A verdadeira história de Inês de Castro, aquela que deu origem ao ditado “Agora Inês é Morta”
Filha bastarda de um fidalgo galego, Inês de Castro veio para Portugal como companhia de D. Constança, que vinha para se casar com o infante d. Pedro, futuro rei de Portugal. Logo surgem os rumores de um romance entre o príncipe e a moça. Para abafar o caso, o rei e sua nora decidem fazer de Inês madrinha do primeiro filho do casal. Isso significava criar laços de parentesco intransponíveis entre os amantes. Porém, D. Constança morre durante o parto do único filho que sobreviveria, o infante D. Fernando. Com isso, o casal de amantes une-se ainda mais. Chegam a ter quatro filhos, um dos quais morre.
O escândalo amoroso ganha mais forma com as preocupações políticas. Os irmão de Inês eram inimigos do rei de Castela. O povo temia que D. Pedro, por amizade a eles, entrasse numa guerra aventureira contra Castela e submetesse Portugal ao jugo castelhano. O terror político, mais do que os valores morais, levam o Conselho Real a decidir pela morte de Inês de Castro, o que acontece em 7 de janeiro de 1355, quando D. Pedro havia saído para caçar. Inês foi degolada e enterrada na igreja de Santa Clara.
A vingança não tardaria. O infante provoca praticamente uma guerra civil contra seu pai e os três conselheiros responsáveis pelo assassinato. Com o tempo, D. Pedro se contém e assina um “pacto de concórdia com o Rei.
A situação, porém, não se manteria assim. Dois anos depois, morre D. Afonso. D. Pedro, agora senhor da situação, persegue os assassinos de Inês refugiados em Castela. Dos três um conseguiria fugir. Os outros dois foram assassinados com requintes de crueldade: tiveram o coração arrancado, um, pelo peito, o outro, pelas costas. Esse era um ritual de vingança comum na Idade Média: os culpados eram punidos com a amputação da parte do corpo sobre o qual fora praticado o crime. Ferido no coração, esse fora o órgão escolhido por D. Pedro para se vingar.
A segunda parte da vingança incluía a exaltação de Inês. Passados sete anos de sua morte, o rei decide fazer um traslado do corpo em noite triunfal, com o povo iluminando as dezessete léguas de distância entre Coimbra e Alcobaça, onde fora preparado o túmulo real daquela que seria rainha depois de morta. Lá, uma estátua da moça foi coroada com todos os rituais de celebração.
2006-08-24 18:12:53
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answer #1
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answered by Leandro Piazzon 4
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Putz...pra mim surgiu agora, de vc...rs
Beijos.
2006-08-25 02:42:56
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answer #2
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answered by Anonymous
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"A expressão 'agora é tarde, Inês é morta', hoje em aplicada nos casos em que a solução do problema só aparece quando o desenlace já aconteceu".
2006-08-25 00:36:30
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answer #3
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answered by Barely Human 3
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