O Hizbollah, Hezbollah ou Hizbullah (conforme a transliteração do árabe حزب الله, o que significa "Partido de Deus") é uma organização política e militar dos muçulmanos xiitas do Líbano, criada em 1982 no contexto da invasão de Israel ao sul do Líbano. Desde 2005 o Hizbollah conta com catorze deputados na Assembleia Nacional do Líbano. O secretário-geral da organização é o xeque Hassan Nasrallah, que ocupa este cargo desde 1992.
Considerado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos da América e por Israel, esta classificação não é contudo partilhada pela União Europeia, que se recusa a incluir o grupo na sua lista de organizações terroristas. Para muitos habitantes do Líbano (incluindo cristãos) e do mundo islâmico, o Hizbollah é uma organização de resistência a Israel.
Atuação do Hizbollah
Integrada ao povo libanês, o Hizbollah é formado inteiramente por libaneses, embora exista uma tendência mundial de ajuda, até agora não foi detectada a presença de sírios e/ou iranianos em suas fileiras como muitos afirmam.
O Hizbollah constitui-se em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio e já possui objetivos declarados: a luta contra o estado sionista de Israel, que é o deslocamento integral do Estado de Israel e expulsão da população israelita para outras regiões do planeta.
Desenvolve também uma série de atividades em cinco áreas: ajuda a familiares de "mártires", saúde (possui uma rede de hospitais em todo o Líbano), educação religiosa xiita (possui uma rede de escolas), reconstrução e agricultura.
O Hizbollah conta com cinco hospitais, 43 clínicas e duas escolas de enfermagem. Segundo a ONU, ao menos 220 mil pessoas em 130 cidades libanesas se tratam nesses locais. O Hizbollah possui 12 escolas com sete mil alunos e setecentos professores e centros culturais franceses auxiliam no aperfeiçoamento do corpo docente. Tudo isso com apoio financeiro do Irã, há muitos anos atrás o Hizbollah vem conseguindo com sucesso se tornar independente financeiramente.
Na reconstrução, existe uma instituição exclusiva para reparar danos causados por ataques israelenses, motivados em represálias por ataques terroristas, enquanto que na agricultura engenheiros agrônomos formados em Beirute, na Síria, no Irã e na Alemanha, desenvolvem projetos agrícolas para garantir a base da economia de subsistência do sul do país.
Todos esses projetos ajudam o grupo a conquistar apoio popular e político, influência ideológica e a recrutar membros entre a população local.
Descrição
A posição é contraditória: O Conselho da União Européia inclui o oficial superior dos serviços de informações Hezbollah Imad Fa' iz Mughniyah (aliás Mughniyah, Imad Fayiz) sobre a sua lista de terroristas[3]. Sobre o movimento considerado como um todo, o Conselho da União até agora tem julgado que o Hezbollah não se alistava entre os movimentos terroristas, apesar dos vários pedidos norte-americanos. Certos diplomatas europeus consideram que a última recusa em Março de 2005 de o inscrever na lista dos movimentos terroristas era fundamentada pelo fato de que a União Européia não desejava, neste período de instabilidade do Líbano, agravar a situação e, também porque seria desinteressante politicamente para a relação diplomática com países produtores de petróleo. Ao contrário do Conselho da União Européia, o Parlamento Europeu adotou em 10 de Março de 2005 uma resolução (por 473 votos a favor e 33 contra)[4] declarativa e não vinculativa para os Estados-Membros que qualificam Hezbollah como terrorista ("7. considera que existem provas irrefutáveis da ação terrorista do Hizbollah e que convém que o Conselho tomasse todas as medidas que se impõem para pôr um termo à esta ação"). Atualmente a ONU não classifica mais o grupo Hizbollah na sua lista das organizações terroristas, mas o Conselho de Segurança da ONU continua insistindo para que entreguem as armas.
Atualmente goza de certa popularidade no mundo árabe-muçulmano por ter assumido a responsabilidade de levar Israel a deixar o sul do Líbano em Junho de 2000. Reconhece o princípio do welayet-al-faqih, ou seja, a primazia do guia da revolução iraniana sobre a comunidade xiita.
A guerra civil
Fundado em 1982 com o apoio do Irã (e mais tarde apoio sírio nos anos 90), Hizbollah tornou-se rapidamente a principal organização militar de confrontação com Israel no Sul do Líbano. O Hizbollah reúne diversos movimentos, principalmente o Amal Islâmico (uma dissidência de Amal) e o ramo libanês do partido Ad-Daawa. Na época, os objetivos declarados do partido eram estender a revolução islâmica-iraniana e criar um estado islâmico no Líbano, o que lhes deu o nome de "partido de Deus" (Hizbollah) originalmente pela crítica. Hoje, temporariamente tem renunciado a este objetivo. Nas regiões de predominância xiita, toma progressivamente o lugar do seu rival Amal, enfraquecido pela corrupção.
Em 23 de Outubro de 1983, dois atentados suicídas contra a força multinacional de interposição fizeram 248 mortes de americanos e 58 mortes de franceses. Os Estados Unidos acusam o Hizbollah e o Irã de estarem por trás do atentado. Alguns pensam que o atentado que fez partir os Estados Unidos e a França foi realizado por um grupo de homens que não pertencem à nenhum partido e que se juntaram para a maior parte do Hizbollah efectivamente após a operação.
Segue um conjunto de ações que indicam o movimento, nomeadamente das tomadas de reféns como a ocorrida em 1985, do investigador francês Michel Seurat, finalmente assassinado.
1985 - 1987: Amal enfrenta PSP hizbollah e palestino em episódio chamado "guerra campo". Em 1987, Amal entra na confusão e a Síria intervem militarmente para apoiar sua o mais parentes possível combinado. Combates estouraram entre os militares sírios e Hizbollah. O Irã intervem então para impôr um cessar fogo.
Contrariamente a Hassan Nasrallah, o guia espiritual Hizbollah, Mohammad Hussein Fadlallah tem reservas a propósito da primazia do faqih, o guia da revolução iraniana (velayet-e-faqih). Após a morte de Khomeyni em 1989, Fadlallah não se sente tido o seu sucessor Ali Khamenei sobre todas as perguntas. A influência do Irã sobre o movimento diminui continuando a ser, no entanto, importante.
O conflito ao Sul do Líbano
Entre 1990 e 2000, Hezbollah reforça a sua aliança com a Síria e consolida a sua asa militar. Prossegue sua guerrilha em frente a Israel num conflito que excede largamente o quadro do Sul do Líbano. A tensão culmina pela Operação Vinhas da Ira efetuada pelo exército israelense em Abril de 1996.
Em 17 de Março de 1992, uma bomba fez trinta mortos na embaixada israelense na Argentina. Em 18 de Junho de 1994, um atentado fez 87 mortos num centro comunitário judaico. O estado argentino acusa formalmente o Irã e Hezbollah de estarem implicados, e vários membros da comunidade xiita local foram detidos.
Após a retirada israelense de Junho de 2000, uma controversa história a respeito do setor dito das explorações agrícolas de Chebaa. Este território foi capturado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Os mapas oficiais da ONU indicam que as explorações agrícolas de Chebaa encontram-se em território sírio, mas no seguimento da retirada israelense, a Síria e o Líbano declaram que este território é libanês. A ONU não decide o traçado das fronteiras, mas dado que o governo sírio recusa notificar à ONU a soberania do Líbano sobre estes territórios, a ONU considera atualmente as explorações agrícolas de Chebaa como sírios. Conseqüentemente, a ONU considera a retirada israelita terminada, de acordo com os termos da resolução 425 (1978).
A respeito das explorações agrícolas de Chebaa, o conflito dura por conseguinte sempre entre Israel e Hezbollah. Episodicamente, este último efetua ataques contra as forças militares israelitas neste território, enquanto estes últimos penetram no espaço aéreo libanês ou bombardeiam Hezbollah em território libanês.
Hezbollah rodeado de assuntos sociais por meio de hospitais, escolas, uma cadeia de televisão e de orfanatos. O movimento possui 9 lugares no Parlamento libanês que conta 128, e é ativo principalmente no vale do Bekaa, o subúrbio do sul de Beirute e ao Sul do Líbano. O grupo é dirigido pelo Sayyed Hassan Nasrallah e financiado principalmente pelo Irã e pela Síria, bem como fundos privados.
O desarmamento no âmbito da resolução 1559 (2004)
Em Setembro de 2004, o conselho de segurança da ONU levou a votação uma resolução que exigia, designadamente, o desarmamento do conjunto das forças não governamentais no Líbano.
("3. por nove votos a favor entre eles a Alemanha, Angola, Benim, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Romênia, Reino Unido e seis abstenções Argélia, Brasil, China, Paquistão, Filipinas, Rússia) e contras.
A resolução que ordenava que todas as milícias libanesas e não libanesas fossem dissolvidas e desarmadas" e o " Hezbollah (designado muito claramente) , face clareza das intenções quando em pratica , demonstrou que existe um impedimento de natureza não factível de execução invalidando ou tornando inócua tal resolução 1556. Nesse sentido, o Hezbollah recusou, qualquer desarmamento. Uma parte das forças da oposição libanesa favoráveis à execução completa desta resolução (ou seja estado libanês soberano) propõe um plano de desarmamento, que o Hezbollah recusa enquanto considerar que o exército libanês não pode assegurar o seu trabalho no Sul do Líbano. Em Maio de 2005, as negociações prosseguiam para incitar o Hezbollah a propôr um plano de desarmamento.
A oitava sessão da conferência de diálogo que visa chegar um acordo sobre o desarmamento do Hezbollah iniciou-se a 8 de Junho de 2006 em Beirute a capital sobre fundo de desacordo. Os Principais líderes muçulmanos e cristãos consideram que o exército libanês não poderia responder perante a potência militar israeliana.
Participação do governo libanês
No que diz respeito ao equilíbrio político interno e externo, o Hezbollah preconiza doravante o acordo e o diálogo, sem ingerência externa. O seu chefe, Hassan Nasrallah, chama ao diálogo e pronuncia-se em prol de um "governo de unidade nacional". Com seus 14 deputados (sobre 128), Hezbollah junta pela primeira vez o governo em 19 de Julho de 2005.
Um financiamento controverso
Após um golpe de rede das polícias brasileiras e equatorianas, efectuadas o 21 de Junho de 2005, actualizando uma rede internacional de tráfego de drogas, suspeitas levantam-se sobre este movimento como eventual destino dos fundos procedentes deste tráfego
2006-08-17 06:06:37
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answer #1
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answered by Anonymous
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É um grupo terrorista, assim como HAMAS e AL QAEDA, eles tem como objetivo destruir os Estados Unidos de forma direta e indireta, atingindo assim os aliados dos EUA, que assim sendo os Estados Unidos não vão aceitar a ameaça então irão contra-atacar, dando aí as guerras. E os componentes dos grupos terroristas não tem nada a perder, pois eles segue a religião muçulmana, e a principal doutrina é defender a pátria, eles pensam que se morrerem defendendo o país terá seu lugar garantido no céu..( Então, hesbollah é um grupo terrorista que tem o objetivo de destruir os EUA e seus aliados)..
Talvez não tenha ficado bem explicado, mas dá para entender um pouco, e isso é o que eu sei.....
2006-08-17 12:15:58
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answer #7
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answered by Bladyny 4
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