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2006-08-28 13:27:26 · 4 respostas · perguntado por Anonymous em Ciências e Matemática Outras - Ciências

4 respostas

A nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir do mais pequeno, usando as técnicas e ferramentas que estam a ser desenvolvidas nos dias de hoje para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado. Se conseguirmos este sistema de engenheria molecular, o resultado será uma nova revolução industrial. Além disso, teria também importantes consequências económicas, sociais, ambientais e militares.
Tal como já aconteceu com a eletricidade ou os computadores, a nanotecnologia melhorará em grande medida quase todas as facetas da vida diária. Como tecnologia de objetivos gerais, porém, teria um uso duplo, ou seja, teria múltiplas aplicações comerciais e também militares : seria possível produzir, por exemplo, armas e aparelhos de vigilância muito mais potentes . A nanotecnologia representa, portanto, incríveis vantagens para a humanidade mas também graves riscos.

2006-08-28 13:34:26 · answer #1 · answered by Tsunami 5 · 1 0

É a tecnologia empregada para criar e construir coisas em escala muito pequena, 100 mil vezes menor que um milímetro. Com essa tecnologia, é possível criar objetos e aparelhos cada vez menores, como marcapassos, celulares, câmeras e tudo mais que você imaginar, inclusive remédios e micro-robôs.

2006-08-29 04:59:14 · answer #2 · answered by betoz_sol 2 · 0 0

nanotecnologia, resumidamente, é um ramo da ciência que trata dos compostos que estão na ordem de tamanho dos angstrons (1A=10^-10). São estruturas moleculares muito pequenas, mas com enorme potencial em várias áreas, como os fulerenos e nanotubos de carbono.

alguns nanocompostos como os nanotubos de carbono possuem propriedades eletronicas interessantíssimas, podenser usados em chips, televisores (na tela), como sensores...

esses tempos li um artigo na science em que o pesquisador "viajava" (no bom sentido!) que daqui uns anos teria tintas com nanotubos que funcionaria como sensor de gases ou fumaça! tem muita coisa sendo pesquisada por aí!

aqui no brasil? muito poucos pesquisam, porque os nanocompostos são muito caros... por isso os produtos com nanocompostos não estão no mercado ainda (com excessõ de alguns que já estão!)

2006-08-28 13:45:17 · answer #3 · answered by viniquimica 4 · 0 0

A nanotecnologia está ligada à manipulação da matéria em escala nanométrica, ou seja, uma escala tão pequena quanto a de um bilionésimo do metro. Na escala nanométrica, os átomos revelam características peculiares, podendo apresentar tolerância à temperatura, cores, reatividade química, condutividade elétrica, ou mesmo exibir força de intensidade extraordinária. Estas características explicam o interesse industrial pelos nanomateriais que já são fabricados em toneladas para emprego em cosméticos, tintas, revestimentos, tecidos, catalisadores ou para proporcionar mais resistência aos materiais.

Multidisciplinar por natureza, a nanotecnologia tem o potencial de revolucionar amplamente vários campos tecnológicos e científicos, como os da biologia, da física, química e engenharia. Quando aplicada às ciências da vida recebe o nome de nanobiotecnologia. As proposições da nanobiotecnologia são inúmeras e falar delas pode, muitas vezes, parecer que se está descrevendo cenas de um filme de ficção científica.

No fantástico mundo da nanobiotecnologia será possível a invenção de dispositivos ultrapequenos que, usando conhecimentos da biologia e da engenharia, devem examinar, manipular ou imitar os sistemas biológicos. Assim, superfícies nanofabricadas com padrões estruturais poderiam fazer crescer artificialmente ilhas pancreáticas e reverter os efeitos da diabetes. Outros nanodispositivos poderiam funcionar como kits de reparo de neurônios para pessoas com mal de Parkinson ou doença de Alzheimer.

Certos dispositivos minúsculos seriam capazes de percorrer todo o organismo para encontrar e destruir vírus ou células cancerosas, reparar danos feitos pela radiação; outros poderiam transportar de forma ultraespecífica drogas diretamente para o alvo. Determinados dispositivos médicos, os nanorobôs, poderiam ter biomotores empregando energia do próprio organismo e partes móveis não maiores que uma molécula de proteína. Alguns deles poderiam ser usados para desobstruir os vasos sangüíneos.

Biossensores para poluentes ainda não possíveis com a tecnologia vigente constituem um outro alvo da nanobiotecnologia; aplicados à saúde pública, poderiam levar à detecção de contaminantes bacterianos em água e alimentos, encontrar melhores formas de detectar baixos níveis de toxinas ou proporcionar diagnósticos laboratoriais mais rápidos.

De maneira geral, a nanobiotecnologia poderá levar à descoberta acelerada de drogas, com menor custo.

Se por um lado ainda está longe (cerca de 10, 20 anos) a viabilidade de construção de grande parte desses nanodispositivos, hoje é bastante plausível o uso de nanossistemas para veiculação de drogas e tratamento de inúmeras doenças, como os que se baseiam em lipossomos e nanopartículas. Estes sistemas ficam especialmente interessantes se forem construídos a partir de materiais magnéticos.

Uma simples injeção pode liberar milhares e até milhões de partículas magnéticas, ou nanoímãs, na corrente sangüínea de uma pessoa. Essas partículas poderiam, a seguir, ser conduzidas para uma região específica do corpo por meio de um campo magnético externo. Uma das aplicações possíveis para esse sistema constituído por nanoímãs é o transporte de drogas quimioterápicas especificamente para a área do tumor, sem que estas drogas afetem os tecidos normais. Considerando que nos dias de hoje os quimioterápicos para câncer têm que ser administrados em altas doses para que possam destruir as células tumorais e que, sendo altamente tóxicos, acabam afetando também os tecidos normais do organismo, podendo gerar até mesmo um câncer secundário, esta aplicação da nanobiotecnologia assume importância considerável. É uma forma de se obter a maximização do efeito da droga, minimizando seus efeitos colaterais.

Uma outra aplicação interessante para as nanopartículas magnéticas vem da possibilidade de associá-las a anticorpos monoclonais, moléculas feitas sob medida para reconhecer e se ligar às células tumorais. A associação de partículas magnéticas às células tumorais aumenta a sensibilidade em exames de ressonância magnética, proporcionando um diagnóstico mais precoce de metástases tumorais uma vez que, dessa forma, é possível a detecção de metástases com menos de 1mm de diâmetro, o que é impossível atualmente. Como se sabe, a metástase é um dos graves problemas associados ao câncer, pois dificulta o extermínio total das células tumorais. Quanto mais cedo puderem ser detectadas, maiores as chances de que o tratamento para o câncer venha proporcionar um resultado favorável para o paciente. Mas as vantagens desse método não cessam aí. Uma vez detectada a presença de células tumorais por sua associação com as partículas magnéticas, pode-se fazer com que estas partículas comecem a vibrar pela ação de um campo magnético externo ao organismo. Essa vibração das partículas magnéticas dissipará o calor nas células tumorais associadas, provocando sua lise e morte. O processo, conhecido como magnetotermocitólise (morte celular por calor gerado magneticamente), é, portanto, uma aplicação fantástica dos processos nanobiotecnológicos, pois leva à destruição específica de células cancerosas, sem afetar as células normais dos tecidos vizinhos.

Um dos desafios para o uso das partículas magnéticas é controlar sua rejeição pelo organismo. Para tal, elas devem estar recobertas por material biocompatível. Outro não menos importante é ligar o anticorpo às partículas magnéticas de forma que ainda continue apto a encontrar as células tumorais.

Liderada pela Universidade de Brasília (UnB), esta pesquisa em nanobiotecnologia empregando sistemas magnéticos é alvo de pesquisadores das áreas de biologia, física e química que integram parte da Rede de Pesquisa em Nanobiotecnologia (MCT/CNPq).

A nanobiotecnologia tem levado à produção de novos materiais e, como é bastante recente, os riscos para a saúde humana e ambiente ainda não estão suficientemente avaliados. Pertencendo a uma escala nanométrica, as partículas podem atravessar poros e se acumular em determinadas células. Não se tem idéia dos efeitos de uma longa permanência de partículas magnéticas dentro do organismo. Por outro lado, penetrando em bactérias, as partículas poderiam vir a fazer parte de cadeias alimentares. Alertados para a necessidade de identificar o impacto dos novos nanomateriais na saúde, nosso grupo de pesquisa tem feito inúmeros estudos para melhor conhecer o comportamento biológico desses novos materiais.

Concretizar todo o potencial da biotecnologia não será tarefa fácil. Os nanobiotecnologistas precisarão dos conhecimentos das áreas envolvidas - biologia, física, química, farmácia, engenharia - cruzar barreiras, usar as habilidades e as linguagens das várias ciências que necessitam para fazer os sistemas vivos e os artificiais trabalharem lado a lado. Precisarão também dos incentivos e investimentos no desenvolvimento da área por parte do estado e do setor produtivo.

Zulmira G. M. Lacava é pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

Paulo C. Morais é pesquisador do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UNB).

2006-08-28 13:37:12 · answer #4 · answered by Lygia Gil 2 · 0 0

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