Resumidamente, o que precisamos fazer para sermos felizes tanto agora, como após a morte de nosso corpo fÃsico é cultivarmos a nossa reforma Ãntima (melhoramento de nós mesmos), a caridade, o amor ao próximo, a Deus e a nós próprios, a sabedoria e o conhecimento superior, por isso, a oração, a prática de trabalhos e estudos edificantes, boas músicas, boas leituras, o sorriso, bons pensamentos, boas palavras, boas ações, boas canções, a prática de esportes, a realização de trabalhos voluntários em favor de pessoas mais carentes, e a prática da caridade são receitas de felicidade em nossa vida. Cito abaixo alguns textos que explicam detalhadamente o que é preciso para sermos felizes verdadeiramente antes e depois de nossa morte:
1. Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os anjos, sentar-se-á no trono de sua glória; - reunidas diante dele todas as nações, separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas, - e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.
Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princÃpio do mundo; - porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; - estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.
Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? - Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? - E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? - O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.
Dirá em seguida aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de mim, malditos; ide para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos; - porquanto, tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber; precisei de teto e não me agasalhastes; estive sem roupa e não me vestistes; estive doente e no cárcere e não me visitastes.
Também eles replicarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e não te demos de comer, com sede e não te demos de beber, sem teto ou sem roupa, doente ou preso e não te assistimos? - Ele então lhes responderá: Em verdade vos digo: todas a vezes que faltastes com a assistência a um destes mais pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo.
E esses irão para o suplÃcio eterno, e os justos para a vida eterna. (S. MATEUS,cap. XXV, vv. 31 a 46.)
2. Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? - Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na lei? Que é o que lês nela? - Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espÃrito, e a teu próximo como a ti mesmo. - Disse-lhe Jesus: Respondeste muito bem; faze isso e viverás.
Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: Quem é o meu próximo? - Jesus, tomando a palavra, lhe diz:
Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. - Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. - Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. - Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. - Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. - No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caÃra em poder dos ladrões? - O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. - Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)
3. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoÃsmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade: Bem-aventurados, disse, os pobres de espÃrito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacÃficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quererÃeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros.
Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoÃsmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explÃcitos como condição absoluta da felicidade futura.
No quadro que traçou do juÃzo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.
Naquele julgamento supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que cru de outro'? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade.
Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoÃsmo.
A ti mesmo deves prometer
Ser tão forte que nada seja capaz de perturbar a paz da tua mente.
Falar a todos quanto encontrares, de felicidade, de saúde e de prosperidade.
Valorizar a todos os seus amigos.
Pensar somente no melhor, trabalhar unicamente pelo melhor e contar unicamente com o melhor.
Ser tão justo e tão entusiasta a respeito do êxito dos outros quanto o és em relação ao teu próprio.
Esquecer os erros do passado e concentrar as tuas energias nas grandes conquistas do futuro.
Manter sempre um semblante alegre, oferecendo um sorriso para todas as criaturas que encontrares no teu caminho.
Aplicar tanto tempo no melhoramento de ti mesmo que não sobre um único momento para criticar os outros.
Ser demasiado grande para te afligires, demasiado nobre para te irritares, demasiado forte para que te invada o temor, demasiado feliz para sentires contrariedades.
Ter uma excelente opinião de ti mesmo e proclamar isso ao mundo - não com altissonantes palavras, senão com grandes obras.
Ter a firme convicção de que o mundo está ao teu lado enquanto te mantiveres fiel ao que de melhor em ti existe.
Antes de falar, pensa cuidadosamente se o que vais dizer é verdadeiro, bom e útil; e se carece destas três qualidades, abstém-te de o dizeres.
(Divulgado pelo O.E.O. de New York)
Deus, o Servidor
Toda a natureza é um anelo de “serviço”.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu; onde houver um erro para corrigir, corrige-o tu; onde houver uma tarefa que todos recusam, aceita-a tu.
Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.
Há alegria de ser sincero e de ser justo; há, porém, mais que isso, a formosa, a imensa alegria de servir.
Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar!
Não te seduzam as obras fáceis. à belo fazer tudo o que os outros se recusam executar.
Não cometas, porém, o erro de pensar que só tem merecimento as grandes obras; há pequenos préstimos que são bons serviços: enfeitar uma mesa, arrumar uns livros, pentear uma criança...
Aquele é quem critica, este é quem destrói, sê tu quem serve.
O servir não é próprio de seres inferiores. Deus que nos dá o fruto e a luz, serve. Poderia chamar-se: o Servidor.
E Ele tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta todos os dias: Serviste hoje? A quem? à árvore, ao teu amigo, à tua mãe?
(Gabriela Mistral - Poetisa chilena)
Os Três Amigos do Homem
Toda a milenar batalha do Evangelho na Terra consiste no esforço hercúleo por resgatar o espÃrito humano da prisão da matéria para a liberdade do espÃrito. Do vÃcio para a virtude. Do tormento para a suavidade.
A dificuldade da redenção está no fato de que as sensações ligadas à matéria e ao momento que passa produzem prazeres imediatos, enquanto que as alegrias espirituais - conquanto incomparavelmente mais grandiosas - têm que ser cultivadas paciente e heroicamente nos embates do dia a dia.
Infelizmente, vivemos num meio cultural em que tudo parece empurrar-nos, desde a infância, rumo à s atitudes do egoÃsmo individual e grupal, bem como ao imediatismo do aqui e agora. Quase toda a educação consiste em dotar os novos indivÃduos para sobreviver e prosperar por si mesmos, tanto quanto possÃvel, dentro de um entendimento pobre do que sejam sobrevivência e prosperidade.
Ao mesmo tempo, o espÃrito de grei como que aprisiona o ser ao estreito cÃrculo familiar, primeiro ao de sua origem filial, depois ao da famÃlia que ele constitui e entende ser do seu dever preservar e projetar o mais longe e alto possÃvel, ainda que à custa de elementares princÃpios de fraternidade e de solidariedade humanas.
O homem deveria compreender, no entanto, que, peregrinando por este mundo expiatório, não serão somente a comodidade e o contentamento imediatos, nem a projeção social, própria e do cÃrculo de parentesco, que lhe garantirão a felicidade real, mas, ao contrário, quanto mais tenha feito em prol da autodisciplina e do bem dos semelhantes, independentemente de consangüinidade e de interesses outros, é que mais garantirá ventura inalterável.
A propósito dessa eterna disputa entre o material e o espiritual, o imediato e o remoto, vejamos um apólogo lá das terras do oriente, captado por Malba Tahan e constante do seu livro "Lendas do Céu e da Terra", sob o tÃtulo "Os três amigos do homem":
"Era uma vez um homem que tinha três amigos. A todos dedicava grande interesse e não os esquecia um só momento.
Um dia o homem foi chamado a comparecer ao Tribunal, perante o Grande Juiz.
Assustado, na incerteza do que poderia acontecer, procurou o primeiro amigo e pediu-lhe auxÃlio.
- Nada posso fazer em teu favor - respondeu o primeiro amigo. Pagarei, apenas, as despesas de tua viagem!
O homem recorreu ao segundo. Este lhe disse:
_ Tenho muito medo desse Juiz que vai decidir sobre teu destino. Só posso levar-te, meu caro, até a porta do Tribunal.
Diante do embaraço em que se achava, apelou o homem para o último amigo que lhe restava.
O terceiro amigo atendeu, sem hesitar, ao pedido do homem: acompanhou-o até a presença do Juiz e esforçou-se, com dedicação e carinho, pela sua absolvição.
Sabem quais são os três amigos do homem?
O primeiro é o Dinheiro: o segundo, a FamÃlia e o terceiro, as Boas Ações.
Quando o homem morre e é levado ao Tribunal de Deus, o Dinheiro não o acompanha, apenas pode custear-lhe um féretro mais ou menos pomposo; a FamÃlia, compungida, vai levá-lo até o cemitério, passando a olvidar-lhe a memória desde o retorno. As Boas Ações é que vão com ele ao Supremo Julgador e falam alto em seu favor..."
ALÃM DA MORTE
Cumprida mais uma jornada na terra, seguem os espÃritos para a pátria espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências fÃsicas.
Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios.
São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne.
São os mesmos homens que eram antes da morte.
A desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes.
Não lhes outorga tÃtulos, nem conquistas. Não lhes retira méritos, nem realizações.
Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu.
Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atingem o grande porto. Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável travessia.
A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade.
Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando incessantemente endereços que não conseguem localizar.
Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades. Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações.
Os escravos do prazer prosseguem inquietos. Os servos do ódio demoram-se em aflição. Os companheiros da ilusão permanecem enganados. Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas. Os amigos da ignorância continuam perturbados.
Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos espÃritos superiores. Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são esquecidos ou abandonados pelo AuxÃlio Divino.
Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal providência divina.
Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver.
A morte a todos aguarda. Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável. Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade.
A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução.
A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal.
Cada dia de que dispomos na carne é nova chance de recomeço.
Tal benefÃcio deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores que resistem à própria morte. Na contabilidade divina a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos.
Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
***
Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência,
continuaremos vivendo, em outro plano e em condições diversas. Estaremos, no entanto, imbuÃdos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da morte.
A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos preparado para ela. Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã.
Pense nisso.
(Divaldo Pereira Franco _ EspÃrito OtÃlia Gonçalves)
2006-08-26 16:12:13
·
answer #7
·
answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
·
0⤊
0⤋