A funções do corpo técnico de informática devem servir para possibilitar o bom funcionamento dos serviços que os sistemas disponibilizam para os usuários. O elenco destes serviços é muito grande para ser descrito aqui, mas vai desde os mais simples aplicativos de correio eletrônico e edição de texto até os mais complexo aplicativos de tratamento de dados, cálculo numérico e processamento simbólico, para citar alguns.
Listamos a seguir as funções que precisam ser desempenhadas pelo pessoal técnico ligado a um sistema de informática bem desenvolvido. Em sistemas menos desenvolvidos, possivelmente apenas destas funções deverão ser realizadas localmente, e outras serão desnecessárias. Esta lista inclui apenas as atividades básicas de suporte ao conjunto de todos os usuários do sistema. Não estão incluídas atividades de apoio direto a usuários individuais, de forma a manter a dimensão do corpo técnico necessário dentro de limites aceitáveis. Vamos classificar as atividades em quatro tipos: análise, operação, suporte e administração.
Atividades de Análise:
Gerenciamento:
◦ de sistemas (contas, segurança);
◦ de rede (endereços “IP”, “name service”);
◦ de acesso remoto (“modens”, “ppp”);
·Instalação e manutenção de “software”:
◦ de redes;
◦ de sistemas;
◦ de aplicativos.
Configuração:
◦ de “hardware”;
◦ de “software” de sistemas;
◦ de “software” de aplicativos;
◦ de sistemas em rede, para o compartilhamento de recursos tais como discos e impressoras.
Programação e documentação:
◦ de ambientes de usuários;
◦ de documentação WWW (“webmaster”).
Atividades de Operação
Rotinas de Operação:
◦ “backup”;
◦ limpeza técnica;
◦ fitas e impressoras.
Rotinas de manutenção:
◦ manutenção de “hardware”;
◦ pequenas consertos.
Instalação:
◦ de redes;
◦ de “hardware”;
◦ de upgrades de “hardware”;
Atividades de Suporte
Orientação:
◦ relativa às utilidades do sistema;
◦ relativa a aplicativos.
Assessoria:
◦ para projetos técnicos;
◦ para solicitações de fundos;
◦ para planejamento de aquisições;
◦ para a elaboração do orçamento de informática da unidade.
Treinamento:
◦ de estagiários;
◦ de usuários.
Atividades de Administração
· Acompanhamento de atividades de manutenção;
· Acompanhamento de atividades de aquisição;
· Solicitações de consertos em período de garantia e relacionamento com fornecedores;
· Secretarial, incluído ofícios, organização de documentos, organização de manuais e outras formas de documentação técnica;
· De pessoal técnico e administrativo.
3 - Critérios de Alocação de vagas
Uma das questões básicas a abordar é a definição de critérios para a alocação às unidades de vagas para pessoal técnico. Existe a necessidade da alocação de técnicos e analistas em quantidade e proporções variadas para cada tipo de sistema. O critério deve definir os números de técnicos e analistas adequados para o caso de cada unidade.
O critério deve se basear numa caracterização do porte e tipo de cada sistema, incluindo pelo menos os seguintes elementos: valor de mercado do parque instalado, relativo somente aos equipamentos patrimoniados; número de usuários; dimensão dos principais componentes do sistema; número de pontos ativos na rede; intensidade e tipo de uso dos sistemas.
A avaliação do porte e tipo de cada sistema deve ser feita pelo CCE, que deverá emitir parecer técnico a respeito. Para as redes mais desenvolvidas, esta avaliação pode ser uma tarefa complexa, entretanto ela pode ser facilitada, neste caso, através do fornecimento ao CCE de uma conta institucional no sistema da unidade, com privilégios normais de usuários, o que permitiria uma avaliação direta do sistema.
4 - Classificação dos Sistemas Locais
Acreditamos que é possível classificar os sistemas quando ao seu tipo, de forma muito geral, em três grupos, que descrevemos a seguir:
· Sistema sem servidores locais;
· Sistemas com servidores locais, sem sistema operacional Unix;
· Sistemas com servidores locais, com sistema operacional Unix.
Enquanto os dois primeiros grupos estão bastante bem definidos, o terceiro pode ser subdividido em toda uma gama de sub-níveis diferentes. Em geral, estes sistemas tendem a ser heterogêneos, com múltiplos tipos de plataforma. É para os sistemas deste tipo que as maiores dificuldades são encontradas, em termos de disponibilidade de pessoal técnico suficientemente qualificado. Uma característica importante para a classificação das redes mais avançadas deve ser o nível de distribuição física dos recursos acoplado à unicidade lógica do sistema como um todo.
De forma muito geral, imaginamos o seguinte perfil para os times de suporte aos sistemas variados níveis: sistemas nestes variados níveis: sistemas simples e de porte muito pequeno não têm pessoal técnico local fixo nas unidades, e se apóiam na estrutura central do campus; nos demais casos existe pessoal técnico local fixo, e a estrutura central do campus funciona como “backup”. Neste último caso, por motivos técnicos, organizacionais e de segurança, convém que o número mínimo de funcionários de informática alocados à unidade seja de duas pessoas.
O pessoal técnico de cada unidade deve manter um relacionamento com os centros de informática dos respectivos campi, de forma a poder obter deles apoio e assessoria, permitindo assim um melhor suporte aos usuários e sistemas locais.
5- Organograma dos Corpos Técnicos
Como já foi dito na introdução, quase nenhuma unidade dispõe de uma estrutura no seu organograma para acomodar o pessoal técnico da área da informática. Este fato leva a uma dispersão do trabalho deste pessoal, com uma consequente dificuldade para a racionalização dos serviços, o que poderia ser obtido com o seu agrupamento funcional. Outra dificuldade está no fato de algumas das poucas estruturas existentes situarem-se em departamentos, causando dificuldades para a direção das unidades no que tange ao seu aproveitamento no âmbito da unidade.
Por estes motivos, sugerimos que os organogramas funcionais das unidades sejam incrementados com Setores de Informática, alocados juntos à diretoria de cada unidade, e sob a sua supervisão. Em princípio, todo o pessoal técnico de informática da unidade deve ser alocado neste Setor de Informática.
É muito importante frisar que as unidades devem possuir também, paralelamente ao seu Setor de Informática, uma Comissão de Informática constituída de docentes. A Comissão de Informática deve assessorar o diretor da unidade sobre políticas a serem seguidas na área, inclusive quanto à determinação das prioridades para as atividades do Setor de Informática. A exemplo da CCI, recomendamos que a chefia do Setor de Informática participe, com direito a voz mas sem direito a voto, das reuniões da Comissão de Informática da unidade, com o intuito de facilitar a comunicação entre estes dois órgãos.
6- Assistência Centralizada às Unidades
É recomendável que este programa, cujo objetivo é prover as unidades de corpos técnicos e de estruturas adequadas para cuidarem dos seus assuntos de informáticas, seja acompanhado de várias ações centralizadas com o intuito de dar assistência às unidades, área em que muitas delas tem pouca experiência local, tanto de ação quanto de decisão.
Duas atividades podem ser fortemente beneficiadas através de assistência central: a seleção do pessoal e o seu treinamento. Quanto à seleção, as unidades poderiam receber sugestões sobre os termos dos editais dos processos seletivos, e recomendações tanto sobre as habilidades a serem procuradas quanto sobre os critérios mais adequados a serem usados no julgamento. Havendo interesse, poderiam até ser organizados processos seletivos centralizados para suprir as unidades de pessoal adequado na área.
Os aspectos de uma ação assistencial de treinamento e de re-treinamento são bastante complicados, e merecem um estudo em separado, o que poderia ser feito no âmbito do GATI (Grupo de Assessoramento Técnico de Informática). É preciso lembrar que no momento atual existe grande dificuldade de contratação de profissionais já experientes no suporte aos sistemas modernos de informática, principalmente os mais complexos, como os sistemas baseados em Unix. Neste sentido, um esforço organizado para o treinamento dos analistas contratados seria de grande valia para todo o sistema universitário. Lembramos também as possibilidades de re-treinamento de pessoas de outras áreas para o exercício de funções de informática, e de re-treinamento de pessoas que já atuam na área da informática. Um outro programa que poderia incrementar o rendimento técnico do conjunto de funcionários de informática da Universidade seria o estabelecimento de um mecanismo que facilitasse o intercâmbio de pessoal entre as unidades e o órgãos centrais, facilitando a troca de experiências entre os funcionários. Outra vez, os detalhes de um programa deste tipo devem ser cuidadosamente analisados e estas análises poderiam ser feitas no âmbito do GATI.
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Utilidades
2006-08-23 05:17:19
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answer #3
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answered by Mauricio 7
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Quase nada, a não ser quando tem que implantar a rede, aí ele vai trabalhar como um condenado, no resto fica em casa coçando o saco e respondendo perguntas no YRespostas esperando alguém ligar com problemas.
Agora o que eu faço:
Projetos de Redes Estruturadas;
Projetos de Redes sem fio;
Projetos de Redes Metropolitanas;
Manutenção em equipamentos de rede (Hub/Switch, Access Point, Placa de Redes, Cabeamento);
Manutenção Lógica de PC´s e Servidores Linux/Windows;
Configuração de Roteadores;
Suporte ao cliente;
Há um monte de coisa, agora depende de onde você faça seu curso, pois dependendo do curso, eles não te ensinam 10% do que você realmente precisa saber.
2006-08-23 02:48:09
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answer #4
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answered by J3@? 4
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