos e a União Soviética. Separadas em culturas diferentes, sistemas econômicos e de governos opostos, e em continentes diferentes, estavam na chamada Guerra Fria. Para 1957 a situação era tão tensa que ambas se ameaçavam mutuamente com milhares de bombas atômicas. E naquele ano, os soviéticos mostravam ao mundo sua mais nova arma: o mÃssil balÃstico intercontinental. E o faziam de maneira espectacular: colocando em órbita, em 4 de outubro, o primeiro satélite articial do mundo, o Sputnik 1. Este artefato de metal do tamanho de uma bola de basquete e 86 kg de peso dava uma volta ao redor do mundo em 1 hora e meia, passando por cima das principais nações da Terra, inclusive os Estados Unidos. Um mês depois a imaginação das pessoas subia ainda mais com o lançamento do Sputnik 2, que levava um ser vivo ao espaço: a cadela Laika. Muitos ja começavam a falar sobre o dia do próprio ser humano se aventurar no espaço não estava longe. Mas para os americanos, o que estava claro era que se os soviéticos o quisessem, eles poderiam utilizar esse mesmo mÃssil para lançar armas atômicas até o coração dos Estados Unidos, e não haveria maneira de impedir isso. Por isso começaram uma frenética corrida de alcançar e superar os soviéticos na área de mÃsseis militares e na própria utilização do espaço para "os fins nacionais".
Em 1958 o presidente Einsenhower cria a Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço, a NASA. Uma de suas obrigações é a de cuidar dos intereses americanos no espaço e desenvolver a tecnologia e os programas para conseguir isto. Como primeira medida, foi anunciado o projeto mais ambicioso do momento: um homem no espaço, conhecido como projeto Mercury.
Mas em 12 de abril de 1961, mais uma vez os soviéticos surpreendem o mundo. Yuri Gagarin da uma volta à Terra em 108 minutos, na cápsula Vostok 1. Para os americanos a situação era crÃtica. O fato era sem dúvida histórico, um grande triunfo do ser humano, mas também demostrava que os mÃsseis soviéticos eram mais poderosos e confiáveis que os mÃsseis americanos. E ainda mais: a União Soviética sempre foi considerada um pais de camponeses, atrasado, com um sistema polÃtico e econômico que não poderia dar certo. O premier Nikita Khruschev fez propaganda intensa acima de três pontos: primeiro que agora a ciência e a tecnologia soviéticas eram as mais avançadas do mundo. Segundo, que o comunismo produzia melhores resultados que o capiltalismo e a democracia. E terceiro, em vista disto todos os paÃses do mundo, especialmente os do Terceiro Mundo, eram convidados a seguir o caminho do comunismo sob a liderança polÃtico-econômico-militar da União Soviética.
Para 1961 os Estados Unidos tinham uma outra administração. John F. Kennedy, para muitos historiadores um dos melhores presidentes na história desse pais, percebeu imediatamente qual era a situação. Não era apenas uma questão de imagem e propaganda, mas muito mais. Ele falou de uma nova fronteira que estava se abrindo ao ser humano, um novo oceano: o espaço exterior. Advertiu acerca do perigo do domÃnio soviético desse novo oceano, de que seja utilizado com fins militares para ataques ao território americano para os quais não haveria defesa; do perigo de os Estados Unidos perderem a liderança para a União Soviética, naquela turbulenta década de 60, caracterizada pela expansão do comunismo no Terceiro Mundo; e da necessidade de manter a competência cientÃfica e tecnológica dos Estados Unidos. Ele disse que em qualquer lugar que os seres humanos devam ir, homens livres tambén devem estar lá. Por isso, propós um compromiso extremamente audacioso: "pousar um homem na Lua e trazé-lo de volta para a Terra com segurança". Propós ainda fazé-lo antes do final da década, numa época em que apenas um americano tinha ido ao espaço, por escassos 15 minutos. Recebeu um apoio quase unánime, e assim surgiu o maior projeto de engenharia da história: o projeto Apollo.
o-homem-na-lua-fig-01.jpg
13.90 KB
Presidente John F. Kenedy durante o discurso do empenho
americano de colocar um homem na superfÃcie lunar
Figura-1
Finalmente, chegou a hora de passar da ficção à realidade: Como ir para a Lua? Pior ainda: Como ir para a Lua e voltar? Para ir era necessário um foguete, mas para voltar era preciso mais um outro que deveria ser levado até a superfÃcie lunar. E como pousá-lo, pois na Lua não era possÃvel usar paraquedas, como nas naves Mercury, porque a Lua não tem atmosfera. Os melhores especialistas occidentais pensaram em três métodos:
A mais obvia, uma viajem direta, onde um gigantesco foguete levaria uma grande nave, que desceria usando motores para lutar contra a gravidade da Lua, freando até um pouso suave, e cuja parte superior seria lançada de novo para fazer o caminho inverso, escapando da Lua e voltando para a Terra. O grande problema seria todo aquele combustÃvel que seria usado para a descida e depois a partida da superficie lunar. Como se sabe, num foguete até 95% da massa é combustÃvel, e fazendo as contas para uma nave de três astronautas (equipe ideal para uma perigosa viajem de uma semana que exige alerta constante) a massa total da nave seria de assustadoras 100 ton. O foguete lançador que seria necessário estava além da capacidade da época, ou pelo menos não seria possÃvel fazé-lo funcionar antes do final da década.
O segundo método era aparentemente mais fácil e razoável. A nave de 100 ton seria montada e abastecida em órbita ao redor da Terra, que é 2/3 do caminho andado até a Lua, não em termos de distância mas em termos de esforço. Posteriormente esta recebiria o impulso de 1/3 que falta para chegar na Lua. Dois grandes foguetes seriam utilizados, porém menores que o gigantesco foguete (batizado de "Nova") do método anterior. O problema era que o segundo dos dois foguetes devia decolar apenas horas depois do primeiro, encontrar-se com este, acoplar-se e reabastecé-lo. Tudo isto era tecnicamente muito complicado, e se pensava que as dificultades não poderiam serem resolvidas antes do final da década.
O terceiro método, chamado de encontro em órbita lunar, era mais audacioso ainda. Implicava descer e sair da Lua usando "degraus". Descer uma nave até uma órbita ao redor da Lua e depois sair dela era apenas um terço do esforço. Os outros dois terços poderiam serem realizados por outra nave, pequena, um "módulo lunar", projetado apenas para levar os astronautas até o solo por algumas horas. Ela não conseguiria voltar até a Terra, apenas subir um "degrau" até uma órbita ao redor da Lua, onde a nave-mãe, ou "módulo de comando", estaria esperando. As duas naves somadas pesariam apenas metade da grande nave dos outros métodos. O problema porém, continuava a ser o encontro e acoplamento de duas naves em órbita no qual, para acontecer, as órbitas devem ser exatamente iguais, precisando de cálculos dificilÃssimos em tempo real, porque as naves estão em movimento e a grande velocidade. Mas não era preciso nenhum reabastecimento de combustÃveis. Em 1962 esse último método foi o escolhido.
o-homem-na-lua-fig-02.jpg
20.95 KB
O Módulo de Comando e o Módulo Lunar
Figura-2
Já com a configuração e massa das naves definida, agora era preciso projetar um veÃculo de lançamento: 50 ton em órbita lunar era muito diferente de 1,5 ton em órbita terrestre, que era o que os americanos estavan fazendo naquela época com o projeto Mercury. O gigantesco Saturn V ( como foi chamado) foi o maior, mais pesado e mais poderoso foguete construÃdo até hoje. Projetado no Centro Espacial Marshall, em Huntsville, Alabama, sob a direção de Werhner von Braun (projetou as V2 dos nazistas e fez o lançador do primeiro satélite americano) tinha 111 metros de altura, pesava 3000 ton e tinha uma potência de 180 milhões de cavalos. O último de seus 3 estagios era capaz de atingir 40 000 km/h.
Antes dos seres humanos pousarem na Lua, era preciso saber se era possÃvel fazer isto em primeiro lugar. A Lua é um mundo extranho, diferente da Terra, e se existiam as mÃnimas condições de pousar uma nave tripulada de várias toneladas, tudo era um mistério. Para esclarecer isto, a NASA, junto com o Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto de Tecnologia da California, enviou várias sondas robô entre 1965 e 1968 a superfÃcie lunar. A primeira série foram as Ranger, que depois de vários fracassos, conseguiram atingir a Lua filmando a queda com várias câmeras. Estas imagens mostraram detalhes nunca antes vistos pelos seres humanos, pois nem com os melhores telescópios era possÃvel distiguir crateras ou montanhas de menos de 750 m. O seguinte passo foi pousar pequenas naves suavemente, para testar as técnicas e fazer uma avaliação da consistência do terreno, suas propiedades térmicas e quÃmicas; isto foi feito pelas Surveyor. Finalmente, o terceiro passo era fazer mapas detalhados da superfÃcie lunar, procurando os melhores locais para pousos tripulados; a missão foi encomendada as naves Lunar Orbiter. Todas elas mostraram que o pouso das Apollos era possÃvel, se bem que não seria brincadeira de crianças.
Para desenvolver e testar a tecnologia e os métodos que seriam usados pelas Apollo, especialmente o encontro em órbita, a habilidade dos astronautas de trabalhar fora das naves e a resistência em viagens de até duas semanas no espaço, foi montado um projeto intermediário: o projeto Gemini. Lançados em duplas em naves derivadas das Mercury, em 10 missões tripuladas os astronautas quebraram uma série de recordes e pela primeira vez os Estados Unidos pasaram na frente da União Soviética. Agora sim chegava a hora das Apollo.
Para 1967 estavam terminadas e prontas para os testes de vôo duas das máquinas voadoras mais complicadas que se têm construÃdo. Projetado pelo Centro Espacial Johnson e construÃdo pela North American Aviation- Rockwell, o Módulo de Comando e Serviço da Apollo foram definidos pelo astronauta Buzz Aldrin como "um submarino nuclear enfiado dentro de um Fusca". A nave de 28 toneladas na verdade se dividia em duas partes: a primeira, a cápsula, um cone com espaço para os 3 astronautas e os computadores digitais e outros sistemas, estava equipada com um pesado escudo témico e grandes paraquedas, pois seria o módulo de reentrada à Terra; a segunda,. acoplada à base da cápsula, um grande cilindro, o Módulo de Serviço, levava os tanques com o combustÃvel e o grande motor para descer até orbita lunar e sair dela na hora de voltar para a Terra, além de geradores de eletricidade e sistemas de comunicação. A outra nave, o Módulo Lunar, também projetado pelo Centro Espacial Johnson, construÃda pela Grumman, era uma extranha nave em forma de aranha, de 14 ton, também com duas partes: o estágio de descida, com as pernas, um motor de empuxo regulável e toneladas de combustÃvel para frear a descida até a superfÃcie lunar; e o estágio superior, com computadores, sistemas de manutenção de vida para os dois astronautas e um motor para devolvé-los à orbita lunar (o único motor sem outro de reserva na missão toda).
Enquanto essas naves eram construÃdas na California e em Long Island, respectivamente, em Louisiana eram testados os três estágios do Saturn V. O primeiro, chamado de S-I, foi construÃdo pela Boeing e tinha 45 m de altura por 10 m de diâmetro. Os cinco motores F-1 construÃdos pela Rocketdyne em California queimavam 15 ton de querosene e oxigênio lÃquido por segundo. O segundo estágio, S-II, tinha 18 m de altura, foi construÃdo pela North American Aviation-Rockwell e os cinco motores Rocketdyne J-2 queimavam hidrogênio e oxigênio lÃquidos criogênicos. O terceiro e menor estágio, S-IVB, foi construÃdo pela McDonnell-Douglas em California e seu único motor J-2 queimava também hidrogênio e oxigênio lÃquidos criogênicos, a mistura combustÃvel mais poderosa conhecida. Acima do S-IVB de seis metros de diâmetro, e separadas por um anel que continha os 24 computadores IBM para controlar o gigante, se colocariam o Módulo Lunar e acima o Módulo de Comando e Serviço. Com os astronautas no topo, seriam lançados a 11,2 m/s em direção à Lua. Logo depois do lançamento as duas naves se acoplariam e continuariam a viagem como uma só.
As missões seriam controladas de um novo centro construÃdo pelo preço de meio bilhão de dólares em Houston, Texas. Nesse centro, inaugurado em 1966 e chamado depois de Centro Espacial Johnson, além de tomar conta do projeto das naves, também seriam treinados os astronautas e seriam analizadas, sob estrita quarentena, as amostras lunares por eles trazidas. Contava com sistemas de comunicação via antenas parabólicas ao redor do mundo e sofisticados computadores para guiar as naves. Na Flórida, no entanto, era construÃda a base de lançamento, um porto para começar a viagem. No novo Centro Espacial Kennedy estaria o maior prédio do mundo em volume, 50 andares de altura com uma área de base de 4 quarteirões, onde os estágios do Saturn V vindos de navio seriam montados um acima do outro, interconectados elétrica, hidráulica e pneumáticamente entre eles e com as naves Apollo. Agora o veÃculo completo seria testado intensamente. Três rampas de lançamento foram construÃdas na beira da praia, a 5 km de distância do prédio de montagem e das salas de controle. Para levar os Saturn V / Apollo montados até lá, gigantescos veÃculos com lagartas foram especialmente desenvolvidos.
o-homem-na-lua-fig-03.jpg
21.39 KB
Lagarta de Transporte do Saturno V a rampa de lançamento
Figura-3
Em janeiro de 1967 começariam os vôos de teste. Apollo 1 com Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee, devia testar o Módulo de Comando e Serviço em órbita ao redor da Terra. Num teste no solo semanas antes do vôo, no topo de um foguete Saturn 1B, a cápsula pegou fogo. Os 3 morreram. Foi uma tragédia para os americanos: os primeiros astronautas em morrer numa missão, e pior, antes dela começar. O programa Apollo sofreu um sério atraso: um ano e meio para estudar o problema e modificar as naves.
Para essa época o programa espacial soviético também estava em sérias dificuldades. A decisão (secreta) de ir para a Lua se tomou tarde, em 1965. Os primeiros testes da nave lunar, a Soyuz foram feitos as presas, e os resultados foram tão desastrados que acabaram em tragédia: na Soyuz 1, o veterano Vladimir Komarov se matou quando até os paraquedas falharam. O método de pouso dos soviéticos era similar ao americano, com um encontro em orbita lunar entre um módulo lunar e a Soyuz. O veÃculo de lançamento, o N1 era um pouco menor que o Saturn V: as naves eram menores e menos sofisticadas que as Apollo (aliás, eram só dois cosmonautas: apenas um deles deveria pisar na Lua). O N1 foi testado 4 vezes. Explodiu nas 4 vezes. Em 1976, no meio de intensas brigas internas e mais fracasos, o programa foi abandonado, tão secretamente como começou.
Em 1968 as Apollos finalmente levantavam vôo. Walt Cunningam, Wally Schirra e Don Eisele testaram durante 11 dias os sistemas do Módulo de Comando e Serviço. Para ter mais sorte a missão foi chamada Apollo 7. Depois, para o Natal de 68, com o prazo de Kennedy estourando (e a CIA ouvindo rumores acerca do N1) veio uma jogada ousada: teste tripulado do Saturn V, direto para a Lua. Frank Borman, Jim Lovell e Bill Anders se converteram nos primeiros seres humanos em ver ao vivo a face oculta da Lua e a Terra como nunca antes, "uma grande bola de gude azul". Depois de vinte alucinates órbitas a 100 km de altura começavam o regreso à Terra. Três dias depois, a cápsula se chocava a 40 000 km/h contra a atmosfera, com eles dentro. Como calculado, o escudo térmico os protegeu. Em Apollo 9, em março de 1969, James McDivitt e Russell Schweichart testaram pela primeira vez o módulo lunar (batizado de "Spider") enquanto David Scott permanecia no Módulo de Comando e Serviço "Gumdrop". Dois meses depois o Saturn V, funcionando em toda a sua capacidade, lançou a Apollo 10 para a Lua: era o ensaio geral. Tom Stafford e Gene Cernan desceram no Módulo Lunar "Snoopy" até apenas 14 km da superfÃcie lunar, enquanto John Young aguardava no Módulo de Comando e Serviço "Charlie Brown". Tudo estava pronto, o caminho estava feito. Os últimos 14 km seriam para a Apollo 11.
o-homem-na-lua-fig-04.jpg
16.05 KB
A Terra vista da Lua de dentro do Módulo de Comando.
Figura-4
Escolher o primeiro ser humano que pisara num outro mundo não é um assunto trivial . Mas conseguir ser um dos escolhidos para voar em qualquer uma das missões Apollo também não era trivial. Os três tinhan 39 anos e tinham mulher e filhos. O comandante Neil Armstrong, um civil, era um engenheiro aeronáutico e piloto de testes que ajudou a desenvolver o avião X-15 da NASA, até hoje o avião que voou mais rápido e mais alto no mundo. Era um veterano da Gemini 8, missão do primeiro acoplamento entre naves, onde teve que fazer um pouso de emergência devido a defeitos com os controles. Segundo Deke Slayton, o chefe dos astronautas, sairia primeiro do Módulo Lunar "Eagle" basicamente porque a porta estava no lado dele. O seguiria imediatamente o piloto do módulo lunar, o coronel da Força Aérea Buzz Aldrin, piloto de testes e engenheiro com um Ph.D. em Astronáutica pelo M.I.T., onde desenvolveu o método matemático que seria usado nos computadores para garantir o acoplamento orbital. Era o astronauta com mais experiência em atividades extra-veiculares: 5 horas durante a missão Gemini 12. O piloto do Módulo de Comando e Serviço Michael Collins, engenheiro aeronáutico e piloto de testes da Força Aérea também era um veterano das Gemini. E a tripulação da missão Apollo 11 já estava escolhida antes de se saber que esta seria a missão da alunizagem.
Na manhã de 16 de julho de 1969 começou a viagem mais fantástica na história da Humanidade. Um milhão de pessoas assistiram a decolagem do gigantesco Saturn V de Cabo Canaveral. Três dias depois estavam chegando em praias extranhas. Armstrong e Aldrin entraram no módulo lunar e começaram a descida e Collins ficou atrás no "Módulo Columbia". Segundo os especialistas, o pouso no Mar da Tranquilidade era a parte mais perigosa da missão. Depois de problemas menores com uma antena de comunicação e alarmes de sobrecarga de computador, já a poucos metros do solo veio o mais temido. O local escolhido para o pouso na verdade estava cheio de pedras. Se Armstrong não conseguisse achar em 2 minutos um lugar adequado para pousar o combustÃvel do estágio de descida se acabaria e deveriam abortar a missão ou morrer na queda. Com o nÃvel nos tanques em 30 segundos pousaram suavemente. Armstrong enviou a frase esperada: "Houston, aquà a Base Tranquilidade… o Eagle pousou". Estava feito.
o-homem-na-lua-fig-05.jpg
34.60 KB
O Homem na superfÃcie lunar.
Horas depois, na noite de 20 de julho, metade da população mundial assistia ao vivo pela televisão quando Neil Armstrong desceu pela escada, pisou na Lua e falou as palavras imortais: "Este é um pequeno passo para um homem, um gigantesco salto para a humanidade". Depois de recolher rápidamente algumas amostras e passá-las para Aldrin, este desceu também. Juntos exploraram esse mundo de luzes e sombras extranhas, sem som, onde o peso das coisas e os movimentos são diferentes e o céu é por sempre preto. Realizaram experimentos, recolheram amostras, e se maravilharam da paissagem. Duas horas e meia depois já deviam partir.
Quando chegaram à Terra foram colocados imediatamente, ainda no porta-aviões Hornet, num container especial para cumprir a estrita quarentena. Ninguém podia descartar a possibilidade de algúm tipo de contaminação por microorganismos lunares. Três semanas depois sairam, e viram que nada tinha sido sonho. Eram heróis, não só nacionais mas mundiais. Fizeram uma giro por 25 paÃses e em todo lugar as pessoas queriam vé-los, queriam tocá-los. Os três são personagens da história para sempre.
A Apollo 12, em novembro, já poderia ficar mais tempo na Lua do que a pioneira. Pete Conrad e Alan Bean pousaram o módulo lunar "Intrepid" a escasos metros de uma Surveyor, que chegou no Oceanus Procellarum anos antes deles. Recolheram algumas peças expostas a intempérie e uma boa quantidade de amostras lunares, enquanto o companheiro Richard Gordon esperava no "Yankee Clipper".
A Apollo 13, abril de 1970, foi a do azar. Um tanque de oxigênio explodiu no módulo de serviço, deixado-os sem eletricidade. A descida na Lua foi cancelada, e pouco depois era evidente que até a volta a Terra de Jim Lovell, Fred Haise e James L. Swiggert estava comprometida. Ajudados por um exército de engenheiros e cientistas na Terra, utilizaram o módulo lunar "Aquarius"como barco salvavidas e como rebocador do inerte módulo de comando "Odyssey" e seu vital escudo térmico. Depois de pasar 4 terrÃbeis dias de frio e sede e de um desgaste psicológico tremendo, os paraquedas se abriram brilhantemente no céu do Oceáno PacÃfico. Isto lembrou a todos que apesar dos espectaculares triunfos da Apollo cada viagem espacial era coisa difÃcil, séria e perigosa e não nenhuma rotina.
Quando o programa voltou a estar operacional, um ano depois, Apollo 14 completou a missão da Apollo13 à s montanhas de Fra Mauro. Alan Shepard, o primeiro americano no espaço, e Ed Mitchell utilizaram um carrinho de mão para levar instrumentos cientÃficos e explorar áreas maiores. Depois, Stuart Roosa com a nave de comando "Kitty Hawk" recolheu aos tripulantes do módulo "Antares" para a trazé-los para casa.
Na Apollo 15, em julho e agosto de 1971, o conceito do carrinho de mão se converteu num carro lunar para David Scott e James Irwin. Com ele se afastaram muitos quilômetros do módulo "Falcon" e exploraram a região de Hadley-Apeninos. Acima Alfred Worden utilizava um pacote de sensores a bordo da nave de comando "Endeavour" e até soltava um subsatélite.
Na Apollo 16 com as naves "Orion" e "Casper" John Young, Charles Duke e Ken Mattingly estudaram a região da cratera Descartes em abril de 1972. Young e Duke também utilizaram um carro lunar nas suas explorações. A quantidade de amostras lunares trazidas era cada vez maior.
Finalmente, em dezembro de 1972 meio milhão de pessoas assistiram a decolagem noturna da última viagem de astronautas à Lua. Novidade na missão Apollo 17 era que junto com Gene Cernan e Ronald Evans viajava um cientista, o geólogo Harrison "Jack" Schmitt. Até alà so tinham viajado pilotos, com diploma de engenharia ou equivalente. O primeiro cientista na Lua também seria o último homem a caminhar lá. Mas a 17 também foi uma das missões mais produtivas. Nos 3 dias que passaram na superfÃcie lunar em Taurus-Littrow, Cernan e Schmitt recolheram mais de 100 kg de rochas e solo, alguns bem extranhos, e realizaram boa quantidade de experimentos. Finalmente depois de que Cernan fechou a escotilha do módulo "Challenger" para reunir-se com o "América", nenhuma outra pegada humana foi estamapada na Lua até hoje. Não se tem previsão de quando acontecerá de novo isto, nem quem será.
o-homem-na-lua-fig-06.jpg
62.67 KB
O registro da passagem do Homem na Lua, presente até hoje
pois não não há chuvas, ar, ventos ou “terremotos” para apagar
esse registro. Somente a colisão de um meteoróide poderia
eliminar para sempre a assinatura desse feito da Humanidade
Apollo confirmou, especialmente com seu tesouro de quase 400 kg de material da Lua, que esta é um mundo muito antigo, tanto quanto a Terra (aliás, com esses dados foi possÃvel calcular a idade de nosso planeta e até do Sistema Solar, de 4,6 a 4,9 bilhões de anos). Talvez, no passado ela foi parte da Terra, arrancada por alguma violenta colisão. A Lua é um mundo que já faz muito tempo e ela é um mundo morto. Ter um registro de mudanças no Sistema Solar através da eras praticamente intacto, o qual serve para calibrar a idade de outros planetas e satélites do Sistema Solar. A maior parte do que sabemos hoje acerca da Lua é devido as Apollo. A Apollo até cumpriu com os objetivos polÃticos, os militares, os econômicos, os cientÃficos e os tecnológicos idealizados por Kennedy. Mas como disse Neil Armstrong no 30 Aniversário do começo da viagem Apollo 11 "a conquista mais importante da Apollo foi demostrar que a Humanidade não esta para sempre presa a este planeta, e que nossas metas vão mais além do que isso, e que nossas oportunidades não tem limites."
Por: Aldo Loup
São Carlos, 28 de janeiro de 2001
Aldo Loup, paraguaio, é monitor do CDCC no Setor de Astronomia e está cursando o bacharelado de Engenharia da Escola de Engenharia de São Carlos (ESSC) – USP/SC. Interessou-se por trabalhar em divulgar a Astronomia no Observatório pelo seu envolvimento passado em clubes de astronomia no Paraguai e Venezuela.
Bibliografia e Créditos das imagens:
Fontes recomendadas:
NASA History Office.
http://history.nasa.gov/ap11ann
Johnson Space Center.
http://spaceflight.nasa.gov/history/apollo
Kennedy Space Center.
http://www-pao.ksc.nasa.gov/kscpao/history/apollo/apollo.htm
Tom Alexander, Homem à Lua. O projeto Apollo.Cultrix. São Paulo, 1966.
Eugene Morlock Emme, A history of space flight. Holt, Rinehart and Winston. New York, 1965.
Aviation Week & Space Technology, Editora McGraw-Hill, Abril, Maio, Junho de 1961. Dezembro de 1968. Janeiro, Junho, Julho, Agosto de 1969
PolÃticas de utilização de imagens da NASA:
http://www.nasa.gov/gallery/photo/guideline.html
o-homem-na-lua-fig-01.jpg
13.90 KB
Presidente John F. Kenedy durante o discurso do empenho
americano de colocar um homem na superfÃcie lunar.
Fonte: NASA History Office
--------------------------------------------------------------------------------
o-homem-na-lua-fig-02.jpg
20.95 KB
O Módulo de Comando e o Módulo Lunar
Naves Apollo: Johnson Space Center, NASA.
--------------------------------------------------------------------------------
o-homem-na-lua-fig-03.jpg
21.39 KB
Lagarta de Transporte do Saturno V a rampa de lançamento.
Saturn V: Kennedy Space Center, NASA.
--------------------------------------------------------------------------------
o-homem-na-lua-fig-04.jpg
16.05 KB
A Terra vista da Lua de dentro do Módulo de Comando.
Terra no horizonte lunar: Apollo 8/ Johnson Space Center, NASA.
--------------------------------------------------------------------------------
o-homem-na-lua-fig-05.jpg
34.60 KB
O Homem na superfÃcie lunar.
Aldrin na Lua: Neil Armstrong/ Johnson Space Center, NASA.
--------------------------------------------------------------------------------
o-homem-na-lua-fig-06.jpg
62.67 KB
O registro da passagem do Homem na Lua, presente até hoje
pois não não há chuvas, ar, ventos ou “terremotos” para apagar
esse registro. Somente a colisão de um meteoróide poderia
eliminar para sempre a assinatura desse feito da Humanidade.
Pegada: Buzz Aldrin/ Johnson Space Center, NASA.
--------------------------------------------------------------------------------
2006-08-31 16:07:56
·
answer #2
·
answered by John - Se chamarem digam que saí 7
·
1⤊
1⤋
Com certeza. Veja a matéria da Revista Época de 1999, comemorando os 30 anos do feito:
http://epoca.globo.com/edic/19990719/ciencia1.htm
E agora uma mensagem padrão que eu brindo quem foi ludibriado por estes sites que tem por aí, afirmando que o homem não foi para a Lua, como se fosse possível fazer uma falsificação que posse percebida pelo público leigo (como eu e você) mas não fosse percebida pelos cientistas, inclusive os cientistas inimigos dos americanos, os soviéticos.
O homem foi à Lua. Não existe nenhum cientista no mundo que questione esta façanha. Falsificar a viagem à Lua não era possível em 1969, como ainda não é possível:
1. as transmissões de rádio podem ser trianguladas e a sua origem determinada com segurança - por isto que soldados e aviadores em território inimigo fazem silêncio de rádio, já que um pio no rádio é o suficiente para serem denunciados. Bom, as transmissões da Apollo foram trianguladas por todo o trajeto, com certeza, pelos soviéticos, que estavam interessadíssimos em saber se tinham realmente perdido a corrida espacial.
2. o Saturn V, o foguete que levou o módulo de comando mais o módulo lunar até a Lua, era grande o suficiente para ser seguido via telescópio por boa parte do caminho, e também por radar. Podem contar que os soviéticos fizeram este rastreamento.
3. Parte das transmissões da Apollo 11 não eram conversa dos astronautas com a base, mas a telemetria. À medida que a Terra girava, a antena americana que lia esta telemetria não conseguia mais captar a transmissão da Apollo. Nestes momentos, a NASA tinha que contar com a boa vontade de outras estações de recepção no globo, de nações amigas. E podem conta que os soviéticos também liam esta telemetria (e acho que eles também interpretavam a mesma, mas não tenho certeza).
4. os astronautas de todas as missões Apollo trouxeram pedras da Lua. Estas pedras são únicas, por que guardam os sinais de terem sido formadas em um ambiente sem oxigênio ou umidade, e as proporções de isótopos indicam que ficaram expostos à radiação cósmica por milhões ou bilhões de anos, conforme a rocha. Além disto, a superfície é marcada pelo impacto de micrometeoritos. Estas pedras não podem ser falsificadas na Terra. E uma sonda autônoma ou controlada remotamente não é capaz de trazer mais que alguns gramas. Bom, os americanos tem quase quatrocentos quilos de amostras. Elas só podem ter vindo de um lugar, a Lua, e só de um jeito, de carona com astronautas. Os soviéticos também tem as suas amostras de rochas lunares, mas como eles só puderam mandar sondas, eles não tem mais que poucos centenas de gramas, quase quatrocentos gramas. Eles compararam com as amostras que receberam dos americanos e chegaram à conclusão que vieram do mesmo lugar, e compartilhavam da mesma história. Em outras palavras, eram amostras de solo lunar, como as deles. Ah, e não dá para usar meteoritos para fazer a falsificação, já que os meteoritos apresentam uma casca calcinada pela reentrada, e estão contaminados tanto pelo oxigênio quanto pela umidade da atmosfera terrestre.
5. As missões lunares deixaram espelhos na superfície da Lua. São espelhos especiais, prismáticos, que tem uma característica intererssante: eles refletem a luz na mesma direção que ela veio. Estes espelhos até hoje são usados para medir a distância entre a Terar e a Lua. O procedimento é simples: usando um raio laser de alta qualidade, os astrônomos disparam um raio em direção à Lua, e ficam aguardando os poucos fótons que retornam. Basta contar o tempo e usar a velocidade da Luz para saber a distância que aqueles fótons percorreram até retornar. Umas operações trigonométricas e os astrônomos ficam sabendo com grande precisão a distância entre os centros da Terra e da Lua, ou dos pontos mais próximos, etc. Bom, os soviéticos mandaram para a Lua dois robozinhos controlados remotamente, os Lunokhod. Depois de filmarem a superfície lunar e fazerem sei lá mais o quê, a missão dos operadores soviéticos era estacionar os Lunokhod de forma que o espelho que havia sobre eles pudesse ser utilizado para o mesmo propósito dos espelhos dos americanos. Não tiveram sucesso. Quer dizer, os americanos tinham a melhor ferramenta de uso geral conhecida à sua disposição na Lua: a mão humana.
6. A primeira missão Apollo deixou na Lua um sismógrafo. Através destes sismógrafo, os astrônomos, geólogos e outros cientistas estudaram a vibração causada no solo lunar (e estão usando até agora, estes dados não foram perdidos nem arquivados) pelo impacto de um objeto deito pelo homem (o último estágio de um Saturn V), e meteoritos. As descobertas mais recentes apontam que a Lua provavelmente tem "lunamotos" e que o centro dela ainda está em estado líquido ou pastoso.
7. quem vai uma vez, vai duas. Os americanos mandaram, entre 1969 e 1972, quando as missões Apollo foram canceladas, seis missões que chegaram com sucesso na Lua, e uma que falhou (quem não assistiu Apollo 13 tem minha permissão para martelar o próprio dedão). Doze astronautas americanos pisaram na Lua. Não só pisaram, coletaram amostras, andaram de jipe, jogaram golfe, e conduziram experimentos. O custo das missões Apollo é estimado em cerca de 100 bilhões de dólares, depois da atualização monetária. Depois que os soviéticos foram batidos e desistiram de ir à Lua, tanto os políticos quanto o povo perdeu interesse nas missões na Lua, e a NASA teve o orçamento cortado, e se voltou a uma tecnologia de naves reutilizáveis, os ônibus espaciais, em uso até hoje.
Além disto, existem várias evidências indiretas de que a teoria da fraude é furada:
1. a idéia que a bandeira está balançando em uma foto é bizarra: foto é foto, não é filme, não tem movimento. Mas ainda existem alguns problemas: qualquer um que olhe com atenção as filmagens, vai notar que a bandeira só se move quando o astronauta também está se movendo - esta é uma dica da origem do movimento, não há vento, há um astronauta movendo o mastro. Tem mais, nenhuma bandeira agitada por um vento se move da mesma forma que a bandeira nas filmagens das missões Apollo - aquele movimento é impossível de reproduzir na Terra. E, finalmente, que vento é este que agita uma bandeira e não levanta um grão de pó?
2. a idéia de que as sombras deveriam aparecer paralelas nas fotos, por que são paralelas no mundo real aponta para mais um erro grosseiro de quem tem esta idéia: uma foto é uma representação bidimensional de uma realidade tridimensional, e desde a Renascença sabemos que, neste tipo de representação, para uma correta perspetiva, as linhas que são paralelas no mundo real devem convergir para um ponto, o chamado "ponto de fuga". Procurem na Internet por qualquer curso de desenho básico, e vocês vão aprender a encontrar e a determinar o ponto de fuga em fotos e a fazer eles em seus desenhos, dando mais realismo aos mesmos.
3. tem uma foto em que alega-se que a sombra da bandeira está em uma direção e a sombra do astronauta em outra. Mas quem olhar para o mastro da bandeira, vai ver que ele está iluminado no mesmo lado da suposta sombra. Como é isto? Uma sombra mágica, que dá a volta e vai se projetar do lado iluminado do mastro? Na verdade, trata-se da sombra de um experimento, o do vento solar. É só examinar as outras fotos...
4. a idéia de que os filmes tiveram que suportar toda a variação de temperatura do solo lunar também não encontra eco na realidade: a temperatura na Lua muda algo em torno de 1 grau centígrado por hora (e só fazer as contas de quantos graus muda a temperatura durante os 14 dias que dura o dia lunar). O passeio na superfície durou poucas horas, então a câmera ficou poucas horas exposta ao ambiente lunar. E mesmo assim, na Lua não tem atmosfera, então não tem troca de calor por convecção. E quanto à troca de calor por transmissão, a câmera ficou o tempo todo em contato com a mão do astronauta, que estava envolvida por uma luva de material termo-isolante. Para evitar o aquecimento pela irradiação solar, a câmera foi polida e pintada na cor branca.
5. alguns dizem que as estrelas deveriam aparecer nas fotos feitas na Lua. Pergunte a qualquer fotógrafo, e ele vai te dizer que as estrelas ou qualquer outra fonte luminosa de pouco brilho não é registrada em foto quando você regula a câmera para registrar objetos brilhantes. Para quem assistiu o vídeo "Did we land on the Moon", da Fox, considere o seguinte: este fato é do conhecimento de todo fotógrafo ou operador de câmera. E também dos editores de imagem. E muito provavelmente dos diretores do filme. Ou seja, o filme frauda os espectadores, na medida que eles não são alertados para este fato. Isto me deixa furioso, por que fica evidente que quem está mentindo não é a NASA, mas a FOX, ao deixar passar coisas que ela sabe que não são bem assim, e que tem muita gente que dá mais crédito a este "documentário" fajuto que a todas as provas do vôo. Esperar o quê de quem fez uma filmagem de uma autópsia de um alienígena, e alegou que era real? Mas tem mais, vão no site da NASA e peguem fotos de missões do ônibus espacial, quando a câmera registra um astronauta, um satélite, ou o ônibus, ou a estação espacial internacional, e procurem estrelas no céu.
Estes são só alguns furos da "fraude da Lua" e provam que quem afirma que estas são provas de que o homem não foi à Lua com certeza é uma vítima de um cérebro fujão (em outras palavras, um cabeça-oca), ignora o mais básico de astronomia, fotografia, e perspectiva, no mínimo. Ou está mal-intensionado.
Eu tenho uma alegação que até agora ninguém respondeu: será que os manés da fraude são mais espertos e inteligentes que o Isaac Asimov, o Arthur Clarke, o Carl Sagan, o Marcos Gleiser, o Ronaldo Freitas de Mourão, ou o maior gênio deste século, Sir Stephen Hawking? E os astrônomos do mundo inteiro, são capazes de encontrar planetas elusivos em fotografias no limite da resolução do Hubble, e não são capazes de ver sombras em direções diferentes? É como se um sujeito tivesse se fantasiado de papai noel e enganado os universitários, mas não as criancinhas do jardim de infância..
Para finalizar, a mensagem padrão que eu brindo a todo mundo que foi enganado pela fraude da fraude do século:
Opa, pelo visto você foi mais uma vítima do FraudedoSéculo, mas não se preocupe. Bem, para ajudar os colegas na incansável busca pelo conhecimento, selecionei alguns links interessantes (como o do Projeto Ockham, que deveria ser lido por completo). Sei que ler algumas laudas de texto às vezes é difícil para os jovens de hoje, porém caso queira saber mais sobre o assunto, por favor, visite:
Em português:
http://www.projetoockham.org/historia_lua_1.html
http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/suenaga_lunaticos.htm
http://www.ceticismoaberto.com/referencias/moontruth.htm
http://www.centroastronomico.com.br/boletim/2003/05/index1.html
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hall/3423/protesto.htm
Em Inglês:
http://www.clavius.org
http://www.badastronomy.com
http://www.hq.nasa.gov/office/pao/History/alsj/frame.html
http://www.redzero.demon.co.uk/moonhoax/
http://science.nasa.gov/headlines/y2001/ast23feb_2.htm
Bem, agora é com você, boa leitura, e qualquer dúvida é só perguntar.
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=20607020&na=1&nst=1
1 - Existem diversas fotos com sombras em várias direções, sendo que a única fonte de luz deveria vir do Sol.
* As sombras estão paralelas. Elas parecem inclinadas por causa da perspectiva ou pelo terreno irregular. (Sombras http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=12148836 )
2 - Fotos com diferentes tamanhos da Terra, vista da Lua, evidenciando montagens desproporcionais.
* Câmeras com distâncias focais diferentes produzem imagens com proporções diferentes. Ampliações também.
3 - Existem milhares de fotos com penumbra, sendo que é impossível haver penumbra na Lua pela ausência da atmosfera.
* É possível haver graduações de sombra sem atmosfera. No caso das Apollo, a maioria delas estava sendo causada pela luz refletida no chão. ("Penumbras" http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=14026956 )
4 - Faltam as estrelas no fundo de todas as fotos. Com a ausência da atmosfera, as estrelas tornam-se ainda mais reluzentes.
* Não se pode fotografar estrelas com uma câmera regulada para ambientes iluminados. (Céu sem estrelas http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=12152624 )
5 - Nas fotos e vídeos, a bandeira dos EUA fica tremulando ao vento. Só que, não existe vento na Lua porque lá não há atmosfera.
* O vento não é a única coisa capaz de deixar uma bandeira daquele jeito. (Bandeira tremulando http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=12131144 )
6 - Em centenas de fotos, vê-se as pegadas dos astronautas na Lua. Mas, sem oxigênio e umidade, é complicado que haja a formação de pegadas.
* É possível ter pegadas definidas sem oxigênio nem umidade. (Pegadas http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=12691138 )
7 - Embaixo de um dos pés do Módulo Lunar, há indícios de alguém ter levado um montinho de terra para o pé não ficar no ar.
* Isso é formado quando o módulo pousa com alguma velocidade horizontal e desliza no chão.
8 - Pelo que se vê nas fotos, não houve pouso do Módulo Lunar. Ele teria sido colocado delicadamente lá. Não há marcas dos propulsores da nave.
* Há. (Marca do propulsor no solo http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=15423639 )
9 - No mesmo lugar onde o pé do astronauta cria uma profunda pegada na superfície lunar, o pé do módulo lunar se mostra muito delicado na superfície da Lua, sem causar qualquer estrago.
* Dificilmente você vai ver uma pegada com o pé em cima. No entanto, sabemos que o pouso não foi muito delicado por causa dos "montinhos" mencionados em 7. Eles podiam, inclusive, ser bem piores que isso, dependendo da velocidade do pouso.
10 - Pelo tamanho do Módulo Lunar, dificilmente existiria nele combustível suficiente para colocá-lo em órbita.
* Por quê?
11 - Não existem, até hoje, filmes fotográficos que resistam à enorme variação de temperatura na Lua.
* Felizmente os filmes estavam protegidos dentro dos cartuchos. (Fotos na Lua http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=14215296 )
12 - Em 1969, os astronautas conversavam, da Lua, com a NASA, na Terra, em tempo real. Esta tecnologia não existe até hoje.
* Existe. (Comunicação em tempo real http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=14163532 )
13 - A radiação solar incidente na Lua, sem atmosfera, é mortal para qualquer ser humano.
* A radiação na Lua só é mortal para quem se expuser por meses ou para quem for apanhado por uma grande tempestade solar. Nenhuma destas coisas aconteceu com as Apollo.
14 - Dificilmente existiriam roupas espaciais, na época, que resistissem às enormes variações de temperaturas da Lua (-153ºC a +107ºC).
* Trajes espaciais resistentes ao vácuo e a variações de temperatura já existiam no mínimo desde 1965, quando foram feitas as primeiras caminhadas espaciais na órbita da Terra.
15 - Dificilmente existiriam roupas espaciais, na época, que resistissem à ausência da pressão atmosférica na Lua.
* Ver acima.
16 - Extrema semelhança do ambiente das fotos "da Lua" com o Deserto de Nevada, nos Estados Unidos.
* Irrelevante. Além de duvidoso.
17 - Evidência de Stanley Kubrick na NASA, que teria a auxiliado na criação dos efeitos especiais utilizados na fraude.
* Será? ("Acharam Kubrick" http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=13377557 )
18 - O homem só teria ido à Lua por seis vezes, exatamente durante a gestão de Richard Nixon, num prazo de três anos. Após isso, nunca mais o homem teria voltado à Lua.
* Não voltaram porque não estava valendo a pena. ("Por que não voltaram?" http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=12338925 )
19 - Richard Nixon, envolvido em falcatruas que mancharam a imagem dos Estados Unidos, foi o principal articulador do escandaloso Caso Watergate, o qual culminou em sua renúncia durante o primeiro processo de impeachment estadunidense. Sua história o condena.
* A ida à Lua está justificada por suas próprias evidências e não pela palavra de Nixon, portanto a honestidade dele é irrelevante. Além disso, o fato dele ter ter sido apanhado no escândalo de Watergate é até mais uma evidência em favor da viagem à Lua, pois se Nixon não conseguiu manter nem seus próprios homens de boca fechada, ele não teria como criar uma farsa envolvendo centenas de milhares de funcionários, a comunidade científica e os rivais soviéticos. É mais fácil ir à Lua de verdade.
20 - Evidência de manipulação na foto do "Jogo dos 7 erros" mostra várias cruzes distorcidas, mas tais cruzes não poderiam estar distorcidas nem mesmo por lentes objetivas, que ficam do lado externo da câmera, já que essas cruzes fazem parte de um recurso interno do equipamento.
* As cruzes estão distorcidas porque esta é uma imagem feita a partir de várias fotos diferentes. (Montagens http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1842687&tid=14814028 )
2006-08-31 14:09:16
·
answer #3
·
answered by Sr Americo 7
·
1⤊
1⤋