A Prosperidade dos campos ingleses do sul e leste --- dedicados a agricultura comercial e à produção de lã -- criou uma rica camada de proprietários rurais que, juntamente com industriais e comerciantes, opunha-se ao absolutismo real defendido pelo clero anglicano e por aristocratas que ainda se utilizavam de mão-de-obra servil
A intolerância religiosa e o autoritarismo de Jaime I e Carlos I levaram o Parlamento a armar um exército, que depôs o rei em 1649 e proclamou a República, chefiada por Oliver Cromwell.
O governo de Cromwell unificou a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda, formando a Comunidade Britânica. Além disso, deu grande impulso ao capitalismo inglês com o Ato de Navegação, o qual determinava que o comércio com a Inglaterra seria feito apenas com navios ingleses ou do país exportador.
Após a morte de Cromwell, ocorreu a Restauração, isto é, a Inglaterra voltou a ser governada por reis absolutistas.
O Parlamento revoltou-se mais uma vez e entregou o trono a Guilherme de Orange, que teve de jurar a Declaração de Direitos (Bill of Rights). Completava-se assim a Revolução Inglesa que pôs fim ao absolutismo e implantou o regime parlamentar na Inglaterra.
2006-08-20 01:07:53
·
answer #3
·
answered by Beatriz 3
·
0⤊
0⤋
A Prosperidade dos campos ingleses do sul e leste --- dedicados a agricultura comercial e à produção de lã -- criou uma rica camada de proprietários rurais que, juntamente com industriais e comerciantes, opunha-se ao absolutismo real defendido pelo clero anglicano e por aristocratas que ainda se utilizavam de mão-de-obra servil
A intolerância religiosa e o autoritarismo de Jaime I e Carlos I levaram o Parlamento a armar um exército, que depôs o rei em 1649 e proclamou a República, chefiada por Oliver Cromwell.
O governo de Cromwell unificou a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda, formando a Comunidade Britânica. Além disso, deu grande impulso ao capitalismo inglês com o Ato de Navegação, o qual determinava que o comércio com a Inglaterra seria feito apenas com navios ingleses ou do país exportador.
Após a morte de Cromwell, ocorreu a Restauração, isto é, a Inglaterra voltou a ser governada por reis absolutistas.
O Parlamento revoltou-se mais uma vez e entregou o trono a Guilherme de Orange, que teve de jurar a Declaração de Direitos (Bill of Rights). Completava-se assim a Revolução Inglesa que pôs fim ao absolutismo e implantou o regime parlamentar na Inglaterra.
A Inglaterra atingiu no século XVII notável desenvolvimento, favorecido pela monarquia absolutista. Henrique VIII e Elizabeth I unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a ingerência papal, criaram a igreja a nacional inglesa, confiscaram terras da Igreja Católica e passaram a disputar os domínios coloniais com os espanhóis. Tais tarefas agradaram à burguesia, mas agora o poder absolutista tornava-se incômodo, pois barrava o avanço da burguesia mercantil. Grande parte dos recursos do Estado vinham da venda de monopólios, como aqueles sobre comércio exterior, sal, sabão, alúmen, arenque e cerveja a, que beneficiavam um pequeno grupo, a burguesia financeira. E prejudicavam a burguesia comercial, sem liberdade para suas atividades, e os artesãos, que pagavam caro por alúmen e produtos indispensáveis a seu trabalho. Ao mesmo tempo, a garantia de privilégios às corporações de ofício impedia o aumento da produção industrial, pois eles limitavam a entrada de novos produtores nas áreas urbanas. Outro problema econômico estava no campo. A alta de preços e a expansão do consumo de alimentos e matérias-primas, como a lã, valorizaram as terras. Isto despertou a cobiça dos produtores rurais. Eles tentavam aumentar suas posses através dos cercamentos, isto é, tentavam transformar em propriedade privada as terras coletivas, devolutas ou sobre as quais havia uma posse precária. Tais ações expulsavam posseiros e criavam grandes propriedades, nas quais se investia capital para aumentar a produção. O Estado, para preservar o equilíbrio social necessário a sua existência, barrava os cercamentos e punha contra si dois setores poderosos: a burguesia mercantil e a nobreza progressista rural, a gentry.
No plano político, havia o conflito entre rei e Parlamento. A este, instituído pela Carta Magna de 1215, cabia o poder de direito, isto é, legítimo. Mas os Tudor exerceram o poder de fato, convocando pouco o Parlamento. As classes aí representadas não se opuseram ao absolutismo porque correspondia a seus interesses. O rei promovia desenvolvimento. No século XVII, o Parlamento pretendia transformar seu poder de direito em poder de fato. O rei correu a legitimar seu poder, que era de fato. Só havia uma forma: considerar o poder real de origem divina, como na França.
A luta política desenvolveu-se então no campo religioso e os reis manipularam a religião para aumentar seu poder. No século XVI, os Tudor haviam dado ênfase ao conteúdo do anglicanismo, isto é, seu lado calvinista, favorecendo a burguesia. Agora, os Stuart ressaltavam a forma católica do anglicanismo, identificando-se com a aristocracia, contra a burguesia. Claro, através do catolicismo era mais fácil justificar a origem divina do poder real. O Parlamento, dominado pela burguesia mercantil e a gentry, radicalizou suas posições e identificou-se com o puritanismo (forma mais radical do calvinismo), que rejeitava o anglicanismo.
A Revolução Puritana foi o resultado da luta entre burguesia e realeza pelo controle político do país.
Os Stuart e a pré-revolução
Elizabeth morreu em 1603 sem deixar herdeiros e Jaime I, rei da Escócia, assumiu o trono. Ele procurou estabelecer as prerrogativas reais implantando uma monarquia absoluta de direito divino. Perseguiu seitas radicais e até os católicos, que organizaram a Conspiração da Pólvora em 1605 (pretendiam explodir Westminster durante um discurso do rei). Os descontentes emigravam para a América do Norte.
A oposição entre rei e Parlamento ficou evidente a partir de 1610. O rei queria uma ocupação feudal na Irlanda; o Parlamento, uma colonização capitalista. Discordaram quanto aos impostos, pois o rei pretendia o monopólio sobre o comércio de tecidos, o que o tornaria independente do Parlamento financeiramente, considerando-se que já possuía rendas de suas próprias terras e de outros monopólios.
Com a morte de Jaime I em 1625, sobe ao trono seu filho Carlos I. Em 1628, guerras no exterior o obrigam a convocar um Parlamento hostil, que lhe impõe a Petição dos Direitos. Os membros da casa exigiam o controle da política financeira, controle da convocação do exército e regularidade na convocação do Parlamento, já que lhe negaram a aprovação de rendas fixas. O rei dissolveu o Parlamento, que só voltaria a reunir-se em 1640, ano da Revolução.
Carlos I apoiou-se na Câmara Estrelada, tribunal ligado ao Conselho Privado do rei. Dentre seus assessores, destacaram-se o Conde de Strafford e o arcebispo Laud, de Canterbury, responsáveis pela repressão violenta do período. Cresceu a emigração para a América. O rei passou a cobrar impostos caídos em desuso, como o Ship Money, instituído em cidades portuárias para combater a pirataria e agora estendido a todo o reino. Como a forma de enquadrar os dissidentes era a política religiosa, Carlos tentou uniformizar o reino, impondo o anglicanismo aos escoceses, calvinistas. Eles se rebelaram e invadiram o norte inglês. O rei convocou o Parlamento em abril de 1640 e o dissolveu em seguida. Em novembro, sem opções, convocou-o de novo. Foi o Longo Parlamento, pois se manteve até 1653.
O movimento de 1640
O Parlamento foi duro com o rei. Destruiu a Câmara Estrelada. Strafford foi executado em 1641 e Laud, em 1645. O rei não poderia mais ter exército permanente. O Parlamento se reuniria a cada três anos independentemente de convocação real; e conduziria a política tributária e religiosa. Acusou o rei de responsável pelo levante na Irlanda católica em 1641 e lhe dirigiu a Grande Remonstrance (repreensão). Em janeiro de 1642, o rei foi ao Parlamento e exigiu a prisão de cinco líderes oposicionistas. Houve reação violenta, sustentada nas milícias urbanas convocadas em apoio ao Parlamento.
Parlamento: estourava a guerra civil
O rei fez de Oxford seu quartel-general. Convidou o príncipe Rupert para comandar cerca de 20 000 homens do exército de cavaleiros, apoiado por aristocratas do oeste e norte, bem como burgueses inquietos com a desordem popular. Oliver Cromwell organizou em novo estilo 0 exército do Parlamento, composto sobretudo por camponeses, com apoio da burguesia londrina e da gentry: a ascensão se dava não por nascimento, mas por merecimento. Estimulou-se entre os soldados a participação em comitês que debatiam os problemas. Os cabeças redondas (porque não usavam perucas) foram decisivos na batalha final de Naseby, em 1645. Carlos I se refugiou na Escócia, foi preso e vendido pelo Parlamento escocês ao Parlamento inglês.
Criou-se novo problema: setores do Parlamento, achando oportuno o momento para um acordo vantajoso com a realeza, passaram a conspirar com o rei contra o exército. Este estava organizado e influenciado por radicais, como os niveladores, que queriam evitar a desmobilização e o não-pagamento dos salários, como pretendia o Parlamento. Aprofundou-se a diferença entre os grandes do exército e suas bases de niveladores, com projeto avançado para a época. Eles tentaram assumir o controle do exército em 1647 e o rei aproveitou para fugir de novo. O exército se reunificou, prendeu o rei e depurou o Parlamento. Foram presos 47 deputados e excluídos 96: era o Parlamento Coto (Rump). Carlos I foi decapitado em 30 de j janeiro de 1649, a Câmara dos Lordes abolida e a República proclamada em 19 de maio.
2006-08-20 01:06:36
·
answer #4
·
answered by wendell a 7
·
1⤊
1⤋
A revolução Inglesa ocorreu porque a população,os pobres,que na época eram denominados de camponeses,em decorrência do sistema feudalista,rebelaram-se juntamente com uma parcela da burguesia ,contra a nobreza,o rei.Tudo porque a nobreza ,queria permanecer como estava ,ou seja, ela sempre sendo beneficiada e com uma única pessoa no poder ,ou seja, queriam manter o feudalismo ,a relação de servidão ,e os camponeses e burgueses queriam que o estado beneficia-se a todos e não somente a uma parcela da população.Estes basearam-se nas idéias de Jonh Locke.
2006-08-20 01:11:16
·
answer #5
·
answered by Déa 3
·
0⤊
1⤋