Não responde sua pergunta mas nos mostra algumas curiosidades, que descobri tentando achar a explicação ....
O serviço religioso
No Judaísmo, a actividade religiosa diz respeito a todos. Qualquer judeu, depois de feita a
‘Bar-Mitzvá’, rito de iniciação pelo qual se atinge a maioridade religiosa aos 13 anos, pode conduzir
um serviço religioso. O rabino é uma pessoa especialmente conhecedora da Lei, um líder
espiritual, mas não é indispensável à condução dos actos religiosos. Do ponto de vista pessoal,
casamento, etc., a sua vida não difere dos outros judeus praticantes. Numa comunidade ele é a
autoridade máxima sobre os problemas de interpretação da Lei. Responde perante a sua consciência
e a comunidade que o nomeou e não perante nenhuma hierarquia religiosa.
O povo judeu é conhecido como «o Povo do Livro». De facto, no centro do culto na sinagoga
está a leitura da Tora. A Tora está dividida em 54 secções, chamadas «sidrot» ou «parachot» e
cada secção é lida semanalmente ao longo do ano litúrgico que começa no Outono, em «Simhá
Torá» (alegria da Tora). Esta festa marca o fim do ciclo anual de leitura da Tora que é feita na sinagoga
em cada Sábado e o imediato recomeço desse ciclo. Ou seja, a progressão espiritual não
tem fim: tal como a leitura da Tora, esta tem sempre de ser recomeçada...
Objectos pessoais necessários ao culto
Os objectos pessoais utilizados são: o «Talit», os «Tefilin» e a «Kipá».
O «Talit», que originariamente significa casaco, é um xaile com franjas nas duas extremidades,
com o qual os judeus cobrem a cabeça e os ombros durante a oração, exprimindo assim a
sua submissão a D’us e à Lei.
Os «Tefilin» (filactérios) são pequenos estojos que se colocam na fronte e no braço esquerdo,
contendo um pequeno pergaminho com algumas orações fundamentais, nomeadamente o
«Shemá». O fundamento bíblico encontra-se na Tora (Êxodo e Deuteronómio):
«Gravai, pois, as minhas palavras no vosso coração
e no vosso pensamento, atai-as aos vossos
braços, como um símbolo e trazei-as como filactérios
entre os vossos olhos.»
Assim, no braço esquerdo, junto ao coração e
na fronte, junto à fonte do conhecimento, da inteligência
e da vontade, os Tefilin lembram ao
judeu praticante a sua total dedicação a D’us.
A «Kipá», ou solidéu, cobre igualmente a cabeça
dos homens (mesmo não judeus) na sinagoga,
em sinal de respeito a D’us. Este costume
vem provavelmente do facto de os sacerdotes, no Templo, se cobrirem na cabeça.
As mulheres praticantes, depois de casadas, cobrem a cabeça, na sinagoga.
Esther Mucznik
Comunidade Israelita de Lisboa
2006-08-30 08:54:54
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answer #1
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answered by Keith 5
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