Vicente Yanéz Pinzón
Pinzón foi um navegador espanhol que participou da primeira viagem de Cristóvão Colombo à América, tendo sido um dos financiadores da expedição e o comandante da caravela Niña, tripulada por 24 homens. Sua embarcação foi incumbida de socorrer a caravela Santa Maria, que encalhou em 25 de dezembro de 1492 na costa da ilha de São Domingos. De volta à Espanha, em 1495 obteve licença para empreender novas expedições ao novo continente. Quatro anos depois, partiu com uma esquadra de quatro caravelas tendo sido considerado o primeiro navegador europeu a cruzar a linha do Equador na região das Américas, descobrindo várias ilhas naquela região. Em janeiro de 1500 avistou um grande promontório, que chamou de Santa Maria da Consolação e que atualmente é denominado cabo de Santo Agostinho). Tomou posse do território para a Espanha e conheceu a foz do Rio Amazonas a partir de onde teria provavelmente chegado a terras brasileiras mais ao sul. Seguindo depois pelo mar do Caribe, chegou até as atuais ilhas Bahamas. Em setembro de 1500, regressou ao porto de Palos, na Espanha. O navegador realizaria, em 1508, mais uma viagem à América do Sul.
Se existe um bairro em Fortaleza com o nome dele certamente é porque foi um grande homem e mereceu ser homenageado, concorda?
2006-08-21 10:29:09
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answer #3
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answered by zerohora1 5
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O Ceará no Processo Civilizatório
DE 02 DE FEVEREIRO DE 1500 A 13 DE ABRIL DE 1726
Não é verdade que o Brasil foi descoberto a 22 de abril de 1500, no Monte Pascoal, região do Trancoso na Bahia: o fato concreto é que o Navegador espanhol do Navio Nina, Vicente Pinzon, da Frota de Cristóvão Colombo, esteve aqui no Mucuripe muito antes de Cabral partir de Portugal, comandando uma flotilha composta por 4 caravelas. A descoberta não entrou nos registros oficiais em conseqüência das determinações do célebre Tratado de Tordesilhas que demarcava estas Terras como pertencentes a Coroa Portuguesa. E a Espanha não tinha interesses de entregar de bandeja um prato cheio desses como a descoberta de terra abaixo da linha do equador. Para eles era pecado mesmo, e capital!
O descobridor Vicente Pinzon chegou a batizar a Terra Nova com o nome de Santa Maria de la Consolación, a 2 de Fevereiro de 1500, correspondendo aqui ao dia de Nossa Senhora das Candeias; era praxe batizar as terras descobertas com o nome do santo do dia. Pouco depois, uma outra expedição espanhola, comandada por Diogo Lepe deixou nas Terras cearenses, no mesmo local onde esteve o comandante da Nau Nina, marco de sua passagem, de presente, uma grande cruz de madeira.
Portanto dois meses antes do Português Pedro Alvares Cabral descortinar o Monte Pascoal, a Ponta Grossa do Mucuripe, atual Castelo Encantado, já estava nos mapas náuticos da coroa espanhola.
Em 1534 houve a divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias, coube o Ceará ao Português Antônio Cardoso de Barros, que ao contrário dos espanhóis, nunca pôs os pés neste chão sagrado. Em 1539 foi designado Luís Melo da Silva para a tarefa não cumprida por Cardoso de Barros, este veio, ou melhor tentou; naufragou nos mares do Maranhão.
No decorrer de todo o século XVI o Ceará esteve entregue as baratas, ou melhor, aos corsários piratas e toda sorte de aventureiros clandestinos que faziam comércio com os índios, o que sobrou de lembrança destes velhos tempos são estes loirinhos que andam por todo o litoral cearense e ninguém sabe de onde vem.
Curiosamente quando o Ceará entra oficialmente na História do Brasil encontrava-se Portugal sob o domínio espanhol que riscou do mapa a linha do famoso meridiano de Tordesilhas que de fato nunca ninguém seguiu a risca. Isto se deu no ano da graça de 1603 e o desbravador não era português ou espanhol e sim o açoriano Pero Coelho de Sousa, desbravador audaz que obteve do 8º Governador Geral do Brasil, Diogo de Botelho, o Título para obter privilégios indispensáveis para a ousada Bandeira : Capitão-Mor.
Em julho seguiram 65 soldados e 200 índios pela beira Mar, da Paraíba ao Ceará. Só descansaram na embocadura do rio Pirangi, que foi batizado de Siará, onde ficaram todo o resto do ano. Até que em excursão na região de Ibiapaba depararam-se com piratas franceses, era 18 de janeiro de 1604 e o planalto da Ibiapada foi palco da primeira batalha registrada nos anais da nossa história, onde 17 companheiros tombaram mortos; mas a vitória foi nossa, aprisionamos 10 mosqueteiros franceses e fizemos a paz com os mourubixabas: Irapuã, Diabo Grande e Ibaúna . Pero Coelho ganhou fama prestígio e o nome de Punaré.
De volta ao acampamento na Barra do Siará. O Capitão-Mor resolve erguer um pequeno Forte que recebeu o nome de São Tiago. E um Arraial iniciou-se na imediações com a denominação de Nova Lisboa.
Em 1605 - 1606, Pero Coelho de Sousa registra a primeira seca da história do Nordeste Brasileiro, o terrível flagelo é inclemente e fulmina seus dois filhos pequenos de sede (logo ele que trouxe água de côco para o Ceará), em seguida o filho mais velho de inanição, o que deixa o açoriano prostrado. É aí que entra a figura da Mulher na história do Ceará, sua esposa Tomásia toma a frente da trágica retirada e guia com energia titânica e determinação os sobreviventes. Dos 65 homens brancos e 200 índios que saíram regressaram pouco mais de meia dúzia deles, semi nus e semi mortos chegam ao Forte dos Reis Magos. O velho temido Punaré, dos índios tabajaras, morre três meses depois em Lisboa, caluniado, sem dinheiro sequer para a mortalha. Não acreditaram na história da seca.
Em 1607 veio a Companhia de Jesus, os padres Francisco ***** e Luís Filgueira, já que Pero Coelho não trouxe nenhum sacerdote na sua aniquilada bandeira, mas eles seguiram o mesmo intinerário, à beira mar. Os acompanhavam 60 índios rezando o terço, cantando a ladainha e recitando o ofício de Nossa Senhora. Em pouco tempo aqueles homens que não tinham mulheres nem aceitavam as deles, fizeram amizades com os índios tabajaras, chamavam o padre ***** de Pai Pina ou Amanaiara "o que faz chover". Fez amizades com grandes caciques como Diabo Grande, Algodão, Cobra Azul, Milho Verde...
Os padres fundaram aldeias e missões como: Parangaba, Caucaia, Paupina, Pavuna, e Santo Antônio de Pitaguari... Até que a 11 de Janeiro de 1608, pela manhã, numa pequena capela de madeira e palha de catolé no alto da Serra da Ibiapaba, o ataque dos índios Tocarijus resultou em incêndio e morte de muitos, entre eles o Padre Francisco ***** no momento que celebrava o santo ofício.
Padre Luís Filgueiras escapou protegido pelo filho do Tuxaua Diabo Grande, rumou de volta a Barra do Ceará e construiu um povoado com o nome de S. Lourenço, a 10 de Agosto, mais uma vez no dia do santo. Ergueu uma formosa cruz de cedro lavrada. Seguiu em um barco com Jerônimo de Albuquerque, Governador do Rio Grande do Norte a 20 de agosto de 1608. Estes Padres formaram um forte pacto entre os índios e a suas memórias foram reverenciadas por anos a fio.
O Ceará ficou abandonado por mais 4 anos, eram tragédias demais. Até que a 20 de janeiro de 1612, dia de São Sebastião, chega o Jovem Martins Soares Moreno, um dos poucos sobreviventes da frustrada Bandeira de Pero Coelho (1603-1606). Com ele a conquista definitiva do Ceará. A principio só 1 padre e seis soldados. Logo construiu um Fortim de madeira no mesmo local dos escombros da fortificação do S. Tiago da sonhada Nova Lisboa do Capitão Açoriano. Só mudou o nome claro: S. Sebastião. Martins Soares Moreno conhecia a língua e interagiu rapidamente com o nativo. Porém com um ano aqui, já teve que partir para expulsar os franceses do Maranhão. Foi para a Terra Timbira com Jerônimo de Albuquerque e só retornou em 1621, passados quase dez anos, para encontrar a aldeota em situação de no mínimo penúria; mas a fez reflorescer com vigor em justamente uma década de labuta e desta vez quem pede socorro é outro Albuquerque, o Matias de Pernanbuco, e não eram franceses, eram holandeses - Guararapes - nunca mais voltou ao Ceará. Regressou a Portugal depois de 45 anos servindo ao Brasil.
2006-08-21 10:17:18
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answer #6
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answered by Alice S 2
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