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E surgiu as monarquias absolutistas??

2006-08-28 06:23:29 · 3 respostas · perguntado por Renata 2 em Governo e Política Outras - Governo e Política

Entrou ***

2006-08-28 06:29:28 · update #1

3 respostas

Porque todos perceberam que a vida nas cidades é melhor do que viver de uma agricultura de subsistência e as guerras na Europa estavam diminuindo, não necessitando assim viver num feudo que protegia a população.

2006-08-28 06:31:22 · answer #1 · answered by Ignácio M 6 · 0 0

Surgiram ... e não "surgiu"....

Mas vamos lá!

A Crise do Feudalismo



Durante o século XIV, uma grave crise econômica e social atingiu a vida do homem medieval. Este processo de crise culminará definitivamente com a desagregação da sociedade feudal, marcando a fase de transição da Idade Média à Idade Moderna.
Os fatores que desencadearam a grande crise do século XIV foram vários, dentre os quais devemos destacar aqueles que, na opinião de muitos historiadores, compõem a chamada "triologia" da crise feudal: a fome, a peste e as guerras.
O final da Baixa Idade Média é marcado, portanto, por um período de acentuada e generalizada crise, composta por vários fatores de origem econômica e social que assolaram a Europa.
Primeiramente, com relação à fome, é preciso ressaltar que a estagnação das técnicas agrícolas somada ao crescimento demográfico geraram um enorme desequilíbrio entre a produção e o consumo. A falta de alimentos fez com que o solo fosse mais utilizado, comprometendo ainda mais sua produtividade e agravando a escassez de alimentos. Ou seja, em virtude do uso constante, a terra perde sua qualidade, causando o empobrecimento cada vez maior da atividade agrícola.
A esse quadro de saturação da economia agrícola, alguns historiadores acrescem fatores de natureza geográfica para apontar as razões que desencadearam a grande fome do século XIV. Acredita-se que, nesse período, houve uma repentina mudança no clima europeu, que o tornou mais úmido e frio, dificultando o trabalho e a produção agrícola. Além desses aspectos, o historiador Phillippe Wolf acrescenta ainda que: " O problema de subsistência na Europa é explicado pelas más condições de armazenagem que provocavam perdas consideráveis, por apodrecimento do trigo, por extensão de diversas doenças que o tornavam impróprio ao consumo e, finalmente, pelos hábitos alimentares demasiado uniformes (o milho, por exemplo, ainda não era conhecido, nem tampouco a batata, que mais tarde terão um papel importante na alimentação). Uma colheita fraca bastava para ameaçar o equilíbrio entre a oferta e a procura; duas seguidas inevitavelmente provocavam a fome".

Veja Mais! A Crise Geral do Sistema Feudal

Idade Média - História Geral - Brasil Escola



A crise geral do Sistema Feudal



O determinante mais profundo desta crise provavelmente estará num emperramento dos mecanismos de reprodução do sistema até o ponto das suas capacitações básicas. A recuperação dos solos, motor da economia feudal por três séculos, acabou ultrapassando os limites objetivos da estrutura social e das terras disponíveis. O solo se deteriorava por causa da pressa e do mau uso.
Paralelamente, importantes alterações do quadro natural provocaram sérias conseqüências. Durante o século XIII ocorrera uma expansão das áreas agrícolas, devido ao aproveitamento das áreas de pastagens e à derrubada de florestas. O desmatamento provocou alterações climáticas e chuvas torrenciais e contínuas, enquanto o aproveitamento da área de pastagens levou a uma diminuição do adubo animal, o que se refletirá na baixa produtividade agrícola.

Com as péssimas colheitas que se verificaram, ocorreu uma alta de preços dos produtos agrícolas. Os europeus passaram a conviver com a fome.
Em particular, parece claro que o motor básico da recuperação dos solos, que impulsionara toda a economia feudal por três séculos, acabou ultrapassando os limites objetivos da estrutura social e das terras disponíveis.
A população continuou a crescer e a produção caiu nas terras marginais ainda disponíveis para uma recuperação aos níveis da técnica existente, e o solo deteriorava por causa da pressa e do mau uso. As terras aradas mais antigas, por outro lado, estavam sujeitas ao desgaste e deterioração pela própria antiguidade de seu cultivo. Assim, o progresso da agricultura medieval incorria agora em suas próprias perdas.

A derrubada de florestas e as terras desoladas não haviam sido acompanhadas de um cuidado comparável em sua conservação: normalmente havia pouca aplicação de fertilizantes, de maneira que a camada superior do solo muitas vezes era rapidamente exaurida, as enchentes e as tempestades de poeira se tornaram mais freqüentes.
Além disso, a diversificação da economia feudal européia junto com o crescimento do comércio internacional havia levado algumas regiões a diminuir a produção de milho, dos cereais, à custa de outros (vinhas, linho, lã ou pecuária) e assim, a um aumento na dependência da importação e aos perigos correlatos.
Estes fatos são uma clara evidencia de uma crise nas forças de produção dentro das relações de produção predominantes.

Os índices de mortalidade aumentaram sensivelmente e, no século XIV, uma população debilitada pela fome teve que enfrentar uma epidemia de extrema gravidade: a Peste Negra, que chegou a dizimar cerca de 1/3 dos habitantes da Europa.
Neste panorama desolador, esta a crise estrutural determinada pela catastrofe da Peste Negra, vinda da Ásia em 1348. este foi um acontecimento externo à História da Europa, que se abateu contra ela de maneira um tanto assemelhada ao que a colonização européia fez às sociedades americana ou africana (o impacto de epidemias no caribe talvez proporcione uma comparação).
Depois disto, eclosões de pistilência tornaram-se endêmicas em muitas regiões. Combinando a estas repetidas pragas, o imposto cobrado por volta de 1400 ia em torno de dois quintos do rendimento bruto.

O resultado foi uma devastadora escassez de mão-de-obra, exatamente quando a economia medieval tinha sido atingida por graves contradições.
A classe nobre, ameaçada pelas dívidas e pela inflação, agora confortava-se com uma força de trabalho dizimada e descontente. Sua reação imediata foi tentar recuperar o excedente prendendo o campesinato às terras senhoriais ou baixando os salários na cidade e no campo.
No entanto, a tentativa senhorial de reforçar as condiçoes servis e fazer a classe produtora pagar os custos da crise agora encontrava resistência violenta e desenfreada – muitas vezes liderada por camponeses mais educados e mais prósperos, e mobilizando as mais profundas paixões populares.

Dificuldades econômicas de toda ordem assolavam a Europa, que passou a conviver com um outro problema: o esgotamento das fontes de minérios preciosos, necessários para a cunhagem de moedas, levando os reis a constantes desvalorizações da moeda. Isso só fazia agravar a crise.
A economia urbana, ao mesmo tempo, agora atingia alguns obstáculos críticos para seu desenvolvimento. Mas o meio básico para a troca de bens sem duvida fora apanhado pela crise: das primeiras décadas do século XIV em diante houve uma escassez de dinheiro que inevitavelmente afetou as operações bancárias e o camércio. As razões subjacentes para esta crise monetária são obscuras e complexas. Seu fator central era um limite objetivo das próprias forças de produção.

A extração de prata, a que estava conectado organicamente todo o setor urbano e monetário, deixou de ser praticável ou rentável nas principais zonas mibeiras da Europa Central, porque já não havia meio de cavar poços mais profundos ou de refinar minérios impuros.
A falta de metais levou a repetidas adulteraçoes na cunhagem em vários países sucessivamente, e daí a uma inflação em espiral.
No plano social, ao lado dos problemas já levantados, importa verificar o crescimento de um novo grupo: a burguesia comercial, residente em cidades que tendiam para uma expansão cada vez maior, pois passaram a atrair os camponeses e os elementos “marginais” da sociedade feudal.

Politicamente, a crise se traduz pelo fortalecimento da autoridade real, considerado necessário pela nobreza, temerosa do alcance das revoltas camponesas. A unificação política, ou surgimento dos Estados Nacionais, aparece, desta forma, como uma solução política para a nobreza manter sua dominação.
Finalmente, a crise se manifesta também no plano espiritual—religioso. Tantas desgraças afetaram profundamente as mentes dos homens europeus, traduzindo-se em novas necessidades espirituais (uma nova concepção do homem e do mundo) e religiosas (a igreja Católica não conseguia atingir tão facilmente os fiéis, necessitados de uma teologia mais dinâmica).
A crise geral do feudalismo no século XIV foi basicamente causada por uma escalada continua da exploração nobre a partir do século XI, que provocou revoltas camponesas cumulativas e desta maneira um colapso da velha ordem. Esta crise é o ponto de partida para se compreender o processo de transição do Feudalismo ao Capitalismo.
A crise do sistema geral do feudalismo no século XIV foi basicamente causada por uma escalada continua da exploração nobre a partir do século XI, que provocaram revoltas camponesas cumulativas e desta maneira um colapso da velha ordem.

Texto escrito por Patrícia Barboza da Silva

Referencias bibliográfica:
FERREIRA, José Roberto Martins, História. São Paulo: FTD; 1997.
MORAES, José Geraldo. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual. 1994.

Idade Média - História Geral - Brasil Escola

2006-08-28 13:36:54 · answer #2 · answered by regina o 7 · 0 0

pq a forma d governo usada no feudalismo estava se tornando muito abusiva e primitiva para um povo que estava em constante evolução e resolveu-se que estava na hora de acabar com o absolutismo dos senhores feudais e implantar outra forma governamental.

2006-08-28 13:32:23 · answer #3 · answered by pencito_paladino 2 · 0 0

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