Prostituição
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A prostituição consiste numa relação sexual entre pessoas na qual o vínculo determinante não é o afeto ou o desejo recíproco, mas sim o ato de proporcionar prazer sexual em troca de dinheiro ou outro tipo qualquer de benefício.
A prostituição é praticada mais comumente por mulheres, mas há ainda um grande número de homens que têm na prostituição um trabalho cotidiano.
Conceito
O conceito de prostituição pode variar dependendo da sociedade e das circunstâncias onde se dá. Num extremo, em sociedades mais liberais praticamente inexiste a prática, pois a permissividade de troca é gerada pelo prazer ao invés do comércio; já em outro extremo, quando existe rigidez comportamental, é perseguida e punida como delito, e muitas vezes como crime.
Normalmente a prostituição é reprovada nas sociedades, devido à degradação, segundo os mais moralistas, que gera aos praticantes, à disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST), e também a algum despeito comum relativo a todas as atividades supostamente geradora de proventos "fáceis".
Na cultura silvícola de algumas regiões, inclusive no interior da Amazônia, Brasil, e em algumas comunidades isoladas, onde não há a família monogâmica, não existe propriedade privada e por conseguinte não existe a prostituição: o sexo é encarado de forma natural e como uma brincadeira entre os participantes. Já onde houve a entrada da civilização ocidental com a catequização das tribos, o fenômeno da prostituição passa a ser observado com a troca de objetos entre brancos e índias em troca de favores sexuais.
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História
Prostituta alemãNa antiguidade, em muitas civilizações, a prostituição era praticada por meninas como uma espécie de ritual de iniciação quando atingiam a puberdade.
No Egito antigo, na região da Mesopotâmia e na Grécia, via-se que a prática tinha uma ritualização. As prostitutas, consideradas grandes sacerdotisas (portanto sagradas), recebiam honras de verdadeiras divindades e presentes em troca de favores sexuais.
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Grécia e Roma
Mais adiante, na época em que a Grécia e Roma polarizaram o domínio cultural, as prostitutas eram admiradas, porém tinham que pagar pesados impostos ao Estado para praticarem sua profissão; deveriam também utilizar vestimentas que as identificassem, pois caso contrário eram severamente punidas.
Na Grécia, existia um grupo de cortesãs, chamadas de hetairas, ou heteras, que frequentavam as reuniões dos grandes intelectuais da época. Eram muito ricas, belas, cultas e de extrema refinação; exerciam grande poder político e eram extremamente respeitadas.
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Cristianismo e Idade média
Com o advento do cristianismo (Idade Média) houve a tentativa da eliminação da prostituição. Porém existia o culto ao casamento cortês, onde a política e a economia sobrepujavam aos sentimentos, e as uniões eram arranjadas somente por interesse, reforçando a prostituição. Em muitas Cortes, o poder das prostitutas era muito grande: muitas tinham conhecimento de questões do Estado, tanto que a prostituição passou a ser regulamentada.
Quando houve a Reforma religiosa no século XVI, o puritanismo começou a influir de forma significativa na política e nos costumes. Somada a este evento, aconteceu uma grande epidemia de doenças sexualmente transmissíveis, e a Igreja então decidiu enfrentar frontalmente a prostituição, lançando dogmas para acabar de uma vez por todas com a promiscuidade e a atividade - que praticamente caiu na clandestinidade, apesar de ainda restarem algumas cortesãs.
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Revolução Industrial
Com o advento da Revolução Industrial, houve um crescimento na prostituição. As mulheres de então passaram a somar à força de trabalho, e como as condições eram desumanas, muitas passaram a prostituir-se em troca de favores dos patrões e capatazes, expandindo novamente a prostituição e o tráfico de mulheres. Somente em 1899 aconteceram as primeiras iniciativas para acabar com a escravidão e exploração sexual de mulheres e meninas. Vinte e dois anos mais tarde, a Liga das Nações mobilizou-se para tentar erradicar o tráfico para fins sexuais de mulheres e crianças.
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Século XX
A ONU, em 1949, denunciou e tentou tomar medidas para o controle da prostituição no mundo. Desde o início do século XX, os países ocidentais tomaram medidas visando a retirar a prostituição da atividade criminosa onde se tinha inserido no século anterior, quando a exploração sexual passou a ser executada por grandes grupos do crime organizado; portanto, havia a necessidade de desvincular prostituição propriamente dita de crime, de forma a minimizar e diminuir o lucro dos criminosos. Dessa forma as prostitutas passaram a ser somente perseguidas pelos órgãos de repressão se incitassem ou fomentassem a atividade publicamente.
Com a disseminação de medidas profiláticas e de higiene e o uso de antibióticos, o controle da propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outras enfermidades correlatas à prostituição parecia próximo até meados da década de 1980 no século XX, porém, a AIDS tornou a prostituição uma prática potencialmente fatal para prostitutas e clientes, havendo no início da enfermidade uma verdadeira epidemia.
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Atualidade
Duas prostitutas profissionais retocando a maquilhagemModernamente, com as doenças sexualmente transmissíveis, (DST), entre as quais a AIDS, a prática da prostituição recebeu um golpe. Foi necessária a intervenção estatal para o controle e prevenção das doenças, que atingiram níveis de epidemia no final do século XX, início do século XXI, extinguindo boa parte da população de risco (pois são enfermidades fatais aos clientes e prostitutas).
Apesar das tentativas de órgãos de saúde pública em todo o mundo na prevenção a estas doenças, em regiões mais pobres do planeta, miséria e prostituição são palavras praticamente sinônimas.
Nas regiões mais pobres a miséria, a prostituição, o tráfico de drogas e as DST se entrelaçam. No Brasil a prostituição infantil é comum nas camadas mais pobres dos grandes centros urbanos. Nas capitais do Nordeste em especial, existe o turismo sexual, onde crianças de ambos os sexos são recrutadas para satisfazer os desejos de pedófilos provindos de todas as partes do mundo, em especial dos Estados Unidos e da Europa.
Alguns países já reconhecem legalmente a prostituição como profissão, a exemplo da Alemanha.
Com a popularização dos meios de comunicação em massa, novas formas de prostituição se verificaram, como o sexo por telefone, e sites onde o sexo é vendido em filmes, imagens, web cams ao vivo, etc., criando uma nova forma da atividade: a prostituição virtual.
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No Brasil
No Brasil, numa pesquisa do Ministério da Saúde e da Universidade de Brasília indica que no segundo semestre de 2005 quase 40% das prostitutas estavam na profissão há, no máximo, quatro anos, fato que seria um indício de que a prostituição estaria ligada à juventude e, quando sentem o tempo passar, ficariam desesperançosas. Já o Centro de Educação Sexual, uma ONG que realiza trabalhos com garotas e garotos de programa do Rio de Janeiro e Niterói, diz que a maioria se prostitui para sobreviver, embora muitas pessoas sonham em encontrar um amor, apesar acreditarem que vão carregar um estigma.
Abordando o assunto de forma ficcional, algumas novelas da Rede Globo trazem quase sempre uma visão romântica da atividade, o que por muitos é tido como incentivo da mesma. Apesar de polêmico, o assunto ganha muitas vezes as manchetes (neste sentido, veja o verbete Bruna Surfistinha). Diversas iniciativas parlamentares buscaram legitimar no país a prostituição como categoria profissional, e portanto merecedora das proteções trabalhistas.
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Reconhecimento do Ministério do Trabalho e Emprego
A CBO - Classificação Brasileira de Ocupações oficializa, na página do Ministério, a categoria, com a definição seguinte:
5198-05 - Profissional do sexo - Garota de programa , Garoto de programa , Meretriz , Messalina , Michê , Mulher da vida , Prostituta , **** , Quenga , Rapariga , Trabalhador do sexo , Transexual (profissionais do sexo) , Travesti (profissionais do sexo).
Além dessa classificação "científica", o Ministério ainda elaborou uma descrição sumária das atividades de tais profissionais:
Batalham programas sexuais em locais privados, vias públicas e garimpos; atendem e acompanham clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas; administram orçamentos individuais e familiares; promovem a organização da categoria. Realizam ações educativas no campo da sexualidade; propagandeiam os serviços prestados. As atividades são exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão.
Estes informes disponibilizados no sítio oficial do MTBE do Brasil. Até 9 de julho de 2006 os dados a seguir eram ali compilados, sendo retirados depois que a imprensa alardeou o seu conteúdo - tendo sido o próprio site suspenso por cerca um dia.
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"Orientações" do Ministério do Trabalho, no Brasil
(Retirados do site oficial, após divulgação na imprensa):
Para o exercício profissional requer-se que os trabalhadores participem de oficinas sobre sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. Outros cursos complementares de formação profissional, como por exemplo, cursos de beleza, de cuidados pessoais, de planejamento do orçamento, bem como cursos profissionalizantes para rendimentos alternativos também são oferecidos pelas associações, em diversos Estados. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos; a escolaridade média está na faixa de quarta a sétima séries do ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência."
Competências pessoais:
Demonstrar capacidade de persuasão
Demonstrar capacidade de expressão gestual
Demonstrar capacidade de realizar fantasias eróticas
Agir com honestidade
Demonstrar paciência
Planejar o futuro
Prestar solidariedade aos companheiros
Ouvir atentamente (saber ouvir)
Demonstrar capacidade lúdica
Respeitar o silêncio do cliente
Demonstrar capacidade de comunicação em língua estrangeira
Demonstrar ética profissional
Manter sigilo profissional
Respeitar código de não cortejar companheiros de colegas de trabalho
Proporcionar prazer
Cuidar da higiene pessoal
Conquistar o cliente
Demonstrar sensualidade
Recursos de trabalho
Guarda-roupa de batalha
Preservativo masculino e feminino
Cartões de visita
Documentos de identificação
Gel lubrificante à base de água
Papel higiênico
Lenços umidecidos
Acessórios (vibradores, massageadores, cremes comestíveis)
Maquiagem
Álcool
Celular
Agenda
Obs: a grafia umidecido é a que estava no site do Ministério e, portanto, foi aqui consignada, cumprindo-se informar aos leitores que este é derivado do verbo umedecer e portanto grafa-se com a letra e - e não um derivado de úmido.
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Sinônimos
Devido ao tamanho continental do Brasil e ao alcance mundial do idioma lusófono, há uma série de palavras sinônimas de: prostituição, prostituta ou prostituto, muitas delas pejorativas numa região e em outra não. Veja gíria sexual.
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Ver também
Turismo sexual;
Anjos do sol (filme brasileiro que trata da prostituição infantil).
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Ligações externas
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Prostituição.
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Prostitui%C3%A7%C3%A3o"
Categorias de páginas: Comportamento sexual | Prostituição
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2006-08-26 08:00:14
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answered by MariaCrissssss 7
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