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com certeza eram 10 meses... e algo acorreu...
eu vi, que tem alguma coisa haver com roma, antigamente....
gostaria de mais detalhes...

2006-08-30 01:34:19 · 7 respostas · perguntado por denchico10 1 em Sociedade e Cultura Outras - Sociedade e Cultura

7 respostas

Um calendário de 10 meses!...

Sabias que o nosso calendário anual era composto inicialmente por 10 meses?! Foi Rómulo, o lendário fundador de Roma (em meados do séc. VIII), que o desenvolveu, sobrevivendo até ao nosso tempo, sofrendo "apenas leves" modificações através dos séculos! É incrível como uma concepção consegue resistir tanto ao tempo!...
Fragmentos do calendário romano, também conhecidos como fasti
O que é um 'calendário'?
O principal motivo da criação de um calendário é o desejo de organizar, no tempo, os eventos de uma sociedade. Sempre teve um estatuto sagrado, além de servir de identidade cultural (porque culturas diferentes apresentam calendários diferentes, como a chinesa, a islâmica...). Porém, qualquer que seja a sua sofisticação científica, os calendários correspondem apenas a normas para uso da sociedade, mas nunca a resultados de tratados científicos
O calendário baseia-se em fenómenos astronómicos, sendo os mais importantes os ciclos da Terra, da Lua e do Sol. O dia é dado pela duração de uma volta completa da Terra sobre o seu eixo. O mês é o tempo que demora uma revolução da Lua à volta da Terra. Para os povos primitivos, era o tempo decorrido entre duas Lua Novas sucessivas (mês sideral). A lunação, ou revolução sinódica, dura cerca de 29,5 dias. Por fim, a revolução da Terra à volta do Sol define um ano tropical – intervalo entre equinócios vernais, cerca de 365,2422 dias. A sincronização destes três componentes, nenhum sendo comensurável a outro, enfatiza a complexidade do calendário.
A história do calendário
Grande parte do conhecimento actual sobre os calendários baseia-se em estudos de referência de dois escritores da Antiguidade: Ovídio, poeta romano, 43 a.C. - 17/18 d.C.; e Plutarco, escritor grego, 50 - 120. Ambos tiveram acesso a documentos históricos (hoje desaparecidos) que já na altura - assim relata Ovídio - eram muito antigos!! Acrescido a isso, o calendário foi sendo objecto, ao longo de sucessivos reinados, da aplicação errada das suas regras originais. Sofreu, assim, alterações contínuas na sua extensão e divisão, complicando largamente a sua história. A título de exemplo, quando Júlio César implementa um ano com novas regras, mais restritas, por volta de 46 a.C., surge o 'Ano da Confusão': um ano civil com mais 80 dias que o "normal", prefazendo 445 dias!

Somente após 8 d.C. é que a definição mais pormenorizada do calendário estabiliza totalmente.
Fragmentos do calendário romano, também conhecidos como fasti
O calendário de Rómulo
O calendário original de Rómulo (por 738 a.C.) terá evoluído do calendário lunar grego (este já derivava do babilónio). Os cálculos efectuados naquela altura possivelmente terão apontado para uma ano de 10 lunações, cada uma entre 30 e 31 dias. (Não se sabe bem o que acontecera aos restantes 61,25 dias que faltavam para completar um ano tropical.) Será talvez por isso, que o ano foi composto por 10 meses, seis de 30 dias, e quatro de 31 dias, perfazendo um total de 304 dias.
A cada um dos primeiros quatro meses foi atribuído carácter simbólico. Essa simbologia ainda é algo discutida, já que habitualmente são aplicados dois significados muito distintos a cada um dos meses. Aos restantes meses aplicaram-se nomes numerais. Os meses constituintes eram, então: Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quintilius, Sextilis, Septembris ou September, Octobris ou October, Novembris ou November, e Decembris ou December. Na tabela apresentada na página seguinte poderás ainda descobrir os significados de cada um dos meses.
Podes ainda depreender da tabela que o ano começava em Março, não existindo os meses de Janeiro e Fevereiro. E acabava em Dezembro – o décimo mês, e não o décimo segundo, como, por vezes, se conclui. Além disso, o quinto e o sexto meses chamavam-se inicialmente Quintilius e Sextilis – os nomes em uso actualmente (Julho e Agosto) apareceram mais tarde, de uma forma bastante peculiar!

O ano foi reescrito...

Na crónica anterior ficaste a saber que o ano começou por ter só 10 meses. Mas foi por pouco tempo...
Nova Sincronização com o ano solar
Astrónomos da Antiguidade
Cerca de 715 a.C., Numa Pompílio sucede a Rómulo, tornando-se no segundo rei de Roma (até 673 a.C.). Ao analisar o calendário, Numa apercebe-se que aquele estava atrasado relativamente ao ano trópico. Novos cálculos demonstraram, então, que o ano conteria realmente cerca de 12 lunações – mais duas do que anteriormente admitido – correspondente a 354 dias. Mantendo a nomenclatura dos meses, por esta apresentar um aspecto muito prático, Numa Pompílio defendeu o acréscimo de mais dois meses ao calendário em vigor1.
Dois novos meses
Como era extremamente religioso, todas as regras decretadas por Numa Pompílio tinham uma forte subjectividade de índole religiosa, com relevância especial ao deus Janus (este étimo deriva de janua que significa porta, entrada ou passagem). O deus Jano era considerado o protector de qualquer "abertura", fosse ela concreta ou abstracta. Ele é representado com duas caras opostas, uma à frente e outra atrás.
Assim, decretou que o ano se iniciaria com o mês Januarius (Janeiro; colocado antes de Março), e finalizaria com Februarius (Fevereiro; colocado após Dezembro)! Januarius, como já deves ter percebido, deriva do deus Jano. Februarius deriva de Februo, deus dos mortos. Outros historiadores indicam, porém, a derivação de februare, purificar.
Facilmente se entende a ideia que ambos os meses indiciam: o ano velho morre no último mês, tempo em que cada um terá de se purificar (Fevereiro), a fim de poder entrar pela passagem (Janeiro) do novo ano.
Numa Pompílio alterou também a duração de cada mês. Aparentemente, os números pares eram fatídicos e apresentavam uma simbologia mortal. Em oposição, os números ímpares agradavam consideravelmente aos deuses. Assim, Janeiro passou a ter 29 dias, e os restantes passariam a ter 29 ou 31 dias - os de 30 dias passavam a ter menos um!
Curiosamente, a Fevereiro foram atribuídos apenas 23 dias. Esta decisão toma sentido, ao analisarmos um pouco os valores em questão. Os cálculos poderão ter mesmo sido os seguintes: 354 dias em 12 meses = "6 meses" x "31 dias/mês" + "5 meses" x "29 dias/mês" + "1 mês com os restantes dias", o que dá 23 dias!
Em sucessivos anos, a extensão deste ano civil foi sendo alterada, conforme os caprichos da população, por esta se aperceber de algum assincronismo com o ano trópico. Também se relatam "interesses obscuros" em prolongar o ano civil. Sempre que havia necessidade de o alterar, faziam-no, tradicionalmente, após o 23 de Fevereiro (ou seja, no fim do ano). Tanto eram introduzidos apenas alguns dias, como meses inteiros, os denominados meses intercalares. Esse dia, 23 de Fevereiro, adquiriu tal importância que se manteve até aos dias actuais — repare-se no caso do ano bissexto (espera pelo próximo artigo sobre um salto no tempo ...)
As manobras de Júlio e Augusto César
Em 46 a.C., Caio Júlio César, triúnviro de Roma, foi nomeado Chefe do Colégio dos Pontífices — instituição responsável pela estruturação dos calendários. Actuando igualmente através do Tribunal dos Decênviros – instituição que decidia sobre as Leis e Regras da Sociedade Romana – introduziu o Calendário Juliano, um calendário mais fiel ao ano trópico, com novas regras. Os meses de 29 dias passavam agora a ter, novamente, 30 dias. Fevereiro, que por 450 a.C. fora posto entre Janeiro e Março, passava a ter 29 dias em anos regulares, e 30 dias nos anos bissextos! O novo ano civil (com 365,25 dias) estava finalmente sincronizado com o ano trópico.
Foi nesse mesmo ano de 46 a.C. que Júlio César se prepara para introduzir a sua reforma do calendário. Aparentemente no intuito de sincronizar o calendário juliano com o tropical no ponto vernal (equinócio da Primavera), prolonga o ano com mais 80 dias. Foi o Annus Confusionus – o ano da confusão, com 445 dias!!
Um ano após a reforma, é decidido homenagear Júlio César no seu próprio calendário, por ter efectuado aquela reforma. Então, alteraram o nome do agora sétimo mês, Quintilius, para um mais conhecido, Julius - Julho, para que Júlio César nunca mais fosse esquecido. (A razão da escolha deste mês incide, aparentemente, sobre a sua data de nascimento: César terá nascido neste mês.)
Octávio César Augusto, primeiro imperador de Roma
Durante os reinados seguintes, o último dia de cada mês foi sendo arrastado para os meses vizinhos, consoante as opiniões em voga!
Augustus Caesar (Augusto César – primeiro imperador romano de 23 a.C. a 14 a.C., sucessor de Júlio César) introduziu a última alteração oficial que se manteve até aos nossos dias. Orgulhoso como era, e tendo obtido com sucesso grandes feitos para a sociedade romana, escolheu outro mês como homenagem a si mesmo, numa acção similar a Júlio César! O mês indiciado foi o sucessor de Julho, Sextilis, e alterou-o para Augustus - Agosto. Mas este mês só tinha 30 dias; sendo da opinião que ele próprio não era inferior a Júlio César, retirou um dia ao "tradicional" mês de Fevereiro, colocando-o no mês de Agosto, ficando este então com 31. O mês de Fevereiro estabilizou finalmente, com apenas 28 dias em anos regulares, e 29 dias em anos bissextos!
Infelizmente, a sua grandiosidade não foi suficiente para acabar com a proliferação de erros que continuamente se cometiam no calendário. Somente após o ano 8 d.C. foi atingido o fim desse caos, a partir do qual se atingiu a estabilização definitiva do mesmo (até ao aparecimento do calendário Gregoriano)!

2006-08-30 01:53:55 · answer #1 · answered by vagnervieitas 4 · 0 0

não tenho a mínima idéia

2006-08-30 08:45:24 · answer #2 · answered by mtgtrindade 2 · 0 0

Olha, só sei te dizer que janeiro e fevereiro foram os dois novos meses criados. Mas o mundo gira em torno de dúzias (horas, minutos, meses, signos, etc) São propósitos da física e astronomia no contexto da humanidade num todo.

2006-08-30 08:43:20 · answer #3 · answered by Benicio 1 · 0 0

eu jah acho que deveria ser apenas nove meses....pq esse eh o tempo medio de gestação...não tem logica doze meses...

2006-08-30 08:42:16 · answer #4 · answered by clefluar 2 · 0 0

Formula melhor a pergunta cara...

2006-08-30 08:40:58 · answer #5 · answered by Heidi 2 · 0 0

Não tem nada a ver isso q vc ta falando.
Os nomes dos meses nao foram dados por causa do numero.
Por ex Agosto, foi uma homenagem a augustos - de Roma
Julho, por causa de q Julho Cesar nasceu nesse mes...
Casa mês tem um porque de ser chamado assim, e nao pelo numeral.
Março, p homenagear Marte (Ares) - deus da guerra.

2006-08-30 08:40:36 · answer #6 · answered by Val/SP 5 · 0 0

O calendário romano, era um calendário lunar com dez meses, começando no equinócio da Primavera, aparentemente inventado por Rômulo, o fundador de Roma aproximadamente em 753 a.C.. Entretanto, ele parece ter sido baseado no calendário lunar grego. Os meses eram:

Martius (31 dias)
Aprilis (30 dias)
Maius (31 dias)
Junius (30 dias)
Quintilis (31 dias)
Sextilis (30 dias)
September (30 dias)
October (31 dias)
November (30 dias) e
December (30 dias)
Portanto, o ano nesse calendário tinha 304 dias e havia aproximadamente 61 dias do inverno que não entravam no calendário.

A primeira reforma do calendário foi atribuída a Numa Pompilius, o segundo dos sete Reis de Roma. A ele é atribuída a redução dos meses de 30 dias para 29 dias e adicionado os meses de Janeiro (29 dias) e Fevereiro (28 dias) no final do calendário por volta de 713 a.C., e portanto aumentando o tamanho do calendário para 355 dias:

Martius (31 dias)
Aprilis (29 dias)
Maius (31 dias)
Iunius (29 dias)
Quintilis (31 dias)
Sextilis (29 dias)
September (29 dias)
October (31 dias)
November (29 dias)
December (29 dias)
Ianuarius (29 dias)
Februarius (28 dias)

2006-08-30 08:39:48 · answer #7 · answered by luck_poa 1 · 0 0

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