Movimento ocorrido entre os anos de 1925 e 1927, encabeçado por líderes tenentistas que empreenderam grandes jornadas para o interior do país, procurando fazer insurgir o povo contra o regime oligárquico vigente durante a presidência de Artur Bernardes, ainda no período da República Velha. A Coluna Prestes ainda pregava ao povo a necessidade da destituição do presidente e a imediata reformulação econômica e social do país, pregando a nacionalização das empresas estrangeiras fixadas no Brasil e o aumento de salários de trabalhadores em todos os setores rurais e industriais. Em suas jornadas, que se estenderam em uma distância de por volta de 25.000 quilômetros, a Coluna Prestes foi perseguida pelas forças orientadas pelos governo, formada tanto por militares e policiais estaduais quanto por jagunços contratados, estes últimos incentivados pelas promessas de anistia aos seus crimes cometidos. Não tendo sofrido sequer uma derrota significativa nas guerrilhas contra o governo ao longo de suas incursões pelo interior do país, que se estenderam por cerca de 29 meses, a Coluna é contada pelos estrategistas militares do próprio Pentágono como uma das mais prodigiosas façanhas militares da história das batalhas de guerrilha.
A Coluna Prestes foi formada por militares envolvidos em dois movimentos rebeldes anteriormente ocorridos no país: no Rio Grande do Sul, os rebeldes provenientes de uma insurreição foram derrotados inicialmente pelos governo, mas conseguiram escapar; em São Paulo, os rebeldes que haviam ocupado a cidade por 22 dias não tiveram outra escolha senão organizar uma retirada, tendo em vista os bombardeios aéreos desferidos sobre a capital paulista. Ambos os grupos rebeldes encontraram-se em suas rotas de retirada, no Estado do Paraná: os paulistas eram então liderados pelo General Isidoro Dias Lopes e Miguel Costa, além dos tenentes Eduardo Gomes, Juarez Távora e Joaquim Távora: os gaúchos eram então liderados Siqueira Campos, João Alberto e Luís Carlos Prestes. Todos passaram a fazer parte das lideranças da Coluna, com exceção do General Isidoro Dias Lopes que, já idoso, acabou por pedir asilo político à Argentina. O comando dos 1.500 homens reunidos deveria ser unificado: o comando militar é exercido por Miguel Costa, sendo Luís Carlos Prestes o chefe do Estado-maior. A Coluna, além de seu caráter militarista, passa a configurar um programa de reformas, que é divulgado aos povoados com os quais o movimento entrou em contato em suas jornadas. Apesar de sua invencibilidade frente às tropas do governo, a Coluna não chegou a atingir seus objetivos de provocar a rebelião popular generalizada no interior do país: o povo temia grandemente possíveis represálias do governo. Desta forma, a coluna não conseguiu derrubar o governo vigente. Porém, os tenentistas que da Coluna participaram decisivamente no quadro político do período da Revolução de 30 e, no caso de Prestes, na Intentona Comunista de 1935. Ao fim das jornadas da Coluna pelos interior do país, muitos membros remanescentes ainda prosseguiram sua luta contra os regimes oligárquicos na Bolívia e no Paraguai.
2006-08-21 04:37:25
·
answer #1
·
answered by m4r74 6
·
3⤊
0⤋
25 mil KM percorridos e o sonho de acabar com a República Velha e instaurar o comunismo. Uma correção a resposta postada aí acima: a coluna partiu de Santo Ângelo, mas teve início em São Luiz Gonzaga, onde Prestes era oficial.
2006-08-21 09:10:47
·
answer #2
·
answered by minuano 2
·
0⤊
0⤋
Foi uma espécie de passeata de longa duração, realizada por políticos e militares brasileiros entre os anos de 1924 e 1927. Em suas marchas pelo país, os integrantes da coluna combatiam o governo do então presidente Arthur Bernardes e de seu sucessor, Washington Luís. Além disso, defendiam o voto secreto e a obrigatoriedade do ensino primário para toda a população, entre outros objetivos. Esses eram os ideais, digamos, positivos do movimento. Mas ele também tinha um caráter golpista e elitista, ao contrário do que muitos imaginam. Para compreender as motivações dos revoltosos, é preciso lembrar um pouco da política da época. O presidente Arthur Bernardes (1922-1926) governou o país em constante estado de sítio, apoiado por lideranças rurais, em um sistema que isolava politicamente os grupos urbanos. Diante desse quadro, a classe média em ascensão - militares, funcionários públicos, pequenos proprietários e trabalhadores em geral - começou a reivindicar sua fatia no bolo. O clima de tensão culminou no tenentismo, movimento que promoveu vários levantes contra o governo, como o ocorrido em São Paulo em julho de 1924. O golpe liderado pelo tenente-coronel Isidoro Dias Lopes, da Força Pública Estadual - a polícia militar da época - foi escorraçado por tropas federais. "Os rebeldes juntaram-se aos tenentes do Rio Grande do Sul, que em 29 de outubro, sob o comando do capitão Luiz Carlos Prestes, amotinaram várias unidades militares naquele estado. Paulistas e gaúchos deram início, então, à marcha que ficou conhecida como a Coluna Prestes", diz a historiadora Marly de Almeida Gomes Vianna, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Em seu percurso, os rebeldes realizaram uma campanha de propaganda política, mas não conseguiram derrubar o governo.
2006-08-20 20:21:48
·
answer #3
·
answered by neisimples 5
·
0⤊
0⤋
Carlos Prestes, militar, revoltou se contra algumas irregularidades praticadas pelo Governo, em sinal de protesto (?) peregrinou pelo interior do Brasil...
2006-08-20 20:15:28
·
answer #4
·
answered by bob 4
·
0⤊
0⤋
Coluna Miguel Costa-Prestes, mais conhecida por Coluna Prestes foi um movimento político-militar brasileiro existente entre 1925 e 1927 e ligado ao Tenentismo, corrente que possuía um programa bastante difuso, mas algumas linhas gerais podem ser delineadas: insatisfação com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público.
O movimento contou com lideranças das mais diversas correntes políticas, mas a maior parte do movimento era composta por capitães e tenentes da classe média, donde originou-se o ideal de "Soldado Cidadão".
O movimento deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís.
A Coluna Prestes enfrentou as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais de vários Estados, além de tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.
Alguns dos integrantes da chamada Coluna Prestes.Dentre estas, a mais aguerrida e que forçou a retirada de Prestes para a Bolívia foi a organizada pelo Coronel do sertão baiano, Horácio de Matos: o seu Batalhão Patriótico Chapada Diamantina iniciou a perseguição aos revoltosos, até a saída destes do território brasileiro, retornando como vitoriosos à cidade de Lençóis.
A Coluna Prestes poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.
Com o sucesso da marcha, a Coluna Prestes ajuda a abalar ainda mais o prestígio da República Velha e a preparar a Revolução de 1930. Projeta também a liderança de Luís Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista do Brasil (PCB).
2006-08-20 20:14:46
·
answer #5
·
answered by Má 5
·
0⤊
0⤋
1.922 em Santo Ângelo-RS o Capitão do Exercito Luiz Carlos Prestes se revoltou contra o que hoje chamamos de Mensalão, Sanguessugas etc. E com homens que comungavam com suas teorias revolucionários começaram uma marcha pelo país para ver se o pessoal o apoiava para derrubar o governo corrupto, o povo não o apoiou, e preferiu ser espoliado pelo resto da vida. o povo brasileiro sempre foi assim se tem uma cervejinha e um pão fica contente, e o seu vizinho o irmão esta passando fome, azar.
2006-08-20 20:08:33
·
answer #6
·
answered by Anonymous
·
0⤊
0⤋