Os mapas mais antigos que se conhecem foram encontrados na antiquíssima cidade de Çatal Hüyük, na Turquia, e datam de cerca de 6200 a.C., estando pintados numa parede. Com a invenção do papel passaram os mapas a ser desenhados em folhas (talvez daí subsista quase como sinónimo a palavra carta. Na Idade Média, os mapas em uso na Europa eram frequentemente centrados em Jerusalém, e com o Oriente para cima.
Um dos grandes passos na evolução dos mapas é dado na época dos Descobrimentos, quando as áreas representadas eram bem maiores que anteriormente e havia a necessidade de obter bons níveis precisão posicional para conseguir navegar com relativa segurança.
Se o mapa cobrir uma grande área da superfície terrestre, de modo a que a curvatura da Terra ou a ondulação do geóide possam já influir na medição de distâncias e na precisão pretendida na representação, ter-se-á de escolher uma projecção cartográfica. Matematicamente, esta é uma função que transforma coordenadas polares ou geodésicas (latitude, longitude) em coordenadas do plano do mapa. Necessariamente, isto provoca distorção.
Um dos elementos fundamentais dos mapas modernos é a presença de uma escala, que permite determinar as dimensões reais dos objectos cartografados e medir distâncias (a escala é um quociente entre a medida no mapa e a medida real correspondente). Quanto maior é a escala, maior o detalhe.
Há também mapas que apenas representam a posição relativa dos objectos e não permitem retirar conclusões sobre as distâncias entre eles. Exemplos são os mapas do metro de muitas cidades.
Como representações abstractas do mundo os mapas não são neutrais e devem ser interpretados cuidadosamente: uma das razões é a distorção provocada pela projecções cartográficas, que pode induzir em erro quanto à comparação de áreas distintas, por exemplo. Os objectos que se representam num mapa dependem do tipo de uso para o qual este é elaborado. Por exemplo, um mapa de estradas dará importância à rede viária ao representar os vários tipos de vias, os cruzamentos e as distâncias entre cidades. Um mapa geológico caracterizará do ponto de vista da geologia o solo numa dada região. Um mapa político mostrará as fronteiras ou outras divisões administrativas. Um mapa para navegação marítima dará prioridade à localização de faróis, portos e relevo submarino.
A cartografia sofreu uma verdadeira revolução com a aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica e do Sistema de Posicionamento Global a partir do final do século XX. Esta revolução opera-se não apenas a nível da produção mas também da circulação, manipulação e utilização de informação espacial. É fácil hoje produzir um mapa personalizado no computador ou obter um outro, de qualquer local do mundo, na internet.
2006-08-24 04:42:14
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