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Se fulana é linda, loura de olhos azuis.. O povo já fica com inveja..
Se é não digo feia, pois não há pessoas feias, mas sim que possuem qualidades legais.. A beleza está nos olhos de quem vê e não de quem vos julga...
Sei lá.. a inveja, atrapalha você???? tipo um empresário bem sucedido é invejado por causa de seu dinheiro, mas as pessoas sabem o quento ele batalhou para conseguir aquilo??? E as mulheres e homens bonitas ( os) ( propriamene ditas ( os) )alguém sabe o trabalho que dá para manter o corpo... O desgaste físico e mental que eles possuem??? E as pessoas inteligentes que possuem fama de CDF, por terem somente seu raciocínio lógico mais apurado??? Por quê tudo isso??? Não dá para entender....

2006-08-29 14:16:40 · 10 respostas · perguntado por Pri_Figlioli 1 em Artes e Humanidades Filosofia

10 respostas

... Não é bem assim, minha jovem... Tem pessoas que, praticamente, tem tudo de bom que a vida oferece, e sentem inveja ou despeito de alguém, que tem menos do que elas, porém, estão em paz consigo e de bem com a vida e com Deus... Fui, bjs.

2006-08-29 14:24:33 · answer #1 · answered by mestre-cuca 5 · 0 0

O que provoca a inveja alheia, não é a beleza e o porte físico, não são os bens, mas sim a luz que emana daquela pessoa e que não há tratamento de beleza, roupa, carro ou status, que se possa adquirir que nos faça emanar essa luz (que todos temos), quanto mais temos inveja mas a nossa luz se apaga. Essa luz também chamada carisma, e a luz Divina.

2006-09-02 13:18:24 · answer #2 · answered by Naonda do YR 7 · 0 0

Leia este Ensaio de José Ingenieros e você entenderá o porque da inveja.

INVEJA, PAIXÃO DOS MEDÍOCRES

JOSÉ INGENIEROS


A inveja é uma adoração que as sombras sentem pelos homens, que a mediocridade sente pelo mérito. É o rubor da face sonoramente esbofeteada pela glória alheia. É um humor venenoso que se expele das feridas abertas pelo desengano da própria insignificância.

Por suas forças caudinas passam, cedo ou tarde, os que vivem como escravos da vaidade; desfilam, lívidos de angústia, envergonhados da sua própria tristeza, sem suspeitarem que o seu ladrar envolve uma consagração inequívoca do mérito alheio. A inextinguível hostilidade dos néscios sempre foi o pedestal de um monumento.É a mais ignóbil das torpes cicatrizes que afetam os caracteres vulgares. Aquele que inveja, rebaixa-se, sem o saber, confessa-se subalterno; esta paixão é o estigma psicológico de uma humilhante inferioridade, sentida, reconhecida.

Não basta ser inferior para invejar, pois todo homem o é de alguém, num sentido ou noutro; é necessário sofrer em conseqüência do bem alheio, da felicidade alheia, de qualquer enaltecimento alheio. Nesse sofrimento está o núcleo moral da inveja; morde o coração como um ácido; carcome-o, como caruncho; corroi, como a ferrugem, ao metal.

Das más paixões, nenhuma lhe leva vantagem. Plutarco dizia - e La Rochefoucauld o repete - que existem almas corrompidas até o ponto de se vangloriarem de vícios infames; mas nenhuma ainda teve a coragem de se confessar invejosa. Reconhecer a própria inveja, implicaria, ao mesmo tempo, declarar-se inferior ao invejado: trata-se de uma paixão tão abominável, tão universalmente detestada, que envergonha os mais impudicos, e se faz impossível para ocultá-la.

É surpreendente o fato de os psicólogos a terem esquecido em seus estudos sobre as paixões, limitando-se a mencioná-la como um caso particular do ciúme. Foi tão grande a sua difusão e a sua virulência, em todos os tempos, que já a mitologia greco-latina lhe atribuía origem sobre-humana, fazendo-a nascer das trevas noturnas.

O mito lhe empresta cara de velha horrivelmente fraca e exangue, com a cabeça coberta de víboras, ao invés de cabelos. Seu olhar é torvo; seus olhos fundos; os dentes negros; a língua, untada com tóxicos fatais; com uma das mãos, agarra três serpentes e, com a outra, uma hidra, ou uma teia; incuba, em seu seio, um monstruoso réptil que a devora continuamente e lhe instila o seu veneno; está esgotada; não ri; nunca o sono fecha as pálpebras sobre os seus olhos irritados.Todo sucesso feliz a aflige, ou esporeia a sua angústia; destinada a sofrer, é o verdugo implacável de si mesma.

É a paixão traidora e propícia à hipocrisia. Está para o ódio, como a gazua para a espada; empregam-na os que não podem competir com os invejados. Nos ímpetos de ódio, pode palpitar o gesto da garra que, num desesperado estremecimento, destroça e aniquila; no repto sub-reptício da inveja só se percebe o rastejar tímido daquele que procura morder o calcanhar.

Teofrasto julgou que a inveja se confunde com o ódio, ou nasce dele - opinião já enunciada por Aristóteles, seu mestre. Plutarco ventilou a questão, preocupando-se com o estabelecimento de diferenças entre as duas paixões (Obras Morais, II). Diz que, à primeira vista, se confundem: parecem brotar da maldade; quando se associam tornam-se mais fortes, como duas enfermidades que se complicam. Ambas sofrem em conseqüência do bem e gostam do mal alheio; mas esta semelhança não basta para as confundir, se prestarmos atenção às suas diferenças. Só se odeia o que se julga mau ou nocivo; ao contrário, toda prosperidade excita a inveja, como qualquer resplendor irrita os olhos enfermos.

Podem-se odiar as coisas e aos animais; só se pode invejar aos homens.O ódio pode ser justo, motivado; a inveja é sempre injusta, pois a prosperidade não causa dano a ninguém.

Estas duas paixões, como plantas da mesma espécie, se nutrem, e se fortificam por causas equivalentes: odeiam-se mais os perversos, e se invejam mais os que merecem. Por isto, Temístocles dizia, em sua juventude, que ainda não tinha realizado nenhum ato brilhante, porque ainda ninguém o invejava.

Assim como as cantáridas prosperam nos trigais mais louros e nos rosais mais floridos, a inveja atinge os homens famosos por seu caráter e por sua virtude. O ódio não se desarma pela boa ou pela má sorte; a inveja sim.

Um sol, que ilumina perpendicularmente, do mais alto ponto do céu, reduz a nada, ou a muito pouco, a sombra dos objetos que estão em baixo: assim, observa Plutarco, o brilho da glória apouca a sombra da inveja, e a faz desaparecer.

O ódio que injuria e ofende, é temível; a inveja que cala e que conspira, é repugnante. Certo livro admirável diz que ela é como as cáries dos ossos; esse livro é a Bíblia, com certeza, ou deveria sê-lo.As palavras mais cruéis, que um insensato lança ao rosto, não ofendem a centésima parte do total da ofensa produzida pelas palavras que o invejoso vai semeando constantemente, às escondidas; este ignora as reações do ódio, e expressa o seu inquinamento balbuciando, incapaz que é de se encrespar em ímpetos viris; dir-se-ia que a sua boca está amargada por fel que ele não consegue expelir, nem engolir. Assim como o azeite apaga a cal, e aviva o fogo, o bem recebido reprime o ódio nos espíritos nobres, e exaspera a inveja nos indignos. O invejoso é ingrato, como o sol é luminoso, como a nuvem é opaca, e como a neve é fria: naturalmente.

O ódio é retilíneo, e não teme a verdade; a inveja é tortuosa e elabora a mentira. Sofre-se mais invejando, que odiando; como estes tormentos enfermiços, que se tornam horrorosos à noite, ampliados pelo pavor das trevas.O ódio pode ferver nos grandes corações; pode ser justo e santo; é assim muitas vezes, quando quer destronar a tirania, a infâmia, a indignidade.

A inveja pertence aos corações pequenos. A consciência do próprio mérito suprime qualquer pequena vilania: o homem que se sente superior, não pode invejar, e o louco feliz, que vive com o seu delírio de grandeza, também não sabe invejar. Seu ódio está de pé e ataca pela frente.

César aniquilou Pompeu, sem rastejar; Donatélio venceu, com seu "Cristo", o velho Brunelleschi, sem se rebaixar; Nietzsche fulminou Wagner sem invejá-lo. Assim como a genialidade pressente a glória, e dá, aos seus predestinados, certos ademanes apocalípticos, a certeza de porvir obscuro transforma os medíocres em míopes e répteis. Por isso, os homens sem mérito continuam sendo invejosos, mesmo apesar dos êxitos continuam sendo invejosos, mesmo apesar dos êxitos obtidos pela sua sombra mundana, como se uma voz interior lhes gritasse que os usurpam, sem merece-los. Essa consciência da sua mediocridade é um tormento: compreendem que só podem permanecer nas alturas, impedindo que outros chefes cheguem até eles e os descubram. A inveja é uma defesa das sombras contra os homens.

Com as distinções enunciadas, os clássicos aceitam o parentesco entre a inveja e o ódio, sem confundir ambas as paixões. Convém subtilizar o problema, distinguindo outras que se aprecem: a emulação e os zelos.A inveja, sem dúvida, tem suas raízes, como eles, numa tendência afetiva, mas possui caracteres próprios, que permitem diferenciá-la. Inveja-se o que os outros já têm e o que se desejaria ter, sentindo que o próprio é um desejo sem esperança; tem-se a emulação em relação a alguma coisa que os outros também anelam, com possibilidade de atingí-la.

Um exemplo tomado das mais notórias fontes, ilustra a questão. Invejamos a mulher que o próximo possui e nós desejamos, quando sentimos a impossibilidade de disputar. Zelamos a mulher que nos pertence, quando julgamos incerta a sua posse e tememos que outros possam compartilhar dela, ou roubá-la. Disputamos os seus favores, em nobre emulação, quando temos a possibilidade de os conseguir, em igualdade de condições, com outro que a eles aspira.

A inveja nasce, pois, do sentimento de inferioridade em relação ao seu objeto. Os zelos derivam do sentimento da posse comprometida. A emulação surge do sentimento de potência que acompanha toda nobre formação da personalidade.

Por deformação da tendência egoísta, alguns homens estão naturalmente inclinados a invejar os que possuem tal ou tal superioridade por eles desejada em vão: a inveja é maior, quanto mais impossível se considera a aquisição do bem cobiçado. É o reverso da emulação; esta é uma força propulsora e fecunda, ao passo que aquela é uma peia que trava e esteriliza os esforços do invejoso. Bartrina bem compreendeu isto, na sua admirável quintilha:

La envidia y la emulación

parientes dicen que son:

aunque en todo diferentes,

al fin también son parientes

el diamante y el carbón.

A emulação é sempre nobre: o próprio ódio pode ser nobre, algumas vezes. A inveja é uma covardia própria dos débeis, um ódio impotente, uma capacidade manifesta de competir ou de odiar.O talento, a beleza, a energia, desejariam ver-se refletidos em todas as coisas, e intensificados em inúmeras projeções; a estultícia, a fealdade e a impotência sofrem mais pelo bem alheio do que pela própria desdita. Por isso, toda superioridade é admirativa, e toda subjacência é invejosa. Admirar é sentir-se crescer na emulação com os maiores.

Um ideal preserva da inveja. Aquele que ouve ecos de vozes proféticas, ao ler os escritos dos grandes pensadores; aquele que sente gravar-se em seu coração, com caracteres profundos como cicatrizes, e seu clamor visionário e divino; aquele que se extasia, contemplando as supremas criações plásticas; aquele que sente íntimos calafrios, em face das obras-primas acessíveis ao seu sentido, e se entrega à vida que nelas palpita, e se comove até que seus olhos se encham de lágrimas, e o coração irrequieto seja arrebatado por febres de emoção; aquele - tem um nobre espírito, e pode alimentar o desejo de criar coisas tão grandes, como as que sabe admirar.

Toda a psicologia da inveja está sintetizada numa fábula, digna de ser incluída nos livros de leitura infantil. Um sapo ventrudo coaxava em seu pântano, quando viu resplandecer, no ponto mais alto de uma rocha, um vaga-lume. Pensou que nenhum ser tinha o direito de revelar qualidade que ele próprio jamais poderia possuir. Mortificado pela impotência, saltou até o local onde estava o vaga-lume, e o cobriu com o seu ventre gelado. O inocente vaga-lume ousou perguntar-lhe:"Por que me cobres"? e o sapo, congestionado pela inveja, só conseguiu interrogar por sua vez: "Por que brilhas?"

Este texto foi extraído do livro O HOMEM MEDÍOCRE , de José Ingenieros.

Entre os grandes pensadores do continente, a figura de José Ingenieros apresenta-se como uma das maiores. Nascido a 24 de Abril de 1877, filho de um socialista italiano, seguiu a mesma ideologia do pai, mostrando-se desde cedo com uma força de expressão e uma audácia -que logo o cercaram com a admiração que os grandes trabalhadores do espírito inspiram. Estudou Medicina e Direito, dedicando-se à primeira, onde se tornou notável cientista. É autor de várias obras sobre Psiquiatria, Crimiuologia, Sociologia, Psicologia e ainda sobre Moral. Seu nome consagrou-se com "As Forças Morais" e "O Homem Medíocre". Em "Revista de Filosofia", sua obra filosófica, o escritor argentino movimenta a pena em torno do sentimento amoroso, produzindo uma série de trabalhos interessantes, pela argúcia do psicólogo e pela forma do estilista.

2006-09-02 12:04:25 · answer #3 · answered by Literatura 4 · 0 0

Pri se todos nós fossemos iguais não haveria invejas, mas todos são iguais em espírito por isso devemos amar uns aos outros, então as únicas diferenças causadoras das invejas ciúmes e etc. são os dois veículos que temos diferentes uns dos outros que é o veiculo físico e o veiculo mental.

De minha autoria: provérbio da mente
Inocente é a mente que acha que sofrendo vai aprender,
E Arrogante é a mente que mesmo sofrendo não aprende,
Porque as respostas verdadeiras só pertence ao espírito.
Um abraço

2006-08-29 23:25:36 · answer #4 · answered by filosofo 6 · 0 0

Não somos todos iguais, somos todos diferentes.
Alguns são mais jovens, outros mais velhos, alguns mais ricos outros mais pobres, mais ou menos talentosos, mais ou menos belos, mais ou menos queridos. Enquanto alguém tiver mais e outro menos
haverá inveja.

2006-08-29 22:04:47 · answer #5 · answered by Thomas C 2 · 0 0

O que acontece na verdade é que toda crítica feita ou recebida é uma projeção daquilo que não gostamos em nós mesmo. Quando alguém fala algo ao seu respeito, como uma caracterítca física por exemplo, significa que aquilo a incomoda. Os nossos medos e fraquezas estão refletidos nas outras pessoas. Se serve de consolo, você já viu algum(a) fofoqueiro(a) que seja bonito(a)?!!!

2006-08-29 21:53:41 · answer #6 · answered by zoião 2 · 0 0

As pessoas tem inveja das coisas mais variadas.
Pode ser que o bem ou o dom do outro, mesmo que insignificante te pareça mais desejável que o seu próprio, por chamar mais a atenção, trazer benefícios mais visíveis, etc.
Nem sempre o talento que temos, mesmo o oculto, é o que desejamos e que o outro possui

2006-08-29 21:40:39 · answer #7 · answered by Melly 2 · 0 0

A inveja não acontece só por causa de beleza fisica ou bens de consumo entre outros como você mesma disse até um dom que você tem causa esse sentimento repugnante nos outros
Há muito tempo eu me vi com esse tipo de sentimento hoje com a ajuda de Deus me vejo livre disso e consigo ser feliz como sou não só na aparencia mas com o que tenho
Isso acontece de forma involuntária quem sente nem percebe ou acham que não é mas existe um Deus todo poderoso que pode nos libertar da escravidão da inveja só basta que a gente queira eu consegui sair dessa escravidão

Beijos e uma ótima semana

2006-08-29 21:35:08 · answer #8 · answered by ♥Daniele♥ 6 · 0 0

justamente porque não damos valor a nós mesmos, quando acordarmos para o fato de que somos filhos de um mesmo pai (Deus), talvez deixemos de ter esses sentimentos inferiores.

2006-08-29 21:28:59 · answer #9 · answered by Celina 2 · 0 0

A inveja para mim é um sinônimo de incapacidade: de ser feliz como é, de aceitar o talento ou capacidade dos outros; de amar e ser amado, etc.

2006-08-29 21:28:14 · answer #10 · answered by jujuba 2 · 0 0

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