Olá Rico,
Uma pergunta como a sua precisa ser contextualizada para ser pelo menos JUSTA no enfoque de uma avaliação como esta.
Veja bem,
No programa Aprendiz, o Roberto Justus está procurando a contratação de um executivo que possa desempenhar a contento várias responsabilidades em sua organização.
Para envolver mais o público e não correr o risco desnecessário de parecer injusto, acho que ele precisaria compartilhar mais com os telespectadores como é o dia a dia na sua organização, quais as pressões e competências que um profissional precisa desempenhar para ser bem sucedido e o que ele realmente valoriza.
Acho este aspecto, uma das partes mais pobres e ignoradas do seu programa, certamente pouquíssimo exploradas.
Se não tivermos uma percepção mais apurada da realidade do dia a dia de suas empresas, fica difícil aceitar que ele sempre tenha procurado tomar a decisão mais justa e sensata.
Ele é o principal executivo envolvido neste processo de seleção para a sua organização, tendo auxiliares acompanhando todas as fases do processo.
Certamente ele tem a percepção, segundo seus valores, do que convém e o que não convém a um candidato.
Contudo, se ele não compartilhar isto com o público, correrá sempre o risco de ser mal interpretado e parecer injusto.
No ponto de vista de quem assiste o programa, a percepção do que é melhor ou pior num candidato sempre será, de alguma forma, dissonante da perspectiva direta dele como contratante.
Como nem tudo numa organização é um mar de rosas, existindo pressões, crises e conflitos, vejo que ele tem procurado em muitas situações agir de forma desconcertante com os participantes.
Não sei se ele faz isso para simular as pressões e os desafios do ambiente de trabalho, procurando avaliar as reações dos candidatos a este contexto.
Como ele não deixa isso claro, corre o risco de ser taxado de arrogante, metido e orgulhoso, deixando uma péssima impressão.
Acho o programa Aprendiz realista em alguns aspectos com o duro ambiente no mundo dos negócios, exigindo capacidade de trabalho em equipe, e capacidade para resistir a fortes pressões voltadas ao alcance de resultados.
De qualquer forma, faço uma severa crítica pessoal ao formato do programa.
Acho que há um grave equívoco no seu processo de avaliação das provas, tendo em vista os resultados para o qual o Roberto Justus tem apresentado interesse na escolha final do candidato.
Todas as provas do programa foram avaliadas pelo aspecto competitivo focado em RESULTADOS, prevalecendo este sobre RELACIONAMENTO.
Os RELACIONAMENTOS somente são avaliados como critério de exclusão para a equipe perdedora, nunca para a avaliação de desempenho da equipe ganhadora.
Ou seja, o programa sempre deu peso determinante para RESULTADOS e peso de eliminação para, RELACIONAMENTO em todos os programas.
Acho que os 2 aspectos precisam ser levados em conta, tanto para determinar a equipe vencedora da prova, como também para julgar por exclusão, o candidato a ser eliminado na equipe que perdeu.
O descuido por não adotar sistematicamente estes 2 critérios já colocou o programa Aprendiz em cheque, pelo menos para mim.
No Aprendiz anterior, entendo que o Roberto Justus ficou numa baita sinuca de bico para encontrar razões para contratar o Porcel e não a outra candidata (esqueci o nome), que ganhou mais provas do que ele e foi mais eficaz no alcance de resultados, inclusive na prova final.
Ele até pediu a opinião de pessoas da platéia, entre os quais um dos seus principais clientes (Presidente das Casas Bahia), que disse que sem dúvida alguma contrataria o Porcel pela sua capacidade de interagir de forma mais harmônica com as outras pessoas, embora não fosse tão eficaz no alcance de resultados.
Não acho que foi uma má escolha, contudo o enfoque do programa e sua abordagem ficou em cheque pois nunca privilegiou este aspecto na avaliação das provas, sendo dissonante sua adoção na escolha final, que a meu ver, prejudicou a outra candidata que procurou responder melhor dentro das regras de avaliação das provas.
A outra candidata preencheu todos os requisitos seletivos com desempenho mais forte que o Porcel e não perdeu, nem mesmo, a prova final.
Contudo, a mudança de abordagem quanto ao aspecto da importância do relacionamento no trabalho deu à escolha do Porcel um caráter de arbitrariedade no padrão de julgamento do Roberto Justus, a meu ver, péssima e lamentável para o formato que desenvolveu em todo o seu programa.
Acho que Relacionamento deve, sem dúvida alguma, ser um critério levado em conta em todas as provas, sendo dada uma nota qualitativa e outra quantitativa ao desempenho de cada equipe antes de declarar uma vencedora, apenas pelos resultados obtidos, sem avaliar a qualidade de como foram obtidos.
Do jeito que está, acho que o Roberto Justus terá maior probabilidade futura de encarar outras sinucas de bico, por desenvolver um programa polarizado em Resultados, precisando levar em conta o aspecto do Relacionamento na escolha, critério este ignorado nas provas anteriores para os vencedores.
Quanto a isto, responsabilizo o Roberto Justus por esta lamentável discrepância no formato de avaliação do programa Aprendiz.
Contudo, não julgo que ele seja propriamente uma pessoa injusta, pode estar equivocada, mas não, má intencionada.
Um grande abraço !!!
2006-08-28 09:47:47
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answer #1
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answered by Peregrino 6
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