Eta perguntinha difícil. Devo avisar que eu não tenho pretenções de responde-la como se deve, mas... Durante o período da República Velha o Brasil tinha um modelo econômico baseado somente na exportação de café. Decerto você já ouviu falar na política do café com leite (São Paulo e Minas). Assim a produção de leite também era forte, mas não como produto de exportação. Com o café (que era a principal "vantagem comparativa" do Brasil segundo Celso Furtado) o Brasil formava a "elite" econômica mundial no que se refere ao café, intervindo no seu preço e ect. Contudo, quem era produtor de café fazia parte daquele grupo chamado por Raimundo Faoro de "Os Donos do Poder". Estes Donos do Poder (que governam nossa vida até hoje), eram as oligarquias rurais de então, sendo mais proveitoso para eles a exportação de seu produto do que a geração de um mercado interno. Ora, a escravatura havia acabado no "dia anterior", quem ia consumir o quê? Foi somente a partir da década de 30 (Estado Novo), com a crise de 29 e o governo autoritário de Vargas com sua política de aliança entre as classes, que possibilitou uma primeira respirada na direção da formação de um parque produtivo. Mas isso era só o começo, pois na verdade o que foi privilegiado, segundo Michel Kalec (outro teórico chato) era a indústria de produção de bens assalariados - roupas, sapatos, cama etc, e não a indústria de bens de capital ou de FBCF (formação bruta de capital fixo).
Detalhe importante: os mesmos Donos do Poder que acabaram com o sonho desenvolvimentista de Irineu de Souza Evangelista (Barão de Mauá) e isso ainda no Brasil império.
2006-08-24 09:40:05
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answer #1
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answered by livramento 2
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